JOSÉ VERISSIMO DO AMARAL, nasceu em Custódia, estado de Pernambuco, no dia 12 de Março de 1906, filho de Euclides do Amaral Gois e Maria Rosa do Amaral.
Viveu sua infância e parte de sua juventude na sua terra natal.
Teve quatro irmãos: João Verissimo do Amaral, Euclides do Amaral Filho (Nozinho) Quitéria Amaral Verissimo e Corina Amaral Veloso.
Casou-se em Custódia com Sebastiana de Sousa Lima e deste casamento nasceu uma filha, Maria José do Amaral França, em 05 de Fevereiro de 1930. Com a idade de 8 anos ela foi morar com a mãe na cidade de Pesqueira, onde reside até hoje.
Maria José casou-se com Libério França de Oliveira em 04 de Dezembro de 1948, em Pesqueira. Tiveram seis filhos, dos quais cinco estão vivos. Ficou viúva em 06 de Outubro de 1994. Está com muito netos e bisnetos.
José Veríssimo mudou-se de Custódia para Mato Grosso no final da década de 30.
Recomeçou sua vida profissional como Caixeiro Viajante, lotava um caminhão de mercadoria e ia vender para o pessoal das fazendas dos Distritos de Bataguassu-MS e Xavantina em Mato Grosso.
Nas suas andanças pelas fazendas, conheceu Aparecida Luiza de Moraes Bittencourt, filha do fazendeiro da região de Xavantina, Antônio Andrade Bittencourt (vô Toninho) e Januária de Moraes Bitencourt (vó Nainha). Casaram-se em 23 de setembro de 1.941. Deste casamento nasceram Eurípedes do Amaral, Vandecir Amaral (Vandinha) (faleceu com 6 anos) e uma filha adotiva, Maria Fátima da Silva, faleceu em acidente de carro.
Eurípedes casou-se com Silena Sanches Lopes do Amaral em 09 de janeiro de 1.971, em São Carlos, São Paulo. Tiveram 4 filhos, dos quais 3 estão vivos. Estão com cinco netos. Moram em Assis, São Paulo.
Maria Fátima casou-se com Sebastião Alves de Carvalho Filho desta união nasceram Paula e Flávio que após sua morte em acidente de carro foram criados pelos avós José Verissimo e Aparecida.
Após o casamento, José Veríssimo morou em Presidente Epitácio, Presidente Venceslau, Tupã e Presidente Prudente, todas no estado de São Paulo. No final de 1.955 mudou-se para Bataguassu, Mato Grosso.
Sua vocação sempre foi para o comércio. Enquanto morou no estado de São Paulo, teve Bar, Bazar, Pastelaria e até vendeu lenha (poucas famílias possuíam fogão a gás na época).
Em Bataguassu abriu uma Farmácia e uma Loja de Tecidos e Armarinhos.
Este comércio deu-lhe muito conhecimento, lembro-me até hoje que a grande maioria das pessoas que chegavam à Loja, o chamavam de compadre. Após vender a Farmácia e a Loja, abriu uma Pousada, na qual muitos professores, promotor, juiz e outras personalidades que vieram trabalhar em Bataguassu, se hospedaram por meses, sendo sempre tratados como familiares.
Homem educado, cortês, sabia se portar de maneira adequada nas mais diversas situações, sempre muito elegante e nunca negava ajuda a quem o procurasse. Pela sua atividade econômica e por ser político, muitas vezes se prejudicava pelas vendas no ”famoso fiado”.
Homem de muitos amigos, de bom papo, de muitos causos, bom contador de histórias, bom pai e marido. Era conhecido como “seu Zé”, quando estava sentado na varanda da sua casa, fumando um cigarrinho de palha, ao ver um conhecido logo já dizia: “vamos chegar”.
E assim, vários companheiros entravam, sentavam e passavam um bom tempo “proseando”, regado, quase sempre, a um amargo e quente chimarrão. Gostava de jogos de baralho, como buraco, tranca e poquer, ia até altas horas da madrugada jogando com os amigos.
Nas suas bodas de ouro em setembro de 1.991, reuniu toda a família e amigos, aproximadamente umas 120 pessoas, após a missa recebeu todos no sítio do seu filho Eurípedes, em Bataguassu, para um churrasco.
História contada por ele; em uma Festa Junina em Xavantina, um namorado ciumento atirou na namorada. Foram chamá-lo para levar a moça ferida para Presidente Epitácio para ser socorrida por um médico. Ele notou que a vítima estava com várias perfurações de balas no peito. Diante disso presumiu que não ia adiantar qualquer socorro, mas por desencargo de consciência, começou a viagem de caminhão, achando que ela não chegaria com vida. Por incrível que pareça, depois de mais de 5 horas de viagem, a moça sobreviveu. Foi constatado que os tiros foram dados de lado e perfuraram apenas os seios, não causando ferimentos que pudessem matá-la.
Foi vereador nos mandatos de 31 de Janeiro de 1963 a 30 de Janeiro de 1967 e 31 de Janeiro de 1973 a 01 de Fevereiro de 77.
Exerceu a presidência da Câmara no período de 31 de Janeiro de 1963 a 15 de Março de 1966.
Exerceu ainda as funções de Juiz de Paz no município de Bataguassu-MS e Fiscal da Secretaria da Fazenda Estadual-MS, na qual se aposentou. Concorreu a prefeito de Bataguassu na eleição de 1.967, não conseguiu se eleger.
A municipalidade de Bataguassu prestou-lhe Homenagem, deu seu nome a uma rua no Bairro Residencial Modelo I e a um equipamento de produção coletiva em um assentamento agrícola.
Em uma viagem para visitar o Pantanal mato-grossense, sofreu um acidente de carro no município de Miranda-MS e veio a falecer no dia 08 de setembro de 1.992, aos 86 anos de idade. Sendo sepultado em Bataguassu.
Por Antonio Bittencourt do Amaral (sobrinho)
NOSSOS AGRADECIMENTOS A TODOS QUE COLABORARAM COM SUAS LEMBRANÇAS E FOTOS: Eurípedes do Amaral (filho), Liége Bittencourt (sobrinha), Vanderley Bittencourt (sobrinho) e Paula Alessandra de Carvalho (neta)
Muito interessante, gostei muito de conhecer a história da família, parabéns.
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