28 fevereiro, 2022

Antigos Carnavais - por Jorge Remígio


Essa foto é muito interessante e já histórica, por que não? Marca um tempo, não é tempo, desculpe, entendo que seja mais preciso afirmar, que estávamos vivenciando uma fase transitória na sociedade, com mudanças radicais de valores. Fomos testemunhas , atores e atrizes dessa transformação. Atuamos e fomos importante, as vezes sem nem se dar conta daquele momento tão obscuro do país. A mudança de comportamento dos jovens, nos hábitos, roupa, cabelo, música e muitos apetrechos, levou a juventude da época, quebrar o cordão umbilical com a única expressão musical até então imposta, que era a música romântica e vozeirões de ópera. As famosas serestas . ENTÃO, FOMOS REVOLUCIONÁRIOS!. Sim, o cara de chapéu, que ninguém sabe quem é, pode ser da firma Queiroz Galvão. Célia Feitosa de Barros, tu parece com as tuas filhas. Bicho do Oião, Cláudio Simões, meu grande amigo, saudade de você. Ferdinando Feitosa está com uma faixa na cabeça, símbolo da imagem de Wilson Simonal. Inté

Texto Jorge Remígio

Um carnaval que passou - por Leônia Simões




Não podemos negar que o Carnaval passou por muitas transformações nos últimos anos. Principalmente se compararmos aos carnavais de outrora, que segundo os foliões da época o que prevalecia era a festa de rua, e não a competição entre as agremiações. A diversão nos clubes contava com marchinhas, dedos para cima, confetes, serpentinas, fantasias e muito lança-perfume.

É lógico que os tempos mudaram. Antes, no passado, não éramos tomados pelo consumismo que nos faz escravos, a vida era mais fácil de ser vivida, sem tantas cobranças, competitividade e outros. Tudo mudou, infelizmente, nem tudo para melhor. O carnaval de rua, de Recife e Olinda, por exemplo, tornou-se perigoso, devido à violência e os assaltos à luz do dia. Já na Bahia, o carnaval fugiu da tradição, conta com trios elétricos, embalados por músicas dançantes, em especial o axé. Se bem, que os trios viraram uma “febre” em todo o país. O foco, a estrutura da música, os desfiles do carnaval tradicional ganharam uma nova versão.

Recordo-me, ainda criança, na Rua da Várzea, dos animados e ingênuos foliões que passavam jogando água e talco em todo mundo, durante o período carnavalesco. Ficávamos de portas fechadas, observando dos vidros das janelas de casa, para impedir que algum folião mais ousado adentrasse sem pedir licença. Protegidos do mela-mela nos divertia ver as pessoas correrem para não serem pegas pelos foliões. À tarde, vinha à matinê. Fui poucas vezes. Tínhamos uma educação muito severa e papai nem sempre permitia. Mas, adoráva-mos a folia.

Lembro-me de um baile de fantasias no Clube, na gestão (Zezita Queiroz). Eu, minhas irmãs (Lucinha, Luciene, Lélia) e algumas amigas fomos caracterizadas de Branca de Neve e os Sete Anões. Nas noites seguintes nos vestimos de palhacinhas e ciganas. Mesmo não vencendo o concurso de fantasias, promovido pela Presidente, brincamos muito, pois a orquestra era excelente e o salão estava cheio de rapazes querendo paquerar. Foi muito legal.

Na década de 80, Sílvio Carneiro, através de D. Osminda convidou-me para aprender uma Marchinha de sua autoria e cantar no clube, num domingo de Carnaval, aí chamei o grupo de Jovens para fazer o Refrão. Aprendemos a marchinha nos primeiros ensaios, deixando o autor muito feliz. Penso que a idéia dele era resgatar os “velhos carnavais”. Apesar de ter sido muito bom, o projeto não foi adiante. O tempo foi passando, e os carnavais do clube e das ruas desapareceram. Sílvio partiu desta vida sem ver, à volta do famoso carcará. Quando vim para Recife, Luciene guardou a Letra da música, com cuidado e enviou-me nesses dias. Nunca esqueci a melodia. Agora, em homenagem ao Ex-Prefeito e Compositor Sílvio Carneiro, Deixemo-nos envolver pela folia e pela letra da música que nos remete a um passado recheado de saudades. Segue abaixo a letra. Um bom Carnaval para todos!


A VOLTA DO CARCARÁ

Marcha – Letra e Música: Sílvio Carneiro

I
UM CARNAVAL QUE PASSOU, DEIXOU:
A SAUDADE DO CARCARÁ
E ANTES DE SUA PARTIDA, CÔRO.
DEIXOU A DESPEDIDA, (BIS)
MAS UM DIA VOLTARÁ

II
FESTA IGUAL, NINGUÉM MAIS VIU,
DIA DE SONHO, ALEGRIA SEM IGUAL,
UMA AVE QUE REI MOMO ASSISTIU,
FOI UMA BRASA NO NOSSO CARNAVAL.

III
FOI UM SUCESSO INESQUECÍVEL
NO SALÃO DA FOLIA IMORTAL,
FOI A GLÓRIA, O CANTO INVENCÍVEL.
DA MARCHA FIRME NO NOSSO CARNAVAL


Um abraço,

Leônia Simões

25 fevereiro, 2022

Simplesmente Dudé - por Jussara Burgos


Fernando José


Não tem como começar a falar de Fernando José Carneiro de Souza, sem citar sua genitora, Dona Osminda Carneiro! Mulher esguia, sempre bem arrumada e uma artista talentosa!

Primeiro ela bordava à máquina e depois pintava tecidos. Suas mãos de fada faziam panos de pratos, enxovais para noivas e bebês, toalhas de banho e mesa, jogos de cama etc, etc...

Sua arte garantia seu sustento e o do seu único filho: Fernando José. Eu era frequentadora assídua da casa dos dois.

Dona Osminda não parava: ela pintava enquanto conversava com as visitas. Sua mesa era uma espécie de confessionário! Um divã de psicoterapeuta! Alí ela dava bons conselhos e conversava os mais diversos assuntos. Após minhas conversas com Dona Osminda, ela me acompanhava até a porta e no meio desse trajeto passávamos na frente do quarto de Fernando José, ele estava absorto lendo livros ou um dos seus muitos gibís. Somente na adolescência nos aproximamos. Nossa conversa, invariavelmente, era sobre a Segunda Grande Guerra Mundial. Fernando leu e pesquisou muito sobre o assunto e sempre falava sobre a guerra. Então resolvemos estudar alemão. Procuramos o pároco, ele se dispôs a nos dar aulas. Mas nos deparamos com uma tal de declinação do substantivo e dentre outros motivos que nos desestimularam. Não levamos nosso projeto adiante.

Nossa amizade se consolidou quando foi criado o grupo teatral Os Gandavos. Encenamos uma peça sobre a independência do Brasil, no Colégio Técnico Joaquim Pereira da Silva, onde Fernando José fez o papel de Dom João VI. Domingos Valeriano foi o nosso Dom Pedro I. A peça teve boa repercussão e ele me convidou para criarmos um grupo teatral. Começamos a procurar um nome para nosso grupo e não chegamos a nenhum consenso. Até que, numa manhã, ele apareceu na minha casa radiante, pois Tonho Remígio folheando o dicionário, encontrou a palavra "Gandavo", que quer dizer contador de histórias. Houve unanimidade e esse foi o nome escolhido. E, assim, fomos ensaiando e nos apresentando. Nessa época Tonho Remígio começou a chamá-lo de Dudé. E o apelido pegou. Dudé era um líder nato! Logo se tornou a pessoa indicada para ser o diretor do nosso grupo. Sem nunca ter estudado arte cênica, me deu aula de como me comportar no palco. Ele dizia: "olhe no fundo da sala sobre a cabeça do público. As pessoas vão pensar que você está olhando para elas! Mas não preste atenção em ninguém. Pois, se você olhar e uma pessoa sorrir ou fizer uma expressão que chame sua atenção, você pode se perder no texto e esquecer sua fala. Esse ensinamento não me serviu apenas para contracenar: ele serve para minha vida! Procuro olhar sempre adiante, na linha do horizonte e evito olhar aquilo que pode me desviar das minhas metas e pontos de chegadas. É preciso ter foco! Sou grata ao meu amigo!

Dudé era a autenticidade em pessoa! Avesso a tecnologia, não tinha endereço eletrônico. Há um tempo não tinha celular. As vezes que ele entrou em contato comigo, foi usando o email de sua esposa Beth.

Conhecendo sua natureza amante das palavras e por ele ser um gandavo, rendo-lhe homenagem contando a sua, a minha e nossa história sem tristeza, lágrimas e despedidas.

Dudé foi um cometa que passou nas paisagens de nossas memórias, deixando sua luz e viajando na velocidade da mesma, rumo ao infinito onde é o seu lugar. Espero em Deus lhe reencontrar para ouvir suas histórias e lhe contar as minhas. Seremos Gandavos eternamente!

Com carinho para Bete, João, Maíra, Aymara e Cheyenne.



Por
Jussara Burgos
Luziânia-DF
Fevereiro/2022

23 fevereiro, 2022

Escritor custodiense lança novo livro em Recife

 




CEL EDITORA LANÇA - O primeiro Drive-Thru Literário do Recife.


Na área externa do Parque Dona Lindu – Boa Viagem, acontecerá a realização do lançamento de livro no sistema drive-thru. No sábado, dia 5 março de 2022. O formato drive-thru foi a alternativa criada pelo escritor custodiense Édipo Santos para lançar o seu segundo livro de romance Em Busca do Circo dos Antepassados, publicado pela editora Cel – Casa de Eventos e Livros – Revista Jurema.

Para atender às exigências de segurança da pandemia, o leitor receberá o livro sem descer do veículo. O pagamento será realizado de forma antecipada por meio de transferência PIX e não haverá venda no local com utilização de máquina de cartão e dinheiro, para tornar o processo de autógrafo e entrega dos exemplares mais ágil e seguro.

Quem eventualmente for ao lançamento a pé também receberá o livro com todos os cuidados de prevenção, já que o local, por ser muito amplo e aberto, oferece maneiras de manter o distanciamento.



Para adquirir o exemplar, o pagamento deve ser feito usando a chave de PIX: 13.044.894- 0001-63 que é o CNPJ da Editora Cel – Casa de Eventos e Livros. O valor do livro é R$ 50,00 (cinquenta reais). O comprador deve colocar o nome completo na identificação da transação e enviar o comprovante para o email: celeditora@hotmail.com ou para o whats app: (81)99811-3391. No dia do lançamento, é só buscar o livro e receber a dedicatória feita no local pelo escritor.




Para maiores informações, entrar em contato com a Cel Editora: (81) 99811-3391 (Apenas Whats App)

(*) Posteriormente haverá lançamento em Custódia e na cidade de Belo Jardim. Assim que for definido a data, será amplamente divulgado.

Plínio Fabricio - Novos Vídeos em seu Canal Youtube



ABAIXO ÚLTIMOS VÍDEOS POSTADOS



AVE MARIA DO MORRO



JHALIL



IJEXÁ PARA JANAÍNA (CIRANDA PARA JANAÍNA)



CINCO TONS

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Custódia minha - Poeta Marcos Silva (Bisaco do Cordel)




CUSTÓDIA MINHA.

É entre Arcoverde e Serra
Que tem a bela cidade
Minha terra de verdade
Minha verdadeira terra.
O poeta aqui não erra
Falo de improvisação:
Lhe trago no coração
Desde que fiz a partida
Custódia terra querida
PRINCESA DO MEU SERTÃO.

Terra de muitos artistas.
De muitos educadores.
E de homens trabalhadores
Lutando pelas conquistas.
Tem poetas cordelistas
É causando admiração.
Tem festa de apartação.
Poeta que faz repente.
Custódia terra da gente
PRINCESA DO MEU SERTÃO.

Tem o Sítio Catolé.
Também Riacho do Meio.
Eu falo sem ter receio:
Lá tem um povo de fé.
Tem Padroeiro José.
Tem o Sitio Lamarão.
Lá todo João é Dão.
Tem Mata Verde e Malhada.
Custódia terra adorada
PRINCESA DO MEU SERTÃO.

Lá tem o Sítio Caetano.
Tem Engenho e Lagoinha.
Custódia também é minha
Eu falo e não é engano:
Tem Izaias que é meu mano
Que faz verso de montão.
Foi a terra do Betão.
Ainda é da tambaú.
Custódia eu gosto de tu.
PRINCESA DO MEU SERTÃO.

Marcos Silva.
São Paulo, 23/02/2022.


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20 fevereiro, 2022

O Menino que cresceu - autor Sevy Oliveira


Lembranças 

Da minha infância – Guardo a imagem do menino Fernando, de olhos vivos, andar ligeiro, sorriso meigo, sobrecarregado de ternura, de carinho e dos cuidados da família Florêncio, do Sr. José Daniel e Dona Laura, nossos vizinhos. 

Com os amiguinhos da época, explora todos os cantos, recantos e encantos daquele Sertão - Custódia, a cidade que não se esquece. 

Da juventude – Re-encontro o menino na Cidade Maravilhosa, agora um jovem estudante e orador eloquente, cavalheiro e responsável pela segurança da família. 

Proporciona-me a emoção de rever, em Nova Iguaçu, os seus pais, a família do carismático Sr. Catonho e o primo Padre Assis, que me fez conhecer lindos pontos turísticos do Rio. 

Da maturidade – Um novo re-encontro com Fernando acontece, agora em Custódia e com sua esposa, Maria Apolônia, na comemoração festiva do aniversário da emancipação política do Município. 

A alegria contagiante com os amigos, agora senhores, e surge a feliz ideia de promover um encontro dos custodienses a cada dois anos, incluindo os que moram na cidade e os que hoje vivem em outros recantos do Brasil. 

Dos seus caminhos percorridos – O labirinto das direções tomadas pelo menino, dos caminhos por ele trilhados e das experiências vividas e carregadas de crenças, descrenças, lágrimas, frustrações e sucessos merece o registro vivo que ele faz neste livro. Mas em tantas outras razões repousa o nosso aplauso à dignidade do profissionalismo e da honradez do homem - O MENINO QUE CRESCEU. 

Severina Oliveira (Sevy) 

Feira Livre de Custódia - Por Francisco Leandro



Passear pela feira livre de Custódia é fazer uso completo dos sentidos. É uma orgia de cores, sabores e sons. É mergulhar na poesia de cordel, é escutar os cantadores de viola, é relembrar os repentistas e os artistas mambembes é comprar frutas, verduras, cereais, ervas medicinais, carnes, assim como outros onde são encontrados roupas, calçados, bolsas, panelas e outros utensílios para cozinha, ferragens, miudezas, artigos eletrônicos e importados. Um “Shopping” a céu aberto.

Em um tempo de poucas opções de diversão, a feira era uma espécie de válvula de escape. Eu mesmo ficava "realizado" em ver o frenesi das pessoas passeando e, em seguida comprando a pomada "miraculosa".e um senhor com uma tabuleta anunciando e vendendo a famosa folha de boldo.

Francisco Leandro (francisco21leandro@hotmail.com)
Custódia-PE

08 fevereiro, 2022

Silvio Carneiro, meu amigo-irmão - por Laise Rezende


Arquivo Familiar


Meu convívio com Sílvio Carneiro, melhor amigo de infância e adolescência, é anterior a toda uma rica e densa trajetória de homem público, tão bem narrada por Creuza Carneiro, sua amada mulher, em texto publicado neste blog. Os precisos detalhes de cada etapa da vida dele, que ela traça com fidelidade, compõem o perfil de um homem que serviu, grande e generosamente, à cidade que mais amou - Custódia. Li, com surpresa, curiosidade e prazer, a sequência detalhada de todos esses tantos e tão importantes papéis que ele desempenhou com muita excelência. Nessa época de Sílvio homem público, eu já não morava em Custódia. Fiquei feliz, lendo o relato de Creuza, por saber em detalhes do seu sucesso - e orgulhosa do amigo - o que mais confirma pra mim sua preocupação com o outro, sua generosidade, sua inteligência brilhante e seu múltiplo talento. E confirma porque tudo isso esteve presente no nosso convívio fora desse mundo sério de administração pública, de política, de vida adulta. Seu brilho se revelava, sim, mas no seu fino e permanente humor, nas histórias criativas que inventava, na nossa firme amizade de quase-irmãos, na nossa parceria na arte - formávamos uma dupla muito requisitada para as apresentações dos "dramas".

Não esqueço de um elogio que recebi, na época, de seu Joaquim Pereira, que me marcou muito. Após minha participação numa das peças de teatro ou esquete, ou na recitação de um monólogo, ele me disse: " Você é a Bete Davis de Custodia!" Foi um prêmio! Mas Sílvio e eu não nos destacamos só como ator e atriz - também cantávamos em dupla. Lembro de uma das músicas do nosso repertório, que foi muito aplaudida, Quase Certo, gravada por Ângela Maria e João Dias, se não me trai a memória. Um bom pedaço da letra dessa canção ainda guardo na memória. Morando na mesma Praça Padre Leão, quase vizinhos, ele afilhado dos meus pais e grande amigo de Hélio, meu irmão, formávamos, com outros jovens da época, uma boa turma, que teve um longo período de encontro quase diário na calçada da nossa rua, nos degraus da Igreja, na praça defronte dela e em tantos outros espaços de uma cidade que era nossa. Eu assistia às brincadeiras dos meninos/adolescentes da época, contornando toda a Igreja, tecendo um arremedo dos filmes de cowboy, usando os revólveres que imitavam com as próprias mãos.




À noite, as meninas e os meninos-adolescentes, em grupos separados, volteavam a praça trocando olhares quando se cruzavam, ouviam e dedicavam músicas pela Rádio-Difusora Duas Américas, de seu Duda, e depois de Adamastor, surgindo ali muitos namoros, que se consolidavam nos bancos daquela praça. Por isso, eram ansiosamente esperadas as deliciosas, incansáveis, animadas e emocionantes voltas na praça. E o grupo mais amigo acabava sempre parando junto a um daqueles bancos, uns sentados e outros em pé, para uma boa roda de conversa.

E aí é que Sílvio mostrava seus tantos dons e rico talento. Era inesgotável sua criatividade. Eu era amiga-fã das suas histórias. Ria muito, até chorar, com as suas performances. Mas o que sempre e repetidamente me levava a não aguentar de tanto rir era quando ele cantava uma canção chamada Recordar é Viver, imitando o cantor Carlos Galhardo e exagerando ao máximo nos agudos, que acabavam sempre num tom tão alto e tão fino, que ele quase não conseguia dar conta. Era hilário! Inesquecível! Sagaz, ele percebia o quanto eu o admirava e me deliciava com a sua encenação - já aguardava a minha reação. E a conversa ia até o primeiro/segundo sinal, tarefa cumprida rigorosamente por seu Zé de Izaías, que apagava e acendia as luzes rapidamente, anunciando que se aproximava a hora de cada um recolher-se, pois ia "desligar o motor". Após o terceiro sinal, escuridão total!Sílvio foi um amigo-irmão muito querido.

A vida e as circunstâncias cortaram o encontro, mas nunca o afeto. Lembro de uma das últimas vezes em que o vi, senão a última, quando já morava aqui no Recife, na Rua do Futuro. Fiquei emocionada pela forma como ele e Creuza acolheram Danilo, meu filho - e o deixaram tão à vontade, que os dois, ele e Sílvio, acabaram brincando na cama do casal, na maior, mais natural e mais bonita parceria. Como maior, mais natural e mais bonita foi a nossa preciosa parceria de amigos-irmãos naqueles nossos velhos tempos, que, lamentavelmente, não voltam mais.




Laíse Rezende
Recife-PE
Fevereiro/2022

01 fevereiro, 2022

Quem foi Dona Nita ou Anita?

Sítio Dona Nita

Vários textos publicados no Blog Custódia, citam o sítio de Dona Anita, ou Nita, situado ao lado da rua da Várzea, por trás do CLRC. Afinal, quem foi Dona Anita?


Anna Pereira de Sá era filha de Cassiano Pereira e Ana Pereira de Sá. Nasceu no dia 25 de Julho de 1900. Veio de Vila Bela (Serra Talhada-PE) para Custódia, por volta de 1915. Casou-se com Antônio Remígio da Silva em 1918. Faleceu em 1963 aos 63 anos. Era neta de Sebastião Pereira da Silva e Januária Pereira da Silva. Sobrinha neta de Andrelino Pereira da Silva (Barão do Pajeú), primeiro prefeito de Serra Talhada.

Informações: Jorge Remígio e Jussara Burgos

Um olhar sobre Custódia 44 anos atrás


"Um olhar sobre Custódia 44 anos atrás". Uma retrospectiva com fotos da cidade tiradas em 1976 por Carlos Lopes.


Custódia: distâncias para outras cidades vizinhas


Curiosidades de nossa terra: Você sabia??


Ideia sugerida por Wilame Venancio, filho do Sr. Ulisses do DNOCS (In memorian), criar uma seção chamada VOCÊ SABIA? 

Para inaugurar esta seção, Wilame nos mandou 03 curiosidades, confiram:

1) Onde hoje está edificado o Banco do Brasil já foi um cemitério.

2) Onde hoje está edificado o comércio de Aluizio do Caminhão e a oficina de Zé Galego também foi um cemitério.

3) O cantor de merengue Kakau Gois é natural de Custódia? (informações: Janúncio Custódia )

VOCÊ SABIA???

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