19 maio, 2022

Após 2 anos, peça REI DOS REIS retorna em Custódia.


 

Após dois anos sem haver o Espetáculo devido a pandemia. A Fundarpe definiu ontem as datas dos Ciclos das Paixões. Rei dos Reis, conta as últimas 12 horas da vida de Jesus de Nazaré (Déo Garcez). Depois de sair da Santa Ceia, no meio da noite, Jesus é traído por Judas e preso por soldados no Monte das Oliveiras, sob o comando de religiosos hebreus, que eram liderados por Caifás.

Em Custódia, a peça REI DOS REIS, será realizada no dia 3 de Junho, as 20h no Bairro da Redenção. 

Deo GarceZ interpretará Jesus, breve mais detalhes sobre o Elenco Local.

Não deixem de assistir!!!

Abraço a Matriz de São José - por Zezita Queiroz


O abraço é usado, dependendo da cultura local, como forma de demonstração de afeto de uma pessoa para outra. Através dele podemos cumprimentar ou expressar sentimentos como carinho, amor, compaixão, saudade, congratulação etc. Esse sentimento de carinho, virou marca registrada na I e II edição do Encontro dos Custodienses, quando os participantes deram as mãos coletivamente, abraçando a Igreja Matriz de São José.

Esse ano (2008), além do abraço a Matriz, outro gesto significante marcou as festividades do encontro, aconteceu na noite de lançamento do livro “Custódia Relicário do Sertão” de Sevy Oliveira, no Colégio Municipal Ernesto Queiroz, onde Gracinha Queiroz, num gesto de extrema grandeza, entregou a Jônia Nóbrega, filha da homenageada Neuza Gonçalves Lima, uma placa de bronze, concebida pela Câmara Municipal de Vereadores, por sua mãe ter sido a primeira diretora do Grupo Escolar General Joaquim Inácio. Esse gesto de profunda grandeza, mostrou que o Encontro serviu para selar definitivamente as pazes entre as famílias.

Discurso de Zezita Queiroz durante almoço no Restaurante Macambira, durante II Encontro de Custodienses em 2008.




É com grande satisfação que preparamos esta festa para vocês e aguardamos com ansiedade este dia. Estamos felizes poder revê-los e pode abraçá-los. Graças a Deus tenho o prazer de nunca haver saído daqui, só para estudar, mas voltei, e aqui fiquei, convivendo com todos que moram neste lugar, vivenciando as palavras do poeta paulista Menotti Del Pichia, em seu livro Chamamento da Terra: “Fica, que aqui serão teus dias mais serenos. porque na Terra da gente, a própria dor dói menos“.

Tive sempre a paciência e esperança de alcançar dias melhores. Realmente em qualquer lugar que estejamos e trabalhamos para, sob qualquer aspecto, estarmos sempre melhores. Sofri muito com as ausências da família e pessoas amigas. Mas é a Lei da vida. Os filhos partem em busca de novos horizontes, e fazer o que? Luta, lutar e vencer.

Há homens que lutam um dia, esses são bons;
Há homens que lutam muitos dias, esses são melhores ainda;
Há homens que lutam toda uma vida, esses são imprescindíveis.

E nós, sertanejos custodienses, lutamos toda a vida e, por isso, somos IMPRESCINDÍVEIS!

Obrigada!

Zezita Queiroz 06/09/2008

18 maio, 2022

Januncio Siqueira lança "Canta Só Canções de Poetas Custodienses".


Acaba de ser divulgado no Sua Música o novo trabalho artístico do custodiense Januncio Siqueira, entitulado "Canta Só Canções de Poetas Custodienses". Segundo o artista, sempre procurou trazer em seus trabalhos um compositor da terrinha. Em todos seus discos tem alguém de Custódia.

Novo CD tem 10 canções de compositores custodienses como: Severo Paulino, Plínio Fabrício, Betão, Zé Caboclo, Amadeilson Nerys e Ederaldo Lemos.

JANUNCIO COMENTA TODAS AS FAIXAS:

01-SÃO JOÃO FOGUEIRA E FORNO (Januncio Siqueira) - Essa canção me inspirei no nosso Rei Luiz Gonzaga! Eu queria fazer algo temporal, trazer aquele forró de época misturado com os dias de hoje.

02-VEM CONHECER MEU SERTÃO (Severo Paulino) - Estava tomando o café da manhã na casa de minha mãe, quando ela me falou que tinha uma pessoa querendo falar comigo. Ele estava sentado na pracinha de frente da casa na Rua Joaquim Tenório. Era Severo do Rio da Barra, ele falou "Januncio eu tenho umas músicas prá te mostrar". Ele já estava com uma fita cassete gravada. Falei que iria ouvir e lhe daria um retorno. Então acabei gravando 5 canções dele neste trabalho. Obs. Severo Paulino autorizou colocar meu nome nas canções, não fiz isso.

03-UM BEIJO DE ADEUS (Plínio Fabrício) - Eu vinha a muito tempo observando o artista Plínio Fabrício. Eu via que ele escrevia canções com letras grandes. Nós encontramos uma vez na Festa de São José e conversei muito com ele e toquei nesse detalhe. Aconselhei ele a fazer letras menores, mais com um refrão pegador. Foi aí que ele gravou Um beijo de adeus e Por Amor. Então de imediato falei pra ele "Vou gravar essas duas Plínio".

04-CARENTE DE AMOR (Zé Caboclo) - Essa canção é simplesmente da pessoa que me inspiro muito, Zé Caboclo, é e sempre será o maior fenômeno musical de Custódia. As pessoas não conhecem o tamanho desse artista, além de tudo é muito meu amigo, irmão poeta cantador. Gravei com muito carinho.

05-LIGUE O RÁDIO (Ederaldo Lemos) - Ederaldo Lemos foi um dos a tocar Januncio Custódia na sua Rádio Comunitária, fez até vários especiais. Durante um show na Exposição de Animais de Custódia, me procurou e mostrou algumas canções numa fita cassete. Fiquei de ouvir, e após fiz uma mudança em alguns pontos da música. Comuniquei a ele, ele autorizou e disse que eu poderia colocar a parceria, também não o fiz. Gravei e é uma das canções que gosto bastante.

06-SAUDADES DO MOXOTÓ (Severo Paulino) - Essa é uma das cinco que gravei de Severo Paulino! Interessante Paulo. Tivemos que criar o nome artístico dele, ele se chama Severino Paulino de Souza, conhecido como Severo Jogador. Então falei "Severo Paulino", Ele amou, hoje muitos artistas já gravaram canções dele.

07-É O FIM DA LINHA (Amadeilson Nerys) - Amadeilson Nerys! Conheci através do meu grande professor Rubinaldo José de Sítio dos Nunes, pai Romário Som. Vi a canção na voz dele e o procurei, imediatamente disse que podia gravar. Gravei. Hoje somos grandes amigos.

08-FESTA DO BOI (Severno Paulino) - Mais uma do Severo Paulino! Faz parte das cinco que gravei.

09-VAQUEIRO ABANDONADO (Betão) - Essa canção é do Saudoso Betão! Tínhamos uma amizade bacana. Nos encontramos na festa de Padroeira de Fátima de Betânia, ele fez o show dele e em seguida fiz o meu. Ficamos hospedados no Clube Parque Hotel em Betânia. Conversamos muito, mostrei uma canção minha, ele mostrou essa canção dele. Combinamos gravar. Ele gravou a minha e eu gravei a dele. Era um enorme talentoso artista custodiense e grande amigo.

10-POR AMOR (Plínio Fabrício) - Essa é uma das duas canções que gravei do Plínio Fabrício!

Para ouvir este novo trabalho, é bastante simples, basta acessar o site
SUA MÚSICA, e baixar gratuitamente as faixas. CLIQUE AQUI



Comunidade Quilombolas - por Elyadja Barbalho



O calor escaldante e a estrada de terra é a paisagem que nos foi apresentada. O cenário é o sertão do Moxotó, onde encontrei uma comunidade quilombola. Um povo forte e corajoso, que carrega em suas veias a miscigenação de raças, mantendo suas raízes culturais, preservando e passando de geração a geração a sua identidade.

A comunidade quilombola está situada em Custódia, no sítio Buenos Aires. O munícipio fica a 350km da capital pernambucana. Quando falamos em quilombo, logo pensamos num lugar isolado formado por escravos fugidos. Esse conceito está atrelado exclusivamente a um passado remoto. A classificação de uma comunidade quilombola não se baseia em provas do passado, mas de como aquele grupo se define.



A professora Maria Yolanda do Amaral Santos, 51 anos, é representante da Comissão Estadual do Movimento Quilombola. No sertão atua como presidente da Associação da comunidade de Buenos Aires, que tem o objetivo de trazer benefícios para os moradores quilombolas. “Foram desenvolvidos vários projetos, entre eles “Saberes da Terra” que tem como prioridade ensinar pessoas que deixaram de estudar há muito tempo, de 5º a 8º série do ensino fundamental. O nosso maior orgulho é Dona Maria Elvira de Lima (foto), 73 anos, que voltou a estudar, e é um exemplo para os jovens que estão desestimulados“, explica.



O outro projeto é o “Saber da minha cultura“, onde os jovens e crianças participam da valorização e divulgação da sua cultura, da sua gente. Nele o samba de coco está presente. O coordenador é João Batista, 18 anos, que leva a animação e estimula os outros jovens a querer aprender a cultura dos seus antepassados. “O grupo foi formado por causa do incentivo da escola, dos nosso pais e também da nossa força de vontade. Hoje estamos com 18 pessoas, incluindo jovens e crianças. Através desse projeto aprendi a tocar sozinho o ganzá, um instrumento usado no samba de coco“, conclui.

Na comunidade a musicalidade que está mais arraigada é o samba de coco, que de modo geral apresenta uma coreografia básica: os participantes formam filas ou rodas, realizando o sapateado característico, e batem palmas caracterizando o ritmo. A dança tem a presença do “cantadó” que puxa os cantos, conhecido pelos participantes ou não. Quando o som do coco embala não importa se está calçado ou descalço, o importante não é o vestuário próprio, mas a preservação de influências indígenas, negras e africanas.




Os maiores desafios e lutas dos descendentes de quilombos que residem no sítio Buenos Aires, são garantir a sua própria subsistência. Pois a terra nessa época do ano é imprópria para o plantio, por causa da pouca quantidade de água na região.

Mas, mesmo sem condições, eles procuram produzir meios para seu sustento, como por exemplo, a produção de esculturas de barro, a fabricação de vassouras, balaios e outros objetos.

O projeto Biblioteca Rurais Arca das Letras chegou à comunidade quilombola com a parceria da Fundação Cultural Palmares, do Ministério da Cultura. Todo o Estado Pernambucano recebeu 160 arcas, beneficiando 18.100 famílias.

O programa foi desenvolvido especialmente para comunidades rurais e remanescentes de quilombos, com o intuito de incentivar a leitura. Os moradores indicam a instalação das arcas e quais serão agentes de leitura, que ficarão responsáveis pelo incentivo à leitura e empréstimos dos livros.

A realização do projeto contou a colaboração da FETAPE (Federação dos Trabalhadores de Agricultura de Pernambuco), do Incra-PE, do Sesc-PE e Sebrae-PE. O programa Arca das Letras integra ações do Ministério da Educação, da Cultura e da Justiça. Recebeu apoio também do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste.

A Fundação Palmares, do Ministério da Cultura, reconheceu o sítio Buenos Aires como comunidade quilombolas em 2003. É bom deixar claro que, a identidade desses grupos sociais não se reduz apenas a elementos biológicos distintos, como por exemplo, a cor da pele, mas, a um processo de auto-identificação mais diligente, como a organização política e social.

(*) A publicação desse texto, saiu em um trabalho interdisciplinar da FAVIP (Faculdade do Vale do Ipojuca). A disciplina era REDAÇÃO JORNALÍSTICA IV na epóca, onde os alunos eram responsáveis pela produção de uma revista com o tema livre. Os textos produzidos pela turma de jornalismo circula também dentro da instituição por um jornal laboratório A NOTÍCIA, com orientação dos professores. Essa matéria foi publicada em uma revista cultural batizada de EXPRESSÃO. Mas, só teve circulação dentro da faculdade em um encontro de jornalismo e publicidade, que proporcionou a amostra do nosso trabalho!! 

Texto: Elyadja Barbalho

Custódia na VEJA n° 982 de 1987




A revista VEJA disponibilizou seu acervo completo de forma digital, através do site : http://veja.abril.com.br/acervodigital/ 

Vejam duas referências sobre nossa cidade. 

Na primeira, cita o nome de uma moradora num comercial de receitas; já na segunda referência, na edição nº 982 de 1987, capa com ex-Presidente José Sarney(acima), tem uma reportagem com título “Seca em fundo Verde“, onde aparece fotografia de uma plantação de milho queimada, contrastando com o verde da caatinga, citando os moradores Cícero, Feliciana e o velho Bezerra. No texto da matéria não dá maiores detalhes de onde foi feita a reportagem. Apenas que são moradores de Custódia-PE.

17 maio, 2022

Piquenique - por Inácio Miranda


Por Inácio Miranda – do Livro "O Céu queria clarear" – Recife 2002.

Imagens produzidas na Concentração Brasileira na França dão conta duma festança de confraternização entre os jogadores e seus familiares. Pais, mães, esposas, sogras, irmãos, filhos e babás bebendo, comendo e conversando. Ronaldinho, todo jururu, num canto, conversava com o pai. Tafarel, subindo com a esposa num muro do jardim. 

Se isso fosse após uma espetacular partida vitoriosa já era errado, depois do fracasso frente aos pescadores de bacalhau era erradíssimo. Uma concentração, como a própria palavra preceitua, é para descanso, meditação e até oração. Mas regabofes! Isso não! 

Também pudera, os craques levavam mulher, pai, mãe, filhos, gatos, cães e até papagaio. O Ronaldinho alugou um chatô somente para sua mãe cozinhar feijoada para ele seu staff, todo esse esquema fez-me lembrar um júri havido em Custódia: o Juiz remanchou, remanchou, e, quando terminou de ler o libelo, já passava do meio-dia ( O Júri começara às 8h da manhã). 

Quem ia ser julgado era um vaqueiro rude que, de cara fechada, nada comentava, mas tudo olhava. A essa altura apenas lido o libelo, o juiz toca a campainha, anunciando que a sessão estava suspensa para o almoço e manda os soldados conduzirem o réu até a sala contígua para o repasto. É quando o preso diz: 

- Eu não quero almoço não

E, olhando para o juiz, acrescenta: 

- Vim para um julgamento e não para um piquenique. 

Os jogadores foram enfrentar um negócio seriíssimo, uma Copa do Mundo, que está envolvendo todos nós¸ brasileiros. Vejam-se as casas, os automóveis, os homens, as mulheres... Tudo, tudo vestido de verde e amarelo. E o caso de pensar como o vaqueiro: 

- Nós viemos aqui para jogar e não para um piquenique. 

O dia em que Custódia foi ao cinema - Por Raquel Santos



Por Raquel Santos 

O sábado estava com sol ensolarado, um céu azul bem bonito típico do sertão e muitos jovens de diversas idades curiosos em assistir, alguns deles pela primeira vez, uma sessão de cinema. No início da tarde do último dia 22 de agosto de 2011, os alunos da oficina de cinema da Casa das Juventudes de Custódia-PE viajaram rumo ao 4º Festival de Cinema de Triunfo

A cidade que faz fria cravada na serra do Pajeú se tornou durante a semana do dia 15 a 20 de agosto a vila do cinema, com uma programação extensa de curtas, média e longas metragens, além de oficinas educativas, seminários e homenagens merecidas a grandes incentivadores do cinema pernambucano, como Germano Coelho Filho, produtor dos filmes Baile Perfumado e Deserto Feliz e Genivaldo Di Pace, um dos precursores do audiovisual no Estado. 

Os alunos da Casa das Juventudes foram assistir a Mostra Não Competitiva de Cinema Infantil que exibiu nove curtas metragens com mensagens educativas e de incentivo ao lúdico, como por exemplo, a animação Imagine uma menina com cabelos de Brasil de Alexandre Bersot, que conta a história da importância da diversidade cultural entre os povos. 

Os olhos brilhando e a alegria de cada um dos 20 alunos que foram ao Festival de Cinema demonstraram a importância de incentivar a educação através da sétima arte. A viagem representou o fechamento da oficina de cinema que ocorreu durante as férias de julho e início de agosto na Casa das Juventudes. Os participantes dentre outros aprendizados conheceram a história do cinema feito no Brasil e mais especificamente em Pernambuco, além de terem produzidos um curta de um minuto sobre a importância da Casa das Juventudes para Custódia

Legenda da foto: Alunos e os facilitadores da oficina Raquel Santos e Pablo Murilo em frente ao Cine Theatro Guarany.

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06 maio, 2022

Pedro Pereira da Silva - O Poeta


Pedro Pereira da Silva Filho, também conhecido como o “Poeta”, descendente de agricultores, nasceu em 30 de julho de 1966, no Sítio Serrinha, município de Custódia, Estado de Pernambuco. Sua infância foi tranqüila na zona rural e após as primeiras séries do primário veio para cidade onde concluiu o ensino médio, passando a conviver com escritores de cordel e cantadores de repente.

Filho de Pedro Pereira da Silva e Maria do Carmo Santos da Silva, ambos, agricultores alfabetizados, pais de 16 filhos, sendo Pereira Filho, o primogênito dos homens.

O jovem poeta, desde cedo, adquiriu apreço pela terra, aprendeu a amar a natureza, sua primeira musa inspiradora. Inspirado nos poetas românticos: Cassimiro de Abreu e Castro Alves; Pereira da Silva além de cantar e contar a natureza canta também o amor.

Pereira da Silva, sempre soube valorizar sua cultura, seus costumes, seus hábitos, conforme demonstrado em suas obras. Como todo jovem que não se prende as dificuldades, sonhou algo melhor para sua vida, chegando a ser aprovado no curso de Direito na Universidade Federal de Pernambuco, desistiu e cursou Letras na AESA-CESA, onde teve grande influência do professor Rabelo, amante da poesia popular.

Sua vida estudantil sempre foi pautada de muita disciplina e compromisso, vencendo obstáculos. Também é pós-graduado em Letras pela AESA-CESA.

A propósito, Pereira queria mesmo era ser poeta. Quando saiu seus primeiros versos num modesto trabalho, de sua escola, ficou conhecido como “o poeta”, demonstrando que sua vida sempre esteve de certa forma ligada a literatura.

Por meio de suas habilidades, o custodiense, como todo nordestino, não deixa de sonhar, e, em busca desse sonho produz uma literatura que conta a vida cotidiana da nossa gente, valorizando assim a cultura local.

Estudar a vida dessas pessoas é uma das maneiras que encontramos para manter viva os costumes de um povo que, frente às dificuldades não baixa a cabeça e nem perde a esperança. Seu estilo literário inclui poesias lírico-amorosas; religiosas; social e épica, fazendo do mesmo um escritor eclético.

O escritor, Pedro, tem as seguintes obras poéticas publicadas: Um Infinito de Amor; Ame para Viver e Viva para o Amor; Dinha: “A Única Mulher que Amei e Amarei por Toda a Vida”; Etiquetas e Dicas Sexuais, cuja publicação ocorreu em ordem seqüencial segundo a nossa escrita.

O sertanejo valente
Não foge da sua luta;
Ainda que a labuta
Se prolongue arduamente;
Este caboclo condolente
Enfrenta chuva e mormaço:
Firme no pulso do braço…
Desconhece o capelo…
É fino quanto cabelo,
É forte quanto o fio de aço.

(*) Material cedido gentilmente por Fernando José Amaral, usado em seu TCC na AESA-CESA em Arcoverde. Por favor, quem usar o material, por gentileza, citar o autor do trabalho. Grato.


Projeto Pesquisa - Luizinho Tenório "O amigo sincero"



Projeto de Pesquisa apresentado a história de vida do ex-Prefeito de Cassilândia e ex-Deputado Estadual pelo Estado de Mato Grosso do Sul por duas vezes.

Possibilitar o registro e resgate histórico é fundamental a um povo, estando pois, preservando as suas origens e mostrando, através das biografias, quem foram os homens que colaboraram para a história de um determinado lugar. Dessa forma, este é o tema escolhido e proposto ao Projeto de Pesquisa a ser desenvolvido: “Luiz Luizinho Tenório de Melo”. É fato e não se pode negar, a importância desse homem ao município de Cassilândia e ao Estado de Mato Grosso do Sul.

A presente pesquisa tem como objetivo levar ao conhecimento de quem possa interessar um pouco do que é o homem Luizinho Tenório e, por conseguinte, buscar, resgatar e contribuir substancialmente para a historiografia do Estado de Mato Grosso do Sul e do município de Cassilândia através da biografia de um homem que pode representar todos os outros pela sua solidariedade, humildade, lealdade, sinceridade e amizade sincera principalmente, pela representatividade política conquistada no município de Cassilândia e no Estado de Mato Grosso do Sul. Assim, procura-se apresentar a história de vida de Tenório, principalmente, sua participação na política, elencar e conhecer o que Luizinho proporcionou à Cassilândia e ao estado de Mato Grosso do Sul, entender a opção desse homem em ajudar ao próximo, conhecer o que algumas pessoas falam do homem e político Luiz Tenório.

Nesse contexto, se busca preservar e registrar às novas gerações, quem foi e é Luizinho, entendendo que para compreendermos a atualidade é fundamental conhecer, preservar e registrar a história de nossos antepassados e dos grandes homens que contribuem para a edificação, não só da estrutura física de um município, como e principalmente, das suas essências, valores, culturas e políticas.

Luiz Tenório de Melo, o Luizinho, nasceu no dia dez de setembro, no ano de um mil novecentos e quarenta e cinco, no distrito de Quitimbú comarca de Custódia, no Estado de Pernambuco, filho da senhora Maria José de Oliveira e do senhor Joaquim Tenório Sobrinho, o Pernambuco, como ficou conhecido e afamado em Cassilândia e região.

Ainda muito pequeno, aos 4 anos incompletos, como retirante da seca e das dificuldades que a demanda, Luizinho, acompanhando seus pais e juntamente com a irmã mais nova que ele Maria Izalve Tenório de Melo com 2 anos completos, saíram do nordeste a procura de melhores condições para sobreviver. Viajando em um pau-de-arara, foram quinze dias de um percurso exaustivo até chegarem e fixarem residência por um tempo no Estado de São Paulo, inicialmente, em, Pompéia e, finalmente, em Novo Cravinhos distrito de Pompéia, onde viu nascer os seus outros irmãos Maria Lourdes Tenório, Cícera Tenório de Melo e Francisco de Assis Tenório, porém passavam por muitas privações.

Em busca de um local mais promissor, a família de Luizinho chegou na cidade de Cassilândia estado de Mato Grosso uno em 12 de abril de 1955, onde fixou residência juntamente com seu pais, e onde a maioria da família ainda permanece até os dias de hoje. No município de Cassilândia Luiz Tenório de Melo passou toda a sua juventude e, viveu os seus melhores anos, onde a família conheceu altos e baixos. Com muito trabalho e perspicácia nos negócios o seu pai, o Pernambuco, em pouco tempo se tornou um homem abastado, sempre se notabilizando como um homem benevolente e que ajudava a todos indistintamente tendo sido esta sua marca durante todos os anos em que viveu entre nós. Pernambuco foi o primeiro carroceiro de Cassilândia, ao fazer alguns fretes alguém quis comprar sua carroça e ele prontamente a vendeu. Com este dinheiro comprou duas carroças no interior de São Paulo (Rubiácea) que também vendeu, e assim procedeu sucessivamente comprando e vendendo carroças juntando recursos suficientes para comprar e pagar um sitio ao lado da cidade onde fez um loteamento denominado Vila Pernambuco em homenagem ao seu estado de origem; grande parte destes lotes foram doados as pessoas mais carentes do município e o restante foi vendido. As ruas e praças deste loteamento foram abertas de enxadão e enxada por Pernambuco e trabalhadores por ele contratados nos idos de 1957.



Luizinho casou-se com Luisa Soares de Melo, em 08/08/1970, viúva, mãe de José Luiz Soares de Mendonça e de Fernando Cezar de Mendonça, ambos casados. Do casal nasceram dois filhos Afrânio e Mariane sendo que Luizinho tem mais uma filha de nome Marinalva.

Luizinho é formado em Economia pela Associação de Ensino de Marilia, hoje Universidade de Marilia – UNIMAR, é Economista militante devidamente inscrito no CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA – 20ª Região sob número 0531. Iniciou suas atividades Públicas em Cassilândia nos anos 60, quando foi Secretário Geral da Prefeitura, mais uma vez foi Secretário na década de 70 dessa feita de Administração, nessa mesma década foi nomeado funcionário da Secretaria de Estado da Fazenda por ato do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, sendo hoje AF aposentado.

Há aqueles que lutam um dia; e por isso são bons; há aqueles que lutam muitos dias e por isso são muito bons; há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda; porém, há aqueles que lutam toda a vida; esses são imprescindíveis (Bertolt Brecht- 1898-1956).

E, exatamente focado nesse pensamento que se escolheu o nome de Luiz Tenório de Melo para esse projeto, ele é um homem que não foge à luta, sendo assim, imprescindível a seu povo, sendo um homem que foi e, ainda é uma representatividade valiosíssima no município de Cassilândia e no estado de Mato Grosso do Sul e, como o objetivo do historiador é resgatar e registrar as origens de seu povo, ele representa fielmente o exemplo de homem que não pode ficar esquecido e perdido no tempo. Para falar sobre Luizinho existem vários caminhos a serem seguidos: o político, o administrador, o cidadão solidário, o funcionário público.

Algumas colocações são importantíssimas e, portanto, essenciais para o entendimento e relevância dessa pesquisa. Assim, de acordo com o depoimento de Adélia Dias dos Santos1 (2008), uma grande amiga, fica claro quem é, acima de tudo, o homem Luiz Tenório de Melo:

Adélia Diz:

Ex-Prefeito, Ex-Deputado, mas para nós é o nosso “Luizinho”. Luizinho pessoa humilde e honesta, de garra, fibra, persistência. Uma pessoa de família simples e muito boa, todos bem relacionados na comunidade onde vivemos. Ele é uma pessoa especial, um amigo querido, amigo das horas felizes e das horas difíceis principalmente. Costuma-se dizer que ninguém pode escolher a família em que nasce, mas é possível selecionar os amigos. E, Luizinho mora nos nossos corações numa poltrona bem macia. Confúcio, já nos dizia que: “para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. 

No sucesso verificamos a quantidade e, na desgraça a qualidade”. Luiz é uma pessoa com quem conversamos sem reservas, independente da hora, ele sempre sabe oferecer o aconchego de seu coração sem pedir nada em troca, e, quando ele precisa sabe que pode fazer o mesmo sem objeção, pois todos dessa comunidade onde vivemos o traz no coração. Não importa o tempo em que fica distante, ás vezes, até por problemas de saúde, porém sua “torcida” é fiel, isto porque a amizade é irmã do amor e não tem cara, tem reciprocidade, afetividade, respeito, carinho, confiança e alegria. Luiz é aquela pessoa que nos diz o que acha ser correto, mesmo não sendo o que gostaríamos de ouvir, e nós o respeitamos porque a amizade de todos nós por ele está acima das censuras. 

É um amigo que nos avisa do perigo, quando não conseguimos enxergar. Oferece o ombro amigo sem pré-requisitos, ele sabe ouvir, tanto quanto escutar com atenção. Não existe escola para formação de amigos. Eles por si já nascem aptos, por isto não impomos regras dentro de uma amizade, elas se compatibilizam sem invasões, unindo os verdadeiros amigos sem maldade, sem segredos, sem interesses, a felicidade de um amigo é a felicidade do outro. Luiz, a Amizade Sincera, nunca foi esquecida por todos nós, apenas cristalizada para um momento qualquer, seja de novo reacendida e vivida plenamente. Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho. 

Mas, Luizinho não só cruzou o nosso caminho, ele ajudou, confortou e matou a fome de muitos de nossos irmãozinhos menos favorecidos pela sorte. Como homem público, desempenhou o seu papel de representante do povo com muita coragem e confiança. Seu coração enternecia com o sofrimento, e, eu daria a ele o título de Guardião da Pobreza, merecidamente. Algumas pessoas percorrem ao nosso lado, no mesmo caminho, vendo muitas luas passarem, outras vemos entre um passo e outro, a todas elas chamamos de amigos, porém não deixaram marcas, porque o essencial é visto com o coração e elas não tiveram essa sensibilidade. Há muitos tipos de amigos. 

Talvez cada folha de uma árvore caracterize um irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda a família de folhas, a qual respeitamos e, desejamos o bem. Há outros que se tornam a própria árvore, e, abriga em sua sombra todos aqueles que se aproximam. É assim que descrevo o meu amigo Luiz, como uma frondosa árvore, cujos galhos protegem o seu povo, dando guarida, sombra e conforto aos necessitados. Luiz, que Jesus seja teu abrigo nas tuas caminhadas, que seja a luz nas suas decisões e o amparo para sempre na amizade sincera.

Um abraço. Adelia Dias dos Santos

É assim que João Juarenço Girotto 2 (2008), fala de Luizinho:

Um dia pediram uma definição de Luiz Tenório de Melo, o Luizinho. Não titubeei “é um amigo sincero”. Luizinho. Como é chamado na intimidade, poderia escolher entre ser um homem rico ou um homem solidário. Escolheu o segundo e não deve ter arrependido. Mas, teve um grande exemplo, o seu pai, Joaquim Tenório Sobrinho, o Pernambuco. Nunca deixou de ajudar o próximo, mesmo quando em sua casa o dinheiro andava curto. Não tinha uma pessoa doente em Cassilândia que não recebia a visita do Pernambuco, sempre com uma garrafa de guaraná e um pedaço de carne. Luizinho nasceu e cresceu vendo seu pai fazer grandes negócios, como corretor e logo acabar o dinheiro, por ter dado a quem mais precisava. Foi o seu exemplo. Para ser sincero, acredito que até suplantou o mestre. Quando se fala em Luizinho, se lembra sempre da pessoa disponível para auxiliar quem a ele se socorre, da voz amiga e da casa sempre cheia de compadres. Luizinho foi prefeito, deputado estadual, mas nunca esses cargos “subiram à sua cabeça”. Manteve a humildade e os velhos amigos. Ficou muito doente. Todo mundo rezou para que se recuperasse. Mas, Deus acalmou a todos “ele tem crédito”. Com certeza, precisava de muito crédito para sair daquela. Resumindo: falar de Luizinho é fácil, quero ver ser igual a ele?

É assim que Silvio de Oliveira 3 (2008), fala de Luizinho:

Creditaram-me tarefa árdua. É!!! Missão para os renomados escritores, para autoridades políticas e para pessoas de alto saber, e sou sabedor de não possuir tais dotes e dons. Mas, já que me deram a honra para esse mister, então não poderia fugir a responsabilidade de render minhas homenagens a este sustentáculo da política sulmatogrossense. Filho do nordeste, honrado o cabra da peste, de tradição sertaneja, família pernambucana, da prole de Joaquim Tenório Sobrinho, o Pernambuco um carroceiro matuto que graças a sua astúcia fora duas vezes prefeito da terra de Cassinha. É!!! O que falar deste bravo retirante nordestino!? Homem cabloco que não se furtou ao destino de defender sua ideologia, talvez essa palavra para o Joaquim Pernambuco tivesse outro significado – mas acostumados chamar de filosofia, certo que a filosofia que ele cria era a fraternidade, viveu para a servidão, sempre dividiu seu pão com os menos favorecidos pela sorte. Contam nessas paragens que seu Pernambuco morreu pobre, mentira pura! Pois seu coração guardou e soube transmitir a maior riqueza que se pode cultuar e honrar no SER, foi um verdadeiro milionário da bondade, da amizade, do respeito ao próximo, e da fé inabalada no homem. Seu Pernambuco não passou em brancas nuvens pela vida, sorriu as alegrias e chorou as tristezas de seu povo. Exemplo de coragem, chefe de família respeitador, assumiu o papel de pai não só da prole, mas das pessoas desprovidas do mínimo para sobrevivência. Amigo, companheiro e fiel as suas origens e a sua ideologia. Foi o porto seguro da sua gente, tinha a decência e a vergonha por companhia. Peraí! Mas é de bom alvitre lembrar que seu Joaquim não levava desaforo para casa. Era manso, porém se transformava em fera, na proporção do desaforo recebido. Forrado de coragem e desprovido de vaidade, mandava praquele lugar qualquer desafeto que quisera lhe ferir a honra, por isso, também era temido pelos covardes de plantão.Pois bem senhores! Ante aos atributos aqui presentes não é de se admirar ter surgido na prole legitimada dois filhos legítimos seguindo o exemplo paterno na percepção abrupta da palavra. Mas, por delimitação do assunto, falaremos de Luiz Tenório de Melo, uma vez prefeito da nossa pacata Cassilândia e também duas vezes Deputado Estadual por Mato Grosso do Sul. O homem possui suas raízes, fincadas em solo fértil, produz frutos belos e raros. Luizinho, como é conhecido pelo povo de Cassilândia e região, é o produto mais puro da bondade do coração de Pernambuco “Pai”. Cresceu vendo exemplo paterno da fraternidade, do amor ao próximo, da retidão de caráter e do respeito às leis divinas e terrenas. Sua infância foi recheada de peraltices no solo aconchegante do seu chão e nas águas correntes e maliciosas do Aporé. Estudou. Economista de formação. Profissão – o fisco. Venceu na vida e poderia muito bem fechar-se em seu mundo e esquecer os problemas à sua volta. Isso Nunca! Seria traição aos dogmas paterno. O que fazer então? A resposta foi deixada ao povo da sua terra. A mesma gente que honrou Pernambuco Pai, na militância política, conduziu o filho nos braços rumo à vitória nas urnas.Pronto! A história continua! A arte de se fazer política no corpo a corpo, conforme os ensinamentos do patriarca, alcançou a chefatura do executivo, mas isso era só o começo, vôos ainda mais profícuos estavam por vir. Não que queira queimar etapas. Aconteceram vários episódios entre o primeiro mandato e o segundo, mas nos ensina o velho ditado: em briga de marido e mulher não se mete a colher. Isso serve perfeitamente para a política. E temerário que sou de mordida de cobra e de aparecimento de sombração, não me sinto habilitado para enveredar nos caminhos de filiações partidárias e nem tomar partido nos partidos partidos. E as suas lutas, as sua disputas eleitorais foram envoltas de campanhas efervescentes. Não foi uma e nem duas vezes que Luiz Tenório candidato, herdando a valentia Pernambucana, se pôs entre acaloradas discussões contra seus desafetos políticos em vésperas do pleito com preito de se eleger, o que fatalmente acontecia. Eleição para prefeito, no trevo abaixo da feira estava Tenório e Celino e todos os adjetivos pejorativos saltavam de suas ferinas línguas. Mas já diz o velho jargão: em eleição vale tudo, só não vale perder. Contida a desavença, ocasião que me fiz conhecedor de Luiz Tenório de Melo. Fui eleitor e expectador de sua eleição a Deputado Estadual. Na Assembléia Luizinho, não mediu esforços para ajudar seu povo. Projetou Cassilândia para todo o estado e trouxe um pouco do tão sonhado desenvolvimento econômico para sua gente, fazendo mais uma vez, tornar realidade os sonhos de seu patriarca. Difícil na remeter a seu Joaquim todas as glórias de Luizinho, o fato é que a bondade conhecida do pai se traduziu com maior grandiosidade no filho. Assim, se denota, em linhas gerais, que há uma mescla, ou seja, uma verossimilhança entre ambos, não adstrita a aspectos fisionômicos e sim na conduta, no caráter e no exemplo de vida. E como a vida imita a arte, Luiz segue os ensinamentos de Joaquim. Não é a toa que um terço da cidade de Cassilândia leva o nome político de seu fundador, a Vila Pernambuco, palco da infância de Luizinho. Ainda maroto desnudou o chão morno e aconchegante do vilarejo. No mister de auxiliar o pai na lida de carroceiro, profissão que lhes garantiu o sustento. Luiz Tenório de Melo se fez homem na acepção mais pura da palavra, alicerçado pela grandiosidade de amor e compreensão de Dona Luisa, sua companheira de luta, mulher incansável, soube na sua infinita bondade dividir o chefe de família e pai de seus filhos com uma população. Mulher que fez da vida um sacerdócio na arte de dosar ternura, afeto e atenção entre os anseios do lar e a vida pública, que cobrou muito mais de si, pelas infinitas horas de solidão , na difícil tarefa de se conduzir como modelo de mulher, mãe e cidadã, adjetivos esses que sobram quando se fala na Dona Luisa. Fazendo com que Luizinho tivesse todo o suporte necessário, material, humano e intelectual para se dedicar à missão que abraçou. O povo fez de Luizinho um gigante, um verdadeiro gigante de coragem, bondade e amor ao próximo.



Foi seguindo os passos do pai como homem honesto, respeitado e popular que Luizinho, gradativamente, também se enveredou para a política, tomando gosto por esse ofício. Sua vida pública começou no município de Cassilândia, como Secretário Municipal de Administração, entre os anos de 1964 e 1967 e de 1975 a 1977. Foi eleito prefeito de Cassilândia em 1988, administrando com o seu vice Hugo Eduardo Silva, de 1989 a 1992.

Luizinho Tenório foi eleito deputado estadual pelo PDT, em 04/10/1998, obtendo em sua cidade, Cassilândia, 7.548 votos 73% (setenta e três por cento) e outro tanto fora de Cassilândia. Nas eleições de 2002, obteve 12.848 votos e ocupou a segunda suplência da coligação, dois anos mais tarde, retornou à Assembléia Legislativa com a licença de Antonio Braga e Dagoberto Nogueira:

Na manhã do dia 09 de novembro de 2004, assumiu a vaga do Deputado Dagoberto Nogueira, que foi para a Secretaria de Produção e Turismo, o suplente Luiz Tenório de Melo, o popular Luizinho. A posse ocorreu na Assembléia Legislativa, contando com a presença de representantes de agremiações políticas que o apoiaram e amigos de todo o Bolsão. Luizinho agradeceu a recepção dos colegas parlamentares e disse que suas prioridades são lutar pelos projetos nas áreas da educação, saúde e segurança, principalmente pela região do Bolsão, pela qual obteve 12.848 votos (…) Representante do Bolsão de Mato Grosso do Sul, o Deputado Luizinho Tenório estará nos próximos anos trabalhando e defendendo a sua região, como fez em seu mandato anterior (ILHA INTEGRAÇÃO, 2004).

Em seu trabalho como prefeito e deputado sempre primou pelo social, buscando atender individualmente a quem quer que o procurasse. As portas do seu gabinete sempre estiveram abertas para toda a população. É homem público popular e sensível às causas do povo, com ótimo trânsito em todas as esferas do Governo Estadual, reforçou a bancada regional, contribuindo com as administrações das prefeituras da região, quando deputado.

Representante do Bolsão Sulmatogrossense, vestiu a camisa de muitos municípios em parceria com as administrações municipais, no sentido de ser no Legislativo a voz desses municípios, reivindicando repasses, verbas e todas as benfeitorias que cada um necessitasse, deixando marcas em muitas regiões e setores.

O progresso de Cassilândia se deve à perseverança de seu povo, tendo entre eles pessoas como Luizinho, que vem acompanhando e sendo responsável por importantes conquistas para o município, tanto como prefeito, no final da década de 80, quanto como deputado estadual representando a cidade e região na Assembléia Legislativa nos dois últimos mandatos. Em seu primeiro mandato, entre várias vitórias, Luizinho conseguiu R$150 mil para implantação do Projeto Amigão em Cassilândia e garantiu o repasse do Fundersul para asfaltamento da Rodovia MS-306 entre os municípios de Chapadão do Sul a Costa Rica. Em seu segundo mandato, as solicitações feitas à Assembléia Legislativa já foram transformadas em realidade para o município, demonstrando o trabalho árduo do parlamentar num curto espaço de tempo, de novembro de 2004 a março de 2006. Foram quase 200 indicações de melhorias para o Estado de Mato Grosso do Sul, principalmente para a região do Bolsão. A maioria direcionada para garantir melhorias para Cassilândia (SUPORTE, 2006).

Luizinho foi um Deputado extremamente presente em todos os municípios, além de Cassilândia, os municípios de Aparecida do Taboado, Inocência, Costa Rica, Água Clara, Camapuã, Chapadão do Sul, Selvíria, Paranaíba, Alcinópolis, Anastácio, Paraíso das Águas e, enfim, todos os 78 municípios do Estado de Mato Grosso do Sul foram beneficiados direta ou indiretamente pelo deputado Luiz Tenório de Melo, quando da sua participação no Legislativo Estadual, com emendas parlamentares importantíssimas.


Enumerar todas as conquistas obtidas por Luizinho como prefeito de Cassilândia e como Deputado Estadual fica difícil, porém, destaque especial para as questões da saúde com projetos e reivindicações de equipamentos hospitalares, aquisição de ambulâncias, UTIs, reforma de hospitais e construção de Postos de Saúde, construção de posto artesiano, é responsável pelo projeto da cirurgia de vasectomia gratuita em hospitais públicos e conveniados de Mato Grosso do Sul, bem como, o projeto que proíbe a comercialização de produto a base de amianto, cancerígeno sendo o primeiro estado a sancionar tal Lei, trazendo uma qualidade de vida melhor à população:

O deputado estadual Luizinho tornou-se o centro das atenções nos últimos dias. O deputado é autor do projeto de lei 2.210 que foi sancionada pelo governador Zeca do PT. Esse projeto proíbe a comercialização de produtos a base de Amianto que são formas fibrosas de silicatos minerais extraídos das rochas metamórficas usadas na construção civil e na pulverização. Mato grosso do Sul foi o primeiro estado brasileiro a sancionar tal lei proibindo a comercialização dos derivados desse produto, como telhas e caixas d’água, o amianto pode provocar câncer no pulmão (…). Esse material que já foi considerado mágico, hoje se tornou, segundo o deputado Luiz Tenório, a poeira assassina ( NOSSA OPINIÃO, 2001).



E também, Suporte (2006, pág. 06) destaca :

Através de emenda parlamentar, Luizinho destinou para Cassilândia mais de R$ 200 mil, tendo sido a maioria liberada até a presente data, beneficiando várias escolas e entidades do município. Destes, R$ 40 mil foram destinados para a construção de uma quadra poliesportiva na Escola Municipal Ilma Costa (CMEIC) e mais R$ 80 mil para aquisição de uma ambulância com UTI móvel para a cidade. Preocupado com a saúde, Luiz Tenório apresentou dois projetos de lei: vasectomia (esterilização masculina) gratuita em hospitais públicos e conveniados com o SUS (Sistema único de Saúde) e a obrigatoriedade da presença de aparelho desfibrilador, aparelho utilizado para restabelecer o batimento cardíaco, em locais com grande concentração de pessoas. Colaborou diretamente com mais de 1.300 pessoas, através de hospedagens, consultas, exames, cirurgias e internações hospitalares durante este último mandato.

Luizinho buscou recursos à asilos e APAES; doação de terrenos e construção de unidades habitacionais, contribuindo para a diminuição do déficit habitacional elevado; reforma e construção de estradas, como a MS-324, BR-158, pontes, como exemplo, a conquista que encampou pela reforma e manutenção da ponte Rodoferroviária, na divisa do estado de Mato Grosso do Sul com São Paulo; a construção, asfaltamento e sinalização de ruas e avenidas e reformas de estradas rurais, construção de redes de esgoto e drenagem, anistia de débitos fiscais de pavimentação asfáltica, dando maior conforto e segurança à comunidade:

Assim que assumiu em novembro de 2004, o Deputado Estadual Luizinho reivindicou, junto ao governador Zeca do PT, a implantação de novo asfaltamento dos 26 quilômetros da Rodovia Joaquim Tenório Sobrinho (MS-306), entre Cassilândia e o trevo do antigo Posto Fiscal do Aporé, como também o recapeamento total e sinalização até a cidade de Chapadão do Sul, obras executadas e concluídas. Outra grande conquista de Luizinho para Cassilândia e região foi a recuperação da ponte Rodoferroviária, entre Rubinéia-SP e Aparecida do Taboado-MS. A falta de manutenção estava deteriorando aquela grande obra, os pilares da ponte revestidos de madeira estavam tomados por cupins, as luminárias depredadas, fiação elétrica roubada, buracos nas pistas de rodagem, entre outros. Em audiência realizada em Brasília, com o então Ministro dos Transportes Alfredo Pereira do Nascimento, políticos da região, liderados por Luizinho, garantiram entendimentos para liberação da verba necessária. Luizinho assumiu a cadeira naquela Casa de Leis no último mandato por pouco mais de um ano, mas deixou um legado de conquistas para a região, contribuindo consideravelmente com o desenvolvimento da cidade, que se orgulha com o dinamismo de seu representante, um dos parlamentares mais atuantes e respeitados no Estado (SUPORTE, 2006).

Na educação, Luizinho buscou recursos para a construção e reforma de escolas, creches, bibliotecas, quadras esportivas, aquisição de computadores, uma necessidade essencial para o futuro da população; distribuição de cestas de alimentos, leite, pães e cobertores à comunidade carente, proporcionando maior dignidade; aquisição e reforma de veículos, maquinários e mobiliários da prefeitura; dentre muitas outras.

Não fugindo às responsabilidades de homem público, compromissado com suas bases eleitorais, sempre faz questão de participar de todos os acontecimentos sociais como inaugurações, festas, eventos, cavalgadas, principalmente, no município de Cassilândia.

No último dia 24, ocorreu em Cassilândia, a formatura de mais uma turma dos cursos de Português e Inglês da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS. A solenidade foi realizada no Cassilândia Tênis Clube (CTC), contando com a presença da Pró-Reitora Maria José de Jesus Alves Cordeiro, Professores, Formandos, Autoridades Municipais e Familiares. O Deputado Luizinho estava presente, sendo o Patrono dos Formandos. Na ocasião fez um belo discurso (FOLHA DE SELVÍRIA, 2004).

Mesmo representando o estado com um cargo de tamanha importância, Luiz Tenório de Melo jamais se esqueceu das suas origens. Com simplicidade, humildade e atenção, continuou sendo o nosso Luizinho, o braço ainda permanece sempre estendido, acenando, jamais negou um cumprimento a quem quer que fosse e, o mais importante, independentemente de ser ano político ou não. São esses pequenos detalhes, gestos e valores que caracterizam um homem de verdade e os munícipes de Cassilândia têm orgulho em dizer que, aquele menino que chegou de Pernambuco, agora é, inegavelmente um filho de Cassilândia, Custódia que nos perdoe…

Um grande homem demonstra sua grandeza pela forma como trata os pequenos.

Carlyle 

REFERÊNCIAS

ALVARENGA, Corino Rodrigues de. A Verdadeira História de Cassilândia. Campo Grande: Gráfica e Papelaria Brasília Ltda, 1986.
FOLHA DE SELVÍRIA, Jornal da Integração Regional, 2004, pág.07.
GIROTTO, João Juarenço. Depoimento colhido em 08/01/2008.
ILHA INTEGRAÇÃO. Jornal, Ano X, Edição nº 397, 12 a 18/11 de 2004, pág. 01.
LEAL, Hermelina Barbosa. Cassilândia A Princesa do Vale do Aporé, sua história e sua gente. Campo Grande – MS: Morena Gráfica e Editora – Santos & Faria LTDA, 2001.
OLIVEIRA, Silvio de. Depoimento colhido em 29/01/2008.
NOSSA OPINIÃO, Revista. Costa Rica e Aparecida do Taboado – MS: Editora Caiapó, Fevereiro de 2001, Ano 2 – nº 5, pág. 9. Revista. Costa Rica e Aparecida do Taboado – MS: Editora Caiapó, Dezembro de 2001, Ano 2 – nº 12, pág. 28. Revista. Costa Rica e Aparecida do Taboado – MS: Editora Caiapó, Abril de 2005, Ano 4 – nº 38, pág. 4. Revista. Costa Rica e Aparecida do Taboado – MS: Editora Caiapó, Julho/Agosto de 2005, Ano 4 – nº 40, pág. 12. Revista. Costa Rica e Aparecida do Taboado – MS: Editora Caiapó, Setembro de 2005, Ano 4 – nº 41, pág. 11. Revista. Costa Rica e Aparecida do Taboado – MS: Editora Caiapó, Novembro de 2005, Ano 4 – nº 42, pág. 7. Revista. Costa Rica e Aparecida do Taboado – MS: Editora Caiapó, Maio de 2006, Ano 5 – nº 45, pág. 17.
SANTOS, Adélia Dias dos. Depoimento colhido em 08/01/2008.
SUPORTE, Revista. Fernandópolis – SP: Editora Ferjal Ltda, Junho de 2006, Ano III – nº 02, pág. 06 e 07.

Antigo nome da Biblioteca Municipal


A atual Biblioteca Municipal se chamava “Marechal Cândido Rondon“, mais conhecido como Marechal Rondon (*05/05/1865 – + 19/01/1958), militar e sertanista brasileiro; depois merecidamente mudado para “Professora Zenilda Simões de Oliveira Burgos“.

04 maio, 2022

História da Samambaia - por Pedro Cezar Bezerra


O nome do lugar era Santa Verônica uma santa dos Escravos negros do cativeiro do Tenente Henrique. A fazenda do Tenente era na estrada que liga Caiçara a Samambaia,hoje Fazenda Poço Escuro, que pertenceu a Artur Preto. o curioso é que esta Fazenda também se Chamava Poço da Cruz e foi mudada por do açude de Ibimirim. A antiga igreja desta santa era ladrinhada de Tijolos sem o uso de cimento. Foi encontrada uma telha, pertencente a esta antiga igreja, datada 1822, Segundo testemunhos de vários que a tiveram nas mãos-Dezim Pacífico e Jeremias da Caiçara.

O que vem a provar que os escravos foram os iniciantes na religiosidade local. o primeiro padre foi Manoel Marques Bacalhau, desde 1877. 

Em 1862, o capitão Joaquim do Rego, lavrou uma escritura de 400 braças de terra que foram doadas ao padroeiro São Sebastião. As terras vão das margens do rio Cupiti até o rio Moxotó. Joaquim do Rego foi o primeiro morador de Samambaia. 


A Usina de caroá de José Vasconcelos, empregava mais de 400 pessoas entre arrancadores, os carreiros carreiros com seus jumentos e carros de bois com duas juntas, fabricados de Pau Ferro em Águas Belas e Alagoas. O caroá era arrancado, transportado e pesado, era frequente alguém perder os dedos na desfibradeiras, caso de Paulino e Isabel. As fibras eram colocadas em fardos e transportadas por Tota, nun caminhão Chevolet, para armazéns da Companhia de caroá de Caruaru, Alias o nome Caruaru origina-se deste feito. 

O armazém em Samambaia foi incendiado acidentalmente por João Pareira, que ao acender o fuzil do fogueteiro para fumar um cigarro, deixou cair as faíscas. Nesse dia, Crespe bezerra Lafaiete, o primeiro gerente da usina, estava cansado e foi chamado pelas sirenes da campanhia. Não houver tanto prejuízo porque tinha seguro de carga. Depois de Crespe, a gerência passou para o velho Jesus. Manoel Luis de Campos, da Cacimba de Baixo, foi quem tirou a madeira para a confecção das tesouras da usina.

Depois dos Vasconcelos, o Dr. Aurélio passou a ser dono, tinha até avião que pousava em terras da casa de Pedro Simão acima. Depois de Aurélio, Numeriano comprou a usina e seus filhos, Aristóteles e Clodoaldo ainda hoje conservam até hoje. No tempo de Numeriano o pesador era Dezim Felipe e depois, Abilio Ferreira da Silva irmão de Lidia Ferreira da Silva Avô de Evanilson Administrador do Site. 

O policiamento era o Coronel Salgado, que vinha do Recife de burro com mais ou menos 10 soldados e percorria Samambaia, Ingá e Quintibu, voltando em seguida para o Recife. Maravilha e Custódia nem existiam.

O primeiro encarregado de samambaia foi o Coronel Joaquim Bezerra, o qual obteve a obediência de todos. A primeira professora foi a dona Aurora, de Buique, trazida por Numeriano em, 1930. Mas antes tinha a Dona Zizi e Dona Eliza mulher de Oiô. O primeiro comerciante podia ser dos Balbino. Antigamente se almoçava de 8 horas da manhã. Sendo que a feira de Samambaia era numa quinta-feira, onde se vendia tapioca e rapadura. Os feirantes almoçavam no hotel de Dona Eliza.

Mas antes da existência desse hotel, havia o da Dona Adelaide. Quilidona era a mulher de Zé Izidoro e colocou um hotel onde depois passou a ser de Chico de Abílio. Era costume comer bolo virado que custava, 1 vintém. Que é o equivalente a 20 reais, com café muido com mel, 100 tustões era 1000 réis. 1 tostão era 100 reais e 5 vinténs era, 1 tostão. 1 pataca era 8 Vintém, Uma rapadura era comprada por, 1 tostão; 250 gramas de café era grãos 400 reis 1 kg de açúcar custava 3 tostões em 1928.

10 tostões depois de, 1930 enquanto o café pulava para 10 "tões" para 1200 réis. O que equivalia a um dia de serviço na roça. Ainda em 1942 surgiu o cruzado antigo. Um escravo preto, com bons dentes e boa saúde físicas, era comprado por 1 conto e 500 réis era considerado muito rico. O bisavô de Dezim Pacífico era dono de senzala e o dinheiro era de ouro. Os correios vinham com a mala nas costas com cadeados, provindo de Floresta para o Rio Branco(Arcoverde). Uma carta poderia demorar mais de 30 dias, pois era transportadas de pé.


O cruzeiro de Samambaia era na frente da igreja enterrado e batido no chão, depois passou para as grandes pedras de Manoel Olímpio. hoje em dia fica no pequeno cercado do popular conhecido por "Pai João" pois reside atras do cruzeiro que é conservado ate hoje.

Em samambaia havia corrida de prado, com cavaleiros devida e orgulhosamente fardados, com calças brancas e camisas vermelhas. O enfrentante era Manoel Simão, irmão de Dona Chiquinha da Caiçara, cantora das novenas das festa religiosas. O melhor cavalo de prado era Vila Bela. Esse evento atraia gente de toda região e cidades vizinhas. Bala Seca e Malambec eram os cavalos que Pedro Cicero (Pedro Vaqueiro) cavalgava, trabalhando para Numeriano. Não havia vaquejada e sim muitas pegas de boi no mato.

Que se tornavam festa de boi visto que havia sanfona, cachaça e muito arrasta-pé. Todo vaqueiro tinha um lenço vermelho no pescoço.



Existiu também uma cavalhada comandada por João de Barro e seus 12 pares, segundo a Dona Josefa Luiz de Souza, esposo de Valdemar da Cacimba de Baixo, essa cavalhada acontecia na vila de Samambaia. Severino era rezador, pedreiro e carpinteiro afamado na Caiçara e região. Já na arte de medicina popular e sem formação educacional, tinha Joaquim Canário, fazedor de garrafadas. Cicero Bezerra era delegado particular de Samambaia. E Pedro Simão era o melhor chamador de Quadrilha da região. 

    João Canário era tocava oito baixos ou harmônico. Era de costume procurar Joaquim Canário para aliviar dores de dentes e outros pequenos problemas. Dona Olindina da Conceição era enfermeira e parteira da região de Caiçara e Samambaia. Sitônio lopes de Mendonça médico veterinario leigo e segundo contam, nenhum animla morreu por causa das suas operaçõs, sempre ponteadas com ponteiras de pinhão e agulha de saco. 

   Os melhores artesão da região pertenciam à família do senhor Dezim Pacífico, do Salgado. Esse mesmo senhor completou 90 anos lúcidos em, 13 de julho de 2002. Junto com Jorge Bezerra de Rezende (Jorge felipe de Samambaia) nascido em, 24 de junho de 1919, foram so principais testemunhos desda História de Samambaia.  

    Mais e mais gente de Samambaia e rigião deviam dar mais împôrtancia ao que os mais velhos falam, pois só assim a história regional será mantida para a prosperidade.     

Trabalho elaborado pelo artista plástico PEDRO CEZAR BEZERRA DO NASCIMENTO, cedido gentilmente para o blog CUSTÓDIA TERRA QUERIDA. Para que mais trabalhos desse porte sejam publicados com mais frequencia no blog, pedimos as pessoas que caso usem o texto em algum trabalho escolar ou acadêmico, cite o nome do autor, pois trata-se de um projeto com muito carinho, e de uma riqueza cultural de grande valor para o município. Parabéns PEDRO CEZAR !!!. Valorize  mais um artista da terra.

Link: http://www.matutogravacoespe.webs.com/