29 junho, 2022

A visão de um artista - Edmar Sales


Filho radicalizado Custodiense, assim sente-se Edmar SALES presente aqui desde 1986, nascido em Recife-PE. Tem em mente realizar inúmeros trabalhos artísticos como futuras exposições individuais e coletivas e promover Salões de Arte, aqui na cidade.

Público custodiense! É preciso se emocionar através da arte “Desenho & Pintura de várias categorias, temas e estilos”, saber que existem valores artísticos, jovens e adultos amadores, e profissionais na área a nível nacional e Internacional.

Edmar Sales – Artista Plástico, Pintor, Ilustrador, Desenhista, Cartazista; Tem Trabalhos espalhados em vários estados e cidades do Brasil, no exterior: Estados Unidos, Portugal, Argentina, França.

Esteve presente:

- 2ª edição da “MUNDIART – Exposição Internacional da Arte Contemporânea”, que ocorrerá em Agosto/Setembro no Instituto Cultural Brasil Estados Unidos – ICBEU no Rio de Janeiro;
- 15ª Expo INTERNACIONAL de Vendas Novas em PORTUGAL que terá inicio em Outubro/Novembro 2009, representado pela L’AGENZIA DI ARTE – FACTORY.

Custódia precisa se surpreender conhecer sobre assuntos voltados para A Arte.

“Obter uma obra de arte” para si, não é apenas um objeto decorativo para ambientes residenciais e comerciais, é um Grande Investimento sentimental e econômico e de respeito e valorização de um ideal, da arte, do artista, do observador e por fim do comprador.

A Arte executada é um trabalho sério, onde há em sua total produção uma ideia lógica visual emocional onde se pode transmitir tudo o que se relaciona ao ser humano, é incentivadora emaranhada em projetos humanísticos particulares e governamentais e políticos.

A história da arte relata sobre muitos nomes de Grandes Mestres da Pintura, os conservadores do acadêmico; os revolucionários, ou seja, os “Impressionistas”, deram ao Mundo a liberdade de uma linguagem artística inovadora, daí surgiram novos temas e estilos que se prolonga até os dias de hoje, como a “Arte Contemporânea”.

Mas o que quero expressar aqui neste texto, não é mostrar o diferencial das artes, é o valor que elas têm e sua influencia para o passado, presente e futuro no mundo na sociedade.

Em breve estarei retratando vários pontos importantíssimos e figurativos de Custódia e artistas Pernambucanos, nosso como LUIZ GONZAGA e outros em exposição aberta.

O Objetivo é incentivar a arte e a sua valorização, se poderá comprar e possuir uma obra de arte da sua cidade e também se emocionar pelo jogo de cores traçadas a pincel por Edmar SALES.

Escrito por Edmar SALES

Para você Saber e conhecer mais sobre o artista, visite o blog: www-sales-sales.blogspot.com

Biografia - Arthur do Amaral Padilha



Filho de João de Freitas Padilha Calumby e Isabel Francelina do Amaral Padilha, nasceu no dia 09 de setembro de 1892 em Afogados da Ingazeira. Desde de pequeno demonstrou ser uma pessoa muito séria, responsável e de admirável inteligência.

Tinha uma personalidade marcante, característica dos membros de sua família, além de ser um homem de fácil relacionamento, sensível e muito educado.

Adulto, revelou-se um grande administrador, com considerável tirocínio para o comércio e extremada admiração pelos pobres. Na década de 30, quando uma grande seca assolou o nordeste, Arthur deu uma grande assistência aos flagelados que passava na porta de sua casa ou que se amontoavam pelas praças do centro de Custódia-PE.

Foi considerado um dos grandes comerciantes de tecidos, com estabelecimento comercial nas cidades de Afogados da Ingazeira, São José do Egito e Custódia.

Jamais, entretanto, encontrou sua alma gêmea, permanecendo, assim, solteiro.

Morou durante muito tempo na atual Praça Monsenhor Alfredo de Arruda Câmara, n° 145, em Afogados da Ingazeira.

Num sábado ensolarado, no dia 1 de abril de 1933, Arthur Padilha sentiu uma forte dor de cabeça. Levado às pressas para a cidade de Rio Branco (Arcoverde). Lamentavelmente não foi possível controlar o aneurisma que o atormentava. Faleceu nesse mesmo dia, aos 41 anos de idade. (Por Milton Oliveira – fragmentos)

Publicado originalmente no site: Afogados da Ingazeira - ontem e hoje.

28 junho, 2022

Significado do Ostensório ou Custódia



Ostensório ou custódia, é uma peça de ourivesaria usada em atos de culto da Igreja Católica Romana para expor solenemente a hóstia consagrada sobre o altar ou para a transportar solenemente em procissão. A sua utilização é uma manifestação artística do dogma católico da transubstanciação da hóstia consagrada no corpo de Cristo e da consequente veneração que é lhe devida como presença real de Deus.

As custódias são usadas principalmente durante a exposição permanente do Santíssimo ou  nas Procissões do Santíssimo, comuns nos países de maioria católica.

A custódia é em geral composta por um corpo principal, geralmente ricamente adornado com motivos de ourivesaria, em geral feito de prata dourada ou de ouro, com um centro transparente, de cristal, onde é exposta a hóstia consagrada. Algumas custódias são reputadas obras de arte, muito afamadas, como é o caso da célebre Custódia de Belém, atribuída a Gil Vicente.

Conta-se que Santa Clara de Assis enfrentou um grupo de muçulmanos que pretendia invadir o convento onde se encontrava apenas com uma custódia. No evento, os “infiéis” teriam sucumbido perante a hóstia consagrada.

Fonte: Wikipedia

Obs. A bandeira de Custódia, tem o Ostensório em sua parte superior. Vez ou outra é confundido com um SOL.

Turma da Admissão em 1970 Professora Dilza Valeriano




Quantas saudades, tentei restaurar a foto mas ainda não consegui, mas dá para salvar alguns rostos,e identificar.


Da esquerda pra direita: Minha irmã mais velha Ivone, Ineide Marcol e nossa amiga Maria ( de seu Né, da rua da Várzea )

Joaquim Pereira da Silva - Por Jussara Burgos


Comentário Jussara Burgos no texto: Traços e Retraços: Família Pereira

O senhor Esperidião de Sá, avó de Zita Queiroz em visita ao sítio do meu bisavô José Pereira, se deparou com um menino de quatorze, inteligente e analfabeto. Ele ficou comovido e fez uma proposta: “Compadre, esse menino está se perdendo aqui na roça, permita que ele vá para cidade para ser alfabetizado.” O menino era Joaquim Pereira da Silva

O mesmo aprendeu a ler e ficou deslumbrado com a literatura, formou uma biblioteca. Leu as obras (completas) de Machado de Assis, José de Alencar, Humberto de Campos, Victor Hugo, A.J. Cronin e outros. Lia dicionários, Atlas, enciclopédias, revistas, jornais, enfim tudo que estava a seu alcance. Tornou-se auto didata e por ter conseguido acumular tanto conhecimento ficou vaidoso. Gostava de mostrar que mesmo sem ter frequentado escola ele era um homem culto. 

Após a morte do meu avô dia 25 de Julho de 1972, dona Corina Pereira, sua esposa, distribuiu as coleções de livros. Meu tio Pedro Pereira Sobrinho ficou com algumas delas e eu fui agraciada com a de A.J, Cronin que está aqui na minha estante. Meu avô me ensinou os estados e suas respectivas capitais. Muito pequena ainda, dia de feira me sentava no balcão da farmácia e me arguia na frente de uma platéia de matutos. Era um sucesso. 

Outra coisa que lembro é que ele enfatizava a necessidade da pessoa aprender prefixos gregos e latinos para compreender melhor as palavras. Recordo de sua voz dizendo: 

“Hidro é água, toda palavra que começa com hidro está ligada a água. Exemplos: Hidrografia, hidrofobia etc...”

Grata, doutor, pelas belas palavras ditas sobre meu saudoso avô.

27 junho, 2022

Funcionários do Banco do Brasil em 1979 - Agência 917-2

Foto: Robério Luiz

Esses eram os funcionários que trabalhavam na agência Banco do Brasil de Custódia em 1979.
 
Em pé por trás: Chico Mago, Morato, Luiz Pequeno, Serra, Chico Cocota,  Adson Amaral, Roberto e Wellington.

Em pé na frente: Ivanildo(Subgerente),  Auditor Valter Santana, o Gerente, Braz, Arnaldo, Zé Maria, Zé Wilson, Soares, Ceará, Valmira  e Zé Carlos.

Colaboraram com nomes ex-funcionários Jailson Simões e Sergio Murilo.

O amanhã virá? - Por Lindinalva


Santinho da Missa de Sétimo Dia realizada dia 26 de Junho
na Igreja Matriz de São José.


Texto lido durante Missa.




O amanhã virá? 

Ele nos parece vago e distante. 

Vivemos a esperar por algo que está por vir. Esse esperar se chama futuro. Não nos passa nenhuma segurança de chegar até ele. Vimos o futuro pelo prisma de paradigmas, lá do passado. Aprendemos que para se ter um futuro seguro é preciso estudar, ter uma boa profissão, se capacitar profissionalmente e ter um bom emprego. São essas ricas ferramentas que nos impulsionam no acreditar que chegaremos no amanhã seguro e tranquilo. 

Olhando o futuro na visão gramatical, entende-se que é o tempo que permite fazer referência a uma ação que ocorrerá num momento posterior ao que é enunciado. 

Dentro do inexplicável contexto, não tenho dúvidas da grandeza da vida, com seu passado, presente e futuro. Porém, entendo que as suas prerrogativas esbarram no futuro que só Deus, só Ele, pode abrir a tão planejada e sonhada porta para o futuro. 

O futuro para meu querido ex-aluno Gláucio Rezende foi interrompido pela brutal violência de homens sem Deus no coração. Mentes vazias que vivem escandalosamente destruindo famílias. É sabido que a violência tem fatores preponderantes que implicam no desajuste social. Diante de tal realidade, a família do Major Gláucio está de luto. Seus filhos estão órfãos, sua esposa Valéria com a tristeza de saber que perdeu o pai de seus filhos e perdeu prematuramente seu grande amor. Essa violência calou para sempre o filho ilustre de Custódia. Ceifou a alegria de Fátima, sua mãe, cujo coração foi transpassado pela mais cruel das dores humanas: a perda de um filho. Seus irmãos Pedro, Otacílio e Thiago, a certeza e a saudade de não ouvir mais o enunciado da voz de seu irmão mais velho, orientando e aconselhando cada um. 

Senti saudade daquele menino lindo, esperto e amoroso. De uma alegria que parecia querer abraçar o mundo. A escolinha de Tia Nenê registrou para sempre o seu nome, Gláucio! E eu, Tia Nenê, peço a Mãe de Jesus, que cuide de ti, na casa celestial. 

Aos familiares e amigos, as minhas orações e o meu abraço fraterno. 

Nenê. 

Custódia, 26 de junho de 2022.

Sanfoneiro Antônio Marcelo canta Custódia


Áudio retirado de um vinil de Antonio Marcelo, conhecido como o ‘cantador de Zé Dantas‘, natural de São Caetano de Betânia, filho do famoso sanfoneiro Mané de Oscar. Em pouco mais de 2 minutos, o sanfoneiro faz uma viagem musical pelos locais onde ele e seu pai tocaram. 

Nosso município é várias vezes citado, com destaque para o parque do velho Duda (Pai de Adamastor), os distritos de Maravilha, Samambaia, Maravilha, Quitimbu, Pitombeira entre outros.

No final deixa uma mensagem ao meu ilustríssimo pai Pedro Pereira Sobrinho, já prevendo o crescimento da cidade de Custódia-PE.

Material cedido pelo servidor aposentado municipal Jubilino Ferreira da Silva (in memorian).

Trindade Geográfica por Odete Andrada


Três cidades para se querer bem,
ao mesmo tempo,
é emoção demais
contida em meu ser,
com toda força afetiva:

uma, que me viu nascer – Custódia;
a outra foi berço da infância – Amaraji;
esta, completou o ciclo
da minha história de vida – Pesqueira

ODETE DE ANDRADA ALVES

Extraído do Livro ” Do Âmago da Memória”, página 245.

24 junho, 2022

Janúncio de Custódia - Pra Dançar Forró Vol. IV



PRA DANÇAR FORRÓ Volume 4, foi gravado ao vivo no Clube Internacional do Recife. A banda que acompanha o música, é a mesma de discos anteriores: FORRÓ MEGAXOTE.




PRA DANÇAR FORRÓ foi produzido por Cicinho do Acordeon, por Janúncio e gravado e mixado por Carlos Wagner. A direção musical é assinada Mazinho de Arcoverde e por Janúncio.

A banda que o acompanha é composta por:

Acordeon: Cicinho do Acordeon/ Netinho de Custódia e Zé Caboclo
Bateria: Nenen/ Péricles
Guitarra: Fofão
Zabumba: Nenem (Alexandro)
Baixo: Fofão
Backing Vocal: Nenem/ Valquíria e Filipe Mariano
Percussão: Thiago Siqueira



Em PRA DANÇAR FORRÓ, as composições são assinadas por Janúncio em sua maioria, uma versão para o clássico SOBRADINHO da dupla SÁ & GUARABIRA, uma composição do poeta FLÁVIA LEANDRO e uma de DORGIVAL DANTAS.

Os compositores custodienses: AMADEILSON NERYS e EDERALDO LEMOS marcam presença em uma faixa cada um. A cidade foi citada em duas músicas, foram elas: CUSTÓDIA MEU BERÇO  e FORRÓ EM CUSTÓDIA. Confiram abaixo os créditos de todas as faixas:


01. TUDO FOI TÃO BOM (Janúncio Custódia)
02. O TEU ABRIGO (Flávio Leandro)
03. QUEM AMA CUIDA (Zezito Doceiro)
04. É O FIM DA LINHA (Amadeilson Nerys)
05. ESSE ALGUÉM SOU EU (Janúncio Custódia)
06. DESTÁ (Dorgival Dantas)
07. PRA NÓS DOIS (Ilmar Cavalcante)
08. SOBRADINHO (Sá/Guarabira)
09. LUA MENINA (Diego Alencar/Chik)
10. SALÃO REBOCADO (Janúncio Custódia)
11. CUSTÓDIA MEU BERÇO (Zezito Doceiro)
12. BENÇA MÃE, BENÇA PADRINHO (Janúncio Custódia)
13. LIGUE O RÁDIO (Ederaldo Lemos)
14. FORRÓ BOM BOM (Janúncio Custódia)
15. PRA DANÇAR FORRÓ (Janúncio Custódia)
16. FORRÓ EM CUSTÓDIA (Cicinho do Acordeon)
17. NA CRISTA DA ONDA NAVEGO (Roberto Lins)
18. VAQUEIRO BACANA (Janúnicio/Mazinho de Arcoverde)
19. O CAVALO E O VAQUEIRO (Janúncio Custódia)
20. SÃO  JOÃO EM SÃO MIGUEL (Janúncio Custódia)
21. FESTA NO ARRAIÁ (Janúncio Custódia)
22. VIVA SÃO JOÃO (Janúncio Custódia)


CONTATO PARA SHOW:

(81) 8817-1187/9614-9820
E-mail: janunciodecustodia@gmail.com

Descoberta Arqueológica em Custódia

Pedras em riacho que abrigam gravuras rupestres 
em trecho de transposição em Custódia (PE)

Foto: Leonardo Wen/Folha Imagem

Um sítio arqueológico com fragmentos cerâmicos e gravuras rupestres foi encontrado em um canteiro de obras da transposição das águas do rio São Francisco, em Custódia (que fica a 350 km de Recife).

Os vestígios, que podem ter 9.000 anos, foram achados em uma região de caatinga conhecida por Lage das Onças, no lote 10 da obra, a 40 km da cidade.

A descoberta surpreendeu especialistas também por sua conexão com outra região brasileira, esta na Paraíba, onde há pegadas de dinossauros. A área em Pernambuco abriga ainda ruínas de um engenho e até cartuchos de fuzil que podem ter ligação com o cangaço.

As gravuras, talhadas em pedra, não se assemelham à forma humana ou animal. Segundo os arqueólogos, os desenhos são de “grafismos puros”, que nada representam da vida real.

Os fragmentos cerâmicos foram encontrados a aproximadamente cem metros de distância das gravuras, no exato local onde passará o canal do eixo leste da transposição.

A descoberta paralisou os trabalhos de terraplenagem numa área de aproximadamente 20 mil metros quadrados. Os tratores se afastaram e todo o trabalho precisou ser suspenso para que os arqueólogos pudessem resgatar as peças e iniciar o trabalho de avaliação do valor histórico do sítio e dos vestígios encontrados.

Segundo o Ministério da Integração Nacional, após o recolhimento dos fragmentos, a passagem das máquinas pelo local será retomada. Esse trabalho será monitorado pelos pesquisadores, para evitar que eventuais vestígios não recolhidos sejam destruídos –é um trabalho de monitoramento que pode levar vários meses.

O sítio de gravuras rupestres não será afetado pela obra, dizem os arqueólogos. As pedras –algumas com desenhos em forma de pequenos quadrados e com graduações cromáticas– estão localizadas fora do eixo, no curso de um riacho não perene, sobre o paredão de uma pequena queda d’água que se forma em tempos de chuva.

Recomendada no Rima (Relatório de Impacto Ambiental) e patrocinada pelo ministério, a prospecção arqueológica abrange os dois eixos da transposição, os canais leste e norte.

Na primeira fase da pesquisa, que está acontecendo paralelamente à obra, um grupo de arqueólogos ligados à Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco) já notificou cerca de 80 possíveis achados históricos e pré-históricos.

Além dos fragmentos cerâmicos e das gravuras rupestres, eles encontraram objetos e estruturas que remontariam ao período de atividade dos cangaceiros, como as ruínas de um antigo engenho e cartuchos de fuzil datados de 1912 a 1915.

As descobertas foram mapeadas, fotografadas, catalogadas e, quando possível, recolhidas, num processo conhecido como “salvamento”.

Em fevereiro, uma nova equipe de especialistas, do Instituto Nacional de Arqueologia, Paleontologia e Ambiente do Semiárido do Nordeste, assumirá o trabalho de prospecção de toda a área do sítio arqueológico. Os vestígios já encontrados serão estudados.

“É uma oportunidade única de pesquisarmos a mais importante rota do Brasil em paleontologia”, disse a coordenadora do instituto, a arqueóloga francesa Anne-Marie Pessis.

Segundo ela, a região tem conexão –apresenta as mesma condição de clima e solo– com o chamado vale dos dinossauros, localizado em Sousa, município paraibano conhecido por suas inúmeras trilhas de pegadas fossilizadas de animais pré-históricos.

O Ministério da Integração Nacional afirma que os sítios serão preservados.


Fonte: Folha de São Paulo

Sport de Pedro Aleixo e o Naútico de Luiz Gambá


Em pé: Ozório(árbitro) Chico Elizeu, Zé Esdras, Elione, Celso de Moacir, Betinho de Zé Nego, Zequinha, Pedro Aleixo e Otacilio de Seu Domingos.

Agachados: João de Zé Miudo, Binha, Jorge, Luciano Góis e Savinho.

Jogo: Sertânia 1×0 Custódia – julho de 1970
Arquivo Pessoal: Jorge Remígio



Em pé: Danda de Zabé, Binha de Pedim da Banca, Jorge de Claudionor, Germano, Zezinho de Diva, Josa e Chia(árbitro). 

Agachados: Maminha, Rui de Pedro Mariano, Zé Marcos, Cícero(DNOCS) e Luiz.

Jogo: Náutico 2×3 Ginásio. Setembro de 1967
Arquivo Pessoal: Jorge Remígio

23 junho, 2022

Escola General Joaquim Inácio(1975) - por Alexsandra Valeriano


Meu nome é Alexsandra Rodrigues Valeriano, sou natural de Custódia "terra querida" da qual tenho muitas recordações boas onde vivi boa parte da minha infância. Entrei no blog e fiquei feliz e saudosa ao ver a foto da minha turma de inglês de 1974. Estou enviando uma outra foto... acho que era da 4ª série da Escola Estadual General Joaquim Inácio cuja professora era D. Conceição Duarte, acredito que em 1974 ou 1975.

Há muito tempo enumerei todos que estão na foto para que com o tempo, quando viesse o esquecimento, eu tivesse uma ferramenta para me ajudar a lembrar.

Vou colocar todos os nomes de acordo com a numeração.

1-Cristomerys 2-Zé Venâncio 3-Bernadete 4- Mônica 5-Luiz Cláudio

6-Yuri 7-Rogéria Marília 8-Rosa Cleide 9-Rogéria Maria 10-Fernando Honório

11-Maria José 12-Alexsandra 13-Elizabeth 14- D. Conceição 15-Maria Aparecida

16-Marinalva 17-Terezinha 18-Miriam 19-Tatiana 20-Flávio 21-Valdemir

22-Mércia 23-Fernando 24-Ednaí 25-Albaniza


Por
Alexsandra Valeriano.






Ariano Suassuna comenta sobre o Blog Custódia [HD Vídeo]



Depoimente gravado no Hotel Macambira, um dia depois de sua Aula-Espetáculo Romançário, realizada na Quadra do Colégio Ernesto Queiroz. Na oportunidade, o escritor ouviu relatos sobre a cultura local e sobre o trabalho realizado no Blog Custódia Terra Querida. Ariano ficou muito empolgado pelo trabalho realizado no site em prol da preservação da história e da identidade cultural em Custódia. Para nossa felicidade, aceitou gravar um depoimento sobre o blog.


Abaixo o texto transcrito do áudio:

Ariano Suassuna Eu acho uma coisa da mais alta importância essa tentativa que vocês estão fazendo de registrar a história de Custódia, para que a juventude de hoje, não perca contato com suas raízes. Eu sei que a nossa luta é grande, a minha e a de vocês. Mais ao mesmo tempo vocês veja, vocês estava lá na aula ontem à noite, quando a gente abre um caminho, a juventude responde muito bem. A juventude em contato com a boa arte, e as boas manifestações culturais, você veja, ontem nós apresentamos músicas de primeira qualidade, uma música delicada que não é parecida com essa música ruidosa que eles estão habituados. Mas como a gente oferece uma arte de boa qualidade, a resposta é muito boa. De maneira que, vocês devem fazer essa relação com o passado, eu acho fundamental. O nosso presente possibilite o futuro. A cultura não é brincadeira não. Não brinque com a cultura não. A cultura é sede da alma e da honra de uma nação. Se os jovens perdem o contato com a sua cultura, eles perdem a sua identidade. É preciso acreditar no povo em geral e na juventude em particular. Esse trabalho que vocês estão fazendo pela base, é muito importante, se houvesse gente como vocês em cada cidade, essa luta estava ganha”

Dedico este vídeo à todos os colaboradores que auxiliam no crescimento do Blog Custódia Terra Querida, durante esses 16 anos que o site está no ar. Sem a ajuda de vocês, o site não chegaria aonde está hoje. 

Obrigado de coração!

Paulo Peterson

22 junho, 2022

O "mico" de Jovino Costa Leão - por Fernando Florêncio



Comerciante, com endereço mais ou menos na metade da ladeira que dava acesso ao

Grupo Escolar General Joaquim Inácio. (Até hoje não sei o que este General significou para Custodia.)
O Padrinho tinha uma bodega, na qual comercializava cereais. Naquela época se chamava de Secos e Molhados. Comprava também produtos próprios da região, tais como, Couro de Bode, Couro de Boi, que seriam revendidos, curtidos e utilizados na fabricação de sapatos, selas e arreios para vaqueiros.

Comprava também para revender à SANBRA (Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro) algodão em pluma e mamona em caroço.

Em decorrência disso, todas as segundas-feiras (dia da feira) lá pras duas da tarde, eu encostava no balcão, e ficava por ali, zanzando, como quem não quer nada, até que a paciência do padrinho esgotava-se, me mirava por cima dos óculos com aquele olhar de sardinha enlatada, pegava, normalmente “um cruzado” uma moeda de um metal branco parecendo prata, colocava sobre o balcão, empurrava na minha direção e intimamente, devia dizer: Vai encher o saco em outra freguesia….!!!! Eu saía dali correndo.

Moeda na mão, direto tomar uma “raspada”.

Raspada era uma espécie de sorvete de gelo raspado, vendido por um “cabra” de Sertânia, que despejava num copo imundo, lavado inúmeras vezes na mesma água, e na mesma bacia, uns pingos de uma groselha, saída de um litro de vidro também imundo, com gosto de coco, morango e outros sabores, feita lá sabe Deus como.

O “cabra” deve ter ficado rico, porque a matutada “caía matando” na raspada de gelo com groselha.

A concentração na barraca da “raspada” era tão grande, que o divertimento de Edmundo Blandino era comprar um cacho de pitombas, ficar do outro lado da rua, e à proporção que chapava as pitombas, arremessava os caroços na cabeça da matutada, e depois, observado pelo atingido, fingia-se “de morto…”.

Mas meu Padrinho Jovino era uma dessas figuras queridas por todos. Extrovertido, Brincalhão e Feliz, mesmo tendo um dos antebraços amputados se superava. Entre outras utilidades, usava o “toco” para apoiar o taco jogando sinuca. Jogava razoavelmente bem. Se naquela época houvesse campeonato de sinuca de “masters” com certeza ele seria o campeão.

Tinha uma família bem estruturada. Lembro de suas duas filhas. Luizinha e Maria Luiza. Ambas altas bonitas e fortes.

Uma delas, destacava-se por ter uma “comissão de frente” bastante avantajada”. Eram dois pilares de fazer inveja ao pão de açúcar.

Mas vamos ao mico do meu padrinho Jovino.

Campanha para Governador do Estado. Disputa acirrada entre Pelópidas Silveira (UDN) e Jarbas Maranhão (PSD).

De repente, surgiu nos céus de Custódia, numa segunda feira, dia da feira, um aviãozinho teco – teco jogando do alto propaganda política. Emporcalhou toda a cidade com retratos dos candidatos e cartazes contendo promessas que jamais seriam cumpridas. Qualquer semelhança com os políticos dos dias atuais, não é mera coincidência.

Dr. Jarbas Maranhão visitava a região. Em Custódia, entre seus cabos eleitorais estava meu Padrinho Jovino.

Visitado, Padrinho Jovino manifestou o desejo e a necessidade urgente de ir até o Recife. Incontinenti, Dr. Jarbas colocou a disposição do meu padrinho Jovino uma das duas vagas existentes no teco-teco de seis lugares, e que naquela ocasião apenas quatro estavam ocupadas.

Convite oportuno e imediatamente aceito. Bagagem arrumada às pressas. Partida imediata no carro Ford 29 de João Correia até o “campo de aviação”.

Lá estava o teco-teco. Pintado na cor vermelha e branca com umas letras e números pretos. A galera insinuou que o Dr.Jarbas perderia a eleição por que “era Santa Cruz.”

Se fosse Sport ou Náutico. (?). Não deu outra. Perdeu feio.

Aquele vaticínio não se confirmou integralmente, porque naquele ano, o velho Santa foi supercampeão pernambucano, vencendo o Náutico e o Sport duas vezes consecutivas numa disputa de três pontos. Esquadão igual aquele time, o Santa nunca mais formou.

Anibal, Diogo e Sidney, Zequinha, Aldemar e Edinho, Lanzoninho, Rudimar, Faustino, Mituca e Jorginho…..

Tempos depois, em entrevista, Pelé disse que Aldemar que já pertencia ao Palmeiras, foi o único que o “parou” sem nunca ter cometido uma falta.

“Seo” Jovino entrou no aviãozinho, sentou-se, o piloto deve ter tê-lo ajudado a afivelar o cinto. Porta fechada, motor ligado ESQUENTANDO, hélice girando, meu Padrinho olhou pela janelinha, virou para o passageiro ao lado e exclamou:

RAPAZ, O AVIÃO ESTÁ VOANDO TÃO ALTO QUE O POVO LÁ EMBAIXO PARECE FORMIGA.!!!

Intrigado, o companheiro de viagem olhou pela mesma janelinha e disse:

NÃO “SÊO” JOVINO ! É FORMIGA MESMO. O AVIÃO AINDA ESTÁ NO CHÃO.

Conta-se que até pousar em Recife, Jovino Costa Leão não disse uma palavra.

Fernando Florêncio.
Ilhéus/BA

(*)
Jovino Costa Leão era meu padrinho de crisma.