- Qual origem do
sobrenome Nemeczyk?
Resposta -Helga - Meu avô pai do meu pai é da
República Tcheca, da cidade de Zinik. Ele veio fugindo da Guerra para o Brasil,
casou com a minha avó, teve meu pai mais cinco filhos, e eu sou a primeira
neta. Sou a mais velha.
- Como surgiu convite
para a peça.
R- Através do Humberto Guerra, conheço
há alguns anos, na verdade ele fez comigo a primeira peça de teatro que eu fiz
na vida. Que na verdade era uma peça com direção do Ivan Martins. Humberto
participa também peça, e ai foi assim que a gente se conheceu. Passaram-se uns
15 anos, eu tava em cartaz lá no Shopping da Gávea e ele foi lá, com o Antonio
Ysmael, para me convidar para vir para a peça em Custódia. Aceitei
de cara o convite. Pois tinha além do amigos, o Ivan e o Ysmael. Já trabalhei
bastante com eles.
- Percebi você um
pouco envolvida emocionalmente quando apareceu em cena com um bebê.
R- Eu acho que é porque estou
chegando na idade de ser mãe. (risos). Fiquei tão emocionada com aquele bebê
tão lindinho e quietinho, e eu fiquei com tanta pena dele ali, da luz, no
rostinho dele e ele com os olhinhos fechados. Deu uma pena quando o peguei nos
braços. Fiquei muito emocionada que chorei. Mas ele é muito fofo, muito
bonzinho. Então é por isso que falei que estou com esse instinto maternal se
aproximando.
- Foi a primeira vez
que você trabalhou no palco com religião?
R- Não, na verdade não porque eu
estudei num colégio interno cinco anos da minha vida, e era um colégio
evangélico. Então eu tive uma educação evangélica. Minha avó era evangélica. Estudei
na Escola Adventista por muito tempo, na escola encenei outras peças
religiosas. Mas a Paixão de Cristo em si é a primeira vez.
- Ontem à noite várias pessoas ficaram admiradas com seu desempenho
vocal. Já fez algum musical no palco ou
gravação profissional?
R- Muitos musicais. São muitos,
vou te falar os mais famosos. Fiz no Rio de Janeiro dois musicais da Broadway,
que foi Xanadu e Baby. Textos de autores brasileiros fiz Aurora da Minha vida
do Naum Alves de Souza (Link). Direção do próprio do Naum Alves de Souza. Mas
versão musical, que eu tive que engordar 14kg, pois interpretava o papel que
era a gorda. Agora to fazendo a Revista do Ano, de Tânia Brandão, que a gente
ficou em cartaz ano passado e agora vamos reestreiar no Carlos Gomes, que é um
musical brasileiro. Teatro musical brasileiro que é um musical do Luiz Antonio
Martinez Correia, que é irmão do Zé Celso, com músicas brasileiras de 1870 até
1890, são músicas antigas, quase operetas. Entre outras muitas que eu não vou
lembrar.
- Você já pensou em gravar algum cd musical?
R- Pois é, todo mundo me
perguntam isso. Mas eu não verdade não pretendo fazer carreira de cantora. Acho
uma carreira meio ingrata, eu acho né, pois você tem que escolher um estilo
para cantar, ficar seguindo aquele estilo para sempre, montar um personagem, daquela
cantora, aquela imagem ali, eu me ia cansar. Ia me cansar de cantar um só estilo,
ia me cansar de ser só uma pessoa. Pois isso eu escolhi ser atriz, ai o canto acaba
que vai junto. Porque eu aprendi a cantar na Igreja.
- Sei que é difícil
acompanhar todo o espetáculo, mas teve alguma cena que emocionou você.
R- Olha eu não acompanhei, realmente não dá, porque a gente
fica ali atrás. Eu me emocionei na minha cena inicial com o bebê. Até o final.
A cena de Lázaro também é muito bonita. E a Via Crucis e claro a crucificação;
- Fora o Zorra Total,
algum outro projeto para 2013?
R- Na TV, Vou continuar no Zorra Total, pois tenho
contrato com eles. Até o final do ano que vem. Temos umas novidades ai este
ano, tem o Vem Ai, Vem ai para o Zorra Total também, a gente vai fazer umas
coisas novas. No teatro eu continuar fazendo a revista. Vou para Portugal com
outro musical que a gente tem, chamado Brasil 70, que ta rolando este ano o
Brasil-Portugal, fomos convidados para fazer lá, no Estoril. Vou fazer uma peça
também que vai estreiar em maio, chamada SPA, com 3 mulheres vão para um SPA, e
que acontece coisas mirabolantes. No segundo semestre, acredito que vá fazer um
novo musical do Miguel Falabela, da Broadway to fechando ainda, falta acertar
alguns detalhes.
- Fora a peça, o
calor e o doce Tambaú, o que você pôde sentir da cidade de Custódia?
R- Olha a gente não
conheceu de verdade praticamente nada, só vai do hotel para o palco. E volta
pra cá. Não deu tempo. Mas a galera..... é “Arretada”, né não. Diz ai você que
é daqui. O pessoal recebeu a gente muito bem. Bem caloroso. Mais assim o povo
aqui tratando a gente muito bem. Muito bem recebido.
- Pelo que soube muita
comida também....
R- Muita comidaa. Eita caramba, vou te falar hein.
- Obrigado Helga pelo
bate papo. Deixe uma mensagem para os leitores do Blog Custódia Terra Querida.
R- Gente obrigada pela acolhida aqui na cidade de vocês,
parabéns pelo evento, por tudo, espero que a cada ano que passe as coisas possam
melhorar, ficar maior e trazer mais gente para a cidade, para a cidade também crescer,
que acho que é importante. Beijão para
todo mundo e Merda(*).
(*) Antigamente as pessoas chegavam aos teatros em carruagens. Quanto mais carruagens, mais merda os cavalos deixavam nas ruas e calçadas. Assim, muitas pessoas entravam no teatro com os sapatos sujos, de merda, e quanto mais merda deixada nos capachos, mais a casa estaria cheia.
Assim, a expressão “merda” tem o mesmo significado de boa sorte e é sempre usada antes das apresentações. Lembrando que, nunca se deve agradecer com obrigado ou de nada quando alguém lhe desejar “merda”, deve responder apenas “merda” ou ficar calado.