31 janeiro, 2024

Padre Antonio Duarte - Batistério de um padre

 

Logo ordenado Sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana, foi Pároco de Custódia onde prestou assinalados trabalhos, merecendo registro na História do Município.
Era um homem culto e humilde. Deixou saudades e amigos.


Padre Antônio Duarte, além de o padre mais católico e apostólico que Custódia teve, foi, sobretudo, quem mais animou e movimentou os meios religiosos e sociais da cidade na década de 1935 a 1945. Um sacerdócio cheio de realizações.

Recifense, alto, alvo, de olhos perscrutadores, lembrava um europeu. Alegre e comunicativo, inteligente, memória privilegiada, espírito  criativo e empreendedor, estava à frente do seu tempo.

Procedente da paróquia de Floresta, logo que assumiu os destinos da freguesia de Custódia se tornou um autêntico custodiense. Sabia tudo e tudo fazia. Era, entre outras coisas, poeta, compositor, engenheiro e arquiteto nato, eletricista e um grande orador sacro. Voz de barítono, cantava bem, fazendo com quem suas missas solenes levassem os fiéis ao cântico dos cânticos do rei e sábio Salomão. Trajava normalmente a tradicional batina preta, mas, nas horas vagas e em sua residência, já ensaiava a vestimenta civil, numa antecipação de mudança de costumes clericais.

Padre Duarte fez muito por Custódia. Entre as realizações, destaco: 

1) encaliçou e pintor as paredes externas da igreja, que eram em tijolo batido, ergueu a bela torre e fez a calçada de frente, como ainda permanece; 

2) construiu a casa paroquial; 

3) demoliu a capela que existia onde hoje é a agência do Banco do Brasil, transferindo os pertences para a Igreja Matriz, especialmente a porta de entrada; 

4) o catecismo era memorável, pois que, após a doutrinação vinha a parte recreativa com muitos divertimentos; 

5) o mês de maio era cultuado com capricho e veneração; 

6) o Natal, com quermesses e pastoris, este com os cordões azuis e encarnado sempre foram muito concorridos;

7) o São João com comidas típicas nas barracas, fogueiras faiscantes, fogos de vista e os belos balões enfeitando o firmamento; 

8) por fim, os empolgantes Dramas do Padre Duarte, que eram a parte mais esperada e aclamada pelo povo, bem diversificados, constando de uma peça teatral, esquetes, cantos, poesias e do ponto mais expressivo, A Revista da Cidade, cantada em versos, mexendo jocosamente com as pessoas da sociedade. Lembro-me de uma das peças dramáticas, A louca do Jardim, tendo como protagonista Luzia de Seu Cassiano. Lembro-me também, de um dueto composto por Ildo Nino e Yvette Matos interpretando uma bela canção matuta que dizia: "numa casa bonitinha lá no alto dos oiteiros".

Diante do que fez o Padre Duarte por Custódia, e sua gente nos seus dez anos de sacerdócio, acho que ele, ingratamente, é o grande esquecido de sua história.

Deixo aqui, com profundo respeito, o mais ardeste preito de gratidão ao velho sacerdote.

Por Allan Kardec seria visto como a reencarnação de Cura D'Ars.

(*) publicado originalmente no livro A BARAÚNA, de JOSÉ CARNEIRO, em 2015;  © Todos os Direitos Reservados

Como é grande o meu amor por ti, meu Senhor e meu Deus!



Deus deu ao homem, como premissa a fé, o acreditar  que tudo pode melhorar. Só depende de cada um. Sem exclusivismo. A felicidade é para todos.

O ECC, Encontro de Casais com Cristo - Custódia, é um serviço da Paróquia de São José. E tem como objetivo em cada lugar onde é implantado evangelizar a família, a "Igreja Doméstica". Sobretudo, se presta a despertar nos casais o desejo de servir, se engajando nas pastorais que se identifiquem.

Há mais de doze anos os pioneiros desse magnífico serviço local contou com o apoio e a coragem do então Padre Roberto, que confiou essa grande responsabilidade a cinco casais: Brás e Goreth, Derni e Creide, João e Girleane, Almir e Gaby, Arnaldo e Nenê. Na época, contamos nesse aspecto com os  experientes casais Tota e Rose, Roberto e Rogéria. Estes dois casais já tinham participado do Encontro de Casais com Cristo, ECC, em outras cidades.  

Na semeadura quando se lança a semente em terreno fértil, a colheita é certa. Sempre foi assim e sempre será.

Nesse domingo, 28/01/2024, tivemos essa certeza com a realização do REENCONTRO - ECC, organizado pelo dinâmico e obstinado Padre Câmara, com a equipe dirigente: José e Aline, Cláudia e Antônio, Neném e Rosinha, Daniel e Aloyse, Fred e Cibéria. A programação estava recheada de bênçãos:

- Começou com a Santa Missa, celebrada no auditório da Escola General Joaquim Inácio pelo querido Padre Câmara;

- Em seguida foi servido um café compartilhado. Foi um momento de descontração, muito bom!  Tudo foi feito com muita dedicação;

- O momento de espiritualidade nos levou a introspecção e reflexão. Teve como palestrante o casal Idelfonso e Joelma, da cidade de Sumé. A dinâmica trabalhada com casais levantou até quem estava parado;

- O irmão Elvis, também de Sumé, com sua linda voz tocou e cantou.

Com isso, foi concluído o primeiro momento com a fala do Padre Câmara sobre o calendário anual do ECC.

A quadra do General já estava arrumada para receber os casais.

A hora do almoço contou com música ao vivo! A comida foi simples, porém, muito gostosa.

Viva a nossa união!

Amigos, a gratidão pra mim não é apenas o ato de retribuir o que se recebeu; é muito mais. "Ser grato é um estado de espírito”.

Obrigada ao Padre Câmara, a equipe dirigente, aos palestrantes e ao cantor. Enfim, aos nossos irmãos que se disponibilizaram para as tarefas da cozinha.

Lindinalva Almeida "Nenê"
Deus os abençoe!
Custódia, 30/01/2024

Abraços de luz!

24 janeiro, 2024

[Biografia] Ozinaldo Félix da Silva

 

Ozinaldo Félix da Silva,

* 18 de fevereiro de 1939
+ 08 de julho de 2023


Filho de Alexandre Félix da Silva e Maria Anunciada de Jesus.

Foi o primogênito do casal. Que ainda teve mais quatro homens e duas mulheres, foram eles: Osvaldo Felix da Silva (Bado), José Félix da Silva (Nego), João Félix da Silva (Garapa), Antônio Félix da Silva (Tonho) falecido, Expedita Félix da Silva e Benedita Félix da Silva.

Ajudou o pai, que era marchante. Saia diariamente de madrugada, em direção à Maravilha, Ingá e outras localidades. Comprando bodes, ovelhas, porcos entre outros animais, para vender no mercado público de Custódia. Na época, chamado de “Curral da Matança”.



Ainda jovem, aprendeu a fazer doce, se tornando tempo depois em mestre em doce. Ao lado de sua mãe com quem aprendeu e desenvolveu toda a técnica no preparo.

A convite do seu amigo Gérson Gonçalves, foi o primeiro mestre em doces da Tambaú em 1962, quando o local de funcionamento era próximo a ponte, na Inocêncio Lima. O convite não foi em vão, como ele afirmava, ‘quebrava’ duas caixas de goiaba rapidinho, fazendo com ela a polpa, o cozido num tacho de cobre. Sem desperdício nenhum.

Gerson teve seu inicio no fabrico de doces em Campina Grande. Lá não teve ao seu lado o seu amigo Ozinaldo, pois o mesmo, estava prestes a se casar, e não podia se ausentar de Custódia. Certa vez, um funcionário responsável pelo doce em Campina Grande, não estava conseguindo acertar o ponto do doce. Para evitar maiores prejuízos, convida Ozinaldo para ir desmanchar o doce acumulado que estava estocado. Com sua experiência, conseguiu desmanchar e também vender todo o estoque acumulado. Em cada 10 tachos, Gérson admitia perder até 2, e Ozinaldo, não perdia nenhum, um profissional de excelência para a empresa. Além é claro, da amizade com o proprietário.

Em 1967, a Fábrica de Doces Tambaú sofre com uma enchente, e pouco tempo depois, saem do prédio atingido, e iniciam suas atividades num local chamado Texaco. Onde funcionou um Posto de Combustível do sr. Zé Pinheiro. Na mesma avenida Inocêncio Lima, porém, num local mais seguro e sem perigo com novas enchentes. Ozinaldo continuou como funcionário da empresa.


 Em pé: Gabiru, Zé de Alcides, Dorival, Alfredo, Biu de Zé de Noca
Agachados: Pedro Pereira, Zito da Compesa, Edinaldo Amaral, Osvaldo pai de Luciano e Ferreirinha.
 

Paralelo a sua atuação como mestre em doce, foi atleta de futebol em diversos times locais da cidade. Sua posição era quarto zagueiro. Entre alguns times locais, da década de 60, jogou no Comercio Esporte Clube em 1962. Depois a convite do seu amigo, Pedro Pereira, foi para Sport Clube Custódia.



Casa com Ivone Fernandes da Silva, dessa união, tiveram seis filhos: Orlando Fernandes da Silva, Ivan Fernandes da Silva, Hugo Fernandes da Silva, Tereza Cristina da Silva (falecida), Humberto Fernandes da Silva, Hiraildo Fernandes da Silva, Ozevane, Osmar e Rocimere.

Foi sócio fundador do Centro Lítero Recreativo de Custódia – CLRC.

Em 1972, vai residir em Sobradinho, na Bahia, época da construção da barragem, abre um restaurante, ficando durante um ano na cidade.  Depois segue para Jacobina, também no Estado da Bahia, agora num outro ramo, de confeitaria, ano era 1974. Pouco tempo depois, vai residir em Caruaru, capital do agreste pernambucano, mudando novamente de ramo. Lá compra um caminhão prestando diversos serviços. Retorna à Custódia, abre Armazém de bebidas, administra o Sabarzinho (localizado em cima da Praça Padre Leão) e também uma sorveteria. Mais uma vez, muda de cidade, agora para Arcoverde, cidade vizinha, onde abriu uma loja de móveis novos e usados. Por fim morou durante os anos de 1976/1977 na Capital Federal, em Brasília. Seu ramo agora foi com antiguidades: Móveis e Santos em madeira.

De volta a Custódia em 1978, continuou no mesmo ramo de antiguidades, levando as peças para os museus em São Paulo. Durante essas idas e vindas à São Paulo, começou a levar o doce Tambaú para o Sudeste e assim, retomou ao ramo de doce, sendo agora, vendedor dos doces Tambaú. Seu grande cliente era uma rede de supermercado Ciro, com quem vendia duas carradas fechadas com produtos. Além das antiguidades, trazia papel celofane para vender as fábricas. Durante muito tempo teve um depósito de papel celofane, além de ser representante da cachaça 51.


Família em Albuquerque Né




Ozinaldo e filhos de suas duas famílias


 

Se aposenta e vai residir em Albuquerque Né, distrito de Sertânia em 1990. Constitui uma nova família com Elma Pereira Neves, e seus filhos: Júnior, Vitória, Carol, Ana Flávia e Fabiana. Teve no distrito um fabrico chamado de Doces Carolina, e uma padaria.  Ainda assim, retornou a Sobradinho na Bahia, com sua companheira Elma, onde teve fábrica de doce chamada Beira Rio.



Em setembro de 2022, é convidado a participar das comemorações de 60 anos da Tambaú Alimentos. Junto a outros funcionários, e ex-colaboradores. Foi o primeiro mestre de doces da empresa. Uma das marcas da empresa, deixada pelo seu fundador e amigo pessoal, Gerson Gonçalves de Lima, era de sempre, manter laços de amizade com pessoas e empresas que prestaram longo. Ozinaldo não poderia ficar de fora, recebeu sua merecida homenagem.

Viveu seus últimos anos de vida, em Albuquerque Né, distrito de Sertânia. Faleceu aos 84 anos, deixando um legado gigante para a história de Custódia, e aos familiares e amigos.


Texto: Paulo Peterson com informações de seus filhos.

19 janeiro, 2024

Posse do Prefeito Luiz Epaminondas de Barros (1955)



Posse do prefeito Luiz Epaminondas Nogueira de Barros, em 15 de Novembro de 1955, no prédio onde na época, funcionava a Prefeitura Municipal, atual Câmara Municipal de Vereadores de Custódia.

 Estiveram presentes a cerimônia:

Dr. Chico, médico Dr. Ely, Silvio Carneiro, Luiz Epaminondas (filho), Luiz de França (IBGE), Luiz Aureliano (genro), Dr. Mauro Jordão de Vasconcelos (Juiz de Direito), Adauto Pereira de Souza (Vice), Terezinha Epaminondas (filha), Ancilom Ferreira e o rábula Vitoriano.






Fotos: Chico Elizeu

 

18 janeiro, 2024

[Bilhetes do Sertão] Os "Generais" do chapéu de couro do sertão (Diário de Pernambuco 1950)



O distrito de Betânia foi criado em 6 de dezembro de 1928,
pela Lei Municipal n. 2, subordinado a Custódia.

O município foi instalado em 19 de março de 1962.

Visitei Betânia, em pleno coração do RIACHO DO NAVIO. Poucas Vilas sertanejas possuem tradição mais viva e história mais trepidante do que sua vizinhança do município de Custódia, batizada pelo saudoso Vigário e grande amigo da terra padre José Ribeiro e onde, de calças curtas, brincou de "cangaceiro", trazendo a guisa de cartucheira uma "enfiada" de sabor de milho, o Dr. Ribeiro do Vale, atual procurador da República em Pernambuco. Pasto querido de Lampião, reduto famoso de homens valentes, que encheram o passado com a fúria das guerrilhas e das lutas cruentas Betânia tem um lugar destacado na história das façanhas guerreiras quando o sertão ainda esperava a força coercitiva da Lei e a influência benéfica da Civilização.

Guardo desde a infância o nome de Betânia, aureolado pelo clarão dos papos-amarelos e dos bacamartes cuja fumaça tisnou a face do generais de chapéu de couro do cangaço. Era a legenda viva e tumultuosa dos homens de bronze, dos heróis de aço e lama que escreveram os capítulos de fogo da história da terra bárbara. Por ali rolavam as "volantes" nos entreveros com os bandidos, no labirinto cinzento das caatingas. Por isso quando cheguei a Betânia sobre um sol faiscante, fiquei a olhar a vila tranquila branquejando na manhã luminosa, escondendo com a poesia cristã do seu nome o passado pontilhado de cruzes e de mortes. Cada esquina da vila quieta guarda a história de uma façanha. E as cruzes do caminho são as páginas de um passado agitado onde espocaram os mosquetes nas "razzias" tremendas. Por ali passaram os Marcolinos, José de Souza, os Rajados, José Liberal, o velho Manoel Pequeno, campeão das empreitadas sinistras e no meio de todos, rude e terrível pisando forte como um rei nas terras do seu domínio, Casimiro Honório, o mais famoso bandoleiro dos sertões do Riacho do Navio junto de quem lampião era café pequeno e Antônio Silvino engatinhava. Esses eram os homens que fincaram em torno de Betânia os limites da bravura e da Valentina da zona mais belicosa de Pernambuco o riacho do navio.

Também ali perto campearam de armas à mão, Luiz Padre e Sebastião Pereira, mestres da estratégia matuta, cujas façanhas ainda hoje reboam pelos sertões. Certa vez Lampião atacou uma fazenda nas proximidades de Betânia. Os donos apareceram de repente, por trás de um chiqueiro de bodes. E meteram o rifle para cima. Depois de horas de tiroteio, apesar da superioridade numérica e da fama dos atacantes, o capitão Virgulino recuou. Brigaram sorrindo, chamando nomes feios, dizendo palavrões de arrepiar. Cada tiro correspondia a um doesto. Cada estampido, a uma palavra suja que cortava como bala de chumbo. Quando cessou o fogo os da fazenda deram uma risada. E gritaram para Lampião que fosse tirar o cheiro de mijo...

Eram assim os bambas de Betânia. Iam para a luta como os outros vão para o noivado. Hoje Betânia vive tranquila, com a sua gente acolhedora e tenaz, entregue ao comércio ativo, à agricultura e à pecuária. Possui os seus armazéns de cereais e de peles, as melhores da região. Um distinto estudante, irmão do Capitão Olímpio, falou-me enternecido da família famosa. Senti nas palavra do jovem Ferraz que aquela gente ama o palmo de chão natal com o complexo telúrico rolando nas veias. Sai à tardinha. Deixei Betânia, com seu povo trabalhador de voz pausada e gestos mansos. Moças risonhas enchiam a vila do encanto Moreno das sertanejas.

Despedir-me do amigo que me abriu lar hospitaleiro. A saída ele me presenteou com uma garrafa de mel de mandaçaia, leve, perfumado e saboroso. Era Luiz Epaminondas Barros, comerciante e homem de prestígio afável, maneiroso, de olhos claros e ar de capitão holandês. E por cima, sobrinho de Sebastião Pereira - o treme terra do Riacho do Navio.


Luiz Cristovão dos Santos
Arcoverde - Janeiro de 1950.

para o Diário de Pernambuco
Edição 0029
Publicado em 04/02/1950

(*) Luiz Cristóvão dos Santos residiu em Custódia nos anos vinte. O pai tinha uma Farmácia em um prédio vizinho da varandinha de Vavá. Essa casa não existe mais, foi retirada para alargamento onde hoje é a Rua Luiz Epaminondas. Antes era um beco. Era a Farmácia Santos, de Manoel Cristóvão Santos.

17 janeiro, 2024

Resgatando a importância de personalidades da minha cidade Custódia.


 Pedro Pereira Sobrinho e Sílvio Carneiro de Farias Souza.

Foto provavelmente do início da década de sessenta, na Capital do Estado. 

Eu digo resgate, porque infelizmente em nossa cidade não existe a cultura do reconhecimento dos filhos ou de pessoas que nasceram fora, mas que deram grande contribuição econômica, cultural e intelectual, para a cidade. 

Coincidentemente nasceram no mesmo ano, 1940, e na mocidade, foram estudar no Recife. Dr. Pedro, como é mais conhecido, formou-se em Odontologia no ano de 1963, vindo morar em sua cidade natal. Dez anos depois, concluiu o curso de Direito na Faculdade de Caruaru, e passou a advogar em Custódia e cidades vizinhas. Muito eloquente e grande orador, exerceu a vereança por uma legislatura na década de setenta, mas, o seu grande destaque foi como educador. Professor do Ginásio Padre Leão, fundou a Escola Técnica Joaquim Pereira, homenageando o seu genitor. Dr. Pedro faleceu em 2021, aos 81 anos de idade. 

Sílvio Carneiro foi secretário municipal nos governos intervencionistas de Tenente Miguel José (1964-1966) e João Miro da Silva (1966-1968) e prefeito no mandato de 1969 ao ano de 1972. Destacou-se na área da educação, principalmente criando vários grupos escolares na zona rural, ação até então esquecida nas gestões anteriores. Sílvio Carneiro foi professor e Diretor do Ginásio Padre Leão na década de sessenta e parte dos anos setenta. Faleceu precocemente no ano de 1989, com problemas de saúde, aos quarenta e nove anos. 

Agradeço "in memoriam" a Sílvio Carneiro e ao Dr. Pedro Pereira, pelo legado que deixaram para minha querida Custódia.

Jorge Remígio
Recife - PE
Janeiro/2019.


12 janeiro, 2024

Jovens custodienses na atual Praça Padre Leão na década de 40



Zélia Sá, Osminda Carneiro, Maria Cordeiro e Ozanira Farias.
Praça Padre Leão
Custódia-PE
(ano:1947/1948)



Foto provavelmente do ano de 1947 ou 1948. Não existia praça ainda. Era chão batido como se diz. A localização das jovens. Em frente ao prédio vizinho da sorveteria de Olímpio Marinho. O prédio onde é hoje a sorveteria ainda não existia. O imóvel à esquerda da foto, é hoje a casa de dona Genésia Rezende. As jovens.

À esquerda é Zélia Sá, irmã de Socorro e Nizinha Sá, filha de José Mariano de Sá (Zé Major) e dona Firmina. Era prima do meu pai Claudionor Remígio. 

Seguida de Osminda Carneiro de Souza Farias, filha de Apolônio Carneiro de Farias e de Maria Góis de Souza.

Depois vem Maria Cordeiro Rezende (Cordeira), filha de Maria Dominéria de Rezende. Dominéria era irmã de Mariano José de Rezende, que era o pai de Pedro Mariano de Rezende, Dezinário, Sebastião, Andrelino, José, Joaninha, Carmélia Terezinha, Genésia e Luiz, todos com sobrenome Mariano de Rezende. Dominéria era irmã também de Alexandrina Rezende, mãe de Cláudio Moisés, Sebastião, José, Cidrack, Pedro, mãe de Djalma Moisés e outros que no momento me falha a memória. Todos com sobrenome Moisés.

E por último, minha mãe Ozanira Farias Remígio, filha de Samuel Carneiro de Farias e de Prezalina Góis de Souza. Minha mãe e Osminda Carneiro são primas carnais, os pais e mães são irmãos.

Jorge Remígio
Recife-PE
Janeiro/2024


11 janeiro, 2024

A história de um grande ser humano: José Esdras. (por Lindinalva Almeida)


* 07/09/1952
+ 04/01/2024




Dois nomes muito significativos biblicamente.

José - tem origem no hebraico "Yosef" que significa Deus acrescenta - pessoa sensível, confiante e generosa, que sofre com os problemas alheios.

Esdras - tem suas raízes também no hebraico "Ezra," que significa ajuda ou auxílio. As pessoas chamadas Esdras são frequentemente descritas como atenciosas, estudiosas, prestativas e dedicadas.


Nome: José Esdras de Freitas Góis.
Nome dos Pais: Domingos Alves de Góis (Comerciante) e Antonia Pires de Freitas Góis (Professora  Aposentada).
Data de Nascimento: 07/09/1952.
Natural de Custódia-PE.  
Irmãos: seis - Maria Edna, Sávio, Otacílio, Olga, Ana e Valquíria. Ele o primogênito.
Católico praticante.
Escolaridade: 3° grau completo.
Cursou Economia na UFPE.
Cônjuge: Maria Cleides Fernandes de Freitas Góis.
Pai de cinco filhos: João Aureliano, José Gualberto, Jobson, Emanuel e Marília.
Netos: Filhos de João: Beatriz, Domingos e Laríssa. Filhos de José Gualberto: Lara, Bianca e Melissa. Filhos de Jobson: Camila e Marina. Filhos de Emanuel - Manuca: Laura e Victor Emanuel. Filha de Marília - Cecília.




O menino que aos seus 10 aninhos já tinha um grande propósito: Tornar-se Prefeito de Custódia. Era uma criança inteligente, dominava a matemática como poucas crianças da sua época. Detinha uma notável capacidade de se identificar com o outro, de sentir o que o outro sente. Seu pai, Domingos Alves de Góis e seu tio, Sebastião, eram proprietários da grandiosa "Casa Góis"- o "shopping center" de toda Região. E nesse tempo, com pouca idade, José Esdras, já atendia no balcão, fazia contas e passava troco, sem erros. Meu pai, Mestre Lunga, trabalhava nesse grande e inesquecível centro comercial, confeccionando móveis e também atendia no balcão. Em contato direto com José, como ele chamava, papai dizia como a vaticinar: eu acredito em seu objetivo, José! Você será um grande prefeito da nossa cidade. O povo merece. Ele ficava feliz com aquele apoio. E sempre que papai chegava em casa nos contava a conversa que tivera com José Esdras.

 


Obediente aos seus princípios religiosos, recebeu os Sacramentos: Batismo, Primeira Eucaristia e Crisma, fortalecendo sobretudo a sua fé. Um filho que toda mãe gostaria de ter. Concluído o Curso de Economia e com o Diploma em mãos, retorna a sua terrinha, sem deixar de pensar no seu propósito de criança.

E no ano de 1977, conhece a bela jovem Maria Cleides Fernandes de Freitas Góis. Namoram, noivaram e se casaram, assim permanecendo por 47 anos. De natureza pacata, sabia fazer amizades e preservar o círculo de amigos. Fazia parte do Time de Futebol de Custódia. Era assíduo nos eventos da sua turma de amigos e da cidade.

Atividades e funções assumidas por José Esdras: professor, comerciante, fundador do Lions Clube - Custódia, fundador e  Presidente do Clube dos Castores, Presidente do CLRC.

Sempre se destacou em outras tantas atividades voltadas para o bem-estar do povo de Custódia, o que deu início, assim, a sua caminhada política

Em 1988, no legislativo custodiense, na Casa João Miro da Silva - Nosso município teve o prazer de receber o mais bem votado vereador daquela legislatura: José Esdras, que trazia grandes projetos para o município, sendo o carro-chefe a criação da Lei Orgânica. Seguindo a trilha política, candidatou-se a prefeito nos anos de 1992 e 1996, não tendo êxito nessas duas candidaturas. No entanto, nas eleições do ano 2000, fez uma excelente campanha. Apoiado pela maioria do povo custodiense, foi o grande vitorioso do pleito. E no primeiro dia do ano de 2001, concretizou o mais dourado sonho daquele menino que queria ser prefeito da sua amada Custódia. Já sentado na cadeira de prefeito, assina o importante projeto da Casa de Apoio em Recife, marca da sua gestão.

A resiliência venceu todos os momentos difíceis dos seus mais de 10 anos em cadeiras de rodas, fato que não o impediu de apoiar seu filho, Emanuel, mais conhecido como Manuca de Zé do Povo, em três pleitos políticos, todos vitoriosos: Vice-prefeito do Dr. Luiz Carlos entre 2013-2016. E para prefeito duas vezes: 2017-2020 e concluindo seu segundo mandato agora em 2024.


Esse é um resumo da história do excelentíssimo ex- prefeito de Custódia - Terra Querida, José Esdras de Freitas Góis.


Abraço fraterno da Família Pinto Simões!
Custódia, 11 de janeiro de 2024,

Lindinalva (Nenê).


Sport Club Custódia (1973)


Foto: Acervo Maristela Feitosa

Da esquerda:
Natalício (falecido), Chico de Antuza (falecido), Luciano Góis Veríssimo, Rui Mariano, Urbano (falecido), Baiá (falecido) e Deda.

Agachados: 
Jorge Remígio, Antônio Eli, Elione, Evaldo e Ferdinando Feitosa.

Técnico:
Dr. Pedro Pereira (falecido)

 

09 janeiro, 2024

História da Comunidade Quilombola Buenos Aires - Custódia-PE



Relato feito por Hosana Felizmina conhecida por Hosana do Pote, filha de Francisco Euzébio da Silva e Felizmina da Conceição, neta de José Eusébio, um africano e uma índia da região.

José Eusébio é um dos primeiros negros a chegar na região chamada Lagoa do Saco, hoje conhecido como Lamarão, terras que pertenciam a José Domingos e Iria Ocília de Melo, primeiros habitantes da comunidade Maniçoba, atualmente conhecida como Buenos Aires. Pai de Possidônio Tenório de Melo que ao herdar as terras vendeu uma parte para Eusébio.

Chegaram mais seis casais na região onde compraram, herdaram ou receberam doações de terra por José Domingos Rezende e Iria. Os casais se chamavam Salviano e Raimunda, João de Aninha e Maria Crioula, Antônio Paulinho e Maria Pequenina, Gustavo e Maria, Livino e Quitéria, João de Lindu e Maria Elvira Lindu. Possidônio fica viúvo e casa-se com Alzira Tenório do Amaral.

A partir desse 7 casais surgiram as 10 comunidades, entre elas: Cachoeira da Onça, São João, Lajedo, Serra da Torre, Lagoinha de Quitimbu, Carvalho, Riacho do Meio e Buenos Aires.

José Eusébio e Vicência deixaram algumas tradições como fazer corda de caroá, farinha de mandioca, panela de barro, potes, caçoar, cangalhas, esteiras de folha de bananeira e vassouras de palha de agave.

Os aspectos culturais da comunidade temos: o samba de coco, onde os dançarinos cantam músicas conhecidas ou improvisadas, o refrão é acompanhado pelos participantes do grupo, os instrumentos utilizados são: o ganzá, o surdo, o triângulo e o pandeiro. Uma das músicas cantadas na comunidade Buenos Aires é a "Vaca Mansinha", que retrata a área territorial das doze comunidades que ficam nas terras do Lamarão e vão até o São José.

Como meio de subsistência da comunidade, além do milho, feijão e mandioca, tinha o comércio de alguns produtos artesanais feitos na comunidade como o azeite de mamona, esteira de palha de agave, renda de birro, pião de carro.


Alzira Tenório do Amaral

Alzira Tenório do Amaral, foi a primeira mulher vereadora do município de Custódia e habitantes da comunidade Buenos Aires. Realizou o projeto de motores de bomba para irrigação de plantios, um dos primeiros do município e o primeiro da comunidade, conseguiu fazer a primeira estrada e também a primeira barragem. 

Construiu a primeira escola da comunidade: Escola José Henrique de Melo. Também ajudou na eletrificação da comunidade em 1995. Com os moradores formou a primeira associação chamada: Associação Comunitária do Progresso de Buenos Aires, atual associação rural dos produtores e produtores de Buenos Aires, a qual trouxe muitas conquistas.



Maria Yolanda do Amaral

No ano de 1993, Alzira faleceu deixando uma grande herança para a comunidade, o seu modelo de luta pelo povo pobre e sofrido da região, que procede a sua filha Maria Yolanda do Amaral Santos, símbolo de ação e coragem política social na comunidade até os dias atuais.

08 janeiro, 2024

Mocidade Custodiense no ano de 1916



Foto: Arquivo Pessoal
Jorge Remígio

Publicado Originalmente em seu Perfil no Facebook

Esta foto foi tirada no dia em que o Governador de Pernambuco Manoel Borba teve uma passagem por Custódia, quando se dirigia para inaugurar a estrada que liga Flores a Triunfo. A última a direita, de trança, é a minha tia avó Maria Dolores Pereira de Sá. Ela foi escolhida para fazer uma saudação ao Governador com uma poesia. Nasceu em Vila Bela, atual Serra Talhada-PE, em 05/01/1898 e faleceu em Pesqueira no dia 06/06/1932, aos 34 anos. Foi casada com Antônio Burgos de Santana, natural de Flores (1896-1924) falecido em Custódia. Teve os filhos: Genário Pereira Burgos, Maria do Socorro Pereira Burgos, José Pereira Burgos (Zé Burgos) e Antônio Pereira Burgos. Maria Dolores era filha de Cassiano Pereira da Silva e de Ana Pereira de Sá (Naninha) falecida em Vila Bela no ano de 1902 aos 25 anos. Era irmã de Manoel Cassiano Pereira de Sá,( pai de Noême Sá) de Ana Pereira de Sá (Anita) minha avó e de José Cassiano Pereira de Sá (Zezinho). Os avós maternos de Maria Dolores eram Manoel Pereira de Aguiar, filho do primeiro casamento do Cel. Joaquim Pereira da Silva, da Fazenda Carnaúba, e de Epifânia Auzéria Mariano de Sá. Avós paterno:

Capitão Sebastião Pereira da Silva (do Baixio) e de Januária Pereira da Silva, irmã de Andrelino Pereira da Silva (Barão do Pajeú), primeiro prefeito de Serra Talhada-PE.(1892-1895). A penúltima à direita, é a minha tia avó Maria de Souza Góis.irmã da minha avó Prezalina de Souza Góis. Casou com Apolônio Carneiro de Farias,irmão do meu avô materno Samuel Carneiro de Farias. Maria e Apolônio são os pais de José Carneiro de Farias Souza, Osminda Carneiro de Farias Souza, Lourdes Carneiro de Farias Souza, Dineusa Carneiro de Farias Souza, Sílvio Carneiro de Farias Souza e Fernando Carneiro de Farias Souza. Tia Maria era irmã de minha avó Prezalina, de Ernestina casada com Heleno Aleixo, Carmélia (Bebela), Erundina, Chiquinho Daniel, Otoniel, Joaquim Daniel (pai de Shandinha), José Daniel (pai de Fernando Florêncio) e Gedeão. A terceira à esquerda sentada, de saia escura, é "Dona" Rezende. Irmã de Manoel Marinho de Rezende (Né Marinho).

05 janeiro, 2024

Custódia de luto, falece o ex-prefeito José Esdras



Morreu agora à noite no Hospital Português, em Recife, de falência dos múltiplos órgãos, o ex-prefeito José Esdras de Freitas Góis, Zé do Povo, pai do prefeito Manuca, de Custódia.

No fim do ano, ele havia sofrido um incidente de engasgo, sendo socorrido e depois encaminhado à uma unidade hospitalar.

Com 72 anos, mesmo ainda com idade considerada ativa na média para a maioria das pessoas, tinha muitos problemas de saúde, incluindo um quadro de diabetes. Suas aparições públicas foram ficando cada vez mais raras pela situação clínica e física.

Zé do Povo foi prefeito de 2001 a 2005, tendo batido o seu maior adversário político, Nemias Gonçalves, que viria a vencê-lo em 2004. Apoiou a composição do filho Manuca com o ex-prefeito Luiz Carlos. Também a sua decisão de alçar voo solo.

Era também irmão da Secretária de saúde,  Olga Góis.

Em uma de suas últimas mensagens, em um de seus aniversários, Manuca escreveu: “hoje os parabéns vão para meu ídolo! O cara que tenho orgulho de seguir seu caminho, que devo tudo que tenho e o que sou. Obrigado Papai do Céu por me dar o melhor PAI do mundo! Que essa data se repita por vários anos! Feliz Aniversário Painho! Ou melhor, Feliz Aniversário Zé do Povo, como gosta de ser chamado!”

O prefeito deve decretar luto oficial. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.

Fonte: (Nill Junior)


Mais dados biográficos:

José Esdras de Freitas Góis, custodiense, filho do comerciante Domingo Alves de Góis e da Professora Antônia Pires de Freitas, mais conhecida como Dondon Pires.

A frente da administração local, no quadriênio 2001 a 2004, desenvolve ações na área de educação, com ampliação de escolas e construção da quadra poliesportiva nas escolas Anfilófio Feitosa (bairro do Cruzeiro) e Manoel Rodrigues(Vila da Cohab).

Implanta o curso superior de pedagogia e o Laboratório de Informática no Colégio Municipal Ernesto Queiroz.

Na saúde, desenvolve o Programa Saúde da Família (PSF), a Saúde Bucal e Farmácia Básica, faz o controle de Chagas e constrói casas populares.

Nas ações sociais, implanta no Recife a Casa de Apoio e, em Custódia, os projetos Sentinela, Sopão e a distribuição de leite com as comunidades carentes.

Na agricultura, implanta o sistema de abastecimento de água em comunidades rurais, faz perfuração de poços tubulares, providencia a distribuição de sementes selecionadas e a recuperação de estradas vicinais e do Parque de Exposições.

Na zona urbana, recupera o calçamento e o matadouro público e amplia a área de esgotos e a rede de distribuição de água.

Maria Antonia – Dondon abre a escola de Jardim de infância Mundo Encantado e, como voluntária, supervisiona creches que atende a mais de 450 crianças.

(*) Publicado Originalmente no Livro Custódia Relicário do Sertão, de Sevy Oliveira (2008)


Turma do Primário Escola Maria Augusta (1973)


Em publicação em seu perfil no Facebook, a professora Nilma Glória, relembrou sua época como estudante primário na Escola Maria Augusta no ano de 1973, a professora da turma era Socorro Costa Quidute.

Foto do Desfile de 7 e 11 de Setembro daquele ano.

Na foto: Eliane Remígio e sua irmã Ana Claúdia, Marisélia Pinheiro, Nely Costa, Leônia Simões e sua irmã Lélia, Maria de Adamastor, Neuracy Aleixo, Aparecida Rael, Graça Melo, Tereza Valeriano, Maria Rizete, Zé Arnaldo, Zildinha, Lourdinha Lins, Maria de Zé Nego, Aparecida Oliveira, Mozart Gomes, Marcia Moraes entre outras.


A professora Socorro Costa comentou sobre a foto:

"Eu e Osminda Carneiro, pesquisamos e junto com sua costura e pintura dela, foram confeccionadas as bandeiras de todos os Estados brasileiros. Pedro Pereira me emprestou um livro que tinha coreografias de desfiles. Foi um sucesso. Essa turma eu peguei na segunda série do curso primário. Quando cheguei na turma, mais da metade  não estavam ainda alfabetizados. Combinei com Magda Quidute, que era na época diretora escolar da Escola Maria Augusta, e essa comunicou ao DERE (Departamente Regional de Educação) que eu não trabalharia o conteúdo da série, e sim, iria concluir o processo de alfabetização. Montei um horário só com aulas de Português e Matemática. Eu tinha comprado na livraria Imperatriz, em Recife, um livro de análise sintática na oração e trouxe bastantes livros, que Leny Resende conseguiu pra mim, junto as editoras e me dediquei integralmente a essa turma, que fiz questão de acompanhar até a quarta série. O pessoal do DERE visitou a escola e passou a tarde na minha turma. Eles ficaram impressionados com as anotações do perfil da turma num gráfico, onde eu assinalava dificuldades e avanços de cada aluno. Considero essa turma um marco na minha carreira de professora. Eu me apaixonei pela profissão. Eu estudei como alfabetizar, peguei muitas dicas com amigas de Leny que eram alfabetizadoras e a turma decolou, em setembro, todos estavam alfabetizados. A Escola Maria Augusta recebeu mais uma visita do DERE para observar e saber sobre o desempenho. Essa turma era interessada, dedicada, estudiosa e motivada. Eles vibravam com o conhecimento adquirido, tinham fome de aprender, foram todos bem sucedidos no Ginásio e alguns que eu tive notícias, são excelentes profissionais na área que escolheram. Foi gratificante pra mim, eu me descobri professora, e Mestra."


03 janeiro, 2024

A escalada da vida em busca da luz!


Lindinalva (Nenê) e Arnaldo.
Janeiro 2024

“O que se leva dessa vida é a vida que a gente leva”.


Que bom, meu Deus, chegar a 2024! Que bom chegar até aqui!

Foram 365 dias de trabalho, de alegria, de fadiga, de tristeza, de um lugar ao sol e de promessas não pagas.
 
A cada ano, as promessas de mudanças que se faz para o Novo Ano são quase sempre as mesmas. E nunca paramos para nos perguntar: qual a promessa que eu não cumpri? Dias passam, meses se completam e anos e ciclos são concluídos para a completude de mais um ano. Contudo, o mais importante é manter a esperança de dias melhores, de novas possibilidades, de um recomeço, de um réveillon que o traz. Com certeza, vai ter sempre um consenso: paz, saúde, trabalho, estudo, uma família estruturada e estabilidade financeira.

O ano é novo, porém, “o maior desafio da vida, é criar uma mudança de hábito"... É dificil, mas, não impossível.

Precisamos mudar, mudar para melhor. Para que mudemos a nossa convivência diária, mudar a nossa comunidade, o nosso estado, enfim, o mundo, o qual somos responsáveis em pequena escala pelo equilíbrio social,  ambiental, econômico, cultural e climático.

O homem na sua longa caminhada até os dias de hoje tem caminhado em busca de perfeição: transformou, inventou as coisas humanamente possíveis. Ainda não se encontrou com a mais perfeita fórmula deixada por Jesus Cristo: a Cruz, que nos leva ao encontro da Luz!

Ah, se todos tivéssemos um pouquinho da bondade do Bom Samaritano! Esta parábola está atualizadíssima: Lucas 10:25-37. A importância de amar ao próximo sem nenhuma limitação está no centro da mensagem que esta história transmite. Ela nos mostra a falta de empatia e compaixão pelo próximo. Infelizmente, constatamos pessoas que são hostilizados, rejeitadas pela sua classe social, pela cor da pele, etnia, opção religiosa, política, social e orientação sexual.

O samaritano ao ver aquele homem ferido no seu caminho poderia ter ficado feliz com o seu sofrimento, porque os Judeus eram inimigos dos samaritanos. Contudo, a compaixão falou mais alto. Ele não viu ali um inimigo ou um problema alheio; viu um ser humano que carecia de ajuda.

O Samaritano agiu diferentemente dos falsos cristãos: o sacerdote e o levita eram pessoas que conheciam a "Lei de Deus de olhos fechados”.

É preciso que a mudança seja uma constante na nossa vida. O bom samaritano mudou a história de um paradigma de seu povo.

Feliz Ano Novo! Que os seus projetos sejam realizados!
Que o Deus da misericórdia, por intercessão de Maria Santíssima lhes dê a graça da saúde e da paz!

Abraço de luz!

Custódia, 02 de janeiro de 2024.

Lindinalva (Nenê) e Arnaldo.