Enviado por
Jorge Remígio
João Pessoa-PB
Junho/2020
Jorge Remígio
João Pessoa-PB
Junho/2020
A minha sobrinha Marina, filha do meu irmão Sérgio Remígio e da cunhada Olga Góis, era uma menina muito esperta.
Nos seus quatro para cinco anos, já batia pernas nas proximidades da sua residência que ficava no centro da cidade, e já sabia piamente que o meu pai Claudionor Remígio, era um frequentador assíduo do “Pau do urubu”, que ficava ao lado da igreja, e com certeza o mais famoso de Custódia.
Era uma espécie de reunião informal de amigos, muito frequente nas cidades interioranas, onde se conversa e se discute de tudo. Inclusive, da vida alheia.
Em um domingo pela manhã, lá estava meu pai reunido com os amigos naquele fórum de debates, e olhando na direção da Praça Ernesto Queiroz, vislumbrou Marina ao longe.
Falou para os amigos.
- Eita! Lá vem minha neta Marina.
Ao chegar bem próximo, os adultos deram uma pausa no burburinho observando aquela menininha tão bonita. Como já era o costume, Marina disse.
- A bença vovô! Deus te abençoe, minha neta.
E batendo na calça por cima do bolso, falou.
- Mas Marina, me pegasse desprevenido.
Marina decepcionada com aquela situação, botou a mão esquerda nos quadris e com a mão direita apontou o dedinho indicador na direção do meu pai e sapecou.
- Olhe vovô, já é a segunda bença que o senhor me deve, viu?
Foi aquela gargalhada geral
Nenhum comentário:
Postar um comentário