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20 setembro, 2024

Esposa de Joaquim Tenório Sobrinho recebeu nome de rua em Cassilândia-MS


Em Cassilândia-MS, no Loteamento Durval Vendrame, uma de suas ruas, recebeu o nome Maria José de Oliveira, esposa de Joaquim Tenório Sobrinho, custodiense nascido em 23 de Dezembro de 1922. Era conhecido como prefeito dos pobres, também conhecido como Joaquim Pernambuco.


 

Em mais uma homenagem a esta família que teve diversos serviços prestados à cidade de Cassilandia, agora foi a vez da matriarca receber uma justa homenagem. A sra. Maria José de Oliveira, também era custodiense. Filha de Pedro Jerônimo de Oliveira e Amélia Batista Vilar, sobrinha de Euclides Jerônimo de Oliveira que viveu até a morte em Quitimbú.  Sua Mãe era prima de Ariano Suassuna e sobrinha de Rita Vilar, mãe do escritor paraibano.


21 maio, 2024

Joaquim Tenório Sobrinho - A saga de Pernambuco, o prefeito dos pobres!


 
RELÍQUIAS DE CASSILÂNDIA

Este cartaz de 1972, é um verdadeiro registro histórico de Cassilândia.

Joaquim Tenório Sobrinho, o saudoso Pernambuco, aparecia na propaganda eleitoral como candidato a prefeito, concorrendo pela Arena 1 e tendo como vice Toninho.

Ele foi eleito e assumiu em janeiro de 1973, permanecendo no cargo até 1976, sendo sucedido por Dr. Antônio Teixeira de Lima.

Pernambuco ficou conhecido como "Pai dos Pobres".

(Corino Alvarenga)




Quem foi Joaquim Tenório Sobrinho?

Joaquim Tenório Sobrinho, o Pernambuco, mais conhecido como o prefeito dos pobres, nasceu na cidade de Custódia, Estado do Pernambuco, sob o sol inclemente no sertão do moxotó pernambucano, no dia 23 de dezembro de 1922.

Pernambuco, segundo as palavras do poeta repentista Carolino Leobas, é o “Herói nordestino/Que se jogou no mundo/Para cumprir seu destino/Pois a sorte da pessoa/Já se traz de pequenino.” Esse poeta, em simples palavra, soube muito traçar a trajetória de Joaquim Pernambuco, que foi dono de uma grande história.


Filho de um lavrador chamado Gabriel Ferreira e de dona Maria Tenória, foi crescendo e aprendendo que no mundo é preciso lutar muito, que na vida é preciso determinação para vencer as barreiras, é preciso ter vergonha na cara. No dia 20 de agosto de 1944, casou com Maria Francisca de Oliveira e com ela teve os filhos Luiz e Maria Isalve.

Em busca de melhores condições de vida, deixou o seu rincão e rumou-se para o “Sul”, a bordo de um pau de arara, durante 11 dias, chegando finalmente à capital paulista, pegando um trem para Pompeia, onde ficou por seis anos, trabalhando numa fazenda de propriedade de Osvaldo José Paroni. Depois, passou uns tempos em Cravinhos, também em São Paulo, e lá nasceram os filhos Maria de Lourdes, Cícera e Francisco, num total de cinco herdeiros.

Homem corajoso e determinado, Pernambuco mandou a cara no mundo e veio parar na região de Cassilândia no dia 12 de abril de 1955 para trabalhar inicialmente como carroceiro, isto é, no ofício de fazer frete com uso de carroça. Um certo dia, dona Walkíria Romão o viu, cheio de amigos para ouvi-lo, não se conteve e comentou para si própria:

– Este é um grande homem. Pelo seu carisma de conquistar amizades, ele vai conquistar todos os cassilandenses. Ele é muito especial. Sabe ser simples e humilde. E realmente eu estava certo. Pernambuco foi uma pessoa extraordinária. Nasceu assim e assim morreu.

Como carroceiro, trabalhou um ano e meio. Naquela época começou a ganhar dinheiro. Num passe de mágica, estava com 18 carroças bem equipadas e novas. Daí passou a fazer “gambiras”, ou seja, negócios na base da troca, compra e venda de mercadorias diversas. Eram terrenos, carroças, materiais, apetrechos, utensílios domésticos, chácaras, fazendas. Começou a chover dinheiro em sua hora e ali acabaram os tempos de miséria e de sofrimento pelo mundo.

Havia dois tipos de transporte naquela época: a carroça era para carregar mercadorias e a charrete era para carregar pessoas como fazem os táxis nos dias de hoje. Na compra e venda de carroças e charretes, ele ganhou um bom dinheiro. Ia a São Paulo, fazia as compras e vendia tudo aqui em Cassilândia. Uma fórmula simples que funcionou por algum tempo até esgotar esse nicho de mercado.

Como lembra o ditado, “Deus dá a farinha e o Diabo carrega o saco”, as amizades multiplicaram, afinal os amigos não faltam na hora de gastar o dinheiro. E, assim, vivia Pernambuco, ora rico, ora mais pobre, mas sempre rodeado de muita gente.

E foi assim que recebeu o convite para entrar na política, elegendo-se vereador no pleito de 3 de outubro de 1958, assumindo o cargo no dia 31 de janeiro de 1959, ao lado de mais quatro vereadores, e, tendo sido o mais votado, foi aclamado presidente da Câmara de Vereadores de Cassilândia.

Na eleição seguinte, elegeu-se prefeito, assumindo o cargo em janeiro de 1963, tendo como vice-prefeito Manoel Nogueira da Cunha. Nesse mesmo ano empenhou-se ao máximo para trazer o Banco da Lavoura, iniciou a construção da cadeia em 1964, inaugurada em 1965; montou a usina do salto do Aporé, utilizando as aparelhagens adquiridas pelo primeiro prefeito eleito, Sebastião Leal. A verba ele conseguiu junto ao governador Fernando Correa da Costa. A usina foi inaugurada em julho de 1963. Naquela época construiu várias pontes de madeira para melhorar o tráfego de veículos. Concluiu a construção do prédio da Prefeitura, do Forum, construiu dois grupos escolares, comprou uma moto niveladora e caminhão, com parte do dinheiro do bolso, já que a Prefeitura não tinha condições financeiras.

Naquela época, ia ao Paraná, Minas Gerais e Goiás para buscar gente com a finalidade de morar em Cassilândia, já que a mão de obra estava escassa por aqui, pois visava o rápido progresso do município. Para incentivar a vinda das pessoas, ele doava o terreno e até ajudava na construção da casa. Assim, ficou conhecido como o prefeito dos pobres e passou a ser cada vez mais procurado pelos carentes.

No ano de 1968, Pernambuco e o amigo Expedito Baiano, apelido de Expedito Alves de Lima, viajavam a bordo de um avião particular, de propriedade do senhor Manoel Valente, tendo como piloto Miguel Capistânia, rumo a São Paulo, mais precisamente Ribeirão Preto, lá cuidaram de negócios. No retorno a Cassilândia, na decolagem do avião, ocorreu o imprevisto, o avião ganhou uma boa altura e de repente caiu na pista do aeroporto, chocando-se violentamente no solo e causando ferimentos gravíssimos nos ocupantes. Expedito Baiano quebrou uma perna e um braço, tendo que ficar internado durante 38 dias. Mas o pior ocorreu com Pernambuco, que teve sua face toda esfacelada, precisando de um transplante, afinal teve o nariz decepado pelas ferragens da aeronave. Ficou durante três meses internado e sofreu de súbito uma notável transformação na fisionomia, ficando com o nariz achatado e a voz anasalada, características que carregou até a morte.

E Pernambuco permaneceu bem com os pobres de Cassilândia, sendo muito humano na hora de suas necessidades e chegando até a pagar salários dos servidores com dinheiro do próprio bolso quando a verba da Prefeitura não dava para suprir as despesas municipais.

A porta de sua residência estava sempre aberta para o povo, não se percebia nem tramela, trinco ou chave, a exemplo de seu coração que era do tamanho de Cassilândia.

Foi convidado novamente para se candidatar a prefeito pelos amigos e acabou sendo eleito em 15 de novembro de 1969 como vice-prefeito de Ib Fabres de Queiroz, juntos construindo várias obras no município.

Novamente voltou ao paço municipal e desta vez como prefeito no dia 15 de novembro de 1972, declarado prefeito no dia 31 de janeiro de 1973. Com apenas cinco meses de gestão pôs em funcionamento a usina hidrelétrica do Salto, que havia sido montada pelo ex-gestor Ib Fabres de Queiroz; concluiu a construção de oito grupos escolares na zona urbana; completou prédios escolares que haviam sido iniciados pelo seu antecessor, bem como deixou o prédio do grupo escolar da Vila Bom Jesus quase pronto, já em fase de acabamento; trouxe o interurbano telefônico nacional e internacional, que foi inaugurado pelo padre John Pace, ao unir Brasil e Itália, via DDI, fato solene ocorrido na Praça São José, muito aplaudido pelos presentes, com o uso de um orelhão improvisado.

Ao lado do senhor Ib Fabres de Queiroz, foi o prefeito que mais efetuou abertura de estradas no município, e, sobretudo, foi uma das pessoas que mais fizeram pelos cassilandenses, sobretudo em assistência social. Um pau-de-arara de outrora se transformou no mais humano e amigo prefeito que Cassilândia já viu.

Deixamos que o poeta repentista Carolino Leobas termine a história de Joaquim Tenório Sobrinho, o imortal Pernambuco de todos nós. 

Estava em 12 de abril
Há muitos anos atrás,
Quando entrei em Cassilândia
Para ficar e não sair mais. 

Enxada? Foice? Facão?
Machado? Carga pesada?
Nunca pensei duas vezes:
Topava logo a parada. 

Era pobre, sem recursos
Não vou mentir pra quê?
Mas tinha um forte desejo:
Trabalhar para vencer. 

Lidei com burro e carroça,
Fiz gambiras – não sei quantas!
Matei Bichos, vendi couros
De onça, cateto e anta.
 

Fotos extraídas do Museu da Imagem de Cassilândia / Facebook.


A humildade dele era maior do que o sentimento de vaidade
(Manoel Afonso)


11 maio, 2023

Biografia Joaquim Tenório Sobrinho


 

Joaquim Tenório Sobrinho foi o primeiro da família a migrar para o sul, embora nunca tivesse deixado de proclamar sua paixão por sua terra. A circunstância, porém, assim o exigia, não chovia naquela região há algum tempo e desta forma tornou-se ele mais um retirante da seca. Foi vaqueiro, agricultor, comprador e vendedor de caprino e suíno, além de marchante (açougueiro) em Quitimbú; trabalhou em lavouras da região de Novo Cravinho, distrito de Pompéia-SP e no município de Marília. 

Mudou-se para Mato Grosso uno no ano de 1955, seu destino desde que saiu de sua terra natal, o que não aconteceu no primeiro momento porque o dinheiro findou-se por completo em São Paulo-capital, tendo sido obrigado a procurar na Estação da Luz o serviço de migração e de lá, acompanhado da esposa grávida e dos filhos Luizinho e Marizalve, tomar outro rumo e não o que projetara inicialmente.

Chegou a Cassilândia tempos depois, no dia 12 de abril de 1955. Sua família havia proliferado (coisas do sangue nordestino) haviam nascido mais três filhos: Lourdes, Cícera e Francisco de Assis, nascidos no interior do Estado de São Paulo. Deu uma volta na cidade, quando pode verificar não existir nenhuma carroça para fazer frete, sem pensar muito voltou ao interior de São Paulo, mais precisamente na cidade de Rubiácea, adquiriu uma com animal e tralha e rumou de volta a Cassilândia. Lá se foram 10 dias de viagem, dormindo ora embaixo da carroça ora em galpões ou paióis de fazendas.



Assim que retornou, iniciou o trabalho duro juntamente com seu filho mais velho, Luizinho; poucos dias depois estava de volta a Rubiácea para comprar outra carroça, o que foi feito sucessivamente durante 18 meses, período em que comercializou algo em torno de 40 destes veículos, tendo adquirido recurso suficiente para comprar um sítio, loteá-lo e homenagear seu estado de origem dando o nome do novo bairro de VILA PERNAMBUCO - o maior da cidade. Comprou fazendas, chácaras, sítios, gado, jipes, caminhonetes, caminhões e até aviões. Também foi o primeiro corretor de fazendas de Cassilândia.

Foi vítima de um acidente de avião quase fatal, no dia 02 de julho de 1968, no aeroporto de Ribeirão Preto-SP. Inexplicavelmente a aeronave caiu logo após decolar. Passou meses na UTI, teve seu rosto completamente deformado, o que não pôde ser corrigido a contento por cirurgias plásticas, dada a gravidade do acidente. Ainda assim não se deixou abater, dado seu carisma e coração devotado ao bem de seu próximo, tornou-se político por imposição do povo.



É, até hoje em dia, proporcionalmente o vereador mais votado da história de Cassilândia, obteve 35% dos votos válidos em sua primeira eleição. Para que tal votação seja superada, hoje, são necessários algo em torno de 4.500 votos! Foi Presidente da Câmara Municipal, uma vez vice-prefeito e duas vezes prefeito.

Maria Tenório de Melo, minha avó, a prima de Dodô, faleceu aos 77 anos, no dia 15 de abril de 1962, em Volta Redonda-RJ, vítima de um acidente, quando retornava ao estado de Pernambuco, depois de uma visita aos filhos em São Paulo e Mato Grosso, respectivamente. Ela pretendia fazer uma visita ao seu primo Tenório Cavalcante, o lendário “Homem da Capa Preta”, em Duque de Caxias, para onde seguia antes de voltar para sua terra, vez que na adolescência residira por aproximadamente 4 anos na pequena propriedade rural de seu tio, pai de Tenório, de quem a mesma cuidou.

Acalentava o sonho de conhecer um avião, achava, conforme ela mesma dizia: interessante ver aquelas máquinas voando como pássaros. Seu filho, Joaquim, sabendo disso a esperou em Jales-SP, no final de 1961, com um avião de sua propriedade. Lembro-me, como se fosse hoje, de lhe perguntar se havia gostado da viagem, ela respondeu que adorara, mas que havia ficado mouca (surda). Este foi o primeiro e único reencontro de Maria Tenório com Joaquim e sua família, dado o desfecho no Rio de Janeiro.


Os contatos anteriores a esse reencontro eram apenas por correspondência, via cartas, que demoravam de 30 a 60 dias para chegarem ao seu destino. O sistema de telefonia (interurbano) praticamente não existia, quando muito se falava de uma capital para outra ou de uma cidade grande para outra também grande, com demora nunca inferior a 10 horas.

O interurbano chegou a Cassilândia somente nos idos de 1976, com Pernambuco na prefeitura, quando fez questão que o então Pároco da cidade, Pe. Jhon Pace, fizesse a primeira ligação internacional para um parente residente em Washington, capital dos EUA.

Na sequência, ele próprio ligou para o último governador de Mato Grosso uno, o sergipano José Garcia Neto, em Cuiabá.

Dois dos filhos de Joaquim Pernambuco enveredaram na política, eu, Luizinho Tenório, em Mato Grosso do Sul; e o caçula, Francisco de Assis Tenório, no Mato Grosso. As filhas são educadoras e também moram em Cassilândia. Concomitantemente a política, fui Fiscal de Rendas até me aposentar e hoje, enquanto economista, presto consultoria a diversas empresas, câmaras e prefeituras. Assis é empresário do setor madeireiro com atividades em diversos Estados do país.

Espero ter sido o mais esclarecedor possível, é muito bom, mesmo que a distância, sentir-me com um pé em minha terra, em meu berço! Aos conterrâneos custodienses um abraço fraterno do sempre sertanejo.

Luizinho Tenório

24 fevereiro, 2023

Joaquim Tenório Sobrinho "O Pernambuco"


Joaquim Tenório Sobrinho é natural do sítio Lajedo, Distrito de Quitimbu, era casado com a senhora Maria José de Oliveira. Tiveram cinco filhos, dois deles nasceram no sítio Lajedo, foram eles: Luiz Tenório de Melo e Maria Izalve Tenório de Melo. Saíram do nordeste a procura de melhores condições para sobreviver. Viajando em um pau-de-arara, foram quinze dias de um percurso exaustivo até chegarem e fixarem residência por um tempo no Estado de São Paulo, inicialmente, em, Pompéia e, finalmente, em Novo Cravinhos distrito de Pompéia, onde viu nascer os seus outros irmãos Maria Lourdes Tenório, Cícera Tenório de Melo e Francisco de Assis Tenório, porém passavam por muitas privações.




Placa da Rodovia Joaquim Tenório Sobrinho, também conhecida como MS-306. Esta rodovia liga os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, tem aproximadamente 200km e é um importante corredor de saída de produtos primarios de MS e MT para os estados de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro e entrada de produtos industrializados de São Paulo para as regiões Centro Oeste e Norte de nosso pais. 

Joaquim Tenório Sobrinho, é pai de Luizinho Tenório, custodiense radicado em Cassilândia desde de 1955. Após falecimento de seu pai, assumiu as responsabilidades de sua família, rumou como chefe de família com seus familiares para Cassilândia/MS, lá construiu sua saga na política local, sendo prefeito por duas vezes, no período de 1963 a 1967, e de 1973 e 1977.



A prefeitura de Cassilândia e um bairro levam seu nome. É uma honra para qualquer custodiense, saber que num lugar tão longínquo de nossa terra, uma prefeitura tenha o nome de um filho da gente. fruto do trabalho desempenhado pelo político que foi, e pela pessoa que foi, para cada cidadão de Cassilândia.


Qualidades herdadas pelo filho Luizinho Tenório, foi Secretário da mesma, foi Prefeito de 1989/1992 e Deputado Estadual por dois mandatos pelo estado de Mato Grosso do Sul.





Foto da 1º hidrelétrica de Cassilândia-MS, que foi construida por
Joaquim Tenório Sobrinho, esta usina foi um marco na história da cidade, pois, antes da construção o município tinha energia a motor, e mesmo assim, era usada por poucos.

Com o aumento da Cidade e da Região a Usina foi desativada se transformando em um museu, este é um dos principais pontos turistico de Cassilândia.

Foi homenageado pela escola de Juventude Cassilandense como enredo do Carnaval 2009, com o tema "Sou Pernambuco, não nego". A letra foi do carnavalesco da escola, Professor Joiny José Barreto.




Eu sou Pernambuco
Eu..Eu sou
E não posso negar
Preparei o ano inteiro
Para Vila Pernambuco
Seu mito homenagear

AH! Esse enredo delirante
Um momento emocionante
Joaquim Tenório, o Pernambuco
Eu quero cantar e Lembrar!

Da terra do trevo e maracatu
Tempos atrás, ele partiu
Ao Eldorado chegou
Vereador e prefeito ele foi
Vila Pernambuco, o imortalizou

Vem Juventude, vem cantar
Fazer a festa do samba
É a magia contagiante
É azul e branco na passarela

Solidariedade e amizade
Me diz quem é esse pioneiro?
Que muitos ele ajudou
Grande coração de ouro
AH! Homem guerreiro.


Uma notícia pode ser conferida no site CASSILANDIA NEWShttp://bit.ly/gzv5E3 


A família Tenório enviou para o Blog Custódia Terra Querida, uma nota de agradecimento à Escola de Samba Juventude Cassilandense pela homenagem feita ao patriarca Joaquim Pernambuco.


NOTA DE AGRADECIMENTO

Em tempos de tamanho individualismo, em uma época em que os interesses pessoais tem se avultado diante das questões sociais é raro sermos surpreendidos por atitudes de reconhecimento público e gratuito. Felizmente ainda existem pessoas abnegadas que despendem seu tempo e seus esforços em reconhecer a importância do papel desempenhado por figuras que fizeram de suas vidas um legado.

Por isso nós, familiares do saudoso “Pernambuco”, viemos a público agradecer a homenagem rendida ao nosso patriarca pela escola de samba Juventude Cassilandense, na pessoa do carnavalesco prof. Joiny José Barreto, por ter trazido à lume seu nome, sobretudo às novas gerações, com o enredo: “Sou Pernambuco, não nego”.

Joaquim Tenório Sobrinho foi mais que um homem público ímpar, foi um ser – humano notável, não se entregou à tragédia da morte prematura do pai nem às intempéries de sua terra natal, castigada pela seca. Foi senhor de sua própria história, mesmo tendo tudo contra ele não se entregou. Assumiu ainda na adolescência a responsabilidade de chefiar sua família, não se furtou à sua predestinação, quiçá outorgada-lhe por Deus, de superar seus próprios limites em nome do bem do seu próximo. Sua mãe e irmãos foram os primeiros a vislumbrar o visionário obstinado que tempos mais tarde viria a ser revelado aos olhos de gente de tão distante terra, mas que veio a ser tratada por ele como uma extensão de sua família.

Em Cassilândia, o Joaquim Pernambuco, como ficou conhecido, construiu sua saga. De humilde retirante, quase miserável, mas pertinaz como poucos veio a se tornar um dos maiores produtores rurais da região, e antes de se tornar político, diga-se de passagem. Mas seu grande feito não foi simplesmente ter vencido a miséria e ter guinado os rumos de sua própria história e de sua família, seu grande mérito foi não ter se deixado embevecer pelo dinheiro e pelo poder.

Jamais perdeu de vista suas origens e justamente por isso nunca negou auxílio a quem quer que fosse. Mesmo após ter amargado a derrocada financeira, continuou ajudando àqueles que buscavam auxílio sobre suas asas, pois era bem assim que ele se portava, como um grande pai que a todos acolhia sob suas benesses. A Vila Pernambuco é , hodiernamente, a prova mais tangível disso, embora seja apenas a ponta do iceberg. Um bairro inteiro, o maior da cidade, entregue à população carente!

Sem deixar transparecer a mínima ponta de amargura continuou a ajudar ao próximo até o último dia de sua vida, literalmente, tendo doado o último punhado de arroz que tinha em casa pela manhã a um pedinte alegando à esposa que ao menos eles contavam com crédito na venda da esquina, mas aquele coitado nem isso. Veio a falecer poucas horas depois.

São inúmeros os casos de prova de humildade e fraternidade deste homem que poderíamos continuar a enumerar, aqui, mas este não é nosso objetivo. A homenagem já foi feita e por jovens que sequer chegaram a conhecê-lo pessoalmente, o que reforça ainda mais nosso sentimento de gratidão. Toda tentativa de se manter vivos na memória do povo vultos do passado que ajudaram a construir nosso presente são louváveis, pois um povo sem história, não é um povo, é tão somente um agrupamento de indivíduos sem identidade coletiva, sem referências.

Mais uma vez agradecemos pela distinta homenagem e apresentamos nossos votos de sucesso,

Luizinho, Marizalve, Lourdes, Cícera e Assis Tenório.

31 março, 2022

Joaquim Pernambuco é citado em livro


Custodiense Joaquim Tenório Sobrinho, popularmente conhecido como Joaquim Pernambuco, em Cassilândia-MS, cidade onde fez carreira e história. 

Era natural do sítio Lajedo, próximo à Quitimbu. No recém lançado livro Misturas, na página 33, de autoria do jornalista Auci Fernandes, existe um relato fotografado sobre este ilustre conterrâneo. 

Matéria enviada por Luizinho Tenório, filho e também custodiense.

Para conhecer mais sobre estes dois ilustres custodienses, clicar: Joaquim Pernambuco ou Luizinho Tenório

28 março, 2022

Causos Joaquim Pernambuco


Por Severino Tenório Cavalcante de Arruda Braga:

sou primo de Joaquim e com ele convivi muitos anos em Quitimbu. Joaquim era meu primo preferido, foi-se de Quitimbu em 1.949, para o Mato Grosso e nunca mais nos vimos, fiquei muito triste quando soube de sua morte, porque até então esperava ter oportunidade de revê-lo, eu e Joaquim fomos vaqueiros nas caatingas de Custódia/Quitimbu-PE, me lembro que montávamos descalço e sem camisa e os galhos não tinham nem um pouco de piedade de nós, nos ferimos várias vezes, nossas costas eram cortadas pelos galhos, más sempre conseguimos pegar as rezes, Joaquim era muito esperto e tinha muita força e juntos sempre fizemos a diferença. O aboio de Joaquim era inconfundível. Tenho 87 anos, moro em São Luiz-MA, gostaria de manter contato com a família de Joaquim. Peço se for possível que me mandem telefone ou e-mail.

Severino Tenório Cavalcante de Arruda Braga.

Acesse o Blog Joaquim Tenório Sobrinho: AQUI
Confira a seção CAUSOS JOAQUIM PERNAMBUCO

10 novembro, 2021

Luizinho Tenório comenta sobre Joaquim Tenório Sobrinho


Me orgulha muito ser filho do saudoso Joaquim Tenório Sobrinho (Joaquim Pernambuco), quando em vida, amou intensamente seus 5 filhos, sua esposa (minha mãe), saudosa Sra. Maria José de Oliveira, seus netos, seus genros e sua nora. Amou com todas as forças de seu coração sua Cassilândia querida e seu povo, por esta cidade muito fez e os cassilandenses reconheceram e muito fizeram por você! Em toda sua vida pública iniciada em 1958, jamais soube o que era derrota! Ganhou todas as eleições que disputou, se caracterizando desta forma uma liderança incontestável e fenômeno eleitoral. 

Papai querido, que Deus em sua infinita bondade o tenha a seu lado, você se foi no auge de sua vida quando tinha apenas 64 anos de idade, sofremos muito, más alguma coisa fizemos no sentido de dar continuidade a sua obra principalmente, procuramos amparar as pessoas mais humildes, como foi sempre seu lema. Aprendemos com você que quem ajuda ao próximo, empresta a Deus. 

Até hoje encontramos pelas ruas de Cassilândia, pessoas que dizem que você foi o pai dos pobres desta cidade! SAUDADES....

Luizinho Tenório de Melo

(*) Conheça um pouco mais da história desse custodiense que fez história: AQUI

30 setembro, 2021

Rodovia com nome de custodiense




Placa da Rodovia Joaquim Tenório Sobrinho, também conhecida como MS-306. Esta rodovia liga os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, tem aproximadamente 200 quilômetros e é um importante corredor de saída de produtos primários de MS e MT para os estados de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro e entrada de produtos industrializados de São Paulo para as regiões Centro Oeste e Norte de nosso pais.  
Joaquim Tenório Sobrinho, é pai de Luizinho Tenório, custodiense radicado em Cassilândia desde de 1955. Era conhecido como “Pernambuco”, nasceu no sítio Lajedo, distrito de Quitimbu. Após falecimento de seu pai, assumiu as responsabilidades de sua família, rumou como chefe de família com seus familiares para Cassilândia/MS, lá construiu sua saga na política local, sendo prefeito por duas vezes, no período de 1963 a 1967, e de 1973 e 1977. A prefeitura de Cassilândia e um bairro levam seu nome,
Agradecer a Luizinho Tenório e a sua filha Mariane Tenório, pela foto e pelas informações sobre a rodovia.

 

14 abril, 2021

Prefeitura de Cassilândia tem nome de Custodiense



Essa é a Prefeitura de Cassilândia-MS, para nosso orgulho, batizada com o nome do conterrâneo Joaquim Tenório Sobrinho, nascido no sítio Lajedo, distrito de Quitimbú, e pai do nosso colaborador Luiz Tenório de Melo, conhecido como “Luizinho Tenório“. 

É uma honra para qualquer custodiense, saber que num lugar tão longínquo, uma prefeitura tenha o nome de um filho da terra, fruto do trabalho desempenhado pelo político que foi, e pela pessoa que foi, para cada cidadão de Cassilândia.

Qualidades herdadas pelo filho Luizinho Tenório, onde foi secretário da mesma, foi Prefeito de 1989/1992 e por fim, Deputado Estadual por dois mandatos pelo estado de Mato Grosso do Sul.

Texto: Paulo Peterson
Foto: Acervo Luizinho Tenório

25 outubro, 2020

[Causo] Joaquim Tenório Sobrinho "Pernambuco, o homem que tinha o coração do tamanho do mundo"

 


Foto Cassilândia Urgente
Texto Cassilandia Noticias
Todos Direitos Reservados

Joaquim Tenório Sobrinho, o Pernambuco, era considerado o prefeito dos pobres. Em Cassilândia, exerceu o cargo por duas vezes e saiu da Prefeitura mais pobre do que entrou.

E Pernambuco chegou a ser um homem rico, dono de avião, seis fazendas, 18 carroças e tantos outros bens. Mas o seu coração não tinha artérias, tinha emoções. Era um cabra nordestino bom demais da conta. O que aparentemente era seu, na verdade, era dos pobres.

Fazia o bem sem perguntar a quem.

Ele foi prefeito nos anos de 1963 e 1973, depois de ter sido vereador e presidente da Câmara Municipal.

Nem o acidente de avião que sofreu, em que ficou com a face deformada, mexeu com os batimentos de seu coração. Mudou a voz, que ficou anasalada, mas seu coração permaneceu o mesmo, amigo e dócil como poucos.

Esta rápida história sobre Pernambuco só não foi parar nas páginas do livro A História de Cassilândia porque, infelizmente, eu só tomei conhecimento dela alguns meses depois. Infelizmente.

Soube por meio de uma interlocutora para lá de confiável.

Contou-me ela que, lá pelos anos 60, Pernambuco estava viajando no ônibus que fazia a linha Cassilândia a Paranaíba, que, naquela época, tinha uma estrada tão rudimentar, tão cheia de buracos, atoleiros e atalhos, que para se percorrer os 100 quilômetros perdia-se praticamente o dia inteiro. Ou mais.

E foi nessa viagem que entrou no ônibus um homem embriagado. E aí que o motorista parou o ônibus e obrigou o homem a descer.

Quando viu aquilo, Pernambuco também desceu.

O motorista disse:

Não! O senhor pode subir! Quem é para ficar aqui é só este bêbado porque está dando trabalho e poderá fazer sujeira, vomitar no ônibus.

Pernambuco olhou no relógio e respondeu:

- Senhor, já são 7h da noite, está muito tarde, já está escuro. O senhor não pode deixar este pobre homem aqui no meio do mato, onde tem muita onça e outros animais. Ele vai ser devorado por algum animal. Vai morrer.

O motorista mostrou-se irredutível. Deu com os ombros como dizendo “e daí?”

Então Pernambuco disse:

- Se não tem jeito, eu fico aqui com este homem. Não vou deixá-lo à própria sorte.

- Tudo bem. Se quer ficar aqui com o bêbado, que fique! Eu vou tocar o ônibus!

Quando o motorista subiu no ônibus, uma pessoa perguntou ao motorista:

- O senhor sabe quem é este homem aí?

O motorista respondeu:

- Não! Eu não sei!

- Este é o prefeito de Cassilândia! O senhor vai deixá-lo aqui no meio do mato?

Aí o motorista viu que não tinha jeito e deixou os dois subirem no ônibus – o Pernambuco, dono de um coração do tamanho do mundo, e o pobre bêbado.

Joaquim Tenório Sobrinho, o eterno Pernambuco, era capaz de gestos humanos como este. Pernambuco era conhecido, afinal de contas, como o prefeito dos pobres. 

Joaquim Tenório Sobrinho, que empresta seu nome ao prédio da Prefeitura de Cassilândia, era a doação em pessoa.

Ele e Dona Maria deixaram filhos, netos e bisnetos que estão aí para semear o bem e confirmar a generosidade dos Tenório Sobrinho.

CORINO RODRIGUES DE ALVARENGA

Joaquim Tenório Sobrinho, o Pernambuco, mais conhecido como o prefeito dos pobres, nasceu na cidade de Custódia, Estado do Pernambuco, sob o sol inclemente do sertão nordestino, no dia 23 de dezembro de 1922.

06 junho, 2013

Joaquim Tenório Sobrinho discursando em Cassilandia-MS


Foto enviado pelo neto Rogério Tenório, diretamente de Cassilândia-MS. Para saber mais sobre esse custodiense que marcou história na cidade de Cassilândia, acesse os links abaixo :

Link 1: AQUI
Link 2: AQUI
Link 3: AQUI