Manoel Padeiro do Quitimbu, distrito de Custódia, é um dos organizadores do grupo de bacamarteiros. O grupo é formado por senhores, que mantém a tradição do bacamarte no município. Todos são autorizados pelo exército para manusear essa arma de fogo curta, de cano largo e curto, reforçada na coronha. "Muitas são as especulações em torno da origem do Brinquedo Bacamarte.
Concentra-se, com mais rigor, a versão de que a brincadeira tem origem nas comemorações dos que voltaram da genocida Guerra do Paraguai. Com relação à arma grande parte dos pesquisadores opina que tem sua versão original no Clavinote holandês do séc. XVII ou na Granadeira do Sistema Miniée francês, de meados do séc XIX.A arma é citada em Os Sertões, por Euclides da Cunha, como parte do arsenal bélico dos “fanáticos” na histórica e altiva Canudos do beato Antônio Conselheiro.Em 1966, o I.J.N.P.S. publicou, de Olímpio Bonald Neto, o livro Bacamarte, Pólvora e Povo, pelas Edições Arquimedes – RJ, desencadeando debates e estudos sobre o assunto.
Depois de longo período de ações espontâneas, às vezes de até um único indivíduo, surgiram grupos no sertão do estado, vindo a predominar, motivados pela vocação artesanal e comercial, na Princesa do Agreste, como é conhecida a cidade de Caruaru.
Estima-se que em 1930 cerca de 600 homens foram vistos, “vestidos de mescla azul, alpercatas e chapéus de palha quebrados na testa”, desfilando “pela rua da Matriz, sob o comando do fazendeiro Antônio Martins, então apaixonado pelos tiros no Monte Bom Jesus”, nos relata Olímpio Bonald".
Professor Ivan Marinho do blog:
Fonte: Cine Mandacaru
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