O tique-taque do relógio da vida da minha amiga Elza Valeriano parou, nos deixando tristes pela perda de tão grande ser humano. A sua alegria era contagiante, seu belo sorriso retratava um rosto de felicidade.
Tive o privilégio de trabalhar com Elza no Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), nos anos 1980. O trabalho era agradável, coordenávamos turmas desse movimento e dávamos expediente em uma das salas de um dos prédios da Prefeitura de Custódia, que ficava na Rua Tenente Moura, instalada para esse fim, com estrutura e comodidade para os coordenadores e alunos, disponibilizado pelo grande e inesquecível prefeito Luiz Epaminondas Filho, Luizito.
E a vida, é como é, meu irmão... O tempo passou e Elza foi morar em Recife, deixou saudade, mas, essa saudade diminuía quando nos encontrávamos na festa do Padroeiro São José, na novena dos custodienses ausentes. E como a se despedir dos amigos, no mês de março deste ano, no Encontro de Custodienses que aconteceu no Restaurante Macambira, se fez presente com toda alegria e luz, abraçando todos que estavam ali, abraço de despedida, eu acredito.
Vivemos tentando compreender os propósitos do Altíssimo. Vã é a nossa tentativa, pois somos partículas minúsculas para entender tão extraordinário mistério. Contudo, Deus nos mostra nas entrelinhas da bíblia, especialmente em Eclesiastes, que tudo tem seu tempo debaixo do céu.
Amigos, o tempo vivido em família são todos aqueles que jamais serão esquecidos. É onde se vive a intensidade do amor e do respeito. Esses, sim, ficarão guardados nas nossas memórias. E o tempo contado por nós são meras convenções do próprio tempo. Afinal, “que além da vida que se tem, existe uma outra vida além, e, assim... o renascer, morrer não é o fim”.
Abraços fraternos a Sr. Djalma e Elzir, em nome dos quais estendo nossos sentimentos.
Custódia, 29 de outubro de 2020.
Lindinalva Almeida "Nenê"
Nenhum comentário:
Postar um comentário