23 outubro, 2020

A moça da Janela - Por José Carneiro


A MOÇA DA JANELA
   J.Carneiro

Moça, que moça tão bela!
Tão meiga e cheia de graça
Debruçada na janela
Vendo quem na rua passa.

Eu não sei quem é aquela
Moça tão cheia de graça
Debruçada na janela
Vendo quem na rua passa
E os que passam por lá
Gostam do sorriso dela
E do seu sereno olhar.

Do belo sorriso dela
Como os demais eu gostei
E apaixonado por ela
Desde que a vi eu fiquei
Como o príncipe ficou
Quando viu a cinderela
E dela se apaixonou.

Moça, que moça tão bela!
Tão meiga e cheia de graça
Debruçada na janela
Vendo quem na rua passa.

Não me sai do pensamento
A imagem daquela moça
Por isso espero o momento
Que da janela ela ouça
Esta dolente canção
E sinta o fundo lamento
Do meu triste coração.

Quero muito conhecer
Aquela linda donzela
Para sentir o prazer
De dizer que gostei dela
E que eu quero por fim
Que ela venha me dizer
Que também gostou de mim.

Moça, que moça tão bela!
Tão meiga e cheia de graça
Debruçada na janela
Vendo quem na rua passa.

           Recife, 20.11.2011 

Um comentário:

  1. Para Dr. Zé Carneiro

    É sempre bom ver
    Prata de casa reluzir.
    Com um poema belo
    Vejo o doutor por aqui.
    Com alegria e prazer
    Venho lhe pedir
    Compartilhe suas pérolas.
    Esse Blog é um elo
    Entre custodienses distantes
    Que um dia tiveram que partir.
    Jussara Burgos

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