B I O G R A F I A
ANFILÓFIO FEITOSA - nasceu na Fazenda Rochedo, hoje
Vila do Airi, no município de Floresta – Pernambuco, no dia 12 de dezembro de 1911, filho de Pedro
Joaquim de Sá Feitosa e de Teodora de Sá Feitosa. Sendo o seu pai, além de
criador e comerciante, um professor leigo, alfabetizou-o e posteriormente
cursou até o primeiro ano ginasial na cidade de Floresta, não prosseguindo seus
estudos em virtude da transferência da família para a Vila de Betânia, onde já residiam tios e primos da família
Feitosa, Sá e Souza Ferraz.
Em 09.06.1938, casou-se
com a jovem Maria de Lourdes de Sá, natural de Tacaratu – PE, estabelecendo
domicílio naquela Vila e de cuja união nasceu os seus seis filhos: Emerson,
Tadeu, Maristela, José Ferdinando, Pedro e Maria Célia.
Nos anos de 1943/44,
instalou-se temporariamente na Sede do Município, onde assumiu o cargo de Secretário Municipal, na
primeira gestão do então Prefeito
Ernesto Queiroz. Terminado este mandato ele retornou com a sua
família para a vila de Betânia, onde exercia o seu comércio de tecidos, padaria,
dedicava-se a agropecuária e também exerceu as funções de Oficial do Registro Civil.
Em 1957, veio para
a sede do Município de Custódia onde assumiu o cargo de Tabelião, do 2º
Cartório, cujo titular Teófilo Pires havia se aposentado. Com a emancipação
política de Betânia, em 19.03. 1962, desligando-se assim do Município de
Custódia, licenciou-se de suas atividades de Tabelião, enveredou pela política,
concorrendo as primeiras eleições daquela Cidade e elegendo-se Prefeito, em 15.11.1962. Cumpriu o seu mandato até o final do ano de
1966, quando retornou para Custódia, reassumindo as suas funções no Cartório do
2. Ofício até a aposentadoria e ali residindo com sua família até a sua morte .
Muito embora não
tenha continuado seus estudos, pelas dificuldades que se apresentavam àquela
época, pois os colégios e faculdades eram raros e distantes da pequena Vila em
que residia, sendo o estudo um privilégio de poucos, ele foi um incentivador e
batalhador para que os filhos estudassem, não medindo esforços para vê-los
formados. Dono de uma caligrafia
perfeita e ortografia correta, o que lhes rendia elogios de todos com quem
trabalhava.
Como homem público,
desempenhou com honradez e honestidade o mandato que lhe foi confiado pelo povo,
procurou favorecer seus munícipes com benefícios que até então lhes eram
desconhecidos, entre os quais a luz elétrica e os primeiros calçamentos das pequenas
ruas daquela cidade. Acostumado que era ao
campo, residia na sua Fazenda Caraíbas e procurava estar sempre perto dos
pequenos agricultores que, como ele, sabiam o que era o sofrimento das grandes
estiagens.
Um homem firme em
suas decisões, que seguindo o exemplo do seu pai, soube formar a sua família, dentro
de princípios de honradez e respeito, enaltecendo sempre a importância do
estudo e da formação acadêmica, mas por ironia do destino não chegou a ver a
colação em grau superior dos seus filhos, pois acometido de um Acidente
Vascular Cerebral, veio a falecer, prematuramente, aos 62 anos de idade, no dia 22 de maio de
1974.
Lendo esta resumida biografia de "Seo" Anfilofio, me transporto no tempo e vislumbro a caricatura daquele homem franzino e de andar cadenciado porem vagaroso. Os óculos a lhe cair sobre o nariz afilado lhe concedia ares de uma pessoa disposta a mais ouvir do que falar. Junto com seu irmão Aftonio, compunham as reservas morais que Custódia dispunha na época.
ResponderExcluirFernando Florencio
Ilhéus/Ba
Fico contente em ler sobre uma pessoa de quem eu sempre ouvi falar. O meu pai era seu primo e contava histórias sobre ele e o Aftônio.
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