BELCHIOR FERREIRA NUNES
(Biografia )
Naturalidade: Sítio Jatobá - Água Branca - PB
Nascimento: 12/05/1929
Filiação: José Nunes Ferreira e Tereza Nunes Gomes
Formação Escolar: Primeiro Grau
Profissão: Agropecuarista
A INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Viveu toda sua infância e juventude ajudando nas
diversas tarefas da família, que incluía atividades agrícolas, pecuárias e
ainda a produção de rapadura e mel de engenho, tendo ainda que freqüentar a
escola ha vários quilômetros de distância, os quais eram percorridos
diariamente a cavalo ou a pé. Aos 07 (sete) anos de idade perdeu seu pé
esquerdo quando trabalhava retirando o bagaço da cana no engenho do pai, fato
este que quase lhe custa à vida devido a grande precariedade que era o
atendimento aos serviços de saúde, na época.
PARTIDA PARA CUSTÓDIA
Ao completar 18 (dezoito) anos resolveu tomar seu
próprio destino, e, com a ajuda do pai adquiriu uma propriedade rural no Sítio
Umbuzeiro, no município de Custódia. Em seguida passou a viajar constantemente
de sua terra natal para a nova morada até a completa estruturação daquela que
seria posteriormente chamada de Fazenda Umbuzeiro, com criação de gado,
instalação de grandes áreas de algodão, milho etc. Durante essas viagens, que
tinha como passagem obrigatória o Distrito de Quitimbú, sempre montado em lombo
de animal, porque naquela época praticamente não existia o veículo automotivo,
costumava dá uma paradinha na Fazenda Retiro de Manoel Valeriano, e, nessas
paradas, conheceu e acabou se casando com Maria José Nunes, mais conhecida como
Teca de Belchior, e na Fazenda Umbuzeiro
constituíram numerosa família de 12 filhos.
A INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Viveu toda sua infância e juventude ajudando nas
diversas tarefas da família, que incluía atividades agrícolas, pecuárias e
ainda a produção de rapadura e mel de engenho, tendo ainda que freqüentar a
escola ha vários quilômetros de distância, os quais eram percorridos
diariamente a cavalo ou a pé. Aos 07 (sete) anos de idade perdeu seu pé
esquerdo quando trabalhava retirando o bagaço da cana no engenho do pai, fato
este que quase lhe custa à vida devido a grande precariedade que era o
atendimento aos serviços de saúde, na época.
O HOMEM
Desde muito jovem, mas já com seu estilo de homem
bondoso, servidor, caridoso, etc., era conhecido como homem de barriga cheia,
porque dava comida a quem o procurava. Quando colocava um adjunto (denominação
dada na época a reunião de muitos trabalhadores), ele matava um boi ou vários
bodes para alimentar todos com sobras e
ainda doar comida para as pessoas levar para suas casas. Também socorria as
pessoas sempre que precisavam de ajuda e dessa maneira foi fazendo amizades no
campo e na cidade.
O POLÍTICO E A POLÍTICA
Não demorou muito tempo após sua chegada a Custódia
e os políticos da época já o convidavam para entrar na política e depois de
muita insistência resolveu lançar-se candidato a Vereador e por pouco não se
elegeu. Alguns anos depois vendeu a Fazenda Umbuzeiro e mudou-se para a cidade com
o objetivo de educar os filhos, antes, porém já havia adquirido a Fazenda
Riacho Novo, onde continuou exercendo suas atividades agropecuárias. Na cidade,
resolveu iniciar um novo negócio, juntamente com Jaime Melo e Luiz Epaminondas
(Luizito). Juntos, eles compravam gado na Bahia e os vendia no agreste, até que
um dia Luizito o convidou para entrar na política. Depois de muitas conversas chegou-se a um
acordo, onde Luizito sairia candidato a Prefeito, Belchior a Vereador, Ednaldo
Valeriano do Amaral também a Vereador, todos com o apoio da família Ferraz.
Apurada as eleições, Luizito se elegeu Prefeito e Belchior se elegia o Vereador
mais votado, tornando-se em seguida o Presidente da Câmara de Vereadores.
Após a Posse dos eleitos, surgiram divergências
políticas entre Luizito e Belchior. Compromissos políticos foram quebrados.
Enquanto o prefeito priorizava a realização de grandes obras, Belchior defendia
uma assistência à população mais efetiva. Houve então um rompimento político.
NOVA LIDERANÇA POLÍTICA
Com o rompimento político de Belchior, naturalmente passou
a ser eventual adversário ao Poder Executivo. Sabia das dificuldades de se
enfrentar Luizito e seu prestigio político. Trabalhou incansavelmente por
quatro anos fazendo campanha. Ao término desses quatro anos, quando as eleições
estavam se aproximando, o Congresso Nacional resolveu prorrogar os mandatos de
todos os prefeitos do Brasil por mais dois anos. Foram então mais dois anos de
campanha que ao final iriam totalizar seis anos para o tão esperado confronto
entre Luizito e Belchior.
Vieram então às eleições e Belchior, acabou
perdendo por uma pequena margem de votos para seu opositor, Djalma Bezerra, que
era o candidato de Luizito. Desta feita para governar por um período de seis
anos. Belchior não desistiu e tão logo se recuperou da derrota retomou seus
trabalhos em busca do objetivo: ser Prefeito de Custódia. Fez campanha por seis
anos e quando as urnas foram abertas e os votos apurados Belchior era eleito
pela primeira vez Prefeito de Custódia.
O GOVERNO
Belchior assume então a Prefeitura, tendo como vice
o Médico José Wilson Figueiredo. Seu governo foi marcado pela obstinada vontade
de servir a população carente, aliás, para essa população, Belchior nunca dizia
não, sempre dava um jeitinho de ajudar.
No seu governo, foi implantado o projeto de
municipalização da saúde e o Programa de Agentes de Saúde. Foram realizados os primeiros concursos
públicos da história para preenchimento de vagas em todas as áreas, uma
exigência da Constituição.
O homem do campo foi outro grande alvo da
administração, para o qual foram realizadas muitas ações importantes, como
eletrificação rural (mais de 500 famílias beneficiadas), construção de açudes e
barreiros, poços artesianos, distribuição de sementes, etc.
Sua administração foi marcada pelas dificuldades
politicas enfrentadas na esfera estadual e federal. No município com Sindicato
dos Servidores Municipais e com a Câmara de Vereadores, e sua base aliada. Gerando
assim um clima de instabilidade na administração de Belchior. Teve seu mandato
Cassado, mesmo tendo liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco.
Encerrava-se ali, a história política de Belchior. Faleceu quatro anos depois,
sem renda e sem bens, deixando doze filhos, todos com suas respectivas
famílias.
Eu te amo meu vô, tua história... me orgulho tanto em ouvir depoimentos emocionados, de quando oferecia ao povo de Custódia saúde, cidadania, etc. de forma tão dedicada e peculiar! Nossa herança, está em cada lar em que foi fundamental sua ajuda!
ResponderExcluirEm tempo: muito feliz pela homenagem, em nome da família obrigado!
O saudoso Belchior fez um governo popular, sem ser populista. Fez um governo social, sem ser paternalista.
ResponderExcluirPor isso foi digno do voto do povo custodiense.
Juliano Oliveira
julianooliveiraassessoria@gmail.com
Eu era criança na época mas minha mãe contava como era Belchior ela dizia ele era o prefeito dos pobres
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