28 outubro, 2021

História do Bairro do Cruzeiro.



O bairro do Cruzeiro até meados dos anos 90 era conhecido como “ Cachetes”, a atual Avenida Inocêncio Lima era conhecida como “estrada velha” a qual cruzava as terras do Sr. Luiz Cristino (in memorian) era a principal via, todo o tráfego de carros que vinham do Recife para o alto sertão tinham que passar por essa estrada velha, só nos anos 70 que foi iniciado o asfaltamento da BR-232 e a mesma foi desviada para passar por fora do centro da cidade.



O povoamento iniciou em meados dos anos 60. Veio morar a beira da estrada velha a Família de Zé Preto Velho e D. Filó (in memorian), eles e seus filhos construíram as primeiras casas no local, das mais antigas ainda existente até hoje construída é a de Louro Cachete como é conhecido, também adquiriram uma casa de farinha que já existia no local e trabalhava toda a família plantando mandioca e fabricando a farinha.

Logo após em meados dos anos 70, o então Prefeito João Miro da Silva desapropriou por utilidade pública a área onde hoje está construído a Escola Municipal Ernesto Queiroz e construiu 10 casas e uma pequena escola no Final da estrada velha, escola que hoje é a Escola Municipal Anfilófio Feitosa.


Benedito Nunes e sua esposa D. Genesia


Lembro que a primeira professora da Escola era a Sra. Maria José de Tonho Nunes, ficávamos todos em uma única sala, ela se esforçava pra dar conta de todos os alunos.” Jonas Pereira

Nessas dez casas ficaram morando as famílias que foram desapropriadas da antigas casas então o bairro já começou a ser mais habitado, nisso veio para o bairro também no início dos anos 80 o Sr. Benedito Bezerra (in memorian) o qual contribuiu bastante para o desenvolvimento do local.

"Nós tínhamos alguns fornos onde ele queimava carvão e também tijolos de barro, ele vendia o carvão e os tijolos, trabalhava com a gente na época muitas pessoas."
D. Genésia Nunes (Viúva de Benedito Bezerra)

"Eu trabalhei com ele, tanto no corte de madeira para fazer carvão como também na olaria fazendo tijolos de barro, muitos jovens trabalhavam, dinheiro era difícil naquela tempo, era uma fonte de renda pra gente."
Jonas Pereira


Zezinho da Laje e família.

No local também morava D. Santana era uma mulher que cultivava agave para fabricação de utensílios a base do mesmo, naquela época já havia esses empreendimentos naquela localidade, já no início dos anos 90 veio morar no bairro Sr. José Alves Feitoza hoje conhecido como Zezinho da Laje e sua família, onde comprou terras e colocou o primeiro comercio no bairro, uma mercearia que era administrada por sua esposa Maura Pereira, ainda em meados dos anos 90 o Sr. Zezinho abriu a sua fabrica de pré-moldados de cimento a qual existe até hoje e é referencia região do moxotó.

"Naquela época tive a oportunidade de começar a fabricar laje pré-moldada, pois trabalhava de pedreiro e os donos das obras tinha que comprar laje em Serra Talhada porque aqui não tinha, aí foi então que decidi começar a fabricar em 1992."
Zezinho da Laje

Foi a partir daí que o bairro começou a ser ocupado por mais famílias e começou a desenvolver e deixou de ser chamado de cachetes e ficou o nome de Cruzeiro em referencia a Serra do Cruzeiro local turístico/ religioso que fica ligado ao bairro, em 2004 foi alugada uma casa e instalado o Posto de Saúde e também eito melhorias na Escola e em 2006 o trecho da Avenida no bairro foi calçada em paralelepípedos, todas essas obras feitas pelo o Prefeito Nemias Gonçalves (in memorian).



Hoje em 2021 há mais de 500 casas construídas e em torno de 1.700 pessoas morando no bairro, conta com um posto de saúde que atende o bairro da Rodoviária, o bairro do Cruzeiro é um dos mais arborizados da cidade e conta com calçadas largas na avenida e uma vista privilegiada da nossa querida cidade.

"Vivi minha infância e me criei naquela avenida brincando na rua com meus coleguinhas, foi muito bom, fiquei bastante impressionado em saber que nos anos 60 no bairro já tinha, casa de farinha, olaria, comercio de carvão e plantação de agave para fabricação de utensílios domésticos."
Irmão Ricardo Feitoza


Texto: Irmão Ricardo Feitoza

Colaboradores: Jonas Pereira, Zezinho da Laje e Genésia Nunes.

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