08 outubro, 2021

Amigos, eternos amigos - Por Carlos Lopes


Faz tempo que queria escrever sobre o tema amigos. Falar daquela sensação boa que é poder contar com eles, independente da enrascada que se meteu. Unifiquei algumas fotos, pois somente assim poderia reuni-los. Afinal, Dona Vida tratou de mandar cada um pra um canto diferente. Porém não quero falar de qualquer amigo e sim daqueles lá da infância. Aqueles que cresceram com a gente. São os mesmos que num determinado tempo pensavam e agiam num só pensamento. Todos queriam a mesma namorada, o mesmo filme e os mesmos gibis. Alguns deles brilharam em nossas vidas, mas logo cedo subiram ao céu. 

A grande maioria ficou na terra, viraram adultos e evidentemente se tornaram pessoas diferentes. Rubens (Binha) foi um sujeito autêntico, inteligente e batia um violão como ninguém. A foto representa o primeiro retorno de Brasília. Algum tempo depois voltou em definitivo com a saúde totalmente comprometida. A foto com Genildo foi tirada num 7 de setembro antes do desfile.  O diretor da escola (meio embriagado) resolve revisar a tropa. Por termos consciência da gravata presa por elástico buscamos Quinca Fotógrafo segundos antes da nossa vez. Escapamos!  Na foto central a garotada não estava na praia de Boa Viagem e sim numa barragem a sangrar por contas da boa invernada. Eu, Jefferson e Fernando, entre outros, não perdíamos um banho de barragem ou açude. 

Logo abaixo aparece a galera em pose de ¨na falta disso vai assim mesmo¨. Houve uma época em que íamos receber uma foto e já tirávamos outra, sempre improvisando. E por ultimo, uma foto de natal no interior do bar Sabazinho, onde além de mim aparece Enildo, Fernando, Antônio e Carlos Nunes.  Aos que não sabem, no centro da Praça Padre Leão (outrora praça de baixo) funcionou um bar por muitos e muitos anos. Enfim, esses garotos cresceram e tomaram jeito de homens e até esqueceram alguns sonhos. Porém nunca e jamais vão esquecer-se dos amigos de infância e da adolescência. É sempre uma surpresa agradável esbarrar com essa galera em algum fim-de-ano. Afinal, temos lembranças em comum guardadas lá no fundo dos nossos corações, vividas na década de setenta.

Por Carlos Lopes

Um comentário:

  1. Pedro Henrique S. Campos24 de março de 2011 às 20:39

    Me chamo Henrique,

    Sou sobrinho de Rubens(Binha)e gostaria de parabenizar o administrador do Blog por ter tido a iniciativa de resgatar a cultura de nossa cidade.A cada dia que passa esse blog recebe novos adeptos(merecidamente).Essa prática de registrar as manifastações culturais de nosso povo faz com quê os habitantes passem a valorizar um pouco mais nossa terra querida.

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