15 outubro, 2021

Revendo a Várzea - por José Carneiro



por José Carneiro

Animada e agradável a rua da várzea! Não era a principal mas, na época, a mais movimentada de Custódia.

Nela estavam localizados cerca de dez estabelecimentos públicos e privados, a saber: 

1) - o Açougue Municipal, o primeiro prédio da esquina com a Rua 4 de Outubro, hoje Pe. Leão, depois Salão do Tribunal do Júri Popular e por último Biblioteca Municipal;
2) - o Cartório de Notas e Registro Geral de Imóveis, a cargo do competente tabelião Manoel Marinho de Resende, tratado na intimidade por Né Marinho;

3) - o Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais, sob a batuta afinada do estimado Luiz Amaral, saxofonista nas horas vagas;

4) - o Motor da Luz, movido a diesel, que iluminava a cidade, chamado de motor de Zé de Isaías e Bar Nabé;

5) - a Escola Estadual 7 de Setembro;

6) - o Posto de Saúde do Estado, denominado Dispensário, contando com o pronto atendimento de Antônio do Posto e Aíde Calado;

7) - a famosa, sob todos aspectos, fábrica de tanino, tida como a segunda do gênero na América do sul, de propriedade de José Estrela e administrada pelo genial Duda Ferraz;

8 - o tradicional Chafariz Público, o velho”Banheiro de Seu Duda”, que abastecia a cidade com a água transportada por latas, galões e carroças;

9)- a Usina de Caroá, pertencente a Raul Guimarães;

10 - o verdejante sítio de Dona Anita Remígio, com seus poéticos coqueiros embelezando a paisagem e, lá no final, de frente, o casarão de Manoel Lopes e Dona Isaque, ainda desafiando o tempo.

Este, em ligeiras pinceladas, o perfil de uma das mais festejadas ruas do passado de Custódia. Quem quiser saber mais e melhor sobre ela, leia a saborosa crônica de Jaílson Vital no festejado blog Custódia Terra Querida, sob o tirocínio dinâmico de Paulo Joaquim Peterson Pereira.

Brinquei muito naquela rua. Grandes saudades!

5 comentários:

  1. Caro Zé Carneiro.
    Mais um primor de intervenção saudosista da nossa cidade.
    A título de tirar dúvida, o Açougue Municipal não teria funcionado no pé da ladeira da rua da dava acesso à cadeia. Bem em frente à casa da nossa tia Ernestina, mãe dos primos Valfrido, Wilson, Zé de Heleno e Consuelo? Ou houve outro anterior a este?
    Cidade sem história é cidade sem alma.Custódia tem história pra dar e vender.
    Fernando Florencio
    Ilheus/Ba

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  2. JORGE FARIAS REMÍGIO21 de junho de 2013 às 16:25

    Fernando, onde outrora funcionou a biblioteca, já foi sim um açougue. Quem construiu o prédio foi o meu avô Antônio Remígio, lá pela década de vinte

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  3. O açougue municipal funcionava em frente a casa de meu pai, José Heleno de Souza (falecido) casado com Teresinha Moura de Souza, minha mãe, que graças a Deus está bem viva e das casas de tio Valfrido e tia Consuelo. Hoje funciona a prefeitura e o fórum.

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    1. É verdade, mas isso bem depois de ter funcionado na esquina da ladeira que descia para Várzea, local que tempos depois fubcionou a biblioteca municipal. Minha mãe morou anos na casa alugada, que pertencia a Manoel Remigio, vizinha do antigo açougue.

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  4. Morei em duas casas, na rua da Várzea, hoje Rua João Veríssimo. Uma era do Sr .João Miro, a outra era do meu pai, Anfilofio Feitosa, que foi tabelião, na mesma época de Seu Ne Marinho, depois de Zezita Queiroz.

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