por José Carneiro
Animada e agradável a rua da várzea! Não era a principal mas, na época, a mais movimentada de Custódia.
Nela estavam localizados cerca de dez estabelecimentos públicos e privados, a saber:
1) - o Açougue Municipal, o primeiro prédio da esquina com a Rua 4 de Outubro, hoje Pe. Leão, depois Salão do Tribunal do Júri Popular e por último Biblioteca Municipal;
2) - o Cartório de Notas e Registro Geral de Imóveis, a cargo do competente tabelião Manoel Marinho de Resende, tratado na intimidade por Né Marinho;
3) - o Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais, sob a batuta afinada do estimado Luiz Amaral, saxofonista nas horas vagas;
4) - o Motor da Luz, movido a diesel, que iluminava a cidade, chamado de motor de Zé de Isaías e Bar Nabé;
5) - a Escola Estadual 7 de Setembro;
6) - o Posto de Saúde do Estado, denominado Dispensário, contando com o pronto atendimento de Antônio do Posto e Aíde Calado;
7) - a famosa, sob todos aspectos, fábrica de tanino, tida como a segunda do gênero na América do sul, de propriedade de José Estrela e administrada pelo genial Duda Ferraz;
8 - o tradicional Chafariz Público, o velho”Banheiro de Seu Duda”, que abastecia a cidade com a água transportada por latas, galões e carroças;
9)- a Usina de Caroá, pertencente a Raul Guimarães;
10 - o verdejante sítio de Dona Anita Remígio, com seus poéticos coqueiros embelezando a paisagem e, lá no final, de frente, o casarão de Manoel Lopes e Dona Isaque, ainda desafiando o tempo.
Este, em ligeiras pinceladas, o perfil de uma das mais festejadas ruas do passado de Custódia. Quem quiser saber mais e melhor sobre ela, leia a saborosa crônica de Jaílson Vital no festejado blog Custódia Terra Querida, sob o tirocínio dinâmico de Paulo Joaquim Peterson Pereira.
Brinquei muito naquela rua. Grandes saudades!
Caro Zé Carneiro.
ResponderExcluirMais um primor de intervenção saudosista da nossa cidade.
A título de tirar dúvida, o Açougue Municipal não teria funcionado no pé da ladeira da rua da dava acesso à cadeia. Bem em frente à casa da nossa tia Ernestina, mãe dos primos Valfrido, Wilson, Zé de Heleno e Consuelo? Ou houve outro anterior a este?
Cidade sem história é cidade sem alma.Custódia tem história pra dar e vender.
Fernando Florencio
Ilheus/Ba
Fernando, onde outrora funcionou a biblioteca, já foi sim um açougue. Quem construiu o prédio foi o meu avô Antônio Remígio, lá pela década de vinte
ResponderExcluirO açougue municipal funcionava em frente a casa de meu pai, José Heleno de Souza (falecido) casado com Teresinha Moura de Souza, minha mãe, que graças a Deus está bem viva e das casas de tio Valfrido e tia Consuelo. Hoje funciona a prefeitura e o fórum.
ResponderExcluirÉ verdade, mas isso bem depois de ter funcionado na esquina da ladeira que descia para Várzea, local que tempos depois fubcionou a biblioteca municipal. Minha mãe morou anos na casa alugada, que pertencia a Manoel Remigio, vizinha do antigo açougue.
ExcluirMorei em duas casas, na rua da Várzea, hoje Rua João Veríssimo. Uma era do Sr .João Miro, a outra era do meu pai, Anfilofio Feitosa, que foi tabelião, na mesma época de Seu Ne Marinho, depois de Zezita Queiroz.
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