Por José Carneiro
João Miro, casado com Jovelina Goes, dono da Padaria Confiança (achava um nome expressivo) e fazendeiro, era um homem singular, de caráter forte e estilo estabanado, magro, voz fanhosa e arrastada, espirituoso e dinâmico, com visão comercial e administrativa.
Foi prefeito nomeado do município, de 28.02.1966 a 31.01.1969. Teve como filha única, Marly, a quem devotava um amor fora do comum, casada com o médico e ex-deputado estadual Orlando Ferraz, pessoa de minha grade estima e consideração, pelo muito que fez em prol do meu irmão e seu particular amigo Sílvio Carneiro no decorrer de sua longa e penosa enfermidade.
"Sêo" João Miro foi meu primeiro empregador.Trabalhei no Bar anexo ao Posto na Rua da Bomba.Uma característica do Seu João Miro, era de muito pouco falar, porem muito espirituoso.Consta, que Marly, já mocinha, engatou um namoro com Tuta de Dona Manoca. Seu João tomou conhecimento, chamou Marly para uma conversinha, e apenas perguntou-lhe:
ResponderExcluir"-Oh Marly, minha filha, você um dia vai ser dona do Posto de Gasolina e do Bar, vai ser dona da Padaria, vai tomar posse da Fazenda e do Gadinho. Tá achando pouco e ainda quer o Café da Hora?"
Para quem não sabe, o Café da Hora era um pontinho comercial na esquina da Bomba, onde dona Manoca(um doce de pessoa) mãe de Tuta vendia cafezinho com bolo de goma aos matutos nos dias de feira.Tuta viria a ser assassinado em Arcoverde, por engano.Segundo o pistoleiro, Tuta parecia demais com o encomendado.
Fernando Florêncio
Ilheus/Ba
SR. JOÃO MIRO E SUAS HISTÓRIAS EM CUSTÓDIA, QUE NAO SÃO POUCAS
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