19 agosto, 2020

Custódia - A namoradinha (Francisco Alves)



Como podemos esquecer algo que amamos tanto, se nos faz tão poeta e escritor. Bem este sentimento, apesar da saudade latente.

Usemos de momentos bons em nossa retina, mesmo que seja, Para enganar o desejo pelicano que rasga o peito.

Sem medo e sem dó. Saudade, palavra intra onde o remédio se faz a presença física do alivio tedioso do Corpo e da mente, que saudade plangente de uma Angustia vulcânica, dum pássaro ferido em pleno vôo.

Tantas vezes choramos calados, com a lágrima entalada na garganta seca, no peito Apertado e aberto que não sara nunca a cicatriz deixada, Pois com certeza é a marca duma saudade eterna.

Olha que a vida passa!… E agente só pensa em voltar aos braços de quem mais ama,
Do amor antigo, no extermino da Saudade pálida e doida.

Diariamente rezo… Rezo, para rever a antiga namorada, para q’ueu possa içar a Bandeira branca de minha paz de espírito Cansada D’um Tempo de espera sem fôlego.

Isto é meu castigo maior… Amar mesmo que seja na distancia a fio Desse desejo platônico que desemboca na solidão, Que Transcende ao tempo e crostifica-se no ser.

Amar!…Mas o que seria a vida sem as saudades…, O que seria a vida sem os amores…, O que seria da vida sem as lembranças para resgatarmos O Eu que Ainda existe em cada um de nós.

Homenagem ao dia 12 de Junho, Francisco Alves nos enviou esse acróstico para sua eterna namorada CUSTÓDIA.

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