09 agosto, 2020

Celebração do Dia dos Pais

Texto: Lindinalva Almeida (Nenê)
Custódia-PE
Agosto/2020

Celebração do Dia dos Pais.

O amor que cresce florescendo a vida.

“Aba, Pai”. Essa expressão foi usada pela primeira vez por Jesus em Marcos 14-36. Tem o mesmo sentido de “papai”, em português. 

Diante do amor e da dedicação de um pai para com seus filhos, percebe-se a presença de Deus na espécie humana. Pai e filho, perpetuação da espécie. Porém, Deus misericordioso vai além da nossa vã imaginação e nos apresenta São José como pai adotivo de seu filho Jesus, nos dando a entender que não é o sangue que faz um pai, mas, a missão de assistir o desenvolvimento do filho. Primeiras balbucias, primeiros passos, primeira papinha e o levar à escola. Essas atribuições, com certeza, são as melhores recompensas da paternidade biológica ou afetiva.

As lembranças da convivência de pai e filho na infância, especificamente, são inesquecíveis. As brincadeiras, as bagunças e o contar estórias, fazendo dessa figura, que costuma ser a primeira representação clássica de segurança e força. O delicado gesto de segurar a mão do filho é um dos mais significativos gestos que representam cuidado e proteção. Ele vai além do tempo. Na tenra infância, o filho não entende a importância desse segurar a sua mão. Só muito tempo depois é que percebe o quão grande apoio e cuidado. Aquele homem - pai - já não tem mais a mesma destreza de antes. Todavia, a mão continua estendida, aguardando seu filho, seja para dar um conselho ou receber um abraço. Ele pode estar em qualquer lugar, em casa ou até mesmo em um solitário asilo. 

O filho precisa do pai assim como o solo precisa da chuva. Ter filhos é a maior dádiva de um pai. Poder moldá-lo, formá-lo e ajudá-lo a crescer é um processo de dedicação e amor, não diferente da dinâmica do semeador que prepara o solo para que a semente seja lançada para nascer e crescer conforme a semeadura.

Há algum tempo, num dos meus textos, coloquei o célebre poema de Khalil Gibran, no livro O Profeta. Alguns podem reputá-lo como complexo. Diz o texto: “vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesmo. 

Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas. O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda sua força. Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.

Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria. Pois assim como ele ama a flecha que voa, ama também o arco que permanece estável”.

O poema retrata a educação de um pai que durante o ciclo de vida de ambos, aclara a importância dos pais, numa visão de liberdade e desprendimento: liberdade para pensar, agir, ser o que o filho quiser ser, mesmo que numa liberdade vigiada. 

Numa conclusão idealizada de que as boas obras realizadas pela flecha durante a trajetória de vida, seja o engrandecimento do arco e se assim ocorrer, a alegria, o êxtase da missão cumprida, enobrecerá pai e filho.

Concluo com a frase que merece reflexão: alguns pais voltarão a ser filhos, dos filhos.

Dedico com todo meu carinho esta mensagem a meu pai, Vicente Eduardo, ao meu esposo Arnaldo, aos meus irmãos Floriano e Hugo, ao meu filho José Gleisson, ao meu genro Júnior Amaral, aos meus cunhados Flávio, Venâncio e Valmir, aos meus sobrinhos Plínio Fabrício e José Lypson, além dos amigos de longe e de perto na pessoa de Paulo Peterson, pela dedicação e amor incondicional aos gêmeos.

Que o Deus misericordioso seja sempre o caminho que os conduz na nobre missão de ser pai. Parabéns a todos!

Carinhosamente,

Lindinalva. (Nenê)
Custódia, 09 de agosto de 2020.

Nenhum comentário:

Postar um comentário