Texto: Jânio Queiroz
São Luis-MA
Agosto/2020
São Luis-MA
Agosto/2020
Vou contar o causo do meu irmão, o advogado Dr. Francisco Queiroz, muito conhecido também por Tiquinho quando mais jovem, hoje Dr. Tiquinho.
Ele muito criança ainda, acredito que contava com apenas uns sete anos de idade. Assim sendo, certo dia, eu e ele estávamos brincando de bila (bola de gude), na praça Padre Leão, em Custódia, quando de repente, Jose Pereira Burgos, ou melhor, seu Zé Burgos, de longe acenou e disse:
- Tiquiiiiinho! venha cá!! Tome esse dinheiro, Cz$ 5.00 (cinco cruzeiros), e leve esse feijão pra casa.
Na verdade, tratava-se de meio saco de feijão verde.
Ele, Dr. Francisco, de pronto e super subserviente, assim respondeu:
- Pois não!! Levo agora!
Segundo Tiquinho, pensou naquele momento, que aquele bondoso senhor estaria lhe agraciando com meio saco de feijão e mais Cz$ 5 (cinco cruzeiros).
Ocorre que, na verdade, seu Zé Burgos, queria mesmo era que Tiquinho levasse aquela encomenda para sua casa, afinal de contas, queria degustar aquele feijão verde, no horário do almoço.
Ao chegar em casa para almoçar, percebeu que o feijão servido não era o referido feijão verde e sim feijão de arranca.
Surpreso, perguntou a sua esposa, Dona Noemia, sobre o feijão verde de tinha mandado trazer por Tiquinho. A mesma respondeu que não havia chegado nenhum feijão verde.
Ele, então afirmou:
- Mas eu mandei meio saco de feijão verde por Tiquinho (apelido quando criança de Dr. Francisco Queiroz).
No entanto, dona Noêmia retrucou:
- Aqui em casa não chegou nenhum feijão verde não !!!
No outro dia ao avistar Tiquinho brincando na praça o chamou novamente e perguntou em tom um tanto zangado:
- Ô seu Porra, onde está o feijão verde que eu mandei você levar pra casa?
Tiquinho de imediato respondeu:
- Está no meu bucho, pois o senhor não mandou eu levar pra casa? Assim eu fiz! Levei pra minha casa.
Ele resmungou dizendo - eu mandei levar para minha casa e não pra sua!!
Ele então argumentou:
- Ah o Senhor não explicou direito, daí eu levei pensando que era para minha casa.
Zé Burgos achou até irônico, deu um chute na bunda de Tiquinho e sorriu, perdoando-o por aquele lamentável engano.
Que conto fantástico!!!
ResponderExcluirFoi tudo tão natural, ri, que me emocionei.
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