Eita que esse Zé Melo tem historia hein; creio que devêssemos dar-lhe o titulo de “O contador de historias", como diz Fernando Florêncio, não que não sejam verdades, é que a idade o faz ter vivido e trilhado por vários caminhos dos arredores de Custodia essa Cidade pujante. Eu mesmo sou testemunha viva deste desbravamento cultural de Zé Melo, só para recorda-lhe sou do tempo em que Você “Zé Melo” ensaiava uma banda musical com Dr. Seba, próximo à escola General Joaquim Inácio, olha que faz tempo e ele o tempo não perdoa, passa sem se quer frear pelo ou menos um pouquinho.
Recordo-me também, que fui eu o Pintor artístico e publicitário (Letrista) por um período ai na prefeitura em tempos de João Miro, nesse tempo o Pintor era “Joãozinho pintor ou do gesso, pai de Marcos" que me viu escrevendo um letreiro na então escola "General" onde meu Pai, Seu Cícero "in memoriam" estava fazendo uma reforma, pois era o pedreiro na época, a diretora da escola naquela época, era Dona Linda, que por sinal foi quem me deu a primeira chance de (letrista), me incentivou muito e acabei sendo contratado pelo Prefeito João Miro, para pintar os nomes das escolas.
Por indicação do próprio Joãozinho que era o letrista da época, e lá fiquei um bom tempo, até que um dia João Miro mandou me chamar e me perguntou: "Tu sois filho de Cícero né?", respondi que sim, - retrucou-o antes que eu terminasse, disse - "pois é te chamei aqui, porque tu tá ganhando mais do que o prefeito que sou eu, tu trabalha até bonzin, mas se continuar ganhando assim ou eu fecho a prefeitura ou tu toma conta dela".
Fiquei pasmo naquele momento sem saber o que dizer, pois eu ainda era muito jovem e não tinha o costume de falar com autoridades, principalmente O prefeito João Miro, que era muito direto. Fiquei a tremer igual vara verde; insistiu ele, creio que para quebrar o gelo daquela situação danou-se a ri com uma risada estranha, fiquei mais aturdido ainda, e ele me perguntou.
-"e ai, tu vai baixar esse preço ou não?
Não tive alternativa a não ser dizer que sim. Imaginem que naquela época o valor já era irrisório, e ele me pedia para baixar o preço era fazer de graça então. Mesmo assim resolvemos a pendência e continuei trabalhando por um bom tempo, era muito bom, era uma espécie de novidades pra mim, com aquela idade, “creio que eu era o melhor pintor da época”, pois só havia eu.(rs).
O Joãozinho não queria mais o oficio de letrista tinha outras atividades e passou a me orientar sobre a nova profissão, espécie de Meu mestre. Olha que mordomia, o carro da prefeitura me levava pela manha para os sítios onde eu ia escrever os letreiros das escolas e a tarde ia buscar-me, só que era por empreitada, e João Miro já dizia:
-"se tu não terminar no dia o motorista vai te deixar lá".
- Era uma loucura, claro que era uma brincadeira dele eu acho. Mesmo por que sempre terminei no prazo combinado, e eu era besta de não terminar.
Por Francisco Alves – Limeira/SP
Abraços a todos.
Oi Chico.
ResponderExcluirTeu relato não poderia ser mais compatível com a realidade da época.
Também fui funcionário de "Seo" João Miro. Ele me deu o primeiro emprego no bar da "bomba".
Neste emprego só folgava uma vez por ano. Sempre às sextas feiras... da Paixão....Salario: $ 400 réis, ou dois cruzados.
Fernando Florencio
Ilheus/Ba
Francisco, creio que vc. se enganou. Nunca ensaei com Sêo Seba, apenas participava dos ensaios do Conjunto "OS Ardentes", de Expedito Batista, lembra? E não era perto do General, e sim perto de sua casa, numa garam da Travessa Heleno Aleixo.
ResponderExcluirJosé Melo
Lembro sim, é que Sêo Seba morava perto da casa de dona Tutu, mãe de Enildo esposo de Alice de Jacó, a garagem era na sua rua também, acho que era nos fundos da casa de seu chico pai de francisquim Sargento. eita que agora voltei no tempo mesmo, meu Deus! quanta historia não é? e tudo isso só é possivel devido nosso amigo Paulo.
Excluirabraço Zé melo.