Foto: Diário de Pernambuco
Edição: 01/12/1936
Da esquerda para direita:
Sr. Ernesto Queiroz, Pompilio Alves de Queiroz, Luiz Pedro, João,
Sebastião e Joaquim Medeiros,
os três últimos foram vítimas das volantes de Lampião.
O Jornal Diário de Pernambuco, esteve em Custódia, no Armazém de algodão do sr. Ernesto de Queiroz, na época, Presidente da Câmara Municipal de Vereadores. Na ocasião, na presença de fazendeiros, agricultores e alguns conhecidos. Um dos conhecidos, o sr. Luiz Pedro do Amaral, comentou o encontro com as volantes de cangaceiros, na localidade de Mulungu, onde o bando esteve por volta de meio dia. Ficando todos sob vigia, enquanto pediam água, por estarem com sede e para lavar os pés. Comentou ainda que Lucas, filho de Germano de Souza, foi com ele, no riacho Mulungu buscar água para os cangaceiros. Enquanto aguardava a água para saciar a sede, ouvia conversa entre eles sobre o caminho para Custódia, Alagoa de Baixo e de Rio da Barra. Num total tinha 20 cangaceiros, entre eles, 3 mulher, um em estado de gravidez. Por volta das 17h, se retirou do local, deixando todos em paz.
Fonte:
Hemeroteca Digital Brasileira
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Esse bando de cangaceiros, que na matéria eles rotulam erroneamente de "volantes de cangaceiros", uma vez que volantes eram tropas ligeiras da Força Pública. Hoje, Polícia Militar. A vitoriosa política de sufocação ao banditismo rural (Cangaço), adotada pelo governador Estácio Coimbra (1927-1930), logo no início do seu governo, tendo como executor o jovem advogado e Chefe de Polícia, Eurico de Souza Leão, levou o bando de Lampião a migrar para o Estado da Bahia, com cinco cangaceiros, famintos e esfarrapadas em agosto de 1928. Após reconstituir o bando no final daquele ano, passou a atuar com o seu cangaço nos Estados da Bahia e posteriormente também em Sergipe. Fazia incursões nos Estados de Alagoas e no agreste meridional do Estado de Pernambuco. Em outubro de 1936, resolveu Lampião fazer uma incursão ao Estado de Pernambuco, região que compõe Ibimirim, Buíque, Sertânia, Arcoverde, parte do município de Custódia, e para isso, dividiu a empreitada em três grupos. Um comandado pelo mesmo, outro por Virgínio, o Moderno, cangaceiro que tinha casado com uma das irmãs de Lampião antes de entrar para o cangaço e ficar viúvo, e o terceiro liderado por Corisco (Cristino). Foi justamente o grupo liderado por Corisco que passou no Mulungu, onde o menino Lucas de Souza Germano foi testemunha do fato. Outubro de 1936.
ResponderExcluirPor isso, que nordestino é forte.
Jorge Remígio
Recife-PE
👏👏👏👏👏👏👏👏
Gostei do comentário Jorge, sempre é bom quando alguém trás casos do passado para os que não tinha ou não tem conhecimento dos fatos passados, um abraço do colega de faculdade.
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