Antonio do Amaral
Curitiba-PR
Maio/2020
Sou natural de Três Lagoas-MS, filho de João Veríssimo do Amaral, sempre
tive vontade de conhecer a Terra natal de meu pai e os tios, primos e
sobrinhos que eu sabia que existiam, pois, meu tio José Veríssimo do
Amaral irmão de meu pai morava em Mato Grosso e falávamos de Custódia e
dos familiares.
Aos 38 anos tomei a decisão de ir a Custódia, falei com tio José que me incentivou e disse que escreveria uma carta ao tio Nozinho (Euclides) dizendo da minha ida.
Eu minha esposa Neusa sua irmã Cleusa e o Cunhado Edilson, chegamos dia
07 de outubro, um sábado, por volta de 14h30m, a cidade praticamente
vazia, pedi informações sobre casa de Nozinho e imediatamente me
indicaram, chegando lá tudo fechado!
Um vizinho disse-nos que estavam todos na VAQUEJADA, ouvir aquilo foi
uma coisa fantástica, imaginem nós aqui do Sul vermos uma Vaquejada no
sertão de Pernambuco!
Encontramos tio Nozinho e familiares que estavam em uma barraca,
curtimos muito todos os tombos dos bois, gritos de alegria dos
vaqueiros, tristezas de outros por não conseguirem derrubar o boi entre
as faixas. Aproveitamos de todas a comidas típicas vendidas nas barracas
e aí teve um causo curioso de um tatu servido na barraca aonde
estávamos, eu tinha certeza que se disséssemos para minha esposa Neusa
que estava passeando pelo parque, que era tatu ela não comeria, quando
ela chegou na barraca ofereci a tigela com “frango” que ela, como dizem,
comeu de lambuzar os beiços, algum tempo depois alguém perguntou como
estava o TATU?
KKKKKKKKKK, lembro-me até hoje do olhar que recebi, aí tive que apelar
“amorzinho você comeu e não estava bom? Então continue pensando que era
frango”.
No dia seguinte, 08 Outubro um domingo, dormimos na casa de Terezinha e
Simone, acordamos cedo (06 horas), pois o calor estava nos matando, o
café foi na casa de Nozinho e foi oferecido um café dos Deuses tinha
Leite, Café, coalhada, queijos, Manteiga de garrafa, cuscuz, bife, ovos,
pães, bolachas, frutas…. Nós do sul comemos o de sempre.Frutas, Café
com leite, pão com manteiga, após o café tio Nozinho nos convidou para
irmos conhecer os parentes, o que foi espetacular conhece-los, o que não
me sai da cabeça é o seguinte:
Na primeira casa por volta de 07h30m a maior alegria ao nos conhecer e
ai soubemos o quanto o Custodiense gosta de uma PITÚ, kkkkkkkkk, meu
cunhado olhou para mim e disse “não vou beber cachaça essa hora, ao que
lhe respondi, rapaz vão nos chamar de frescos lá do sul”, ai matamos uma
dose cada um o que se repetiu a cada 20 e ou 30 minutos em cada casa
que chegávamos, por volta de 11 horas, já meio bêbados e com fome,
chegamos na casa de Zezita Queiroz, proprietária do Cartório que nos
ofereceu Whisky matamos também, naquelas alturas, mas, nos serviu carnes
de caça Ema e Porco do mato, nunca comemos carnes tão gostosas como
aquelas kkkkkkkk, nossa “aventura” de conhecer os parentes continuou até
as 14 horas quando voltamos para casa de Nozinho para o almoço.
No dia seguinte no café da manhã perguntei para tio Nozinho se tínhamos
mais parentes para conhecermos? Ele confirmou ao que eu e meu cunhado
respondemos então nos passe o cuscuz, o bife, o ovo, os queijos e café,
nada de leite que leite é para os fracos e as visitas se repetiram com
todas a PITÙS que aguentamos.
Conhecemos pessoas inesquecíveis: Nozinho e Olindina, Terezinha e
Simone, Francisco e Magui, Valmir e Gracinha, Chiquinho e Purificação,
Zezita Queiroz e Andréa, Guilherme e Severina, Rosa Gois e Luciano, Das
Dores (Neném) Zé da Sorte, Carlos Amaral, João Armando e Aparecida, se
esqueci alguém me perdoem, vocês são maravilhosos.
Em 1992 Eu, Neusa e meu filho Hugo voltamos e foi outra visita inesquecível.
Ainda moro em Curitiba PR.
Antonio Aparecido Bittencourt do Amaral.
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