18 maio, 2023

Rememorando os noventa anos da Paróquia São José


O ontem, com seus preciosos registros, e o hoje, reafirmando a história com belos e incansáveis trabalhos.

No dia trinta de janeiro de 2018, o povo se Deus comemorou e participou da grandiosa homenagem aos noventa anos da Paróquia São José.

Viva a Paróquia São José! Em 30 de janeiro de 1928, data que se celebra a história da paróquia e da sua caminhada até aqui. Hoje, abril de 2020 e a paróquia está com noventa e dois anos de missão evangelizadora e consciência batismal.

E o que é paróquia? A definição é dada pelo Código de Direito Canônico, que declara: “paróquia é uma determinada comunidade de fiéis, constituída estavelmente na igreja particular e seu cuidado pastoral é confiado ao pároco, como seu pastor próprio, sob a autoridade do bispo diocesano”.


Sendo a paróquia a casa por excelência de todos os fiéis e onde se comunga o Cristo Ressuscitado, é natural que lembremos nessa data os benfeitores dessa comunidade. Gratidão é o que se tem pelos que já passaram e onde deixaram o trabalho e saudades. Aos novos, coragem e luz, pois a caminhada é longa, porém gratificante. Tudo começou com a boa vontade de homens e mulheres que apoiados e encorajados pelos padres jesuítas que por aqui passaram. E fortalecidos dessa magnífica espiritualidade tiveram a iniciativa de construir um templo matriz, projeto grandioso do dedicado e ungido padre Leão, que com uma visão arquitetônica da época e linhas que se aproximam do barroco, deu início a mais bela obra religiosa de Custódia. Padre Duarte deu continuidade à obra.


A sua fachada nos remete a imponência da obra. A cruz, acima da torre, nos mostra o caminho a seguir, símbolo máximo do cristianismo, do nosso dia-a-dia como cristãos e das nossas considerações a respeito da fé. O sino, para nós católicos, é uma peça sagrada que durante os mais de noventa anos da paróquia, no seu repicar saudoso e na sua singular função: chamou, lembrou, comemorou, servindo num processo de obediência à paróquia. 


O relógio nos despertando para o tempo que não espera por ninguém e dizendo que é preciso estar atento; orar e vigiar… A calçada, hall de entrada para a matriz, com seus degraus que mais parecem uma saia, circundando uma cintura. Porta central: convite para entrar na casa do Senhor, onde é ensinado que o gesto de acolher indistintamente é função de todo cristão. Do lado esquerdo, temos a pia batismal que nos leva pelo batismo a sermos missionários e cristãos. Portas laterais - extensão da porta central, como a abraçar mais um e mais um. E os confessionários, na disposição lateral da matriz, onde o padre ouvia a confissão dos fiéis, na mais sigilosa das confissões.


O altar-mor, com destaque ao Ostensório, onde encontramos a preciosidade do Santíssimo Sacramento. Também no altar, há a estátua do pai adotivo de Jesus, São José, padroeiro de Custódia, por quem dedicamos veneração, respeito e amor. Logo abaixo do Altar-mor, fica o nicho onde está a imagem do Cordeiro, símbolo de pureza e mansidão. Na maior parte do mundo, à época contemporânea ao nascimento e vida de Jesus, animais eram oferecidos em sacrifício. Jesus é chamado de Cordeiro porque se deu em sacrifício pela nossa salvação. As modelagens de anjos e ramos, com sua simbologia peculiar no cenário interno da matriz alimentam nossa fé. 


Os dois altares laterais fazem referência com as suas imagens à história dos mártires da nossa igreja, que através dos seus martírios, homens e mulheres se santificaram por amor a Cristo. Uma imagem do próprio Cristo em sua paixão também confirmam a história. A sacristia, onde são guardados os paramentos sacerdotais, as alfaias litúrgicas, vasos sagrados e onde os padres tomam as vestes do culto. O coro: espaço de cantores e músicos, que através dos talentos, abrilhantaram missas, novenas, casamentos e eventos religiosos. Via Sacra - relembra o caminho da crucificação de Jesus Cristo, sua paixão e morte.



Essa é a nossa matriz, que resistiu às intempéries do tempo. Lembrar dos primeiros colaboradores e reviver as suas ações nos enche de orgulho. A dedicação e vontade de construir a matriz deu a dona Noêmia Burgos e a tantos outros fiéis a disposição de carregar tijolos para sua construção. Primeiros colaboradores da Matriz São José - Uma das primeiras católicas fervorosas a cumprir a função do Batismo foi Maria Marinho Rezende, irmã de Zé Marinho: tinha como função arrumar a igreja todos os dias. 



Os paroquianos recebiam o convite para na Quinta-feira Santa, na casa de Dona, pedir as alvíssaras a Nossa Senhora pela santificação de seu filho Jesus e todos os paroquianos só iam dormir depois da meia-noite. Apostolado da Oração: Teresinha Aleixo, Aurora, Daura, Socorro Pereira, Lurdinha Farias. Primeira ministra da Eucaristia: Teresinha Aleixo. Primeiro sacristão: Sebastiãozinho. Primeiro cantor e organista: Zeca, que tocava na sarafina e cantava com as cantoras Socorro Bezerra, Dona Noêmia Sá, Dona Aurora, Jandira Bezerra, Dona Gracinha Queiroz, Dona Osminda Carneiro, Mazé Araújo, Lurdinha Farias, Socorro Pereira e Linalva Pinto.


Primeiros catequistas: Maria Marinho Rezende, Dondon, Zefinha de Dona Isaac, Neusa Gonçalves, Neta Gois, Leônia Pinto, Creuza Carneiro, Lindinalva Pinto Almeida, Luciene Pinto, Maria Helena, Lurdinha Farias e Socorro Pereira. Primeiro coral da paróquia: coral da Comunidade de Jovens Cristãos, criado por Leônia Pinto Simões. Esse coral ficou marcado pelo compromisso, organização e pelas belas vozes que o compunham, tendo como cantores a própria Leônia Pinto, Hugo Simões, Luciene Pinto, Leonildo Pinto, Irmã Lélia, Josete Simões, Francisco Bernardo, José Arnaldo, Sr. Expedito Batista, Sr. João (pai de Eugênio), Kléber tecladista, Ester Amorim, Rosilene Moura, Ivan Fernandes, Irmã Maria Helena, Fátima Figueiredo, Joelma Paz, José Eugênio, Jadiel, Welington Venâncio e Milton do Violão. Ainda no coral, havia Vanda, Suelene, Rogéria Campos e Jane. Houve ainda nessa mesma época a criação do primeiro coral infantil com crianças da Primeira Eucaristia, criado por Creuza Leopoldina e Lindinalva Pinto Almeida. Desse coral, muitas crianças saíram para servir em funções da própria Igreja.


A paróquia registra o trabalho de vários padres: padre Leão Pedro Verseri (arquivo de Dr. Pedro Pereira), padre Antônio Duarte (livro de Sevy), padre Luiz Klur (arquivo de Dr. Pedro Pereira), padre Frederico, padre Herbert, padre José Btquiewicz, padre Miro, padre Paulo Bastos, padre Henrique, padre Vilmar, padre Pedro Pinto, padre Nicolau, padre Orlando, padres atuais: Roberto e padre Edcarlos. Bispos que orientaram e supervisionaram a Paróquia São José: Dom Francisco, Dom Ceslau, Dom Adriano e Dom Gabriel (atual).


O evento foi organizado com muito carinho, estando a frente o padre Roberto Luciano com as cinquenta e três pastorais, movimentos e secretaria paroquial.



O dia 28/01/2018 ficou marcado pela dedicação e compromisso de todos os que se empenharam para que o evento saísse conforme planejado. A abertura da celebração foi feita através de uma palestra proferida pelo padre Roberto Luciano. A sala, com Jesus Eucarístico, deu aos fiéis força para continuar na missão. Os stands contando a história de cada comunidade, atendeu todas as expectativas dos paroquianos. A programação foi finalizada com a Santa Missa celebrada pelo bispo Dom Gabriel.

Dedico esse histórico a todas as pessoas que trabalharam e vêm trabalhando e que não foram citadas, pois o objetivo era relatar os primeiros colaboradores.

Um abraço fraterno.

Custódia, 11 de abril de 2020.

Lindinalva - Nenê.

Créditos:
Arquivos de Dr. Pedro,
Fotos de Irmã Lélia,
Fotos de Socorro Bezerra,
Fotos de João Paulo Simões de Almeida,
Fotos de arquivo (minhas).
Fotos do Facebook.

A tela em óleo é minha e foi pintada por Plínio Fabrício.

Quanto aos demais padres e bispos não foi possível resgatar fotos.

 

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