O ontem, com seus preciosos registros, e o hoje, reafirmando a história com belos e incansáveis trabalhos.
No dia trinta
de janeiro de 2018, o povo se Deus comemorou e participou da grandiosa
homenagem aos noventa anos da Paróquia São José.
Viva a Paróquia
São José! Em 30 de janeiro de 1928, data que se celebra a história da
paróquia e da sua caminhada até aqui. Hoje, abril de 2020 e a paróquia
está com noventa e dois anos de missão evangelizadora e consciência
batismal.
E o que é
paróquia? A definição é dada pelo Código de Direito Canônico, que
declara: “paróquia é uma determinada comunidade de fiéis, constituída
estavelmente na igreja particular e seu cuidado pastoral é confiado ao
pároco, como seu pastor próprio, sob a autoridade do bispo diocesano”.
Sendo a
paróquia a casa por excelência de todos os fiéis e onde se comunga o
Cristo Ressuscitado, é natural que lembremos nessa data os benfeitores
dessa comunidade. Gratidão é o que se tem pelos que já passaram e onde
deixaram o trabalho e saudades. Aos novos, coragem e luz, pois a
caminhada é longa, porém gratificante. Tudo começou com a boa vontade de
homens e mulheres que apoiados e encorajados pelos padres jesuítas que
por aqui passaram. E fortalecidos dessa magnífica espiritualidade
tiveram a iniciativa de construir um templo matriz, projeto grandioso do
dedicado e ungido padre Leão, que com uma visão arquitetônica da época e
linhas que se aproximam do barroco, deu início a mais bela obra
religiosa de Custódia. Padre Duarte deu continuidade à obra.
A sua fachada
nos remete a imponência da obra. A cruz, acima da torre, nos mostra o
caminho a seguir, símbolo máximo do cristianismo, do nosso dia-a-dia
como cristãos e das nossas considerações a respeito da fé. O sino, para
nós católicos, é uma peça sagrada que durante os mais de noventa anos da
paróquia, no seu repicar saudoso e na sua singular função: chamou,
lembrou, comemorou, servindo num processo de obediência à paróquia.
O relógio nos
despertando para o tempo que não espera por ninguém e dizendo que é
preciso estar atento; orar e vigiar… A calçada, hall de entrada para a
matriz, com seus degraus que mais parecem uma saia, circundando uma
cintura. Porta central: convite para entrar na casa do Senhor, onde é
ensinado que o gesto de acolher indistintamente é função de todo
cristão. Do lado esquerdo, temos a pia batismal que nos leva pelo
batismo a sermos missionários e cristãos. Portas laterais - extensão da
porta central, como a abraçar mais um e mais um. E os confessionários,
na disposição lateral da matriz, onde o padre ouvia a confissão dos
fiéis, na mais sigilosa das confissões.
O altar-mor,
com destaque ao Ostensório, onde encontramos a preciosidade do
Santíssimo Sacramento. Também no altar, há a estátua do pai adotivo de
Jesus, São José, padroeiro de Custódia, por quem dedicamos veneração,
respeito e amor. Logo abaixo do Altar-mor, fica o nicho onde está a
imagem do Cordeiro, símbolo de pureza e mansidão. Na maior parte do
mundo, à época contemporânea ao nascimento e vida de Jesus, animais eram
oferecidos em sacrifício. Jesus é chamado de Cordeiro porque se deu em
sacrifício pela nossa salvação. As modelagens de anjos e ramos, com sua
simbologia peculiar no cenário interno da matriz alimentam nossa fé.
Os dois altares
laterais fazem referência com as suas imagens à história dos mártires
da nossa igreja, que através dos seus martírios, homens e mulheres se
santificaram por amor a Cristo. Uma imagem do próprio Cristo em sua
paixão também confirmam a história. A sacristia, onde são guardados os
paramentos sacerdotais, as alfaias litúrgicas, vasos sagrados e onde os
padres tomam as vestes do culto. O coro: espaço de cantores e músicos,
que através dos talentos, abrilhantaram missas, novenas, casamentos e
eventos religiosos. Via Sacra - relembra o caminho da crucificação de
Jesus Cristo, sua paixão e morte.
Essa é a nossa
matriz, que resistiu às intempéries do tempo. Lembrar dos primeiros
colaboradores e reviver as suas ações nos enche de orgulho. A dedicação e
vontade de construir a matriz deu a dona Noêmia Burgos e a tantos
outros fiéis a disposição de carregar tijolos para sua construção.
Primeiros colaboradores da Matriz São José - Uma das primeiras católicas
fervorosas a cumprir a função do Batismo foi Maria Marinho Rezende,
irmã de Zé Marinho: tinha como função arrumar a igreja todos os dias.
Os paroquianos
recebiam o convite para na Quinta-feira Santa, na casa de Dona, pedir as
alvíssaras a Nossa Senhora pela santificação de seu filho Jesus e todos
os paroquianos só iam dormir depois da meia-noite. Apostolado da
Oração: Teresinha Aleixo, Aurora, Daura, Socorro Pereira, Lurdinha
Farias. Primeira ministra da Eucaristia: Teresinha Aleixo. Primeiro
sacristão: Sebastiãozinho. Primeiro cantor e organista: Zeca, que tocava
na sarafina e cantava com as cantoras Socorro Bezerra, Dona Noêmia Sá,
Dona Aurora, Jandira Bezerra, Dona Gracinha Queiroz, Dona Osminda
Carneiro, Mazé Araújo, Lurdinha Farias, Socorro Pereira e Linalva Pinto.
Primeiros
catequistas: Maria Marinho Rezende, Dondon, Zefinha de Dona Isaac, Neusa
Gonçalves, Neta Gois, Leônia Pinto, Creuza Carneiro, Lindinalva Pinto
Almeida, Luciene Pinto, Maria Helena, Lurdinha Farias e Socorro Pereira.
Primeiro coral da paróquia: coral da Comunidade de Jovens Cristãos,
criado por Leônia Pinto Simões. Esse coral ficou marcado pelo
compromisso, organização e pelas belas vozes que o compunham, tendo como
cantores a própria Leônia Pinto, Hugo Simões, Luciene Pinto, Leonildo
Pinto, Irmã Lélia, Josete Simões, Francisco Bernardo, José Arnaldo, Sr.
Expedito Batista, Sr. João (pai de Eugênio), Kléber tecladista, Ester
Amorim, Rosilene Moura, Ivan Fernandes, Irmã Maria Helena, Fátima
Figueiredo, Joelma Paz, José Eugênio, Jadiel, Welington Venâncio e
Milton do Violão. Ainda no coral, havia Vanda, Suelene, Rogéria Campos e
Jane. Houve ainda nessa mesma época a criação do primeiro coral
infantil com crianças da Primeira Eucaristia, criado por Creuza
Leopoldina e Lindinalva Pinto Almeida. Desse coral, muitas crianças
saíram para servir em funções da própria Igreja.
A paróquia
registra o trabalho de vários padres: padre Leão Pedro Verseri (arquivo
de Dr. Pedro Pereira), padre Antônio Duarte (livro de Sevy), padre Luiz
Klur (arquivo de Dr. Pedro Pereira), padre Frederico, padre Herbert,
padre José Btquiewicz, padre Miro, padre Paulo Bastos, padre Henrique,
padre Vilmar, padre Pedro Pinto, padre Nicolau, padre Orlando, padres
atuais: Roberto e padre Edcarlos. Bispos que orientaram e
supervisionaram a Paróquia São José: Dom Francisco, Dom Ceslau, Dom
Adriano e Dom Gabriel (atual).
O evento foi
organizado com muito carinho, estando a frente o padre Roberto Luciano
com as cinquenta e três pastorais, movimentos e secretaria paroquial.
O dia
28/01/2018 ficou marcado pela dedicação e compromisso de todos os que se
empenharam para que o evento saísse conforme planejado. A abertura da
celebração foi feita através de uma palestra proferida pelo padre
Roberto Luciano. A sala, com Jesus Eucarístico, deu aos fiéis força para
continuar na missão. Os stands contando a história de cada comunidade,
atendeu todas as expectativas dos paroquianos. A programação foi
finalizada com a Santa Missa celebrada pelo bispo Dom Gabriel.
Dedico esse
histórico a todas as pessoas que trabalharam e vêm trabalhando e que não
foram citadas, pois o objetivo era relatar os primeiros colaboradores.
Um abraço fraterno.
Custódia, 11 de abril de 2020.
Lindinalva - Nenê.
Créditos:
Arquivos de Dr. Pedro,
Fotos de Irmã Lélia,
Fotos de Socorro Bezerra,
Fotos de João Paulo Simões de Almeida,
Fotos de arquivo (minhas).
Fotos do Facebook.
A tela em óleo é minha e foi pintada por Plínio Fabrício.
Quanto aos demais padres e bispos não foi possível resgatar fotos.
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