Foto: Evanilson Rezende
O nome do lugar era Santa Verônica uma santa dos Escravos negros do cativeiro do Tenente Henrique. A fazenda do Tenente era na estrada que liga Caiçara a Samambaia,hoje Fazenda Poço Escuro, que pertenceu a Artur Preto. o curioso é que esta Fazenda também se Chamava Poço da Cruz e foi mudada por do açude de Ibimirim. A antiga igreja desta santa era ladrinhada de Tijolos sem o uso de cimento. Foi encontrada uma telha, pertencente a esta antiga igreja, datada 1822, Segundo testemunhos de vários que a tiveram nas mãos-Dezim Pacífico e Jeremias da Caiçara.
O que vem a provar que os escravos foram os iniciantes na religiosidade local. o primeiro padre foi Manoel Marques Bacalhau, desde 1877.
Em 1862, o capitão Joaquim do Rego, lavrou uma escritura de 400 braças de terra que foram doadas ao padroeiro São Sebastião. As terras vão das margens do rio Cupiti até o rio Moxotó. Joaquim do Rego foi o primeiro morador de Samambaia.
A Usina de caroá de José Vasconcelos, empregava mais de 400 pessoas entre arrancadores, os carreiros carreiros com seus jumentos e carros de bois com duas juntas, fabricados de Pau Ferro em Águas Belas e Alagoas. O caroá era arrancado, transportado e pesado, era frequente alguém perder os dedos na desfibradeiras, caso de Paulino e Isabel. As fibras eram colocadas em fardos e transportadas por Tota, nun caminhão Chevolet, para armazéns da Companhia de caroá de Caruaru, Alias o nome Caruaru origina-se deste feito.
O armazém em Samambaia foi incendiado acidentalmente por João Pareira, que ao acender o fuzil do fogueteiro para fumar um cigarro, deixou cair as faíscas. Nesse dia, Crespe bezerra Lafaiete, o primeiro gerente da usina, estava cansado e foi chamado pelas sirenes da campanhia. Não houver tanto prejuízo porque tinha seguro de carga. Depois de Crespe, a gerência passou para o velho Jesus. Manoel Luis de Campos, da Cacimba de Baixo, foi quem tirou a madeira para a confecção das tesouras da usina.
Depois dos Vasconcelos, o Dr. Aurélio passou a ser dono, tinha até avião que pousava em terras da casa de Pedro Simão acima. Depois de Aurélio, Numeriano comprou a usina e seus filhos, Aristóteles e Clodoaldo ainda hoje conservam até hoje. No tempo de Numeriano o pesador era Dezim Felipe e depois, Abilio Ferreira da Silva irmão de Lidia Ferreira da Silva Avô de Evanilson Administrador do Site.
O policiamento era o Coronel Salgado, que vinha do Recife de burro com mais ou menos 10 soldados e percorria Samambaia, Ingá e Quintibu, voltando em seguida para o Recife. Maravilha e Custódia nem existiam.
O primeiro encarregado de samambaia foi o Coronel Joaquim Bezerra, o qual obteve a obediência de todos. A primeira professora foi a dona Aurora, de Buique, trazida por Numeriano em, 1930. Mas antes tinha a Dona Zizi e Dona Eliza mulher de Oiô. O primeiro comerciante podia ser dos Balbino. Antigamente se almoçava de 8 horas da manhã. Sendo que a feira de Samambaia era numa quinta-feira, onde se vendia tapioca e rapadura. Os feirantes almoçavam no hotel de Dona Eliza.
Mas antes da existência desse hotel, havia o da Dona Adelaide. Quilidona era a mulher de Zé Izidoro e colocou um hotel onde depois passou a ser de Chico de Abílio. Era costume comer bolo virado que custava, 1 vintém. Que é o equivalente a 20 reais, com café muido com mel, 100 tustões era 1000 réis. 1 tostão era 100 reais e 5 vinténs era, 1 tostão. 1 pataca era 8 Vintém, Uma rapadura era comprada por, 1 tostão; 250 gramas de café era grãos 400 reis 1 kg de açúcar custava 3 tostões em 1928.
10 tostões depois de, 1930 enquanto o café pulava para 10 "tões" para 1200 réis. O que equivalia a um dia de serviço na roça. Ainda em 1942 surgiu o cruzado antigo. Um escravo preto, com bons dentes e boa saúde físicas, era comprado por 1 conto e 500 réis era considerado muito rico. O bisavô de Dezim Pacífico era dono de senzala e o dinheiro era de ouro. Os correios vinham com a mala nas costas com cadeados, provindo de Floresta para o Rio Branco(Arcoverde). Uma carta poderia demorar mais de 30 dias, pois era transportadas de pé.
O cruzeiro de Samambaia era na frente da igreja enterrado e batido no chão, depois passou para as grandes pedras de Manoel Olímpio. hoje em dia fica no pequeno cercado do popular conhecido por "Pai João" pois reside atras do cruzeiro que é conservado ate hoje.
Em samambaia havia corrida de prado, com cavaleiros devida e orgulhosamente fardados, com calças brancas e camisas vermelhas. O enfrentante era Manoel Simão, irmão de Dona Chiquinha da Caiçara, cantora das novenas das festa religiosas. O melhor cavalo de prado era Vila Bela. Esse evento atraia gente de toda região e cidades vizinhas. Bala Seca e Malambec eram os cavalos que Pedro Cicero (Pedro Vaqueiro) cavalgava, trabalhando para Numeriano. Não havia vaquejada e sim muitas pegas de boi no mato.
Que se tornavam festa de boi visto que havia sanfona, cachaça e muito arrasta-pé. Todo vaqueiro tinha um lenço vermelho no pescoço.
Existiu também uma cavalhada comandada por João de Barro e seus 12 pares, segundo a Dona Josefa Luiz de Souza, esposo de Valdemar da Cacimba de Baixo, essa cavalhada acontecia na vila de Samambaia. Severino era rezador, pedreiro e carpinteiro afamado na Caiçara e região. Já na arte de medicina popular e sem formação educacional, tinha Joaquim Canário, fazedor de garrafadas. Cicero Bezerra era delegado particular de Samambaia. E Pedro Simão era o melhor chamador de Quadrilha da região.
João Canário era tocava oito baixos ou harmônico. Era de costume procurar Joaquim Canário para aliviar dores de dentes e outros pequenos problemas. Dona Olindina da Conceição era enfermeira e parteira da região de Caiçara e Samambaia. Sitônio lopes de Mendonça médico veterinario leigo e segundo contam, nenhum animla morreu por causa das suas operaçõs, sempre ponteadas com ponteiras de pinhão e agulha de saco.
Os melhores artesão da região pertenciam à família do senhor Dezim Pacífico, do Salgado. Esse mesmo senhor completou 90 anos lúcidos em, 13 de julho de 2002. Junto com Jorge Bezerra de Rezende (Jorge felipe de Samambaia) nascido em, 24 de junho de 1919, foram so principais testemunhos desda História de Samambaia.
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