O trabalho pioneiro que a pernambucana Vanete Almeida desenvolve há mais de 30 anos nos movimentos de trabalhadores rurais, e no Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais no Sertão Central de Pernambuco, é reconhecido mundialmente. A prova é que a ativista ganhou o Prêmio Cláudia, em 2002, e foi selecionada para concorrer coletivamente com mil mulheres de 154 países ao Prêmio Nobel da Paz, em 2005.
A história da pernambucana que nasceu há 63 anos no sítio Cachoeira, no município de Custódia, pode ser conferida no livro Brasileiras Guerreiras da Paz, que tráz a biografia das 52 mulheres do País indicadas ao prêmio Nobel. Publicado pela Editora Contexto, com coordenação de Clara Charf, textos de Carla Rodrigues, Fernanda Pompeu e Patrícia Negrão, a obra foi lançada no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo.
Vanete começou a atuar nos sindicatos dos trabalhadores rurais do Sertão Central na década de 80. Ao notar que não existia a participação feminina, ela partiu para a mobilização das mulheres do campo. “Aos poucos, elas começaram a aparecer em reuniões, duas, três, mas não falavam, tinha medo“, diz ela.
Da primeira reunião em dezembro de 1982, em Serra Talhada, realizada com mais de 10 mulheres, o movimento das trabalhadoras rurais se expandiu para as cidades vizinhas, para o Nordeste e para América Latina. Hoje o movimento liderado por Vanete, que também coordena a Rede de Mulheres Rurais da Amérca Latina e Caribe, articulando 25 países, reune mais de 100 grupos, com cerca de 400 mulheres, de 12 municípios pernambucanos.
Elas estão à frente de sindicatos, coordenam encontros e têm consciência e reivindicam direitos trabalhistas, saúde, educação, respeito ao corpo e conservação ambiental. “Nesses anos, sofri muito por ver um povo tão trabalhador muitas vezes não ter o que comer. Mas me alegro com o progresso das trabalhadoras rurais“, conclui Vanete.
Matéria originalmente publicada no Jornal de Serra, em maio de 2006.
Maria Vanete faleceu em 09 de Setembro de 2012
Maria Vanete faleceu em 09 de Setembro de 2012
Notinha era minha amiga pessoal,ela sendo depois da emancipação de Betânia, conterrânea e amiga minha, como também toda sua família.Aqui foi construída uma porção de casa populares,que formaram um bairro. Infelizmente encontra-se abandonado.
ResponderExcluirFui que atendir e encaminhei, para Recife, onde faleceu.
Netinha......eu
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