O Coronel José Estrela de Souza nasceu em Buíque-PE, no dia 25 de novembro de 1881.
Era um homem com indiscutível habilidade de reconhecer pedras e um estudioso das plantas nativas da caatinga.
Montou uma fábrica que extraia angico o tanino para curtir couros e peles até o ano de 1930.
Em 1932, procurando fibras no Sertão, encontrou alguns pés de barbasco - conhecido por babaço, pau-de-leite, candoblé ou timbó-guaçu. Conseguiu extrair fibras delicadas, macias e tão fortes como as do linho.
Com o manusear das hastes, percebeu que delas desprendia uma cera. Recolheu uma grande quantidade e enviou para os Estados Unidos, Inglaterra, Rio de Janeiro e São Paulo.
Negociou, entretanto, com os Estados do Sul e Sudeste do País. As dificuldades com os transportes marítimos impediram o desenvolvimento desse comércio. Em 1944 foi feita a última remessa para o Sul do País, num total de 2.500 quilos de cera.
Assumiu a prefeitura de Alagoa de Baixo (Sertânia) no dia 15 de novembro de 1925, Licenciou-se em face de seus afazeres.
Em 1916, fez parte da comitiva que recebeu, em Custódia, o Governador do Estado, Dr. Manoel Borba, na sua 1ª visita ao Sertão.
Foi sócio em Bom Nome de Joaquim Pereira de Sá, no comércio de compras de borracha e peles de maniçoba, e vendia tecidos miudezas e perfumes.
Foi nomeado prefeito de Custódia pelo interventor Etelvino Lins e exerceu o mandato de 18/081944 até 23/03/1946, no período do Estado Novo.
Em Custódia viveu com a família na rua da Várzea (atual Rua João Veríssimo do Amaral) com Dona Corina e os filhos Lisarb e Petrônio Estrela.
Morre em Recife, no dia 04 de novembro de 1957.
(*) Publicado Originalmente no Livro Custódia Relicário do Sertão, de Sevy Oliveira (2008). Coleção Tempo Municipal. Centro de Estudos de História Municipal.
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