No começo dessa Avenida, lá existe "A Ladeira da Saudade", retratada nessa canção de Plínio Fabrício, que faz parte do seu CD "Pro Mode que tu existe?"
Ter composta essa canção "A Ladeira da Saudade" é relembrar minha infância e de quem vivenciou essa época. Compus em música em 2021 em um período difícil de pandemia (covid-19). Recordo-me que nesse período reformei a minha loja, onde funcionava a oficina do meu avô, mestre Lunga. Na demolição daquela oficina confesso que doeu minha alma, pois ali estava uma história de um "avôpai". Ao demolir a oficina, o pedreiro encontrou uma chave de fenda de cabo verde e quando vi aquela ferramenta pensei em guardá-la, mas não me pertencia. A saudade bateu forte. Pedi ao pedreiro para colocá-la na fundação da coluna do prédio. Daí, veio todas as lembranças. O pé de castanhola que havia em frente a casa do meu avô, onde eu e meus amigos jogamos bola, as ruínas do curtume onde com eles joguei bila. Na época havia um chafariz em frente ao mercado público onde as lavanderias vinhas lavar roupas, os banhos que tomei no rio que corta esse lugar, onde se encontra o Parque Dona Nita. As lembranças do São João, carnaval, festas tradicionais da Avenida João Veríssimo, que quando criança chamávamos de várzea pela localização em um baixio. O título da música traz a lembrança da Ladeira, onde decíamos com carrinhos de rolimã que fica no início da avenida. Contudo, em uma das estrofes a frase que mais me identifico nessa canção é: "O cheiro da madeira em meu quintal" pelo fato do meu avô ter sido carpinteiro e as tábuas de mandacaru verde exalavam um aroma forte que até hoje sinto.
Plínio Fabrício
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