O ENGENHO DE JOSIAS.
(Por Marcos Silva.)
Do meu sertão nordestino
Lembro das altas quenturas
E lembro do velho engenho
Para nós, era aventuras,
Lembro o Josias moldando
As mais belas rapaduras.
Chegavam ali no engenho
Todo dia, toda hora,
O povo da vizinhança
E também gente de fora,
Com canas para moer
Disso, eu lembro até agora.
Era muita animação
Naquele sertão fiel,
Aquele caldo de cana
Cozido ali num tonel,
Se faziam rapaduras
Alfinins também o mel.
Antigamente a moenda
Seguia a todo vapor,
Pela tração animal
Com bois de força e vigor,
Depois ela foi movida
Pela força do motor.
Jamais eu esquecerei
E sempre irei me lembrar,
De Maria e de Josias
Um casal bem exemplar,
Peço que Deus guarde os dois
Pra sempre num bom lugar.
Marcos Silva.
De Custódia/ PE.
São Paulo, 16/06/2021
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