02 setembro, 2021

O professor é um feixe de luz na escuridão do analfabetismo.



Aqui expresso minha tristeza pela perda da colega de profissão Nozélia.

A professorinha que ensinou com carinho e dedicação a alunos da rede municipal foi chamada de volta à morada celestial. Sua voz calou e sua presença já não está entre nós.

2020 e 2021 foi e está sendo de incertezas e de uma instabilidade ilustrada por posicionamentos diversos. Aulas remotas e ensino de forma híbrida, que combina o presencial com o remoto. A educação continua preocupada com a COVID-19 e suas variantes no retorno às aulas presenciais.

Todos os cuidados da professora Nozélia não foram suficientes para impedir a infecção do vírus que lhe acometeu num desfecho doloroso. Ela sabia que o que estava escrito nos protocolos da pandemia não estava sendo seguido. E as suas preocupações sobrepuseram os limites de sala de aula em ações contínuas, pedia aos seus alunos que tivessem cuidado consigo e com o próximo.

Ensinar filhos que não são seus é uma missão sublime e merece todo respeito e gratidão. Logo após o seu sepultamento, ouvi um áudio emocionante de uma mãe que externava seu carinho e gratidão à professora de suas duas filhas. No áudio, ela falava do compromisso da professora no processo educacional, do carinho que tratava os seus alunos, do respeito com as famílias e ainda o cuidado em saber por que o aluno faltou à aula.

Amigos, Deus é muito bom conosco. Ele nos deu o tempo. Tempo… que serve para muitas coisas: plantar, colher e ceifar. Inclusive ele serve também para amenizar a dor e o sofrimento que insistem em machucar os corações.

Vai em paz, Nozélia, sabendo que sua missão foi cumprida como esposa, como mãe, como avó, como sogra, amiga e profissional.

Aos familiares, amigos e colegas de profissão, meu sincero pesar.

Abraços fraternos,

Professora Lindinalva (Nenê).

Custódia, 02 de setembro de 2021.

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