20 maio, 2021

Legado de Carolina Pinto - por Lindinalva Pinto

Através deste espaço aberto, quero lembrar uma pessoa que foi amiga e fez gênero de cupido para os casais enamorados de Custódia à época.


Carolina Pinto ou Dona Calú, irmã do espirituoso Floriano Pinto (in memorian) era donzela com seus quase setenta anos de idade e de uma beleza própria. Não casou, talvez, porque não encontrou sua cara metade. Com seu carisma e a sua solidão eminente, conquistava a todos. Possuidora de uma voz mansa, porém, firme, apesar da sua deficiência visual, nada lhe afugentava. A fé era a mola propulsora das atividades diárias. Interessante era a disponibilidade para rezar nas segundas-feiras e aos sábados. Era sagrado rezarmos o Ofício da Imaculada Conceição, impreterivelmente às 18 horas, em sua residência, na Rua da Várzea, vizinha a casa dos meus pais. Lá, rezávamos todos de joelhos e como ela não enxergava, mamãe era quem fazia a leitura das orações; meus irmãos e eu fazíamos o coro.

Esse legado de fé e religiosidade marcou nossas vidas. Tanto é que minha irmã Lélia é freira. Hoje, após tanto tempo, ainda sabemos a oração do Ofício decorada.

Um abraço,
Lindinalva Pinto.

Um comentário:

  1. Lindinalva.
    Certa feita um "anônimo" colocou um comentário neste espaço, criticando que "este blog só publica coisas do tempo do ronca".
    Respondi ao mesmo que:Quem não tem história pra contar, não viveu, vegetou.
    Abraços
    Fernando Florencio
    Ilheus\Ba

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