Laíse Rezende
Abril/2022
Recife-PE
A palavra é forte - atrai, comove, fecunda, move. Quando a gente estabelece uma relação de significados com a palavra, dela não se desvencilha mais. Seu poder sobre nós vai num crescendo - e ela vira essência na vida. É um chamamento que nos faz a ela recorrer nos piores e nos melhores momentos, na chegada e na partida, no encontro e na despedida, na claridade e na escuridão. E cada um vai revelando, através dela, o que provoca os desejos mais secretos: as pessoas, os lugares, as lembranças, as marcas, os sonhos, as histórias, os encontros e os desencontros, os encantos e os desencantos, o tempo, a vida.
E por ela vão também se derramando, escorrendo e escoando as dores, e desatando e se soltando de nós os nós que às vezes atam o nosso gesto, a nossa voz, a nossa volta, a nossa vida. Porque eles travam o encontro. Precioso instrumento é a palavra, que nos serve de ponte pra chegar ao outro - pra tocar o outro, pra convencer, pra perdoar ou pra pedir perdão, pra declarar amor ou pra dizer adeus, pra confessar culpas e pecados ou sentimentos outros tantos por onde cada um vai se mostrando e se revelando e se desenhando na perspectiva do outro. E toda essa engrenagem que a palavra tece gera o convívio, que, por sua vez, alimenta a troca, a escuta, o segredo pra cada um revelar-se por inteiro ou guardar-se da proximidade maior de quem está por perto - ou longe.
A palavra pode servir de elo ou ponte entre as pessoas, mas também, de abismo, rasgo ou rusga entre elas. E entre elas pode igualmente gerar paz ou guerra, começo ou fim, chegada ou partida, amor ou ódio, perdão ou desprezo, silêncio ou voz, inferno ou paraíso. É a palavra que cria, recria, compõe, recompõe, inventa, disfarsa, confessa, ilude, engana, acaricia, fere, desafia, acolhe, conforta, acode, sara e cura. E ela toma caminhos por onde mesmo a dor se mostra de forma bonita, que toca o coração.
E ela conta e canta todas as histórias que moram no coração das pessoas e chegam à alma - num poema, numa canção, numa prosa, num verso. E fica cravada num livro, numa crônica, num conto, num texto mais longo ou mais curto. E exibe, pra quem quiser ver, fatos que muitas vezes o protagonista nem quer contar - ou de que se orgulha, não por virar notícia de jornal e revista, que vivem de juntar palavras pra contar as histórias de cada um e de cada dia, mas porque revela uma face humana cada dia mais rara.
A palavra tem peso e domina. Arrebata e suaviza. É brava, rebelde, reveladora e cruel. É chuva, sereno, mar e onda. É ternura e é lágrima. É nuvem e é neblina. É mormaço e é sombra. Aponta e esconde. Acusa e defende. Condena e livra. Morde e assopra. Mata e cura. Odeia e ama. É um abismo, uma curva, um deserto, um desvio, um assombro, uma cruz. É um recurso, um caminho, um destino, uma estrada, uma estrela, uma luz. A palavra é noite e é dia. É guerra e é paz. É não e é sim. É lua e é sol. A palavra é começo, é meio e é fim. Mas a palavra é essência, é verdade e é vida!
E por ela vão também se derramando, escorrendo e escoando as dores, e desatando e se soltando de nós os nós que às vezes atam o nosso gesto, a nossa voz, a nossa volta, a nossa vida. Porque eles travam o encontro. Precioso instrumento é a palavra, que nos serve de ponte pra chegar ao outro - pra tocar o outro, pra convencer, pra perdoar ou pra pedir perdão, pra declarar amor ou pra dizer adeus, pra confessar culpas e pecados ou sentimentos outros tantos por onde cada um vai se mostrando e se revelando e se desenhando na perspectiva do outro. E toda essa engrenagem que a palavra tece gera o convívio, que, por sua vez, alimenta a troca, a escuta, o segredo pra cada um revelar-se por inteiro ou guardar-se da proximidade maior de quem está por perto - ou longe.
A palavra pode servir de elo ou ponte entre as pessoas, mas também, de abismo, rasgo ou rusga entre elas. E entre elas pode igualmente gerar paz ou guerra, começo ou fim, chegada ou partida, amor ou ódio, perdão ou desprezo, silêncio ou voz, inferno ou paraíso. É a palavra que cria, recria, compõe, recompõe, inventa, disfarsa, confessa, ilude, engana, acaricia, fere, desafia, acolhe, conforta, acode, sara e cura. E ela toma caminhos por onde mesmo a dor se mostra de forma bonita, que toca o coração.
E ela conta e canta todas as histórias que moram no coração das pessoas e chegam à alma - num poema, numa canção, numa prosa, num verso. E fica cravada num livro, numa crônica, num conto, num texto mais longo ou mais curto. E exibe, pra quem quiser ver, fatos que muitas vezes o protagonista nem quer contar - ou de que se orgulha, não por virar notícia de jornal e revista, que vivem de juntar palavras pra contar as histórias de cada um e de cada dia, mas porque revela uma face humana cada dia mais rara.
A palavra tem peso e domina. Arrebata e suaviza. É brava, rebelde, reveladora e cruel. É chuva, sereno, mar e onda. É ternura e é lágrima. É nuvem e é neblina. É mormaço e é sombra. Aponta e esconde. Acusa e defende. Condena e livra. Morde e assopra. Mata e cura. Odeia e ama. É um abismo, uma curva, um deserto, um desvio, um assombro, uma cruz. É um recurso, um caminho, um destino, uma estrada, uma estrela, uma luz. A palavra é noite e é dia. É guerra e é paz. É não e é sim. É lua e é sol. A palavra é começo, é meio e é fim. Mas a palavra é essência, é verdade e é vida!
Laise querida . Texto muito tocante que nos leva a refletir sobre o poder da palavras. Parabéns você é uma grande filósofa que nos toca com seus textos maravilhosos. Obrigada por ter você conosco. Um abraço afetuoso. Fiquei muito emocionada Lucia Gois
ResponderExcluirQuanta coisa a ser dita nesse vasto Universo da palavra. Até o Mestre dos Mestres é chamado de verbo encarnado. Jesus se fez carne e fez uso da palavra.
ResponderExcluirE palavras vindas dessa pessoa que dignifica a raça humana e atende pelo nome de Laize são preciosas. Não me convenci disso agora lendo esse primoroso texto. Ele apenas engrandeceu o conceito tenho dela. .Laize com as cartas que escrevia para minha mãe me fez vislumbrar um ser humano sensível, poética e extremamente respeitosa. Admiro sua inteligência e grandeza espiritual.
Deus lhe guarde hoje e sempre.
Laíse , não é de hoje que a admiro, pela sua simplicidade, meiguice, silêncio onde este sempre dizia muita coisa. Sua inteligência, suavidade e perseverança sempre foram sua coluna forte.
ResponderExcluirVc me conhece de longas datas. Trabalhamos juntas numa empresa têxtil aqui em Recife e éramos muito próximas, vc, sua prima e eu.
Nas estradas da vida, passamos a trilhar caminhos diferentes e resultou em um distanciamento não proposital , porém meu apreço por você continua imenso.
Desde nosso contato profissional até então vc não deixou de existir em meu coração.
Deus abençoe sempre vc e sua
linda família . Beijo saudoso e carinhoso.