16 setembro, 2013

Filho de Custódia é destaque Nacional em Concursos Públicos

Érico Gustavo da Silva: longa experiência em concursos. E foco definido para o futuro
Filho de João Tomaz da Silva (conhecido como João de Arnold), sobrinho de Etelvina (Betinha), irmão de Kelyta e Arnozinho.
Neto de Arnou Tomaz e Zulmira Cordeiro...
 

“Sou pernambucano de sangue e matogrossense de alma e coração.” Assim se define Érico Gustavo da Silva, que saiu de sua terra natal para buscar o sucesso em outra região do país. A oportunidade surgiu quando ele tinha 12 anos, vivendo em Custódia, interior de Pernambuco, em uma “realidade sem nenhuma condição de perspectiva, bem longe do sucesso profissional”, como ele mesmo descreve. Érico começou a trabalhar aos 6 anos de idade, ajudando o pai na propriedade da família e vendendo o que produzia em uma feira local. Aos 12, uma tia de Cuiabá convidou-o para morar com ela, a fim de oferecer melhores condições de estudos e trabalho para o sobrinho. “Não perdi a oportunidade. Deixei meus pais e meus irmãos e fui em busca de um estudo com muito mais qualidade e de um futuro promissor”, recorda ele, que chegou a ser reprovado três vezes no ensino fundamental.

Sua primeira aprovação em um processo seletivo ocorreu quando fez uma prova para cursar o 3° ano do ensino médio no Colégio Salesiano São Gonçalo, que possuía um projeto filantrópico voltado para alunos de baixa renda. “Comecei a estudar e a sonhar em entrar na faculdade. Trabalhava como vendedor e, à noite, ia ao cursinho também, com bolsa de 100%, devido a um processo seletivo de bolsas para o pré-vestibular.” Infelizmente, ao tentar ingressar no curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Érico não teve tanto sucesso. Por dois anos consecutivos, ele não conseguiu alcançar a vaga desejada.

Uma alternativa surgiu por conta de seu bom resultado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Através dele, tornou-se um dos beneficiados pelo Programa Universidade Para Todos (Prouni) e começou a cursar Ciências Contábeis, formando-se em 2010. “Foi aí que deparei com a seguinte pergunta: o que vou fazer agora, atuar em algum escritório contábil ou prestar concurso público? E decidi apostar todas as fichas no concurso público”, conta. A partir dessa decisão, em 2009, com 25 anos e ainda na faculdade, Érico passou a dedicar-se ao seu novo objetivo: passar em um concurso para o nível superior - ele já havia sido aprovado em seleções de nível médio, mas decidiu não tomar posse, para que conseguir continuar estudando. Para alcançá-lo, ele estudava em média cinco horas por noite, já que teve de conciliar a preparação com o trabalho como contador. Apesar da intensa rotina, essa não foi a maior dificuldade que ele enfrentou.

“A principal dificuldade era viajar para fazer as provas, pois, ganhando muito pouco, às vezes fazia até empréstimo no banco para isso. Fui para Goiânia por dois anos, para fazer o concurso para escriturário do Banco do Brasil, sem sucesso. Fui para Vilhena/RO, para fazer o da Polícia Judiciária Civil, também sem sucesso. Fora os concursos que fazia em Cuiabá. Eu queria ser servidor público, não importava aonde. Atirava para todos os lados porque sempre pensei na estabilidade e no meu futuro”, relata. Em 2011, depois de dois anos participando de seleções, Érico foi aprovado em um concurso de nível superior, para a Prefeitura de Alto Paraguai (MT). Não apenas isso: ele foi o primeiro colocado no seu cargo. Desde então, conta, não parou mais de estudar e de participar de concursos. Foram mais de 40, com vários primeiros lugares.

Todo esse esforço e dedicação têm um motivo: conquistar uma vaga de analista de finanças e controle da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), um cargo em órgão federal. “O esforço está valendo a pena. Ainda não cheguei onde realmente almejo, que é ser analista da STN. Minha meta: dois a três anos”, diz, sem ansiedade. A tranquilidade com que planeja a próxima empreitada vem da experiência e dos ensinamentos adquiridos em todas as seleções de que participou, formados por derrotas e vitórias. 

“Ninguém é melhor que ninguém, apenas há aqueles que estão mais preparados para um determinado concurso. Tudo depende do seu preparo. Não atire para todos os lados, tenha uma meta, um objetivo, um foco, e nunca, nunca deixe a esperança que tem dentro de você morrer”, recomenda. Trabalhando atualmente como contador da Câmara Municipal de São José do Povo (MT), livre das dificuldades do passado e já podendo considerar-se bem-sucedido profissionalmente, Érico reconhece a importância da tia que o acolheu, Maria Nanci, e do apoio familiar para o seu sucesso.

Para ele, que deixou os pais e irmãos em Pernambuco para ir atrás de melhores condições de vida, manter os entes queridos por perto é, hoje, o maior incentivo na busca do novo cargo, que permitirá que ele e a esposa - servidora da UFMT em Rondonópolis (MT) - se transfiram para uma mesma cidade e fiquem ainda mais próximos. “Larguei cargos de nível superior, como contador e auditor público, ganhando mais do que ganho hoje, só para ficar mais perto de minha esposa. A felicidade não se compra, o importante é a família unida.”

Fonte: Folha Dirigida
Enviado por ÉRICO GUSTAVO TOMAZ DA SILVA | erico.contador@hotmail.com

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