Falar que tem uma deficiência,
Hoje em dia virou moda,
De falar ninguém se incomoda,
Isso depende da conveniência;
Todo e qualquer artifício,
É válido para receber benefício,
E, em fila obter preferência.
Há também a lei de cota,
Que para ter acesso,
E alcançar o sucesso,
Ninguém se importa;
De ser chamado de deficiente,
Pois, no momento é conveniente,
Ter alguma coisa torta.
Para tirar proveito,
Da lei de prioridade,
Fere até sua
dignidade
Para assegurar o direito,
E passar a frente,
Afirma ser diferente,
Incapaz de se dá o respeito.
Essa atitude tira a oportunidade,
De quem o sistema não foi capaz,
De desenvolver um plano eficaz,
Que atenda as necessidades;
Onde todos sejam valorizados,
Com a garantia dos direitos reservados,
Às pessoas com deficiência de verdade.
Se for para ter preferência
Alguns dão logo um jeito,
De encontrar um defeito,
Sem pesar na consciência;
Dizendo que sente uma agonia,
E esperar não poderia,
Porque falta-lhes a paciência.
Hoje está tudo mudado,
Estudar agora é possível,
Porém, já foi bastante difícil,
Direitos foram conquistados;
Mas, nem sempre foi assim,
A deficiência significava o fim,
E o indivíduo era muito discriminado.
Há pouco tempo atrás,
A vida dessa pessoa,
Não era lá muito boa,
Tratada como incapaz;
Não era considerado cidadão,
Vivia na mais completa exclusão,
Porque não havia lei eficaz.
Desde o início do mundo,
Que elas são maltratadas,
Muitas vezes marginalizadas,
Viviam em um abandono profundo;
O extermínio era normal,
A zombaria era total,
Um descaso cruel e imundo.
Houve a fase da compaixão,
Onde ter piedade,
Era sinônimo de bondade,
Porém, sem participar de decisão;
Foi apenas por pena e dó,
Que não largavam só,
E passaram a receber dos outros proteção.
Normal/anormal foi um conceito,
De inválido total,
Passou a ser especial,
Também foi pessoa com defeito;
Portador de necessidades especiais,
Todos foram termos oficiais,
Que ajudaram a perpetuar o preconceito.
Agora pessoa com deficiência,
É o termo adequado,
O sujeito sente-se valorizado,
A palavra pessoa traz uma consciência;
Deficiência não é falta de habilidade,
Mas, um déficit de funcionalidade,
Dentro de sua existência.
Posso dizer que mudou bastante,
Mas, antes era mais difícil,
Não pense que tem sido fácil,
O esforço é constante;
Nada veio sem luta,
Se não gritar ninguém escuta,
Tão pouco dar importância.
Se hoje somos respeitados,
Mais já estivemos na lona,
Não tente pegar carona,
Em quem foi tão discriminado;
Só para exercer a cidadania,
Precisa provar todo dia,
Que é um sujeito capacitado.
O que precisamos é de oportunidades,
Não pretendemos receber sentença,
Queremos respeito às diferenças,
Promover igualdades;
E incentivar a valorização,
De todo cidadão,
Poder desenvolver suas potencialidades.
Houve avanço em nossa legislação,
Que pode ser bastante significativo,
E tem que ser definitivo,
Para acabar com a exclusão;
Vamos envolver a sociedade,
Que também é de sua responsabilidade,
Junto com a melhoria da educação.
Autor: Airton A. Araújo.
A cada dia o professor Airton surpreende a todos.
ResponderExcluirAgora virou poeta. Esse cara é d++++++!
Custódia precisa urgentemente de gente inteligente, séria e honesta...Pense um pouco!Eu votaria em você!