Apresentação
Passando a serra de Mimoso, Arcoverde, Cruzeiro do Nordeste, começo a me alegrar. É que vou chegar na simpática e acolhedora Custódia.
Cidade em pleno desenvolvimento comercial, industrial e cultural, minha querida terra natal.
Nascido em Custódia e criado por pessoas simples, porém educadas, foi o autor Fernando Florêncio de Souza. Ouviu muito, conviveu muito e passou a contar estórias, fazendo História de sua vida, sua gente e de sua cidade abençoada pelo padroeiro São José.
Não se pode exigir exatidões. É a dura realidade de um honrado sertanejo. Custódia, com todos os seus problemas vividos por ele e seus familiares, é o seu pequeno e querido mundo.
Agora, ponha este livro nas mãos para sentir, juntamente com o escritor as emoções da vida desse sertanejo destemido que procurou sua própria sorte. Intitula-se: Foi assim!..., e subtitulado: Uma História Autobiográfica.
Escrito como ele fala, porque não saberia fazê-lo de outro modo. Mostra aos leitores, principalmente aqueles que não vivenciaram o seu dia a dia, a luta de um rapaz pobre, que teve a garra de vencer. Vamos conhecer a vida de um custodiense pernambucano da estirpe dos homens de bem.
Agradeço a honra que o autor me conferiu, para apresentar este livro, agora nas mãos dos leitores.
Ler este livro é uma obrigação agradável pelo exemplo de vida que todos recebemos.
Um abraço da conterrânea e amiga
Maria José França do Amaral França.(Zezé)
Pesqueira, 01 de junho de 2010
Prefácio
Uma atraente narrativa de vida com peripécias e lances imprevistos, descrita pelo próprio autor. Título: Foi Assim!... Uma História Autobiográfica.
Logo de início, esta singularidade. Fernando nasceu como que de duas mães, Maria e Laura. A primeira a biológica. Pobre e heroica, soube escolher a adotiva para seu filho, que veio à luz, aos 14.10.1943.
Laura o criou com a ternura de quem sabe proporcionar a uma criança o núcleo essencial dos primeiros anos de formação.
Maria, no silêncio de mãe sofrida, percebia tudo, amando-o a distância e antevendo o seu futuro.
Menino precoce, nas brincadeiras era o líder do seu grupo lúdico.
Primeiro trabalho foi num estabelecimento misto de bar com posto de combustível, visinho a uma farmácia, onde se iniciou na ciência farmacêutica, lendo bulas, anuários e revistas.
De Custódia à Marinha, sua maior escola. Disciplina, oportunidades e estudos sistemáticos.
As estrelas cintilantes e as águas azuis e profundas o fascinavam.
O hino oficial “Cisne Branco” tocava a sua sensibilidade de vocacionado marinheiro.
Vieram os duros anos da “Revolução de 64”. Estudante e partidário da Democracia, aliou-se aos ousados colegas, que se opuseram aos usurpadores do poder político, legitimamente constituído.
Detido pelo comando da Marinha, e tornado incomunicável, aproveitou-se de um descuido ou brecha por onde conseguiu fugir, mas sem poder escolher caminhos. Na clandestinidade, tudo se tornou difícil, tanto prosseguir nos estudos como desenvolver a atividade comercial.
Com a anistia, livrou-se da “subversão”, retomando o espaço para a sua exitosa liberdade de trabalho e prosperidade.
Em uma vida marcada de lutas e desafios, o inteligente custodiense resolveu reproduzir neste livro tudo o que guarda intacto na sua memória. Uma história de vida com dores e belas cores, narrada sinceramente e com orgulho.
Fernando Florêncio de Sousa criou a expressão “marinheirando”, que bem define a essência deste seu primeiro livro, que tenho o prazer e a honra de prefaciar, anunciando aos leitores um saber de experiência feito.
Odete de Andrada Alves
Pesqueira, junho/2010
Paulo.
ResponderExcluirComplete este post publicando também o comentário de Anizio Cruz (escritor Ilhense)) sob o título de FOI ASSIM....
Abrs.
Fernando Florencio
Ilheus/Ba