06 outubro, 2012

Projeto São Francisco em comunidades Quilombolas



Quilombolas dançando Samba de Coco na Comunidade Buenos Aires.


O Projeto de Integração do rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional está promovendo ações que beneficiarão as 16 comunidades quilombolas em sua área de influência. Elas serão contempladas com casas, telefonia comunitária, inclusão digital, projetos de desenvolvimento econômico, como fruticultura e ovinocaprinocultura, e, principalmente, o acesso à água, vetor de desenvolvimento mais importante nas comunidades.

Os remanescentes de quilombos beneficiados estão nos municípios pernambucanos de Salgueiro (Santana, Conceição das Crioulas e Contendas), Carnaubeira da Penha (Comunidade de Massapé), Custódia (Comunidades de Buenos Aires, Cachoeira da Onça e São José), Mirandiba (Comunidades de Araçá, Feijão, Juazeiro Grande, Pedra Branca, Serra do Talhado e Queimadas) e Cabrobó (Comunidades de Cruz do Riacho, Fazenda Santana e Jatobá).

O objetivo do Ministério da Integração Nacional é substituir casas de taipa por moradias de alvenaria e construir banheiros nas casas que antes não dispunham desse benefício. Já foram licitadas as obras para construção dessas casas nas comunidades de Cabrobó, Mirandiba, Carnaubeira da Penha e Custódia, onde as obras, realizadas pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), vinculada ao Ministério da Saúde, já estão em andamento.




As ações visam proporcionar vida mais digna aos sertanejos, amenizando problemas de saúde, a exemplo da doença de chagas, transmitida pelo barbeiro, inseto encontrado com grande frequência em construções como as casas de taipa – feitas com uma estrutura de madeira roliça revestida de barro.

Esse trabalho pertence ao Programa Básico Ambiental de Desenvolvimento das Comunidades Quilombolas, que vem se articulando com outras instâncias do governo federal, como os Ministérios da Saúde, das Comunicações e do Desenvolvimento Agrário.




COMUNICAÇÃO E INCLUSÃO DIGITAL – Parcerias com os Ministérios das Comunicações e do Desenvolvimento Agrário preveem, no Programa Básico Ambiental de Desenvolvimento das Comunidades Quilombolas, a instalação de postos de telefonia comunitária nas localidades, que também serão alvo da inclusão digital. Serão instaladas salas dotadas de computadores ligados à internet. Ainda serão colocados à disposição dos jovens das comunidades cursos de montagem e manutenção de microcomputadores. Essas benfeitorias irão profissionalizar e inserir jovens no mercado de trabalho, tornando-os responsáveis pelas atividades digitais nas comunidades.

Todas essas mudanças antecedem, de forma estrutural e participativa, as ações que serão implementadas em forma de Plano de Desenvolvimento Local Sustentável nas comunidades quilombolas. Esse plano, que envolve a comunidade e o poder público, foi delineado a partir dos caminhos apontados em reuniões realizadas com as comunidades, ao longo dos últimos três anos, estando em fase de aperfeiçoamento constante pelo Ministério da Integração Nacional.

O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.

Fonte: Pravda 
Fotos: Vereadora Yolanda de Alzira

Publicado no site : OBSERVATÓRIO QUILOMBOLA

Um comentário:

  1. No Brasil dezenas de milhares de negros e simpaizantes protestam Movimentos Negros Brasileiros fizeram protestos de desagrado contra famoso cantor e sambista Martinho da Vila, Escola de Samba Unidos de Vila Isabel que neste carnaval de 2012, no enredo “Você Semba Lá… Que Eu Sambo Cá. do povo brasileiro) que nos versos O Canto Livre de Angola!”. Com uma exaltação maravilhosa a ANGOLA a pátria mãe da maioria (54% tem sangue africano-angolano em nossas aveias. Samba Enredo da Vila Isabel(O para Presidente Wilson Vieira Alves a carnavalesca Rosa Magalhães e principalmente o Presidente de Honra: Martinho José Ferreira o “Martinho da Vila” que se negaram a ouvir e atender as reclamações dos milhares de e-mails, cartas e ligações telefônicas e celulares para sensibilizar esses dirigentes. que seria um desprestígio para comunidade negra feminina serem excluídas as frente da bateria da Vila Isabel colocando uma rainha nipo-brasileira (japonesa) e uma musa loira, com respeito a elas, mas porque não por uma negra também e por coerência ao enredo exaltava a raça negra e negritude cultural África Angola Brasil. Apesar de todos esforços não foram suficientes par conscientizar estes dirigentes é lamentável que as crianças a juventude a mulher afro brasileira sofram estes preconceitos excluídas marginalizadas , humilhadas por aqueles que dizem ser defensores e nossos ídolos. Martinho da Vila é uma vergonha e covardia, muito obrigado pelo desserviço ao resgate e valorização da raça negra.Rei Martinho Ganga Zumba da Vila? Mariana Benedita dos Santos,Negra Bene. mariana.jornalista@bol.com.br

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