Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
A funcionária pública aposentada Neide Queiroz jamais precisou dirigir para se locomover na pequena cidade de Custódia, no Sertão do Moxotó, onde nasceu e foi criada. Mesmo no Recife, onde já vive há 35 anos, nunca viu a necessidade de tirar sua carteira de habilitação, já que sempre contou com a ajuda dos filhos e do marido, Djaci Virgínio de Almeida, para ir aonde quisesse. Hoje, no entanto, o companheiro de 83 anos tem uma saúde frágil e necessita de acompanhamento médico. Ao mesmo tempo, ela manifesta o desejo de voltar a viver em sua cidade natal. Para não depender de ninguém a esta altura da vida e poder ajudar o esposo, ela tomou uma decisão incomum aos 80 anos. Decidiu encarar uma autoescola para tirar sua primeira Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A ideia surgiu há dois anos, mas as primeiras tentativas encontraram resistência. “Até tentei iniciar o processo para tirar minha carteira lá em Custódia, mas as pessoas não permitiam, pois achavam que eu tinha passado da idade de dirigir. Mas eu já estava decidida, então resolvi comprar um carro (Uno Mille), que até hoje está parado lá na minha cidade. Aqui no Recife encontrei pessoas de muito boa vontade que estão me ensinando tudo. Acredito que não há motivos para não me deixarem dirigir. Tenho bons reflexos, sou muito tranquila e concentrada”, conta a aposentada que está matriculada em uma autoescola da Avenida João de Barros, na Boa Vista.
Publicado no JC 16/07/2011
Enviado por José Melo
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