06 agosto, 2024

Sentimento de finitude


Texto: Lindinalva Almeida (Nenê)
Foto: Acervo Familiar


Ah, se o homem chegasse a consciência da finitude! Com certeza o sofrimento machucaria bem menos.

Vivemos como se não existisse o outro lado da vida. A vida é tão deslumbrante que ninguém quer ir embora.

Mesmo sabendo que em João, 14:2 a Sagrada Escritura diz que “Na casa de meu Pai há muitas moradas”, a verdade é que enquanto humanos, custamos a desprender da vida.

A viagem de volta faz parte dessa bela caminhada. E de repente, percebemos que alguém já não está conosco na caminhada, ficamos tristes pela partida, esboçando nosso sentimento de empatia. É aí que se percebe que as pessoas morrem, mas não percebemos até acontecer.

Nesse dia 28 de julho, Custódia acordou triste com a notícia da partida de Djalma de João Dodô. Nasceu em 27 de setembro de 1941 na Fazenda São José, município de Custódia. Filho do Senhor João Rodrigues de Melo e da senhora Quitéria Carmo do Amaral. Ele vem de uma prole de seis irmãos: Marinelza, Maria, carinhosamente chamada por Detinha, Luizinho, Lourinaldo conhecido por Vavá, Margarida e Sandra.

Começou sua fase estudantil muito cedo, no sítio onde a família morava. Terminou o primário, primeira a quarta séries, hoje Ensino Fundamental I, na Escola Estadual Joaquim Inácio.

Alistou-se na Aeronáutica - Recife. Serviu apenas por dois anos.

Naquela época, ele encontra num domingo de carnaval, entre confetes, serpentinas e a alegria contagiante do carnaval, a linda jovem Zezita Queiroz, filha do ex-prefeito de Custódia o senhor Ernesto Queiroz e Dona Maria de Sá Queiroz. O namoro teve seu sim! Passados dois anos, chegou o grande dia. E em dezoito de janeiro de 1964, dão-se em matrimônio Djalma e Zezita na Matriz de São José.

Já casado, conclui em 1965 o curso ginasial e logo em seguida, matriculou-se na Escola Técnica Olavo Bilac em Sertânia, concluindo o terceiro ano Técnico na cidade de Arcoverde, no Colégio Onze de Setembro.

Não parou os estudos. Em 1973, fez o vestibular de Direito em Caruaru, obtendo o grau de Bacharel em Direito em 1978.

Chegou o tempo da alegria e da perpetuação do casal: o nascimento dos filhos. Os cinco filhos de Djalma e Zezita foram muito bem educados. São eles: Andréa, Adriana, Adynara, Darly e Adriene, todos educados pelo diálogo e limites construídos, sem jamais serem impostos.

Genros e Nora:
Collyer/Andréa,
Alexandre Góis/Adriana,
César/Adynara,
Walquíria/Darley.
José Nilton Junior/ Adriene

Netos:
Vitor - Andréia,
João Pedro, Ana Carolina e Fernanda - Adriana,
Tiago e Júlia - Adynara,
Camila, Pedro Henrique e Davi - Darley
Manuela, João Artur e José Lucas - Adriene

Djalma era um homem inteligente e educado. Sabia lidar com seus iguais. Apesar do corre-corre da vida, nunca deixou de ser um cavalheiro. Entendia no que consiste as trocas sociais, como funcionam o respeito, a gentileza e a   consideração. Sempre nutriu uma relação amistosa por  todos que mesmo a distância se faziam presentes nos bons momentos e nos percalços da vida.

Não posso esquecer do empenho do Dr. Djalma quando deu entrada na minha aposentadoria de professora do Estado de Pernambuco.

Que o Deus da bondade o acolha na morada celestial.

Aos familiares, nossos  sinceros sentimentos!

Abraços de paz e luz !

Lindinalva, Nenê!
Custódia, agosto 2024.

Créditos:
Blog Custódia Terra Querida (fotos e dados).

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