Ozinaldo Félix da
Silva,
* 18 de fevereiro de 1939
+ 08 de julho de 2023
Filho de Alexandre Félix da Silva e Maria Anunciada de Jesus.
Foi o primogênito do casal. Que ainda teve mais quatro homens e duas mulheres, foram eles: Osvaldo Felix da Silva (Bado), José Félix da Silva (Nego), João Félix da Silva (Garapa), Antônio Félix da Silva (Tonho) falecido, Expedita Félix da Silva e Benedita Félix da Silva.
Ajudou o pai, que era marchante. Saia
diariamente de madrugada, em direção à Maravilha, Ingá e outras localidades.
Comprando bodes, ovelhas, porcos entre outros animais, para vender no mercado
público de Custódia. Na época, chamado de “Curral da Matança”.
Ainda jovem, aprendeu a fazer doce, se tornando tempo depois em mestre em doce. Ao lado de sua mãe com quem aprendeu e desenvolveu toda a técnica no preparo.
A convite do seu amigo Gérson Gonçalves, foi o primeiro mestre em doces da Tambaú em 1962, quando o local de funcionamento era próximo a ponte, na Inocêncio Lima. O convite não foi em vão, como ele afirmava, ‘quebrava’ duas caixas de goiaba rapidinho, fazendo com ela a polpa, o cozido num tacho de cobre. Sem desperdício nenhum.
Gerson teve seu inicio no fabrico de doces em Campina Grande. Lá não teve ao seu lado o seu amigo Ozinaldo, pois o mesmo, estava prestes a se casar, e não podia se ausentar de Custódia. Certa vez, um funcionário responsável pelo doce em Campina Grande, não estava conseguindo acertar o ponto do doce. Para evitar maiores prejuízos, convida Ozinaldo para ir desmanchar o doce acumulado que estava estocado. Com sua experiência, conseguiu desmanchar e também vender todo o estoque acumulado. Em cada 10 tachos, Gérson admitia perder até 2, e Ozinaldo, não perdia nenhum, um profissional de excelência para a empresa. Além é claro, da amizade com o proprietário.
Em 1967, a Fábrica de Doces
Tambaú sofre com uma enchente, e pouco tempo depois, saem do prédio atingido, e
iniciam suas atividades num local chamado Texaco. Onde funcionou um Posto de
Combustível do sr. Zé Pinheiro. Na mesma avenida Inocêncio Lima, porém, num
local mais seguro e sem perigo com novas enchentes. Ozinaldo continuou como
funcionário da empresa.
Em pé: Gabiru, Zé de Alcides, Dorival, Alfredo, Biu de Zé de Noca
Agachados: Pedro Pereira, Zito da Compesa, Edinaldo Amaral, Osvaldo pai de Luciano e Ferreirinha.
Paralelo a sua atuação como
mestre em doce, foi atleta de futebol em diversos times locais da cidade. Sua
posição era quarto zagueiro. Entre alguns times locais, da década de 60, jogou
no Comercio Esporte Clube em 1962. Depois a convite do seu amigo, Pedro
Pereira, foi para Sport Clube Custódia.
Casa com Ivone Fernandes da Silva, dessa união, tiveram seis filhos: Orlando Fernandes da Silva, Ivan Fernandes da Silva, Hugo Fernandes da Silva, Tereza Cristina da Silva (falecida), Humberto Fernandes da Silva, Hiraildo Fernandes da Silva, Ozevane, Osmar e Rocimere.
Foi sócio fundador do Centro Lítero Recreativo de Custódia – CLRC.
Em 1972, vai residir em Sobradinho, na Bahia, época da construção da barragem, abre um restaurante, ficando durante um ano na cidade. Depois segue para Jacobina, também no Estado da Bahia, agora num outro ramo, de confeitaria, ano era 1974. Pouco tempo depois, vai residir em Caruaru, capital do agreste pernambucano, mudando novamente de ramo. Lá compra um caminhão prestando diversos serviços. Retorna à Custódia, abre Armazém de bebidas, administra o Sabarzinho (localizado em cima da Praça Padre Leão) e também uma sorveteria. Mais uma vez, muda de cidade, agora para Arcoverde, cidade vizinha, onde abriu uma loja de móveis novos e usados. Por fim morou durante os anos de 1976/1977 na Capital Federal, em Brasília. Seu ramo agora foi com antiguidades: Móveis e Santos em madeira.
De volta a Custódia em 1978,
continuou no mesmo ramo de antiguidades, levando as peças para os museus em São
Paulo. Durante essas idas e vindas à São Paulo, começou a levar o doce Tambaú
para o Sudeste e assim, retomou ao ramo de doce, sendo agora, vendedor dos
doces Tambaú. Seu grande cliente era uma rede de supermercado Ciro, com quem vendia
duas carradas fechadas com produtos. Além das antiguidades, trazia papel celofane
para vender as fábricas. Durante muito tempo teve um depósito de papel
celofane, além de ser representante da cachaça 51.
Família em Albuquerque Né
Ozinaldo e filhos de suas duas famílias
Se aposenta e vai residir em
Albuquerque Né, distrito de Sertânia em 1990. Constitui uma nova família com Elma Pereira Neves, e seus filhos: Júnior, Vitória, Carol, Ana Flávia e Fabiana. Teve no distrito um fabrico chamado de Doces Carolina, e uma padaria. Ainda assim, retornou a Sobradinho na Bahia, com sua companheira Elma, onde teve fábrica de doce chamada Beira Rio.
Em setembro de 2022, é convidado a participar das comemorações de 60 anos da Tambaú Alimentos. Junto a outros funcionários, e ex-colaboradores. Foi o primeiro mestre de doces da empresa. Uma das marcas da empresa, deixada pelo seu fundador e amigo pessoal, Gerson Gonçalves de Lima, era de sempre, manter laços de amizade com pessoas e empresas que prestaram longo. Ozinaldo não poderia ficar de fora, recebeu sua merecida homenagem.
Viveu seus últimos anos de vida, em Albuquerque Né, distrito de Sertânia. Faleceu aos 84 anos, deixando um legado gigante para a história de Custódia, e aos familiares e amigos.
Texto: Paulo Peterson com informações de seus filhos.
Que história de vida linda. Lembro muito de Ozinaldo quando criança em Custódia. Simpático e carismático . Realmente deixou seu legado. Lucia Gois
ResponderExcluirEu e meu irmão Antônio sempre ia para a fábrica do Gerson, próximo da ponte, na época só tinha Ozinaldo e Alfredo. Gerson era uma pessoa muito boa e deixava e dava para nós sobra da limpeza do tacho de cobre.
ResponderExcluirNesta biografia está faltando o Alfredo, companheiro inseparável do Ozinaldo. Aquele, torcedor ferrenho do náutico e este, não menos do esporte. Fernando Florêncio
ResponderExcluirSeu Ozinaldo deixa uma grande lição de família e de orgulho para Custódia, um grande homem nunca se esquece,Ele é um exemplo para todos!
ResponderExcluirDe qualquer forma, esta biografia faz justiça a um custodiense humilde, mas de grande retidão. Fernando Florêncio
ResponderExcluirFalar na Fábrica Tambau é lembrar daquele homem alto simpático,que sempre via passar para o trabalho , todo feliz exercer maestria “endossar a vida das pessoas e dar continuidade o que aprendeu de sua mamãe “ Josa Dusrte
ResponderExcluirConheci Ozinaldo através de nossas famílias! Meus pais e meus irmãos eram muitos amigos, Lembro bem que foi feita uma tentativa de assistir a copa do mundo de 70 na casa dele que era vizinho de Seu Gerson Gonçalves, tinha tanta gente que fechamos a rua, Eu era garoto, Enfim, Uma pessoa maravilhosa, um ser humano diferenciado, um amigo de todos, Pai de filhos maravilhosos, Casado com Ivone sua primeira esposa que tmb era uma mulher guerreira, Então se eu for falar a respeito desse cara, Agente vai digitar aqui um jornal, Que Deus abençoe vc meu amigo onde quer que você esteja.
ResponderExcluirLembro muito bem dessa época eu era jovem e tbm fui assistir este jogo em 1970 que foi na copa do mundo lembro -me como se fosse hoje velhos tempos belos dias saudades...
ResponderExcluirPrimeiramente quero agradecer ao Sr. Paulo, por esta belíssima homenagem ao meu Pai Ozinaldo. Meu coração é só gratidão por cada mensagem deixada aqui a respeito do meu Paizinho, realmente ele foi um GRANDE HOMEM, e nos deixou um legado muito grande para seguirmos com humildade, dignidade e respeito ao próximo.
ResponderExcluirSr. Ozinaldo, deixou uma família enorme, em Albuquerque-né, sua atual companheira Elma, 5 filhos, 7 netos e uma bisneta, os quais deram todo amor, dedicação e carinho a ele durante todo esses tempos.
Agradeço a Deus por ter me deixado conviver com ele durante 25 anos, sempre fui a princesa dos olhos dele, sempre estive com ele, e assim foi até o seu último dia de vida. Hoje só me resta uma saudade sem fim, mas extremamente grata a Deus por ter me permitido cuidar e dar amor a ele! Saudades Papai, te amo. ❤️😭
Viajei muitas vezes mais ozinaldo para patos e pombal na Paraíba, ele levava papel para vender nas fábricas de doce, e eu trazia mazile e vinho São Braz de retorno era divertido era o som do carro ligado e ele cantando.
ResponderExcluirUma história de resiliência, sempre se reinventando, sangue de empreendedor.
ResponderExcluirParabéns Paulo Perteson pela riqueza de detalhes.
ResponderExcluirPouco antes de falecer veio passar dia das mães com seus filhos e almoçarmos todos juntos no restaurante de Orlando filho do amigo, já falecido, Jubilino. Os filhos têm grande apreço por Genesia por ser a prima mais velha da mãe Ivone.
ResponderExcluirAlém de Genesia ser prima de Ivone, era amiga de Dona Anunciada, mãe de Ozinaldo. Trabalhador corajoso e disposto não deixou faltar o pão de cada dia da sua familia. Deu sua contribuição braçal, de força e ânimo no desenvolvimento da fábrica de doce Tambaú, contribuindo para o desenvolvimento da cidade.
ResponderExcluir