Fotos: Jorge Remígio
Diz o dito que uma imagem vale por mil palavras. Parafraseando a citação, afirmo que uma fotografia vale por milhões de recordações. Foi o que aconteceu com a fotografia postada por Jorge Remígio, da nossa belíssima Igreja Matriz.
Voltei no tempo, e revivi o longo período em que, trabalhando na Prefeitura, no prédio que hoje sedia a Câmara de Vereadores, passava longos períodos apreciando exatamente a imagem postada por Jorge. Ou os momentos de lazer, sentado em dos bancos sombreados pela Igreja, em divertidas tardes quentes, cujo calor era amenizado pela brisa e pela sombra amiga da Igreja. Intermináveis tardes com muita brincadeira, muito papo entre amigos, e com uma visão panorâmica da cidade: observávamos toda a Praça Padre Leão, a Praça Ernesto Queiroz, boa parte da extensa Avenida Manoel Borba, e toda a extensão da Rua Dr. Fraga Rocha. Tal qual sentinelas em vigia, nós acompanhávamos tudo o que ocorria na cidade, pois praticamente todo o centro da cidade ficava sob nossa vista observadora naquelas tarde.
Voltei mais ainda, e me vi, meninote de seus 14 anos, tomando banho na maior ducha que já vi: a bica que despejava sob as cabeças da meninada, uma torrente forte de água das chuvas, que até pesava sobre nosso corpo. Só lembranças, é o que resta.
As tardes quentes da década de sessenta, com dezenas de crianças brincando na calçada da igreja, por vezes escorraçados pelos gritos “embolados” do Padre Luiz, ou sentados ao pé da gruta de N.Senhora, esperando o tempo passar.
As famosas missões de Frei Damião, que ajuntava milhares de fiéis vindos de todos os recantos do Município e de Municípios vizinhos.
Como esquecer a voz fraquinha do frade entoando:
Voltei no tempo, e revivi o longo período em que, trabalhando na Prefeitura, no prédio que hoje sedia a Câmara de Vereadores, passava longos períodos apreciando exatamente a imagem postada por Jorge. Ou os momentos de lazer, sentado em dos bancos sombreados pela Igreja, em divertidas tardes quentes, cujo calor era amenizado pela brisa e pela sombra amiga da Igreja. Intermináveis tardes com muita brincadeira, muito papo entre amigos, e com uma visão panorâmica da cidade: observávamos toda a Praça Padre Leão, a Praça Ernesto Queiroz, boa parte da extensa Avenida Manoel Borba, e toda a extensão da Rua Dr. Fraga Rocha. Tal qual sentinelas em vigia, nós acompanhávamos tudo o que ocorria na cidade, pois praticamente todo o centro da cidade ficava sob nossa vista observadora naquelas tarde.
Voltei mais ainda, e me vi, meninote de seus 14 anos, tomando banho na maior ducha que já vi: a bica que despejava sob as cabeças da meninada, uma torrente forte de água das chuvas, que até pesava sobre nosso corpo. Só lembranças, é o que resta.
As tardes quentes da década de sessenta, com dezenas de crianças brincando na calçada da igreja, por vezes escorraçados pelos gritos “embolados” do Padre Luiz, ou sentados ao pé da gruta de N.Senhora, esperando o tempo passar.
As famosas missões de Frei Damião, que ajuntava milhares de fiéis vindos de todos os recantos do Município e de Municípios vizinhos.
Como esquecer a voz fraquinha do frade entoando:
“Vinde Pais, e vinde Mães,
Vinde todos à Missão...”.
Vinde todos à Missão...”.
As novenas do mês de maio, com a disputa entre os Noiteiros, para ver qual categoria de profissionais ou famílias se destacavam na melhor apresentação dos fogos de artifícios. Nada mais empolgante do que observar as verdadeiras obras de arte de Mané Fogueteiro, que se esmerava na criação de um verdadeiro espetáculo pirotécnico. Eram rodas de fogo que espalhavam fagulhas, rodando em todas as direções, a peleja do vaqueiro com o boi, onde uma haste com o vaqueiro em uma ponta e o boi na outra, girava bastante, simulando o vaqueiro correndo atrás do boi, até que a haste parava, e ficavam o boi e o vaqueiro se encarando, e ameaçando um ao outro, até que os dois partiam para o encontro, que acabava em uma grande explosão.
Isso sem falar na magia dos fogos de lágrima, e o ápice do espetáculo, que era a subida dos balões, multicoloridos, que subiam devagarinho, iam se distanciando até sumir as nossas vistas. Era uma pena o espetáculo acabar tão cedo. Pela meninada, deveria durar pelo menos a noite inteira, haja vista a alegria e o prazer de observar tais espetáculos.
Tudo isso está representado na foto acima, postada por Jorge Remígio, posto que tudo acima relatado girava em torno da majestosa Matriz de São José, símbolo maior da fé do povo custodiense.
Texto: José Melo
Recife
Janeiro/2022
Eu era um pouquinho mais novo, mas lembro de tudo isso.Um abraço amigo Zé Melo.
ResponderExcluirO amigo Zé Melo sempre nos fazendo tão bem com os seus textos intimistas e memoráveis. Obrigado por usar as fotos como inspiração e ilustrações. Realmente, a fotografia fala, ela é o congelamento de um espaço, de um momento, de uma situação em nossas vidas. Parabéns e grande abraço. Jorge Remígio
ResponderExcluirOutro, apesar de não saber quem é.
ExcluirJ. Melo
É certo que as imagens trazem lembranças vivas - como essas que Zé Melo tece de um jeito tão bonito, a partir da foto mágica de nossa Igreja-Matriz com que nos presenteia Jorge Remígio. É o talento de um provocando o talento do outro. E ficam em nós retidas essas lembraças vivas nascidas da visão de uma torre que aponta para uma incrível riqueza de detalhes. Elas emocionam e nos conduzem aos belos tempos que cada um de nós guarda para sempre na mente e no coração.
ResponderExcluirLaíse Rezende