Trecho da Ferrovia Transnordestina que deveria ligar a cidade de Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Suape e Pecém, próximo à Fortaleza
Ricardo B. Labastier/JC Imagem
Da Editoria de Economia
As obras da Ferrovia Transnordestina continuam devagar quase 10 anos depois do começo da sua construção, iniciada em junho de 2006, 159 anos depois de Dom Pedro II ter determinando, em 1847, que fosse realizado um estudo de uma ferrovia ligando o Sertão ao litoral do Nordeste. A obra foi iniciada no primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva e deveria estar pronta, pelo primeiro cronograma, em 2010.
Em setembro do ano passado, as obras estavam com percentual de 52% de realização. Esse percentual subiu para 56% em fevereiro último. A ferrovia vai ligar a cidade de Eliseu Martins (PI) aos portos de Suape e Pecém (CE).
Os órgãos públicos já liberaram R$ 6,1 bilhões empregados no empreendimento. Desse total, R$ 3,065 bilhões foram aportados pela Sudene. A última expectativa é de que o empreendimento demande um investimento de R$ 11 bilhões.
Segundo informações da Sudene, os aditivos aos acordos de investimento e acionistas estabelecem que os valores que ultrapassem o orçamento aprovado de R$ 7,52 bilhões deverão ser aportados integralmente pela Transnordestina Logística S.A.(TLSA), empresa privada responsável pela execução da obra.
O fato da empresa ter que fazer um aporte de R$ 3,5 bilhões pode explicar o motivo da obra estar se arrastando.
No ano passado, o plano da TLSA era captar R$ 3 bilhões para concluir o empreendimento. “O capital privado brasileiro não está em condições de investir R$ 3 bilhões. É uma pena. É um empreendimento que poderia abrir fronteiras para outros investimentos se instalarem no interior do Nordeste”, lamenta o prefeito de Salgueiro, Marcones Libório. Salgueiro recebeu uma fábrica que iria produzir os dormentes para a ferrovia.
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