Reconheço que a Igreja Matriz tornou-se pequena para uma população de aproximadamente quarenta mil habitantes. Porém, conhecendo sua história e na qualidade de cidadã custodiense tenho convicção do dever de preservá-la.
A Matriz de São José é patrimônio histórico cultural de Custódia, é o cartão postal de nossa cidade, é tradição, lembra os nossos antepassados. Portanto, deve ser cuidadosamente zelada.
Contudo, tenho uma proposta: a construção de uma filial (em outro espaço) mais ampla, climatizada e bem mais sofisticada como o padre assim deseja.
Nada contra! Para reflexão de todos eis aqui uma fábula que li na internet.:
VISÃO SISTÊMICA E A FÁBULA DOS SÁBIOS E O ELEFANTE
Em uma cidade da índia viviam sete sábios cegos, certa noite após uma discussão sobre a verdade da vida, o sétimo sábio ficou aborrecido e resolveu morar sozinho nas montanhas. Ao se afastar disse aos companheiros:
– Somos cegos para que possamos ouvir e entender melhor que outras pessoas a verdade da vida, e em vez disso, vocês ficam discutindo como se estivessem participando de uma competição, não aguento mais isso, vou embora.
Alguns dias depois os sábios foram convidados a descrever um elefante, animal esses que eles não conheciam e nunca tinha tocado.
O primeiro sábio apalpou a barriga do elefante e falou:
– Trata-se de um ser gigantesco e muito forte, posso tocar seus músculos e eles não se movem, parecem paredes
– Que idiotice! – disse o segundo sábio, tocando as presas do elefante – Este animal é pontiagudo como uma lança, uma verdadeira arma de guerra.
– Ambos enganaram retorquiu o terceiro sábio, que apertava a tromba do elefante – Este animal é idêntico a uma serpente a uma serpente! Mas não morde por que não tem dentes na boca. É uma cobra mansa e macia…
– Vocês estão totalmente alucinados! Gritou o sábio que mexia nas orelhas do elefante – Este animal é diferente de todos os outros, seus movimentos são ondulantes, ele se parece com uma grande cortina ambulante.
– Vejam só! – Todos vocês estão totalmente errados irritou-se o sexto sábio, tocando a pequena calda do elefante. – Esse animal é como uma rocha com uma corda presa no corpo. Posso até me pendurar nele.
Assim os seis sábios permaneceram debatendo, por horas. Até que apareceu o sétimo sábio sendo conduzido por uma criança. Ouvindo a discussão, pediu ao menino que desenhasse no chão a figura do elefante. Quando tateou a figura, percebeu que todos os outros estavam certos e errados ao mesmo tempo.
Agradeceu o menino e afirmou:
– É assim que os homens se comportam perante a verdade. Pegam apenas uma parte, pensam que é o todo e continuam tolos!
Por Luciene Izidro
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