“Pavão misterioso
Pássaro formoso
Tudo é mistério
Nesse teu voar
Ai se eu corresse assim
Tantos céus assim
Muita história
Eu tinha pra contar”
Ednardo
No dia dezesseis de março de dois mil e vinte quatro no meu querido sertão do Moxotó abri porteiras para participar pela primeira vez de um Encontro de Custodienses ausentes. (Ausentes? Só o fisicamente, Custódia é tão real e viva dentro de mim e de todos nós). Na matula além de muitas luas cheias levei o meu Regaflor. E assim apresentei minha cria para Custódia.
Na chegada fui contemplada com um retrato de minha mãe pintado por Janaína que gentilmente me presenteou.
Presto atenção nos sinais:
Encontrei a caatinga verdejante, eu trajava uma roupa estampada com folhas verdes e no retrato minha mãe também está vestida de verde. Fui, sou e serei abençoada pelo verde que me veste de esperança.
Foi a primeira vez que voltei a Custódia depois que minha mãe fez a grande viagem. Ela se fez presente ficou encima da mesa onde autografei os livros.
Quanta emoção.
Foram muitos abraços, muita alegria desse reencontro e reencontrando meu povo me encontrei. É sempre bom voltar pra casa.
Meu primo/irmão Jorge Farias Remigio autor da apresentação do livro também
fez a apresentação presencial no Encontro. Em seguida o nosso querido professor de português e excelentíssimo Juíz Antônio Medeiros e Bethe Carneiro leram poemas de minha autoria, também recitei perto de meus familiares:tia Joany, meus irmãos Marcelo e Valéria , meu cunhado André, do primos Paulo Peterson, Hugo e Maura Gonçalves, Eliane e Ana Claudia Remígio.
Minha querida prima Flavia Inêz e Washington Marques cantaram meu “hino” : O Pavão
Misterioso de Ednardo,essa música marcou minha vida. Quando cheguei em Brasília em fevereiro de 1976, ela estava no auge do sucesso. Houve um Show de Ednardo no Teatro Nacional na sala Martins Pena. Ednardo abriu e fechou o show com essa música. Ir até lá foi um desafio.
Recém chegada, sem amigos fui de ônibus com a cara e coragem. Posteriormente contei essa história para meu primo Antônio Remígio Neto (Tonho de Claudionor) quando tinha reunião dos amigos na casa 12 o Pavão Misterioso era tocado em minha homenagem.
Ouvir essa música no Quarto Encontro foi uma coroação gloriosa.
Quero dizer a todos que sou grata por tanto carinho, tantos abraços, por vocês terem prestigiado a minha obra literária.
Qualquer dia monto no Pavão Misterioso e vou para perto dos meus amigos…
Da irmã sertaneja
Jussara Burgos
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