16 agosto, 2025

O “Trem Bala” leva indistintamente qualquer um: pobres ou ricos, pretos ou brancos.


Fredson Ricardo Oliveira de Queiroz
(Ricardo de Zé Vírginio)

* 20/08/1973
+ 08/08/2025

A vida não avisa que sua companheira inseparável pode levar embora o primeiro da lista. E ela também não sabe quem será o primeiro. Mistério da vida.

Esse trem não tem botão de pausa. Não atrasa, não faz desvios, não recebe ordens de ninguém. A ordem é celestial.

O Trem Bala é uma metáfora que nos faz perceber que tudo é passageiro: nada trazemos e nada levamos.

Há cinquenta e dois anos, nascia na Rua Luís Epaminondas, na casa do casal José Virgínio e Marilene, um menino lindo e muito branquinho. Logo recebeu o nome de batismo: Fredson Ricardo.

Carinhosamente apelidado de Kaká pelos irmãos, familiares, vizinhos e amigos, cresceu em uma família feliz. Juntos faziam a festa: Fred Rômulo, Darlene, Kleber, Roberta (in memoriam), Brena, Péricles e Emerson.

Tudo passou tão rápido, meu Deus! Hoje, a saudade veio suave e tranquila, através das lembranças dos bons momentos que retratam sua vida terrena. Essas memórias reavivam com carinho um tempo que não volta mais: o menino bom, carinhoso e educado, filho de família abastada, mas sem vaidade; o jovem estudioso e determinado; o adulto que sabia da importância de conquistar estabilidade financeira.

Foi Advogado e agente da Polícia Civil, homem respeitoso e cristão, que seguiu os ensinamentos da mãe. Por onde passou, deixou grandes amizades. Casou-se com Sibele Severo, seu grande amor, com quem teve dois filhos, Larissa e Lucas. Seu maior sonho era ver a filha formada em Medicina. Mas não deu tempo. O tempo não espera por ninguém. Faltavam apenas alguns meses para esse sonho se concretizar. Porém, o “Trem Bala” passou e levou esse pai dedicado e bondoso para a viagem celestial.

Ricardo fazia parte do Apostolado da Oração e do ECC – Encontro de Casais com Cristo, na Paróquia São José, em Custódia. A dor da perda machuca e muitas vezes nos derruba. Mas Deus nos levanta. Quando não encontramos respostas, Ele nos direciona. Sua graça não impede as lágrimas, mas dá sentido a cada uma delas. É pela graça que seguimos com fé, mesmo quando tudo à nossa volta parece destruído. Apesar do sofrimento e do aparente vazio, Deus não nos abandona.

Hoje, após sete dias de sua partida, a lembrança do momento em que o caixão desceu entre lágrimas, soluços, dor e saudade ainda nos aperta o coração. Mas ele foi fechado com pedacinhos de todos que o amaram e continuarão a amá-lo eternamente.

Custódia, 16 de agosto de 2025.

Carinhosamente Titia Nenê e Titio Arnaldo.

Escritora: Lindinalva – Nenê.

3 comentários:

  1. Não conheci o Kaká, entretanto fui colega de Grupo Escolar de Zé Virginio, seu genitor. Figura ímpar entre todos aqueles que compunham o alunato do General Inácio. Deve estar recebendo o Kaká, seu filho, em grande estilo. Como bem metaforiza a nossa escritora, o "trem" está com o tanque cheio. Não pára. Sempre circulando. Uma hora carimbará uma passagem para um de nós. Parabens Nenê, pelo excelente texto.
    Fernando Florencio
    Ilheus\Ba

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  2. Cara Lindinalva. Assim como o Kaká, eu tambem sou do ECC Encontro de Casais com Cristo, participo do Terço dos Homens. Apolonia faz parte do Apostolado da Oração, também coordenadora de Mãe Rainha aqui em Ilheus, ligados à Paróquia do Divino Espirito Santo. Tudo exercido com muito prazer e dedicação.

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  3. Fernando Florencio e Maria Apolonia
    Ilheus\Bahia

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