31 julho, 2025

Tambaú Alimentos e JCDecaux instalam relógio em Fortaleza

 


A Tambaú Alimentos e a JCDecaux, colocaram em operação, o primeiro projeto especial de relógio de rua, em Fortaleza. 

São três relógios estrategicamente posicionados: na Praça Portugal, Avenida Senador Virgílio Távora e no cruzamento da Avenida da Abolição com a Barão de Studart. O projeto especial exibe os mascotes Tómas e Tinho colocando o catchup da garrafinha de 830g numa porção de batata frita.

“Investir em um projeto especial de relógio de rua em Fortaleza amplia nossa visibilidade em pontos de alto fluxo, gera impacto de marca e nos aproxima ainda mais dos nossos consumidores, reforçando a presença do nosso principal produto no dia a dia das pessoas”, destaca a gerente de marketing da Tambaú, Raissa Gonçalves.

“Em parceria com a agência BG9 e a A2, essas ativações mostram por que a mídia OOH é o meio ideal para destacar a autenticidade, a essência e a cultura nordestina para as milhões de pessoas que circulam por Fortaleza diariamente, reforçando a presença e a conexão da marca com a audiência”, completa o líder comercial da JCDecaux Brasil, João Binda.

O relógio de rua faz parte do mix de mídia da campanha publicitária voltada exclusivamente para a linha de Catchup 100% Nordestino, a grande campeã de vendas e recall da empresa. A ação traz como mote “Bota mais Catchup Tambaú” e reforça a presença dos carismáticos mascotes Tomatinhos Tómas e Tinho, que representam o sabor, a regionalidade e a versatilidade do molho.

Fonte: Grandes Nomes da Propaganda

30 julho, 2025

Kerliana "Tem presença que o tempo não apaga, só ensina a lidar" (Lindinalva Nenê)



Kerliana,

Você não está mais aqui, mas habita algumas das minhas melhores lembranças. A foto acima, do meu matrimônio, confirma essa memória. Cada rostinho nela está guardadinho, eternizando o meu amor por cada um.

"Tem presença que o tempo não apaga, só ensina a lidar".

O sentimento que se tem por alguém não se pode controlar.

Kerliana, criança: parecia uma boneca, com cabelinhos ondulados nas pontas. De olhos claros — puxados para o verde ou o azul, conforme o panorama. Brincou todas as brincadeiras de criança, sempre com seus irmãos Kérlio e Kelimax. Era alegre e feliz. Seu vínculo de amizade com os primos era muito forte. Pareciam irmãos: Eduardo S. Melo, Plínio Fábrico e Priscila Fabiana. Próximo à sua casa, na Rua da Várzea, moravam suas vizinhas Cinira e Cinara, que também faziam parte dessa turminha que marcou uma época inesquecível.

Na adolescência, manteve as amizades da infância, acrescentando novas colegas da escola ao seu círculo.

Sempre divertida e amiga, sabia fazer amizades com facilidade. Foi mãe muito jovem. Toda a sua trajetória foi de dever cumprido. Morou mais de vinte anos em Recife. Como mãe, escreveu um dos mais bonitos capítulos da sua história. Poucas vezes vi mães com tanta garra, coragem, determinação e amor como Kerliana. Antes de sua partida, teve a graça de ver seus filhos Kássio e Kaio receber os Sacramentos do Batismo e da Santa Eucaristia. Ela cumpriu fielmente seu compromisso de boa cristã e de mãe cuidadosa com as coisas de Deus.

A separação definitiva de alguém que se ama é intensificada pela falta da presença física, que rompe os laços afetivos com os entes queridos. Essa ausência brusca e dolorosa no ciclo da vida vai além da nossa vã imaginação. Contudo, o que fica é a certeza de que nunca mais veremos aquela pessoa amada neste breve passeio da vida. É assustador e causa medo. Nesse particular, reafirmamos a nossa convicção de fé:

"Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em Mim viverá para sempre". (João 11:25-26)

Saudade! É a consciência de que a dor do luto é um mal necessário, para que a vida seja respeitada — tornando-se, por vezes, reconfortante. Contudo, não faz ninguém sofrer menos. A dor da perda é tão grande que não existe dor maior. E quando se perde uma filha aos 49 anos, acometida por um AVC e deixando três filhos — Jorge Lucas, Kássio e Kaio, o menor com apenas onze aninhos — não é fácil.

Imaginemos essa dor no coração de Cidy. Com isso, não estou diminuindo o sentimento do compadre Tadeu. Nem dizendo que ele sofre menos. Não é isso. Ele sofre, sim. A dimensão da dor é imensa, mas nunca igual à dor da mãe, que esteve ligada à filha pelo cordão umbilical — num amor que transcende a alma.

Seus três irmãos, cúmplices de brincadeiras, de banhos de chuva, de rio, de festas e de segredos, jamais soltaram as mãos uns dos outros. O laço sanguíneo que unia Kerliana e Kelimane era de cumplicidade e de amor fraternal, tornando-as “irmãs gêmeas em espírito”. O apego e o amor de uma pela outra fizeram de Kelimane testemunha dos seus últimos momentos — e de sua vontade de doar os órgãos.

A tristeza da família é, sem dúvida, imensa, pela surpresa do acontecimento. Acometida de um AVC, foi socorrida ao Hospital Elizabeth Barbosa e, pela gravidade, transferida para Recife, vindo a óbito em 25 de julho de 2025.

Kerliana partiu para o encontro com o Altíssimo, deixando seus filhos, pais, avó, irmãos, tios, sobrinhos, cunhados, primos e amigos.

Eterna saudade!

Dos primos – Família Pinto Simões
Escritora: Lindinalva (Nenê)
Custódia, julho de 2025

Gandavos: Contando Outras Histórias, vários autores

 




Carlos Lopes comenta sobre o livro "Contando outras histórias" lançado em 2013.

Nesse volume, consta autores custodienses, como:

José Carneiro, Fernando José Carneiro, Jorge Farias Remígio, José Soares de Melo,
Sevy Oliveira, Jussara Burgos entre outros.



dois rios - de Rosane Vilaronga e Matuto Izaias Moura


 

dois Rios

Filha do Paraguaçu
Foi direto pro sertão
Fronteiriço ao Pajeú
Pra encontrar inspiração,
Lá, se deu a comunhão
Entre as águas de dois rios,
Confluências, desafios
Dentro da composição.

Esse filho do Sertão,
Em Custódia bem criado,
Sempre teve inspiração,
No cordel foi bem letrado,
Seu pensar versificado
Se fez leito ao encontrar
Outro rio a desaguar
Em seu curso bem traçado.

Olho d’água iniciado
A fluir sem ter barreira,
Rio já desembocado
Numa imensa cachoeira,
Amizade verdadeira
No remanso e nas torrentes,
Quatro mãos como vertentes
Dessa obra alvissareira.

Moxotó foi cabeceira
Pra fluir a poesia,
Da nascente à corredeira,
Toda escrita acontecia,
Uma grande parceria
Entre rios a fluir
Foi gerada ao confluir
Verso prosa e companhia.



(*) faz parte do recém lançado livro "Do Paraguaçu ao Moxotó"
de Rosane Vilaronga e Matuto Izaias Moura.

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29 julho, 2025

[Biografia] Maria de Lurdes "Lurdes de Zuquinha Cangalha"



Maria de Lurdes

Minha história minha vida 


sou Maria de Lourdes, nascida no ano de 1947, hoje com 78 anos, filha de José Amador da Silva, mais conhecido como "Zuquinha Cangalha" e de Maria Antônia da Conceição, conhecida por Dona Maricota, ambos nascidos em Carnaíba.

Meus pais vieram residir em Custódia, onde nasci e mais 13 irmãos.

Com 12 anos de idade comecei a trabalhar na casa de alguns familiares da família Pereira (Noêmia Pereira, Joany Pereira, Dona Corina entre outros), onde fazia as atividades de suas residências além de lavar e passar roupas. 

Em seguida fui funcionária na empresa Tambaú, com 16 anos de idade. Nessa mesma época minha mãe, dona Maricota faleceu.

Para sobreviver fiquei na casa de conhecidos, sempre trabalhando no pesado. 

Meus irmãos e irmãs, cada um seguiu o seu destino, uns morando com o novo pai que já tinha outra família.



Luiz Alves de Siqueira
esposo

Aos 18 conheci meu grande amor: Luiz Alves de Siqueira, nascido na Pitombeira, zona rural de nosso munício, filho do casal Hermes Lopes de Siqueira e dona Elvira Alves de Siqueira, ela nascida na cidade de Fátima-PE.


Filhos



Filhas


Filhos

Me casei aos18 anos, Luiz tinha 20 anos. Tivemos oito filhos, são eles: Tânia, Erinalda, Eliane, Luciana, Luciano, Ana, Marivaldo e Charlene. 

Continuei trabalhando como lavadeira de roupa, para Dona Noêmia Pereira Burgos e para sua irmã Dona Joany, Dionéia Siqueira, e mais familias de Custódia. 

Trabalhei muito na roça, na Lagoinha, o sr. Antonio Maria (falecido) me deu um pedaço de terra, na época da frente de emergência, para que plantasse algo. Sempre ia de pé de Custódia com minhas filhas mais velhas Tânia e Eliane. 

Para melhorar o orçamento e sustento dos meus filhos, fazia tapioca e cocada, além lavar e passar roupas. Nunca passei fome, mas criei eles com muita dificuldade, com muito sofrimento, mas de forma digna. 

Sempre tive boas amizades, os amigos sempre me ajudaram, sempre fui muito correta e honestra. 

Minha filha mais velha, Tânia foi morar em São Paulo em 1989, pouco tempo depois, fui visita-la, e acabei gostando da cidade, onde moro até hoje, desde do ano de 1995.

Hoje tenho 12 netos e 9 bisnetos, alguns já formados e outros bem encaminhados na vida, com muito orgulho e agradecimento a Deus.

Não esqueci minhas raízes onde nasci e me criei, onde constitui minha familia e minha história em Custódia.  

(*) Agradecimento a Tânia Alves, sua filha por colaborar com essa biografia.

28 julho, 2025

"Do Paraguaçu ao Moxotó" de Rosane Vilaronga e Matuto Izaias Moura já está à venda



É com muita alegria que compartilhamos com você a publicação do nosso mais novo livro de poesias, “Do Paraguaçu ao Moxotó”, escrito a quatro mãos numa coautoria entre Bahia e Pernambuco.

Viver essa experiência literária foi singular para nós durante a produção de cada poema que compõe os três capítulos da obra, construídos e organizados com muita inspiração e carinho.



Tivemos a honra de ter nossa primeira parceria literária apresentada pelo grande poeta cordelista Luiz Gonzaga Maia. E será um imenso privilégio ter você como nosso leitor!

Um abraço poético dos autores!

Rosane Vilaronga e Matuto Izaias Moura


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21 julho, 2025

[Biografia] Sebastião Alves da Silva

 




De uma família de 19 irmãos, dos quais só nove sobreviveram, era filho de Pedro Elias da Silva e Joana Clara de Jesus. Desde os oito anos de Idade como criança pobre, necessitava realizar pequenos serviços, remunerados, para ajudar seus pais que tinham muitos filhos e pouca condição financeira.

Não frequentou escola, mas aprendeu a ler e escrever com professores particulares. Através do cunhado, esposo de sua irmã Corina, já adolescente, Sebastião foi ajudar numa farmácia em Sertânia. Algum tempo depois , em 1935, conseguindo alguma economia e, como já era um rapaz, resolveu enfrentar seu próprio negócio no mesmo ramo, do qual já conseguira prática e conhecimento.

Acertadamente procurou a vila de Yguaraci que estava em prosperidade, lá instalando a primeira farmácia da localidade. Em suas palavras: “senti-me criador”, porque passava de empregado a proprietário.

Ele se realizava com o que fazia, cuidando da saúde dos habitantes da comunidade. Sentia coragem para enfrentar situações difíceis, pois aquela ainda era uma época de grande mortalidade infantil. Crianças morriam, principalmente de diarreia e enterite, antes de completar dois anos de idade, morrendo também de coqueluche, tuberculose, subnutrição e outras doenças. Além disso, ele fazia partos, suturas, incisões em abscessos e 'panarícios', aplicando injeções e cuidando das doenças da sua comunidade. Era o “médico da família” do povo da Vila e depois da cidade.

Conseguiu salvar muitas vidas, e quase sempre vendendo fiados os seus medicamentos.

Em 30 de abril de 1943, católico, contraiu matrimônio na Igreja matriz de Afogados da Ingazeira, celebrado pelo padre Olímpio Torres, com a jovem Terezinha Gomes de Oliveira, que, após o casamento, adicionou o sobrenome Alves ao seu e com quem teve 6 filhos: Maria das Neves, Pedro, Paulo, Hógenes, Helena e Fátima. Em Yguaraci residia com a esposa e o filho Hógenes na Praça Antônio Rabelo.

Registram-se alguns fatos importantes em sua existência: em 1950, primeiro farmacêutico da Vila de Iguaraci e, na época, vereador pela Câmara Municipal de Afogados da Ingazeira, sentia-se um cidadão público na obrigação de mudar o nome do lugar já que este tinha passado oficialmente à categoria de Vila e não ficaria bem o denominação de “Vila dos Macacos”.

Propôs, então, um Projeto de Lei à Assembleia do estado de Pernambuco mudar a denominação, apresentando três nomes: Guaraci, Itapoama e Pacatu. Embora sua preferência como autor do projeto, fosse o nome de Guaraci, que na língua tupi-guarani, significa 'Sol'.

O projeto foi aprovado, mas foi necessário acrescentar a letra I à palavra Guaraci, por haver na Paraíba um lugarejo com o mesmo nome. Assim, em 1955 a vila recebeu com muita alegria o novo nome: Vila de Iguaraci. Na década de 60, e com uma população suficiente para tomar a vila independente de Afogados da Ingazeira, convocou-se o Deputado Estadual Olimpio Ferraz para uma reunião cuja finalidade era levar Projeto de Lei à Assembleia do estado propondo a emancipação do lugar.

No dia 20 de dezembro de 1963, o Governador Dr. Miguel Arraes de Alencar sancionou a Lei n° 4.954/63, criando o município de Iguaraci e no dia 30 de março de 1964 foi oficializado.

Seu Sebas era extrovertido, espirituoso, inteligente e de aguda sensibilidade para o jornalismo, tendo mantido uma coluna, na Gazeta do Pajéu (jornalzinho que circulou em Afogados da Ingazeira e circunvizinhança na déc dos anos 1950), com noticias de Afogados da Ingazeira, Iguaraci... Escrever, anotar, recortar e criar, sempre fizeram parte do seu modo de ser. Sempre soube acrescentar, reformar e melhorar qualquer peça escrita de modo descontraído e humorado.

Sua máquina de escrever Olivetti Portátil deverá ser seu símbolo, além do relógio de parede e um quadro negando o “fiado” com um recorte “Dinheiro Nenhum paga a Saúde”.

Às 9h05, no dia 4 de abril de 2013, faleceu aos 95 anos na Casa de Saúde Dr. Jose Evóide de Moura, Afogados da Ingazeira, em decorrência de falência múltiplas dos órgãos, diabetes Milittus descompensada, pneumonia. Está sepultado no Cemitério Público de Iguaraci/PE

Autor: Fernando Pires - Afogados da Ingazeira Ontem & Hoje

19 julho, 2025

Otoniel Barbosa de Lima, 100 anos


O "Beco de dona Maroca, de Zezé, de seu Fernando...", em um dos vários bancos que existem naquele logradouro, era o ponto de encontro de todas as manhãs de Seu Otoniel com os amigos para "jogar conversa fora", trocar ideias, e onde se faziam brincadeiras uns com os outros. No dia 17 de maio de 2013, quando ele iria completar 93 anos de idade, estando em Afogados da Ingazeira conversei com o nobre amigo e transcrevi o nosso bate-papo:

Filho de Antonio Barbosa de Lima e de Maria Queiroz do Amaral, nasceu no sítio Saco dos Queiroz, em Carnaíba, PE no dia 17 de maio de 1920. De uma família católica, logo após o seu nascimento, já com a saúde debilitada, os seus pais, com receio de que ele falecesse sem ser batizado, procuraram padres em várias vilas na redondeza e, não os encontrando, numa última tentativa foram à então vila de Custódia, quando, finalmente encontraram um sacerdote e o batismo foi realizado.

Indagado sobre as alegrias e bons momentos da sua infância e juventude, disse não se recordar, pois a sua vida foi sempre de grandes dificuldades. Os seus estudos foram realizados através de professores particulares. Recorda-se do professor Bernardino, tio ou avô de Carlinho de Lica.

Em novembro de 1947, na Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios, Otoniel contraiu matrimônio com a jovem Maria Dolores de Góes Lima (sobrinha de Luiz Bitu) com quem teve dois filhos que sobreviveram por apenas alguns dias. Esse casamento teve um lance interessante: Onde se encontrava a sua certidão de batismo? Procuraram em várias localidades, inclusive em Custódia, sem êxito. Tendo em vista que na época Custódia era uma Vila, somente conseguiram localizá-la na Paroquia de Sertânia.

Após esse casamento, em vista das dificuldades enfrentadas no dia a dia, chamou a esposa para irem residir na zona rural, no sítio Saco dos Queiroz, mas ela se negou dizendo que não iria, pois sempre havia morado na cidade. Passado algum tempo e, tendo em vista que continuava desempregado, resolveu, em 1950, seguir viagem em “pau de arara” para São Paulo, mas, em virtude da dificuldade desse transporte chegar à capital paulista, resolveu se dirigir para o Rio de Janeiro.

Inicialmente para Teresópolis, para trabalhar em uma Granja, mas as condições oferecidas eram subumanas e ele, no dia seguinte saiu em direção ao Rio de Janeiro, Capital do então estado da Guanabara. Lá encontrou um casal que lhe deu apoio moral, no entanto o que ele mais necessitava, no momento, era um canto para repousar e se alimentar, pois estava exausto e com muita fome.

Em um prédio, ao acaso, Otoniel contatou o porteiro que, mesmo receoso por se tratar de um estranho, lhe acolheu no porão do edifício, sem a autorização do proprietário. Nesse ínterim, um empresário que passava nesse prédio, na busca de um material naquele mesmo porão, encontrando-o dormindo sob papelões, perguntou se ele gostaria de trabalhar na construção civil, no que aceitou imediatamente a proposta.

Era carnaval na Cidade Maravilhosa e esse empresário o levou para um alojamento onde ele ficou cinco dias – com direito a alimentação e teto – até que os festejos passassem. Otoniel, com então 30 anos de idade, permaneceu uns oito anos trabalhando nos empreendimentos desse engenheiro. Já com um ano no emprego veio buscar a esposa e, passados 7 anos, ela saudosa pediu para que voltassem para Afogados da Ingazeira, pois há tanto tempo não via a sua mãe.

A contragosto Otoniel juntou seus pertences e retornou, trazendo algum dinheiro e, em Afogados investiu o que conseguiu economizar, fruto do seu trabalho, em outro imóvel na cidade, onde já possuía uma casa. Tempos depois, conseguiu um emprego Estadual na área da saúde, trabalhando como enfermeiro do Posto de Saúde local, indo, depois da inauguração do Hospital e Maternidade Emília Câmara, para aquele centro de saúde.

De outro relacionamento, com a jovem Maria do Carmo Ramos, teve uma filha – Fernanda – que lhe fez companhia desde que ficou viúvo.

No dia a dia, mesmo nonagenário, fazia sua caminhada e dava uma paradinha na travessa Major Antonio César (beco de dona Maroca, beco de seu Fernando ou beco do Zezé) para um bate-papo com os amigos até a hora do almoço, quando então fazia o caminho de volta à casa.

Neste sábado 25, nas primeiras horas do dia, aos 100 anos de idade, faleceu no Hospital Regional Emília Câmara, deixando um vazio nos seus familiares e nos muitos amigos que o prezavam.


Fonte

https://www.afogadosdaingazeira.com/

Tambaú visita os estúdios Globo no RJ



No dia 10 de julho, nossa gerente de marketing, Raissa Gonçalves, representou a marca em uma visita aos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, ao lado da agência BG9 e de outros parceiros das regionais Norte e Nordeste. 

A experiência proporcionou uma imersão nos bastidores da produção de conteúdo da emissora, com direito a conhecer de perto estúdios, cidades cenográficas, acervo de figurino, setor de efeitos especiais e ilhas de edição.

Além do tour, a equipe comercial da Globo apresentou os formatos de mídia e oportunidades estratégicas para ampliar o alcance das marcas em nível nacional. Um encontro rico em aprendizados, conexões e novas possibilidades.

17 julho, 2025

Pedro Maravaia uma saudosa lembrança - por Rogéria Campos

 


Pedro Lula de Melo 

ao lado de Dionete de Nilda (Dionete Belarmino dos Santos) e 
Sueli de João Gaguinho (Sueli Clemente da Silva)


Que saudosa lembrança!

Pedro Maravaia fez parte da minha infância e adolescência. Era nosso hóspede. Em suas andanças por Custódia-PE, na nossa casa tinha um quarto no muro que era seu ponto de apoio. La dormia, e passava uma boa parte do dia sentado no alpendre da cozinha. La comia, contava suas viagens, brigadas, riquezas que possuia (fazenda Salamanta, ente outras, como tambem, muitas cabeças de gado).

Pedro era meu padrinho, dizia que ia me criar, devido ter ficado órfã, pra poder eu dar pra gente! Eu lhe dava a benção, e ele respondia com aquele sorriso puro e de felicidade. Fecho meus olhos e vejo, perfeitamente, sua figura em minha frente:

Galego alto, olhos agatiados e puxados...sentado num tamborete, pernas cruzadas, sandálias de couro cruzadas... nas suas mãos sempre tinha uma monte de moedas, contanto 1milhao, 2 milhões, 3 milhoes...100 milhões...tou rico pupexte!

Gritava, com a felicidade estampada no rosto...oh "cusdiabo"! o tiroteio foi grande, mas ganhei muito dinheiro...nem " porisso"!

Pedro saia pelas ruas, cidades e sítios vizinhos carregando no seu matulão suas tralhas... onde tinha seus ganzás, cada qual com seu toque característico: um era com caroços de milho, outro com feijão, outros com pedra...e cada qual tinha seu tom... ali ele cantava e tocava os ganzás, arranhando-os com as unhas grandes. Levava consigo sua concertina, amiga fiel...ali dava o som e o melhor era as letras das músicas...nada a entender...pura inocência!

Pedro percorria, a pé, de Iguaracy sua terra natal, Afogados, Solidão, Macacos, Ingazeira, Quitimbu e adjacências e finalmente chegava em Custodia, pra mais uma temporada.

Ao chegar aqui, ia direto bater na porta de sua comadre Nilda, viúva do finado Lola...ali pra nós era motivo de festa! Pedro chegava muito sujo, ferido e faminto...ai recebia os cuidadis necessários ate pronta recuperação ...dai depois de alguns meses, partia pra olhar suas fazendas, seu gado e etc..Falava muito em seu irmão, Matias que morava no Quitimbu, na casa dos pais de Djaniro Jerônimo... dizia que ele ela muito esperto sabia fazer tudo, e que ia trazer ele pra morar e cuidar da nossa casa. Pois a " criada " (Dionete, como ele chamava), ia botar pra fora!

Pedro deixou muitas histórias e boas recordações para nossa família e nossa cidade, apesar de ter tido uma vida sofrida... guardamos dele muitas saudades.

Soube de seu tragico fim, depois de muitos anos. 😢

Se fosse pra falar de Pedro, escreveria o dia inteiro.

Rogéria Marilia Campos
Custódia/PE
Julho/2025

16 julho, 2025

[Biografia] Odilon do Amaral Góes



Filho de Cazuzinha Góes e Belizarina Amaral Góes, Odilon nasceu na cidade de Custódia, sertão de Pernambuco, no dia 14 de março de 1906. De uma família de 7 filhos, eram seus irmãos: Demóstenes (casado com Maria Emília, irmã de Guardiato Veras), Lodônio (casado com Quitéria), Antônio (casado com Laudicéia), José (casado com Severina Morais), Maria (Nininha) e Marieta do Amaral Góes (casada com Aristeu Campos Góes).

A família residia no sítio Serra da Colônia, Carnaíba, onde não existia escola, motivo pelo qual Odilon começou seus estudos com a idade de 9 anos, quando deixou a família e foi morar em Custódia na casa dos padrinhos de batismo. Naquela casa, procurou se dedicar aos estudos, pois seu maior sonho era aprender a ler. No entanto, o horário das aulas era somado ao trabalho na roça com o plantio de feijão, milho, limpa da terra e cuidados com o gado. À noite, muito cansado, já não tinha disposição para as tarefas escolares. Como era de se esperar, seu corpo frágil e em formação não suportou essa carga de atividades. Assim, após três anos fora de casa, pediu aos pais autorização para retornar, no que foi atendido.

Aos 12 anos, já em Afogados da Ingazeira, voltou a estudar. Os pais continuaram na Serra da Colônia onde Odilon os visitava semanalmente. Nessa época Odilon Góes começou a trabalhar na loja de Secos & Molhados de dona Maroca, mãe de Cazuzinha e Liliza Travassos. Depois, já com 19 anos foi trabalhar na loja de Guardiato de Moraes Veras, onde permaneceu por muitos anos, até conseguir sua aposentadoria.

O seu matrimônio com Maria de Lourdes Freire Nascimento (Lurdes Góes) foi realizado em 5 de dezembro de 1935, em Ibitiranga (antiga Boa Vista), na casa de Cirilo José do Nascimento e Leontina Freire de Oliveira, pais da noiva. O Padre João Amâncio foi o celebrante. A festa do seu casamento durou três dias, com muita comida (foi abatido um boi) e animação da banda musical de Afogados da Ingazeira. Jaime Gomes Travassos e Antônio Mariano Silvestre (Antônio Dondon) foram os coroinhas. Quando se casou, Odilon Góes já trabalhava na loja de seu Guardiato Veras. O casal teve sete filhos: Jeanete, José Humberto (falecido), Terezinha (falecida), Maria Lúcia, Magdala, Carmem Lúcia e Marluce Freire Góes.

Odilon Góes trabalhou 36 anos, até abril de 1960. Após a aposentadoria, passou a explorar um pequeno comércio de tecidos até quando se sentiu disposto. Algum tempo depois, devido ao peso da idade, abandonou o comércio, passando a ocupar o tempo com o seu sítio, nas proximidades da cidade, como forma de lazer.

Fumava com frequência e gostava muito de ler, especialmente jornais, além de conservar o hábito de ouvir rádio. Em tempos outros, a sala de sua casa ficava cheia de gente: eram os vizinhos que queriam ouvir o Repórter Esso, noticiário jornalístico de grande sucesso até os anos 60.

Homem católico, muito correto e de poucas palavras, dizia aos amigos que a fortuna que iria deixar para os filhos se traduzia no exemplo do seu proceder. Acometido de um enfisema pulmonar, passou quase dez anos adoentado, até que, em decorrência de um AVC, faleceu numa quinta-feira, 29 de março de 1990, aos 84 anos de idade, em sua residência na Praça Padre Carlos Cottart, 22, em Afogados da Ingazeira. Seu sepultamento foi realizado no Cemitério São Judas Tadeu.

[Por Milton Oliveira, com enxertos de Fernando Pires, do site Afogados da Ingazeira Ontem & Hoje]

15 julho, 2025

[Biografia] Teresinha Barros Padilha



Dra. TERESINHA DE BARROS PADILHA
Professora e Médica conceituada,

 Ela era filha do ex-prefeito (1930 e 1938) Elpídio do Amaral Padilha, e sobrinha de Arthur Padilha que também dá nome a um logradouro de Afogados da Ingazeira.

Ela foi a óbito no dia 17 de junho de 2021, às 22h30, no hospital Santa Joana, Recife, aos 93 anos.


Teresinha nasceu em Custódia-PE no dia 7 de dezembro de 1928. Terceira filha do casal Elpídio do Amaral Padilha e Arethusa Barros Padilha que teve dez filhos: a primogênita Maria Consuelo (que nasceu em Flores) e a segunda Maria Mercês (afogadense) faleceram aos 11 meses de idade e, coincidentemente, também com broncopneumonia. Depois vieram Teresinha, Magda, João e Miriam (que nasceram em Custódia); Maria Magdalena, Margarida, Helena e José Artur (nasceram em Afogados da Ingazeira).

Na infância, Teresinha teve sérios problemas de saúde – difteria -, e na época havia a precariedade de médicos na região. A sua sobrevivência ela credita ao dr. Diocleciano Lima, médico itinerante que passava por Custódia e acompanhou a sua saúde até o seu pronto restabelecimento. Por sorte, ele dispunha da medicação específica para o tratamento da sua doença. O dr. Diocleciano Lima e dr. Severiano Diniz (este, de Princesa Isabel), viajavam pela região (Afogados, Flores, Triunfo, Princesa Isabel, São José do Egito, Sertânia, Custódia e outras localidades), no lombo de animais, para dar assistência às populações desassistidas de profissionais de saúde.

Algum tempo depois, antecipando a mudança dos familiares para Afogados da Ingazeira, seu Elpídio encaminhou Teresinha, aos três anos de idade (1931), para morar com os tios Décio do Amaral Padilha e Maria Cavalcanti Padilha (Mariinha) em uma casa na então Praça do Comércio (Domingos Teotônio/Mons. Alfredo de Arruda Câmara) vizinho a dona Sadote e onde hoje reside Murilo Campos. Lá permaneceu um ano e meio até que o seu pai chegou com o restante dos familiares e se estabeleceu, inicialmente no Alto do Seixo, em um chalé construído pelo irmão Arthur Padilha, com os seus pais João de Freitas Padilha e a Maria Isabel do Amaral Padilha. Teresinha, então, passou a residir com os pais, mesmo a contragosto, pois já estava acostumada com os tios, na cidade.

Cedo iniciou os estudos primários com a professora dona Mariinha, esposa do seu tio Décio (funcionário público, coletor estadual em São José do Egito e em Bom Jardim, quando se aposentou). Naquela época a criança tinha uma infância longe dos bancos escolares até os 7 anos de idade. Teresinha, no entanto, começou logo cedo, por sua insistência e com a ajuda da professora Mariinha, sua tia. A sua infância foi de brincadeira de casinha e bonecas, subindo em árvores, traquinando e procurando aprender a nadar e a pescar piabas no Rio Pajeú – que na época tinha suas águas cristalinas - com as filhas dos amigos no “Alto do Seixo”, propriedade de seus avós Maria Isabel e João de Freitas Padilha.

Com o crescimento dos filhos, seu Odilon que residia na zona rural (no atual bairro São Francisco), cruzou o rio Pajeú e veio para a cidade, pela necessidade de educar os filhos em ambiente mais propício. Teresinha Padilha iniciou os estudos primários na escola pública com a professora, sua tia, Mariinha e depois com Letícia de Campos Góes - prima legítima da sua mãe (sobrinha de Luiz de Góes, irmão da sua avó Maria Fernandina Campos Góes).

Dando continuidade, estudou com dona Evangelina de Siqueira Lima por somente um ano, depois com Assunção Câmara, filha do ex-prefeito Nozinho Câmara e Maria do Carmo Simões, de Alagoinha/PE, a quem, disse, lhe dever muito, pois, sendo uma aluna muito curiosa pelo saber, perguntava excessivamente e tinha as respostas de que necessitava. E dona Anita Diniz, uma morena recifense. Recorda-se de que na sua época de estudante os professores eram fiscalizados por um delegado estadual de ensino que fazia registros da frequência e qualidade do ensino. Lembra-se que as escolas da época eram na Trav. Manoel Arão, onde hoje é um hotel; ao lado da Catedral, hoje pertencente à família de Zé Gago; Na praça Pe. Carlos Cottart, esquina onde funciona uma casa comercial.

Sobre a Afogados da Ingazeira da sua infância e juventude, disse que era uma cidade pequena, sem calçamento, tinha poucas árvores, postes de iluminação pública, e uma praça que era denominada “do Comércio”, depois Domingos Teotônio e finalmente Mons. Alfredo de Arruda Câmara) demarcada por meios-fios e nela alguns canteiros.

A construção do Coreto, no governo do prefeito Nozinho Câmara, foi muito bem recebida pela população, pois não havia nada no meio da praça. Dos Fícus e Oitis daquela época, ainda restam alguns, como o existente na frente da casa da família de dona Creuza/ Newton César e dos lados frontais de Catedral. Algumas delas plantadas na gestão do prefeito Osvaldo da Cruz Gouveia - genro de Luiz de Campos Góes e Petronila de Siqueira do Amaral Campos Góes.

Ao terminar os estudos primários iniciou sua preparação para o Exame de Admissão ao Colégio Stella Maris, em Triunfo – administrado por freiras alemães. Quase um vestibular! Para tal, se preparou em Flores com sua prima Maria de Lourdes Cavalcanti Padilha. Teresinha se recorda que as estradas para aquela cidade eram péssimas, mas, foi em 1940 em um Ford 29 de Luiz Gonzaga de Siqueira (Guaxinim), um dos poucos existentes em Afogados da Ingazeira, que ela – com 12 anos de idade - se dirigiu para aquela localidade. Lá, ficou hospedada na casa dos tios Mariinha/Décio Padilha, pais da professora.

Estudou durante um ano em Flores, logrando êxito no Exame de Admissão no colégio de Triunfo, com uma boa nota, pois teve bom preparo. Iniciado o ano letivo ficou hospedada, também, em Triunfo, na casa da tia Mariinha que se mudou para aquela cidade com a finalidade de acompanhar a educação das filhas que também iriam estudar no Stella Maris. Teresinha ficou no regime de externato, enquanto as irmãs Magda e Myriam ficaram internas. Recorda-se que ela e suas primas eram muito assediadas pelos jovens em Triunfo e que sempre ouviam serenatas nas noites de finais de semana, cantadas pelos pretendentes. E todos os vizinhos gostavam desses momentos românticos. Recorda-se, também, do seu primeiro namorado, ainda criança, em Afogados da Ingazeira, quando tinha apenas 12 anos de idade.

Em virtude da dificuldade de transporte, passava muito tempo na cidade, mesmo durante as férias. Agradece àquele Colégio a sua base intelectual, o que facilitou seu acesso à Faculdade de Medicina, tornando-se médica pediatra.

Passados cinco anos de estudos no Stella Maris, em 1946 com quase 18 anos retornou para Afogados da Ingazeira, formada como Professora – laureada – no curso Normal Rural. Estando em Bom Jardim, a passeio, na residência do seu tio Décio, soube que o Sr. Pedro Pires Ferreira contatou o seu pai, Sr. Odilon do Amaral Padilha oferecendo para Teresinha uma interinidade para a Ingazeira. Aceitando o convite, assumiu o cargo. Dois anos depois, através de concurso para professores, foi aprovada, sendo nomeada para Araripina, mas nem tomou posse, pois já havia sido transferida para Ouricuri por motivos políticos ligados à família Coelho, de Petrolina, para beneficiar uma correligionária daquele político. Mas, Teresinha disse ter sido bom, também para ela, pois a cidade ficava mais perto de Afogados da Ingazeira. Sendo colega de uma prima legítima do deputado Felipe Coelho, pediu para conversar com ele e solicitar remoção para a sua terra natal, pois queria ficar perto dos familiares. Solicitação aceita, mas impôs uma condição (com uma proposta indecente): que ela fosse para Afogados da Ingazeira perdendo um terço (1/3) dos seus vencimentos que seria repassado para Maria Natal, sua sobrinha, que havia terminado o curso Normal num colégio de Petrolina. Apesar dessa proposta, ela concordou. A redução do salário perdurou por quase dois anos, até que um novo governador, sabendo dessa “maracutaia”, ficou irritado e desfez esse procedimento espúrio que estava se tornando rotina no estado de Pernambuco.

De volta a Afogados foi ensinar no Grupo Escolar Padre Carlos Cottart, tendo como diretora dona Genedy Magalhães, a quem solicitou que lhes fossem dadas séries com crianças, pois sempre gostou delas. E era uma pessoa dedicada. Para começar o seu trabalho, pediu uma turma analfabeta (de criancinhas que estavam entrando no mundo escolar), pois queria começar do zero. Algumas dessas crianças eram: Miguel (Lelé, que é engenheiro), Branca Góes, Emília Amaraj (médica), Niedja Amaral, Newton César(engenheiro), Magna Cruz e Ubaldo Alves de Siqueira (Policial Rodoviário Federal aposentado).

Cinco anos depois, com a conclusão dessa turma, ficou resolvido que a atribuição para o seguimento agora ficaria por conta de duas professoras: Ela (português e história) e Teresinha Valadares (matemática e geografia). Quando se iniciaram as aulas, surgiu uma oportunidade melhor no Recife, pois sua prima Teresinha Cavalcanti Padilha nomeada diretora do INEP, escola federal em Apipucos, convidou-a para ensinar naquela instituição. Gilberto Freire era dirigente do INEP, tendo como secretária a Sra. Graziela. Foi muito bom, em todos os aspectos, pois estando na capital do estado teria condições de, mesmo trabalhando e fazendo um curso de inglês, realizar o seu sonho como médica pediatra. Fez o Curso Pernambucano de Vestibulares localizado na Av. Conde da Boa Vista, e prestando vestibular nas duas escolas de medicina existentes no Recife, foi aprovada .

E para conciliar trabalho/estudo, o que fazer? Ela foi durante 40 dias, seguidos tentar junto à Secretaria de Educação um horário que não conflitasse com o dos seus estudos. Finalmente falou com o irmão de Aderbal Jurema, o Merval Jurema, que quando viu sua colocação no vestibular e as dificuldades que estavam lhe cerceando a possibilidade de conseguir o que ela mais queria na vida, disse: “Como é que se faz uma perversidade dessa?!” E conseguiu que ela ensinasse no horário das 5 às 8h no Ageu Magalhães. Ela iria estudar, mas não queria deixar de trabalhar. Recebeu o apoio da família na sua decisão.


Realizou o sonho de ser médica em 1973. A especialização na área pediátrica foi feita no IMIP (Instituto Materno Infantil de Pernambuco), isso no último ano do curso. Em abril de 1973 já estava na terra natal, como pioneira na área de pediatria.

Ao chegar a Afogados abriu consultório em uma sala vizinha à sua residência onde atendia clientes de toda a redondeza: Tabira, Iguaracy, Custódia, Sertânia, Carnaíba, Flores e outras localidades. Além de Afogados, ele tinha consultório, também, em Tabira. Apesar do exercício da medicina, deu continuidade ao seu trabalho no Colégio Normal, dando 70 aulas à noite, enquanto não surgia concurso Estadual na área médica. Logo conseguiu credenciamento médico com a CASSI (Banco do Brasil) e com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Afogados da Ingazeira e de Tabira.

Aprovada em Concurso Estadual, passou a clinicar, também, no Hospital e Maternidade Emília Câmara de Afogados da Ingazeira. Exerceu a medicina de 1973 a 1998, mas, devido a uma epidemia de cólera em Afogados da Ingazeira, retornou ao trabalho para ajudar nessa emergência. Lembra que foi necessário pedir ajuda a enfermeiras de Serra Talhada para os trabalhos imediatos.

Em virtude de ter feito o curso Normal Rural em Triunfo, que eram de cinco anos, saiu com o diploma de Professora Normal Rural e, como o segundo grau se constituía de sete anos, teve que complementá-lo no IEP (Instituto de Educação de Pernambuco) que ficava na Praça 13 de Maio. Estudou à noite, durante dois anos. Na sua turma havia somente professoras na mesma situação. Todas estavam pretendendo fazer um curso superior. Dentre essas colegas se incluíam as conterrâneas Norma César, Lurdes Almeida e Madalena Almeida. Somente depois de concluir o curso é que estavam aptas a cursar a faculdade. Nessa época Teresinha residiu no bairro de Casa Amarela.

Indagada sobre a juventude em Afogados, disse que foi maravilhosa. As moças passeavam de braços dados até o cruzeiro, nas imediações da Igreja Presbiteriana, e voltavam. E as festinhas no coreto? E os amores? A sua melhor amiga de infância e confidente foi Socorro Veras, filha do comerciante Guardiato de Morais Veras.

Quanto às festas no "Palanque", disse não haver frequentado, pois era muito jovem e não permitiam o acesso às crianças e adolescentes. Lembra-se de um balé admirável, com a participação das meninas, suas coleguinhas, que as irmãs Assunção e Dolores Câmara (filhas do ex-prefeito Nozinho) organizaram e que agradou a todos. Lembra-se, inclusive, do tipo de roupa usada e que teve a participação de Dulce Campos ex-noiva do Dr. Hermes Canto. Sobre os médicos que passaram por Afogados, lembra-se do Dr. Goode e não entende porque Afogados da Ingazeira nunca o reverenciou. Não existe um único logradouro em sua homenagem. Ela conta que, mesmo criança, lembra-se dele. Esse mesmo médico em certo momento salvou a vida do seu irmão (nome), retirando-lhe os cálculos renais que o estavam afligindo. E que ele amenizou as dores de muita gente, além de salvá-los da morte. Lembra-se, também, do dia em que ele foi assassinado em 1936. Ela tinha apenas oito anos de idade, mas, não se esquece, pois o fato causou comoção em toda a comunidade afogadense. Aposentou-se, e, voluntariamente, vive reclusa em sua residência, cercada de secretárias que lhe ajudam no dia a dia e servem de companhia.

FONTE: Afogados da Ingazeira Ontem & Hoje


Entrevista para o canal de FERNANDO PIRES 




14 julho, 2025

Como surgiu a escolha do nome Bairro da Redenção.



Em sua rede social Facebook, no ano de 2015, o vereador Cristiano Dantas, comentou em sua publicação no dia 14 de Julho, uma nota parabenizando o saudoso advogado Dr. Pedro Pereira Sobrinho pelo seu aniversário daquele ano, citando no post um fato curioso, ocorrido num evento político.

Durante um comício às margens da BR-232, provavelmente no início da década de 1990, Dr. Pedro colocou sua idéia de mudar o nome do Bairro do ”Iraque” (batizado assim pelo alto índice de homicídios ocorrido no bairro) para REDENÇÃO uma forma de virar a página e valorizar aquele bairro que iniciava seu crescimento. Assim foi batizado o Bairro da Redenção. 

Ainda no mesmo texto, comenta como sempre lembra de Dr. Pedro:

Homem culto e amigo, quando estava em atividade fez muito por nossa cidade. Um visionário ao implantar a primeira escola privada de nosso municío, o Colégio Técnico Joaquim Pereira, em Contabilidade. Advogou por muitos anos com brilhantismo, sabia fazer amizades. Colaborou na gestão de alguns prefeitos, com mais ênfase na do saudoso Luizito.


Cristiano Teixeira Dantas
Custódia-PE
Julho/2015


03 julho, 2025

Tambaú Tambaú Alimentos chega com tudo ao Shopping Recife



Neste mês de férias, a marca Tambaú Tambaú Alimentos chega com tudo ao Shopping Recife em uma ativação especial pensada para conectar ainda mais com o público nordestino e reforçar sua presença no coração das famílias brasileiras.

O projeto foi idealizado pela Agência BG9 Diego Martins e desenvolvido em parceria com Helloo Live Pelo nosso craque Luis Spinelli.

Um trabalho construído a quatro mãos, com criatividade, estratégia e muita paixão por marcas que fazem parte da nossa história.

A Tambaú, empresa tradicional e familiar, apostou alto nessa parceria com a Helloo para levar sua essência e seus sabores para além das prateleiras. Estamos prontos para fazer acontecer e propagar essa marca querida por todo o Brasil!

Bora nessa Diego Martins? 

Vem viver essa experiência com a gente. 

02 julho, 2025

A Tambaú Alimentos é a vencedora de 4 categorias do Prêmio Marcas que eu Gosto 2025



A mesa dos pernambucanos tem gosto de Tambaú! Fomos premiados no Marcas Que Eu Gosto 2025, com destaque em quatro categorias: 1º lugar em Catchup e Goiabada, e 3º lugar em Molho e Extrato de Tomate.

Esse reconhecimento é resultado de uma relação construída com sabor, qualidade e confiança. Seguimos com ainda mais vontade de fazer parte do dia a dia dos consumidores, das receitas de família e dos momentos especiais.

A Tambaú agradece a cada um que divide essa conquista com a gente! ✨