02 maio, 2023

Conheci Custódia em Outubro de 1989


Antonio do Amaral
Curitiba-PR
Maio/2020

Sou natural de Três Lagoas-MS, filho de João Veríssimo do Amaral, sempre tive vontade de conhecer a Terra natal de meu pai e os tios, primos e sobrinhos que eu sabia que existiam, pois, meu tio José Veríssimo do Amaral irmão de meu pai morava em Mato Grosso e falávamos de Custódia e dos familiares.

Aos 38 anos tomei a decisão de ir a Custódia, falei com tio José que me incentivou e disse que escreveria uma carta ao tio Nozinho (Euclides) dizendo da minha ida.

Eu minha esposa Neusa sua irmã Cleusa e o Cunhado Edilson, chegamos dia 07 de outubro, um sábado, por volta de 14h30m, a cidade praticamente vazia, pedi informações sobre casa de Nozinho e imediatamente me indicaram, chegando lá tudo fechado! 

Um vizinho disse-nos que estavam todos na VAQUEJADA, ouvir aquilo foi uma coisa fantástica, imaginem nós aqui do Sul vermos uma Vaquejada no sertão de Pernambuco! 

Encontramos tio Nozinho e familiares que estavam em uma barraca, curtimos muito todos os tombos dos bois, gritos de alegria dos vaqueiros, tristezas de outros por não conseguirem derrubar o boi entre as faixas. Aproveitamos de todas a comidas típicas vendidas nas barracas e aí teve um causo curioso de um tatu servido na barraca aonde estávamos, eu tinha certeza que se disséssemos para minha esposa Neusa que estava passeando pelo parque, que era tatu ela não comeria, quando ela chegou na barraca ofereci a tigela com “frango” que ela, como dizem, comeu de lambuzar os beiços, algum tempo depois alguém perguntou como estava o TATU?

KKKKKKKKKK, lembro-me até hoje do olhar que recebi, aí tive que apelar “amorzinho você comeu e não estava bom? Então continue pensando que era frango”.

No dia seguinte, 08 Outubro um domingo, dormimos na casa de Terezinha e Simone, acordamos cedo (06 horas), pois o calor estava nos matando, o café foi na casa de Nozinho e foi oferecido um café dos Deuses tinha Leite, Café, coalhada, queijos, Manteiga de garrafa, cuscuz, bife, ovos, pães, bolachas, frutas…. Nós do sul comemos o de sempre.Frutas, Café com leite, pão com manteiga, após o café tio Nozinho nos convidou para irmos conhecer os parentes, o que foi espetacular conhece-los, o que não me sai da cabeça é o seguinte: 

Na primeira casa por volta de 07h30m a maior alegria ao nos conhecer e ai soubemos o quanto o Custodiense gosta de uma PITÚ, kkkkkkkkk, meu cunhado olhou para mim e disse “não vou beber cachaça essa hora, ao que lhe respondi, rapaz vão nos chamar de frescos lá do sul”, ai matamos uma dose cada um o que se repetiu a cada 20 e ou 30 minutos em cada casa que chegávamos, por volta de 11 horas, já meio bêbados e com fome, chegamos na casa de Zezita Queiroz, proprietária do Cartório que nos ofereceu Whisky matamos também, naquelas alturas, mas, nos serviu carnes de caça Ema e Porco do mato, nunca comemos carnes tão gostosas como aquelas kkkkkkkk, nossa “aventura” de conhecer os parentes continuou até as 14 horas quando voltamos para casa de Nozinho para o almoço.
No dia seguinte no café da manhã perguntei para tio Nozinho se tínhamos mais parentes para conhecermos? Ele confirmou ao que eu e meu cunhado respondemos então nos passe o cuscuz, o bife, o ovo, os queijos e café, nada de leite que leite é para os fracos e as visitas se repetiram com todas a PITÙS que aguentamos.

Conhecemos pessoas inesquecíveis: Nozinho e Olindina, Terezinha e Simone, Francisco e Magui, Valmir e Gracinha, Chiquinho e Purificação, Zezita Queiroz e Andréa, Guilherme e Severina, Rosa Gois e Luciano, Das Dores (Neném) Zé da Sorte, Carlos Amaral, João Armando e Aparecida, se esqueci alguém me perdoem, vocês são maravilhosos.

Em 1992 Eu, Neusa e meu filho Hugo voltamos e foi outra visita inesquecível.

Ainda moro em Curitiba PR.

Antonio Aparecido Bittencourt do Amaral.

 

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