24 fevereiro, 2021

Miss Pernambuco Gay 2021. Saiba quem representará Custódia.

 



O Miss Pernambuco Gay 2021 terá um serra-talhadense representando a cidade de Custódia, no Sertão do Moxotó. 

A bela e delicada personagem Medley Sabrina do cantor, transformista e dançarino Saulo Stemell, de 24 anos, estará concorrendo este ano ao certame de beleza mais renomado do público LGBTQ+ do estado.

Saulo trabalha atualmente como personagem masculino e feminino na Tindolelê, uma empresa de recreação local, mas também faz back vocal e participações para importantes artistas da cidade, como Vinny Lima e a dupla Ítala e Brenda. 

Além de ser uma das mais famosas noivas da quadrilha Junina Sem Limite.

A atual campeã do Miss Gay é a lindíssima Antônia Gutierrez, que foi coroada em 2019 e ascendeu para o título de Miss Brasil Gay 2019/2020. 

Acompanhe todos os detalhes do concurso nas redes sociais no Instagram @misspernambucogayoficial e Facebook Miss Pernambuco Gay.

Crédito jornalístico: @blogmannusilva

Cordel Brasileiro - Dois Poetas de Custódia-PE


A CORDEL EDITORA GORRIÓN vai publicar o folheto de 
cordel Brasileiro de dois poetas de Custódia-PE, Marcos Silva e Izaias Moura .

O cordel contém 08 páginas no tamanho 11cm X 15 cm com 32 estrofes!

Vale a pena ler.
Recomendo-o.

Poeta matuto Izaias Moura comentou este lançamento:

Vem ai meu mais novo trabalho em cordel, dessa vez com meu amigo conterrâneo Marcos Silva Silva,  quero agradecer a cordel editora Gorrión, viva a poesia, viva o cordel brasileiro. Dois poetas de Custódia traz uma diversidade em poesia, Marcos Silva brilhantemente iluminando esse trabalho. (Izaias Moura)

Marcos Silva acabou de editar mais um cordel, em parceria com o grande poeta matuto, Izaias Moura também de Custódia. Um cordel com 32 sextilhas onde falamos de vários temas.






Contato Izaias Moura: https://www.facebook.com/izaias.moura.904


Contato Marcos Silva: https://www.facebook.com/profile.php?id=100004024986545

22 fevereiro, 2021

Minha Terra - por Jussara Burgos




Minha Custódia tem sentinelas,
São os imponentes coqueiros
Que há muito tempo estão ali.

Presenciando a história
De gerações passadas
E das que hão de vir.

Custódia da minha infância,
Saudades tenho de ti!

No doce balanço da onda,
No juju e nas canoas do seu Duda,
Quantas vezes me diverti.

Como era bom dormir
Ouvindo o barulho da chuva
Caindo nas telhas de barro
E acordar com o cheiro do sertão.

Aroma melhor nunca senti!

Ver as plantas orvalhadas
E ouvir o barulho da passarada,
Quando o sol começa a surgir.

Saudade dos suspiros,
Que dona Aurora fazia
E na sua banca vendia.

Eles adoçaram a minha infância.

Iguaria tão boa quanto
Aos doces de Diva ou Didi
Custódia das noites enluaradas
Cheirando a flor de bugari.

Banhando nas águas mansas
Do teu riacho, eu cresci.

Nas tuas ruas brinquei e corri.

Dos meus amigos, familiares
Pessoas honradas com que convivi.

Minha terra querida,
Acho que esqueci
De agradecer por teres
Me acolhido, no dia em que nasci.

Peço-te perdão, por que
Como uma andorinha,
Um dia, levantei voo e

Parti!



Jussara Burgos

PS: Quando fiz o poema, ainda tinha os coqueiros de Dona Nita

Escritora custodiense realiza encontros sobre produção feminina de cordéis

 


Para lançar luz sobre o cordel, trazendo a ótica e produção feminina e dialogando com outros elementos e gêneros da cultura, o Encontro Literário de Escrita Feminina em Pernambuco ganha a cena virtual. Desde do dia 15 de Fevereiro no canal do Youtube "Cordel Mulher PE". 

A programação será realizada ao longo do mês de março, com convidadas para discutir a produção do gênero e a relação com o cotidiano.

A iniciativa que reflete sobre o espaço feminino nos folhetos de cordel é assinada pela Rede de Mulheres Cordelistas de Pernambuco, que têm à frente as pesquisadoras e escritoras Eulina Fraga e Shirley Rodrigues

Juntas, atuam há mais de 15 anos no estudo, produção de livros e projetos educativos que objetivam a visibilidade do cordel e a presença feminina nele.

Serão mais de 10 encontros, sempre às 19h e mediados por elas, e que trarão sempre uma convidada para discutir temas que têm o cordel como protagonista.

Todas as conversas continuarão disponíveis no canal, após transmissão, para quem não puder acompanhar ao vivo. “É uma forma de discutirmos temas urgentes e necessários no que dizem respeito ao trabalho das mulheres cordelistas no estado, tendo em vista a vasta produção de folhetos, xilogravura, contação de histórias, música, formação e pesquisa, entre outros”, diz Shirley.

Entre outros temas, estão “A educação pela poesia do Cordel”, com Erica Montenegro, “Redescobrindo a arte de cordelizar na terceira idade”, com Edilene Chick Cordéis, “A representação feminina na cadeia produtiva do cordel em Pernambuco”, com Ana Ferraz, e “Xilogravura e a produção de cordéis em Pernambuco do tradicional ao contemporâneo”, com Graciela Castro e Kelmara.


Programação:
15/02 – Aprendizado e Produção, com Isabel Maia
16/02 – Entre Glosas e Cordéis, com Elenilda Amaral
17/02 – Cordelizar é preciso, com Dani Almeida e Edimaria
18/02 – Confluência da literatura de cordel com o turismo criativo e a música, com Elis Almeida
19/02 – A vida é um poema de cordel, com Suzana Morais
22/02 - Ângela Paiva e o desafio de escrever o cordel para o futuro
23/02 – A educação pela poesia de cordel, com Erica Montenegro
24/02 – A cangaceira de cordel - Rivani Nasário
25/02 – Redescobrindo a arte de cordelizar na terceira idade, com Edilene Chick Cordéis
25/02 - Xilogravura e a produção de cordéis em Pernambuco do tradicional ao contemporâneo, com Graciela Castro e Kelmara
02/03 - Entre a poesia, a contação de histórias e o engajamento social, com Mariane Bigio
03/03 – A representação feminina na cadeia produtiva do cordel em Pernambuco, com Ana Ferraz
04/03 - Movimento psicordélico: do lirismo às temáticas sociais, Neide Germano

SERVIÇO
Encontro Literário de Cordel de Escrita Feminina em Pernambuco
Quando: de 15 de fevereiro a 4 de março, sempre às 19h
Onde: Transmissão via Youtube Cordel Mulher PE (Clique para acessar o canal)

Publicado original do Diário de Pernambuco, Caderno Viver, dia 17/02/2021.

Link: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/viver/2021/02/escritoras-pernambucanas-realizam-encontros-sobre-producao-feminina-de.html

21 fevereiro, 2021

A paixão pelo varejo - por Atanael Rezende

 


A paixão pelo varejo me motivou aproveitar a minha estada em vários países mundo afora, para visitar as feiras locais (Suíça, Itália, França, China, Dubai, Paraguai, Argentina, etc). Inclusive inúmeras feiras de praticamente todas as regiões do Brasil.

As feiras livres, além de muito divertidas, são verdadeiras aulas de motivação e de empreendedorismo.

Essa minha paixão é antiga: desde criança eu frequentava e já comprava na feira livre de Custódia-PE. 

Ao negociar com feirantes, eu barganhava preços, ameaçava sair para comprar na banca concorrente ao lado e geralmente ouvia de quem nunca tinha me visto na vida, “vou fazer esse preço só porque é para você”. Eu, claro, não perdia a oportunidade de perguntar, o senhor ou senhora me conhece de onde? Rsrsrs. Riamos juntos. Às vezes escutava frases como: ó menino danado!... além de comprar barato, ainda rir de mim”.

Vale ressaltar que quase tudo se comprava nas feiras livres do Nordeste. E que, anos atrás eu encomendei uma tela retratando a feira de Custódia ao artista local Edmar Sales , exposto hoje na sede da nossa empresa.

Por fim, fica a minha homenagem e admiração aos feirantes (homens e mulheres, empreendedores e lutadores), que acordam cedo para garantir, nas feiras, o sustendo das suas famílias...

Atanael Rezende
Empresário

12 fevereiro, 2021

Faces da Cidade - por José Melo

Texto: José Melo
Recife-PE
Fevereiro-2021


As figuras populares formatam a face de uma cidade, por vezes deixando marcas profundas na lembrança de seus conteporâneos, ou mesmo eternizando fatos e causos para sempre na memória de uma gente. 

Custódia tem acervo rico de figuras populares, que marcaram a face da cidade em seu tempo, que pelos seus dotes, suas habilidades, suas características, suas curiosidades, enfim, pelo seu modo de ser. 

Esta semana, vendo uma fotografia de um informe publicitário da Prefeitura de Custódia, sobre a vacinação dos idosos contra o Corona Virus, reconheci de imediato um desses personagens: Zé Brito, em uma foto promocional, no Abrigo de idosos de Custódia. Um simples nome, indiferente para a grande maioria da população atual da cidade, mas uma figura marcante para quem já está chegado nos anos. 

Servente de pedreiro da equipe de obras da Prefeitura, Zé Brito era sempre requisitado para trabalhos penosos e pesados, rejeitados pela maioria de trabalhadores da época. Chamava a atenção, no vigor de seus quarenta anos, por duas qualidades que possuía - uma delas chamava a atenção de todos pelo sua peculiaridade: Além de ser conhecido pela sua incrível disposição para o trabalho pesado – insuperável nessa qualidade, ele tinha outra que era motivo de admiração e gozação pela turma de gaiatos, seus contemporâneos: seu apetite era insaciável. Diziam que ele comprava um “quarto de bode” - prá quem não sabe, uma das quatro partes em que o caprino é divido para venda, e cozinhava de uma só vez, e consumia em apenas uma refeição. Um quarto de bode na média pesa entre dois e meio a três quilos. Não posso assegurar que é verdade, mas que ele comia bem, isso é indiscutível. 

Assistí uma brincadeira de mau gosto que certa vez fizeram com ele. A Mercearia de Evilácio, sob a batuta de Ticaquinha, nosso amigo Zé Carlos, na esquina da Fraga Rocha com a Praça Padre Leão, era ponto de reunião da galera, pra bate papo. Numa dessas reuniões, Zé Brito estava lá e a turma começou a provocar ele, dizendo que ele era incapaz de comer uma lata de doce pequena, que eles mostravam, apontando para uma lata de extrato de tomate. Desafiado a comer o conteúdo todo daquele “doce” sem beber água, Zé Brito aceitou, e virou o conteúdo em pouco goles. Terminado o lanche, alguém perguntou se o doce era bom e ele respondeu:

 - É bonzinho, mais é mei azêdo!! 

Tomou cerca de um litro de água e disse que agora estava pronto pra almoçar. 

Calejado pelo trabalho e pelo sofrimento, Zé Brito vivia sozinho. Não recordo de nenhum familiar dele, apenas que morava sozinho, sempre trabalhando diuturnamente, numa rotina cansativa, estando hoje, conforme o informe mencionado com cem anos de idade, descansando no Abrigo Público.

06 fevereiro, 2021

[Há 9 anos] Custódia no NE TV 2ª Edição TV Globo


Matéria exibida pela TV Globo Nordeste dia 11/02/2012

Na última reportagem da série sobre as obras de transposição das águas do Rio São Francisco, você vai ver que muitos comerciantes aproveitaram o momento para ganhar mais dinheiro.

02 fevereiro, 2021

No AR!!! J. Melo show

Foto: Adeilda Mariano
Texto: José Melo
Recife-PE
Fevereiro/2021



Sempre fui um “radiouvinte” inveterado. Ouvia rádio praticamente o tempo todo. Acompanhava todos os grandes programas da época de ouro do Rádio. Rádio Clube de Pernambuco, Rádio Jornal do Commércio, Rádio Globo, Rádio Sociedade da Bahia entre outras, sem falar nas emissoras regionais da época: Rádio Pajeú, de Afogados da Ingazeira, e depois, Rádio Cardeal, de Arcoverde. Adorava “Atrações do Meio Dia”, onde acompanhei os primeiros passos do Coroné Ludujero, e sua trupe, com “Sêo Mané, Otrope, Felomena, alé de José Santa Cruz, Barreto Júnior entre muitos outros grandes nomes da Televisão Brasileira que começaram no rádio pernambucano. Ouvia também programas de auditório da Rádio Clube, Rádio Jornal, Rádio Globo e Rádio Sociedade da Bahia, entre outras emissoras.

Ficava tão ligado neses programas de auditório, que eu além de “ouvir”, eu “via” aqueles programas. Na minha imaginação, eu visualizava as cenas que deveriam se desenrolar nos auditórios das emissoras de rádio. Isso ficou tão marcado em minha mente que quase passei a acreditar ter “visto” aquelas cenas.

Por isso, após ajudar Expedito Batista a criar o Conjunto Musical “OS ARDENTES”, ao participar dos ensaios do mesmo acabei por criar um programa de auditório em plena década de setenta. Imaginem vocês, numa época em que a comunicação conhecida na região era apenas as difusoras, que apenas transmitiam musicas acompanhadas de ofertas, surgir um programa com música, brincadeiras, danças, humor, distribuição de brindes, prêmios, tudo ao vivo, alí, bem pertinho de todos.

O ineditismo do programa chamou a atenção de muita gente, e todos os domingos o CLRC abrigava uma grande quantidade de jovens que participavam ativamente do programa.

A existência do Programa chegou ao conhecimento da direção da Rádio Pajeú de Afogados da Ingazeira, que enviou um emissário a Custódia, para tratar de uma apresentação do Programa, através daquela emissora. Tal emissário, - Senhor Agamenom, se não me engano, me procurou, e após discutir vários aspectos – o horário teria que se adaptar a programação da emisora, a colocação de uma antena exigia uma localização adequada, os custos da transmissão, enfim pequenas questões que foram solucionadas, e o programa foi acertado, e divulgado pela emissora. Estava marcada a primeira transmissão radiofônica direto de Custódia.

No dia marcado, a equipe da Rádio Pajeú chegou cedo a Custódia. Comandada pelo Diretor da Emissora, Valdecyr Menezes, acompanhado do Técnico Vanderley Galdino e demais colaboradores, providenciaram a instalação dos equipamentos, que se resumia a um pequeno transmissor SSB, um microfone e só. Feito o teste, apesar da “chiadeira” no som, estava pronta para iniciar a transmissão.

Surpreendetemente, nesse dia, o CLRC ficou pequeno para abrigar a quantidade de expectadores. Uma multidão compareceu para assisir ao programa daquele dia, que tinha o “charme” de ser transmitido ao vivo pela “Rádio”.

E durante mais de duas horas, apresentei o programa com um verdadeiro desfile de calouros, acompanhados pelo conjunto musical Os Ardentes, brincadeiras foram realizadas, brindes distribuídos. Recordo alguns nomes de jovens calouros da época: Flávia Epaminondas, Nely Aleixo, José Esdras, João Amaral, Ferdinando Feitosa, Ozório Amaral, Jorge Farias, Dadá de Zé de Noca, entre muitos outros que não consigo lembrar.

Uma atração especial foi o popular Doca, que como se sabe, tinha a mania de fazer “Discursos”, e mesmo sem pronunciar uma palavra compreensível, fez seu “discurso”, foi aplaudido, e dias depois, eu soube que a emissora recebeu diversas cartas de ouvintes elogiando o programa, e perguntando em que língua aquele “orador” havia falado.

Assim foi a primeira transmissão de rádio diretamente de Custódia

José Soares de Melo - Zé Melo