27 dezembro, 2022

O olhar de Jorge Remígio pelos Caminhos do Cariri Cangaço Serra Talhada


Sertão abençoado por Deus... Nesses treze anos de Cariri Cangaço, em andanças intermináveis pelas veredas sagradas das caatingas nordestinas aprendemos a valorizar ainda mais o chão de nossa origem, nosso berço sertanejo com a força de todo um país. A cada edição do Cariri Cangaço, novos cenários, novos caminhos, novas emoções. Hoje trazemos o "olhar apurado e sensível" de nosso amigo Jorge Remígio; pesquisador da cidade de Custódia em Pernambuco, Conselheiro Cariri Cangaço; registros fotográficos de momentos imorredouros em Serra Talhada, Calumbi e Bom Nome...


O sol a pino nos impõe uma resiliência própria dos apaixonados pelos cenários sertanejos; Jorge Remígio com sua sensibilidade ímpar, reuniu cenários e personagens, impressões e emoções, todas reunidas a partir de momentos únicos de encontro entre a natureza exuberante do sertão e o principal protagonista de todas as histórias: o homem. Aqui e ali anônimos e destacados personagens se apresentam como parte de um balé mudo e ensurdecedor, que a todos encanta com a magia do momento. Cariri Cangaço mais que um evento, um sentimento.

Para conferir mais fotos do Cariri Cangaço - Serra Talhada-Calumbi-Bom Nome realizado entre 11 a 15 de novembro de 2022, basta acessar o site Cariri Cangaço (CLIQUE AQUI)

Imagens : Jorge Remígio, pesquisador, Conselheiro Cariri Cangaço e Colaborador do Blog Custódia Terra Querida.
 

 

26 dezembro, 2022

Pela primeira vez a Câmara de Vereadores tem uma mulher Presidente: Anne Lira


Na última semana, dia 15, foi realizada Sessão Extraordinária para votação da nova Mesa Diretora para o II Biênio 2023-2024 para Câmara Municipal de Vereadores de Custódia, foi eleita e definida a chapa 1, com unanimidade dos votos.


Ficando definido assim:

PRESIDENTE: ANNE LIRA
VICE-PRESIDENTE: NEGUINHO DA MARAVILHA
1º SECRETÁRIO: MANOEL MESSIAS
2º SECRETÁRIO: BITCHO GÓIS


Sendo assim a partir do dia 1 de Janeiro, pela primeira vez, a Casa João Miro da Silva será presidida por uma mulher, a vereadora Anne Lira de 57 anos, atualmente exercendo seu segundo mandato como vereadora. Já exerceu cargo de Secretária de Saúde em Custódia e em Flores-PE. Deixa seu nome marcado na História de nossa cidade.

25 dezembro, 2022

Parabéns à Seleção da Argentina, campeã e à Seleção da França, vice-campeã - Qatar 2022.


 

Brilhante participação de ambas. A Argentina venceu pela garra e pelo amor a sua seleção. A França lutou aguerridamente até o fim. Perdeu nos pênaltis (Argentina 4 - França 3).

Após três dias do término da Copa do Mundo, continua o sentimento de uma seleção que mais uma vez não fez o dever de casa. Ficamos nas oitavas de final. Há exatamente doze anos que a Seleção Brasileira não rompe a barreira dessa posição. Em análise de torcedores que sabem e gostam de futebol, o sentimento é um só: decepção. E na minha singela análise, também torcedora do sofrido Santa Cruz, vejo a Seleção Brasileira sem brilho, sem perspectiva de um trabalho coletivo e sério. É revoltante saber que são “profissionais” que ganham milhões para fazer o melhor. A bola já não segue o comando dos chutes dos jogadores. A rede se tornou pequena para tamanha responsabilidade. Os olhos não veem mais a animada torcida que incentiva a sua seleção a fazer bonito e a fazer gol, sem sensibilidade para saber que do outro lado do Qatar ficou 211 milhões de brasileiros que se emocionam de igual sentimento a quem estava no estádio. Muda Brasil! Muda esse placar! Mostra aos profissionais do futebol que eles são jogadores de futebol e não modelos! O estádio é de futebol; a passarela de modelos.

Ah, e as crianças que trazem no sangue o amor pela seleção e pelos seus ídolos? São quem mais sofrem: choram, soluçam, põem as mãozinhas no rosto sem querer ver o que é real. Presenciei essa tristeza em meu netinho e doeu muito!

Cadê o Brasil do futebol? O Brasil Verde e Amarelo, a "Canarinho", amada por cada brasileiro. Ver o fracasso de nossa seleção que já foi modelo para o mundo é desolador.

O Brasil viu cinco edições de copas do mundo com orgulho - 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Dessas cinco vitórias, destaco a mais bonita e emocionante por várias razões, desde a formação da equipe, passando pelo compromisso com cada torcedor brasileiro e pelo amor às cores da nossa seleção. Pontuo os jogadores da Seleção Brasileira de 1970: Félix, Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza, Everaldo, Clodoaldo, Gerson, Rivellino, Jairzinho, Tostão e Pelé, além de Zagalo como técnico. No dia 21 de junho, a Seleção Brasileira derrotou a Itália por 4 x 1 e levantou Taça Jules Rimet pela terceira vez na história de nosso futebol.

Meu abraço a todos os brasileiros que sofreram e choraram. Mas, aguardemos 2026.

Lindinalva (Nenê).


13 dezembro, 2022

Lampião visita Custódia-PE - Anildomá Willans de Souza


Lampião o rei da caatinga. 
3ª edição
Serra Talhada/PE: 
Gráfica aquarela 2001. 

Anildomá Willans de Souza, nasceu em Serra Talhada-PE, no dia 8 de abril de 1962. Filho de João Alexandre de Souza e Maria Ramalho Ângelo. É dedicado à atividade folclórica, tendo suas atenções voltadas para a pesquisa histórica da região sertaneja do Pajeú. Milita no movimento cultural do estado de Pernambuco.

O livro escrito por Anildomá busca passar informações históricas sobre a vida do cangaceiro Virgolino Ferreira da Silva, visando contribuir para o conhecimento da cultura nordestina. Segundo os estudos realizados, é preciso entender a época, a sociedade sertaneja das primeiras décadas do Século XX.

Segundo o autor, Virgolino Ferreira, não era apenas um bandido, era também um homem com valores respeitáveis e seguiria um rumo não traçado pelos seus pais.

Sua vida foi sempre determinada a se vingar da morte dos seus pais, que sofreram com as rixas entre a família de Zé Sartunino, um fazendeiro que após desentendimento com a família de Lampião, fez com que eles se mudassem para outro estado, indo para Alagoas.

Aos poucos os irmãos de Lampião foram sendo mortos, por participarem de grandes confrontos com policiais que lutavam no intuito de acabar com o bando do temido Lampião.

Lampião era um homem religioso, que sempre buscou respeito à igreja, aos valores familiares, não aceitava cangaceiros com atitudes fora do padrão moral, mas matava por acha que os bons eram perseguidos por coronéis que tinham apoio da justiça, e com isso precisavam ser eliminados ou roubados para poder ajudar os pobres que sofriam com essas injustiças.

No começo do século XX no Nordeste, as classes dominantes eram muito poderosas, detendo poderes políticos e financeiros, realizando um papel de “comandantes” do sertão. Naquela época, onde a polícia exercia um papel muito vezes confundida com a de bandidos, o povo sofria porque não tinha perspectiva de melhora de vida, porque ou servia aos coronéis ou entrava em algum bando de cangaceiros.

Virgolino Ferreira nasceu nunha família simples, de muitos irmãos, que trabalhavam na agricultura e também se dedicavam a outras atividades. Devido a uma confusão com outra família, eles tiveram que se mudar para outro estado, a fim de tentarem viver uma vida mais tranqüila e sem problemas. Mas não foi assim que aconteceu.

Desde criança foi acostumado a rezar, a trabalhar, sempre procurando ajudar a família no seu sustento. Aprendeu a ler e a escrever, quando aproveitou a oportunidade que era coisa rara no sertão nordestino daquele tempo. Como qualquer pessoa em fase de crescimento, Virgolino conheceu as coisas boas da vida, e como o destino ele não sabia, a vida o levou a caminhos perigosos a fazendo parte do cangaço.

Naquela época, muitas lutas eram deferidas por causas de mal entendidos, ciladas provocadas pelos coronéis que usavam da covardia para atingir seus objetivos, e uma delas, onde Virgolino, vulgo Lampião, participou foi a da morte de Gonzaga Ferraz, que morreu após um ataque do bando de Lampião a sua casa, apoiado por um sertanejo conhecido por Ioiô maroto, que após ter sido vitima de uma cilada de coronéis inimigos, partiu para se vingar. Não sabia ele que tudo era proveniente de uma cilada.

Nêgo Tibúrcio era um cangaceiro que espalhava medo e terror por onde passava, tendo no passado servido à família de Zé Saturnino. Por onde ele passava, sempre falava de Lampião, seu inimigo, a quem desejava muito matar. Num certo dia, Lampião sabendo de sua presença na cidade de Santa Maria, o confrontou e acabou matando-o.

Durante o período em que a família de Lampião vivia uma vida tranquila, um jovem rapaz de nome Antônio Rosa passou a fazer parte da mesma, após ser abandonado pela sua própria família, que o deixando por conta da família de Lampião um certo período de tempo prometeram após o retorno de uma viajem à juazeiro do Norte, pegá-lo de volta. Ele cresceu acompanhando Lampião e com o tempo foi se destacando chegando a fazer parte do seu bando. Mas por conta de ter matado um homem simplesmente por um motivo fútil, foi morto pelos cangaceiros.

Lampião num certo dia visitou uma cidade de nome Custódia, onde foi recebido pelos moradores com um certo espanto, após acordarem. Como ele não estava ali para promover alguma batalha e sim suprir as suas necessidades, logo foi se familiarizando com os comerciantes e com as pessoas da cidade que ficaram um pouco espantadas com as sua ações de homem respeitador dos conceitos de moral, comprando e pagando tudo como manda o figurino.

Naquele tempo estava acontecendo uma insurreição por conta dos revoltosos da Coluna Prestes que queriam derrubar o governo federal, e nesse período eles estavam percorrendo o sertão do nordeste. Sabendo disso o governo tratou de convocar um regime de urgência. O Dr Floro Bartolomeu foi designado para combater os revoltosos. Usando do posto de comandante, logo ele teve a ideia de convocar Lampião e seu bando para lutarem a favor das tropas do governo para combater a coluna prestes, dando a Lampião a patente de Capitão e aos cangaceiros a de soldados.

Os irmãos de Lampião também faziam parte do seu bando, e como a vida de um cangaceiro era sempre marcada por mortes, o fim mais esperado por eles, foi inevitável a morte dos seus irmãos em combates.

Como a vida de um cangaceiro não era apenas de viver combatendo com os seus inimigos, Lampião durante uma passagem a uma cidade na Bahia conheceu uma mulher de nome Maria Gomes de Oliveira. Ela faria parte do bando e seria chamada de Maria Bonita, a primeira mulher a participar do cangaço.

E no ano de 1938, na grota de Angicos, Lampião e seu bando foram assassinados sem nenhuma forma de reação. Seria o fim de um dos maiores nomes do cangaço no nordeste, que buscou fazer justiça com as próprias mãos.

O autor utiliza o método indutivo, recorrendo a bibliografias ligadas a história do cangaço para poder fornecer os dados expostos no livro. Foram adotados como ponto de vista o funcionalismo.O autor recorreu a técnicas de entrevistas formais e informais, historia de vida e etc.

Trata-se de uma obra que explora muito os problemas no sertão nordestino, usando técnicas de coletas de dados, informações pessoais, datas e etc, que permitem ao leitor um vasto perfil da época.

Esta obra é de grande interesse para os estudiosos e pesquisadores do sertão nordestino, de linguagem simples e de fácil interpretação.

11 dezembro, 2022

Banda Marcial na 5ª Conferência da Criança e do Adolescente 2022

 




    

Banda Marcial de Custódia, participou da 5ª Conferência da Criança e Adolescente, o tema foi "Situação dos Direitos Humanos da Criança em tempo de Pandemia e Covid-19.

Realização: Prefeitura Municipal de Custódia
Parceria: Secretarias municipais de Assistência Social e Cidadania, Educação, Saúde, NUCA, e Conselho Tutelar.

Vídeos: Canal Mano Amigo (siga clicando aqui)

Verdades da Profissão de Professor - por Leônia Simões


Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda. (Paulo Freire).

Dedico este maravilhoso texto a todos os professores(as) que passaram por minha vida escolar, em especial:

Dona Conceição Duarte – 1ª Professora, Netinha Souza, Salete Veríssimo, Creuza Leopoldina, Socorro Costa e Neta Góis(in memorian).

Um abraço no coração e minha eterna gratidão.

Leônia Simões
Recife-PE
Outubro/2008

I Cine Mandacaru – Custódia (2011)


Cada ano que passa, o público custodiense vai tendo mais contato com exibições de filmes. Mesmo sem ter um local apropriado, nos últimos três anos o município vem recebendo projetos com exibições de filmes em locais públicos. Em 2009 com o projeto BELA CAATINGA na Praça Padre Leão, a mostra exibiu filmes com o tema CAATINGA como cenário e o homem da região como personagem. A mostra buscava colocar em evidencia as potencialidades cultural, ambiental e econômica da região.

Em 2010, foi à vez do PROJETO CINE SESI CULTURAL, na ocasião exibido na Avenida Inocêncio Lima, em frente aos Correios. O projeto visava levar cinema a lugares onde não dispõe de salas de exibição. Durante três dias, em cada noite era exibido um curta e um longa metragem. Foram eles: Os filmes que não fiz (curta), Até o sol raiá (curta), Vida Maria (Curta), Se eu fosse você 2(longa), Pequenas Histórias(longa) e A Era do Gelo 3(longa).


Esse ano, dando sequência, foi apresentado o I CINE MANDACARU, idealizado pela jornalista RAQUEL SANTOS e pelo publicitário e fotografo PABLO MURILO, com alunos participantes da oficina de cinema da CASA DAS JUVENTUDES de Custódia. Dessa vez o cenário foi outro, em frente à Igreja Matriz de São José, durante a noite do dia 15 de Novembro, feriado nacional.



A mostra foi gratuita recebeu um bom público, em sua maioria, crianças acompanhadas de seus pais. A abertura ficou por conta de um casal de estátua, na figura de Lampião e Maria Bonita, eles são o símbolo do Cine Mandacaru. Interpretados pelo casal Pedro Henrique Alcântara como Lampião e Josetânia Alves como Maria Bonita declamaram o cordel Cine Mandacaru chamando em seguida o grupo Flor do Mandacaru. Apresentaram dança típica de coco, dança brasileira, com berço no sertão de Pernambuco. O grupo é formado por quatro alunos da oficina de cinema (Jéssica Carla, Rayane Santos, Monica Gomes e Mateus Moraes).

Momento divertido aconteceu com a Intervenção “Você esqueceu a pipoca, Salamé!”, quando duas palhaças interpretadas por Raquel Santos como Salamé e Ana Paula Alencar como Sarará. Nesse momento as crianças interagiram bastante com a encenação.



Em comemoração ao primeiro ano de fundação da Casa das Juventudes de Custódia, foi exibido o documentário “Casa das juventudes”, resultado da oficina de cinema ministrada durante férias escolares. O curso foi realizado com participação de 23 jovens, com idades entre 14 e 29 anos. Muitos nunca tiveram oportunidade de entrar numa sala de cinema. Alguns participantes do curso tiveram essa primeira oportunidade, em 22 de agosto deste ano, quando viajaram rumo ao 4º Festival de Cinema de Triunfo.


 

Antes da exibição do filme “A máquina” do cineasta pernambucano João Falcão (dirigiu a série Alto da Compadecida para a televisão), a jornalista Raquel Santos agradeceu o comparecimento do publico ao evento. Em sua fala final, comunicou que acontecerá no futuro o II Cine Mandacaru. Uma ótima noticia para um dos anos mais promissores da cultura local. O público agradece. 

Paulo Peterson
21.11.2011


Vídeos









09 dezembro, 2022

[Biografia] José Campos Moura "Zé Moura"

Acervo Familiar


José Campos Moura, conhecido como Zé Moura, nasceu no sítio Cangalha, município de Custódia, em 02/01/1929, filho do fazendeiro Antônio José de Moura e da dona de casa Sra. Severina Campos Moura.

Ainda muito jovem, no ano de 1953, aos 24 anos de idade, casou-se com a Sra. Maria Ivo Moura, conhecida como Baica, com quem teve 07 filhos, sendo 03 homens: Roberto, Romildo e Robélio e 04 mulheres: Rizelda, Rosângela, Roseane e Rosilene.

Iniciou na sua vida profissional como sapateiro na indústria de calçados de Sr. Duquinha, e, paralelamente exercia a função de locutor na Difusora de propriedade do Sr. Adamastor.

Finalmente abraçou a profissão de motorista da Unidade Mista Elizabeth Barbosa.

A ele foi confiado a primeira ambulância do nosso Hospital, na gestão do então prefeito João Miro da Silva, onde permaneceu, de modo dedicado, prestando serviço a população de Custódia até o último dia de sua vida, quando envolveu-se em um acidente que o vitimou ao deslocar-se para a cidade de Serra Talhada transportando um paciente no dia 26/05/1990.

Primeiro casamento em comunidade Quilombo (2013)


Em Janeiro de 2013, aconteceu o primeiro casamento na comunidade Quilombo da Cachoeira da Onça, na Capela Nossa Senhora das Graças. O enlace matrimonial foi entre Lucicleide e Valdeci, ela da localidade, já o noivo do quilombo do Buenos Aires. Depois da cerimônia, o casal cumpriu a tradição da região, ficando de joelhos para receber a bênção da mãe da noiva.  

(Yolanda de Alzira)

Humberto Guerra nos bastidores da TV Globo

Foto: Edilma Guerra

Durante intervalo da novela Duas Caras. Humberto foi um dos anões de Juvenal Antena, interpretado por Antônio Fagundes (camisa escura).


Foto: Edilma Guerra

Com o ator Lázaro Ramos.

05 dezembro, 2022

[Cine Mandacaru] Gravação - Samba de coco do quilombo Buenos Aires




O grupo de samba de coco do quilombo de Buenos Aires, zona rural de Custódia, é formado por crianças e jovens da comunidade. "O coco teve origem, segundo alguns pesquisadores, no canto dos tiradores de coco, e que só depois se transformou em ritmo dançado. 

Há controvérsias, também, sobre qual o estado nordestino onde teria surgido, ficando Alagoas, Paraíba e Pernambuco como os prováveis donos do folguedo. O coco, de maneira geral, apresenta uma coreografia básica: os participantes formam filas ou rodas onde executam o sapateado característico, respondem o coco, trocam umbigadas entre si e com os pares vizinhos e batem palmas marcando o ritmo. 

É comum também a presença do mestre "cantadô" que puxa os cantos já conhecidos dos participantes ou de improviso". Lúcio Gaspar da Fundação Joaquim Nabuco.

[Cine Mandacaru] Gravação com Divon Amorim



Alunos do Cine Mandacaru.



Na Fazenda Malhadinha, zona rural de Custódia, o sertanejo Divon Amorim realiza há muitos anos a famosa pega de boi no mato. Inúmeros vaqueiros da região e outras localidades participam do festejo.


02 dezembro, 2022

Inauguração da CEF de Custódia


Fotos do arquivo pessoal de Gilberto de Belchior, da inauguração da agência Caixa Econômica Federal de Custódia, na época, situada na Av. Manoel Borba

Na foto acima, vê-se o então prefeito Belchior Ferreira Nunes com dirigentes da Caixa, entre eles João Elizeu, custodiense que, por muito tempo foi Gerente entre outras funções na Caixa Econômica do Estado de Pernambuco. 


Na foto acima, o Padre José abençoa a agência, observado pelo Prefeito, dirigentes da Caixa e de Gilberto de Belchior, no canto direito


Livro de Poesias "Olhos de Poeta"




O livro de poesias Olhos de Poeta foi lançado no dia 19 de dezembro (2004) no Limeira Clube, em evento que reuniu nove poetas, autores da obra. Além do organizador, Francisco Alves da Silva (custodiense), os participantes do livro também deram autógrafos após o recital de poesias que promoveram, acompanhados ao som do piano.

Estiveram presentes ao coquetel de lançamento cerca de 150 pessoas, entre amigos e familiares, contando também com a presença do prefeito eleito, Sílvio Félix, que também é escritor.

Os autores participantes da antologia, por ordem numérica de páginas, são: Elza Sophia Tank Moya, José Farid Zaine, Luiz Gonzaga da Silva Marcondes, Aciones Diniz, Francisco Alves da Silva (Org.), Jurandir Bernardes Pereira, João Augusto Cardoso, Rogério Benedito Silvério e Maria Eloísa Gonçalves de Oliveira Rossi.

O livro é composto por 120 páginas, sendo que a capa e a editoração são de Felipe Voigt. A obra foi prefaciada pelo jornalista Roberto Paulino de Araújo e a orelha teve nota do também jornalista Wagner Barbosa.

“Foi por essa razão que me embeveci lendo, devorando as composições literárias contidas no livro organizado por autores limeirenses cultos e inteligentes“, diz Roberto Paulino em seu prefácio.

Francisco Alves, o organizador da antologia, quis reunir alguns amigos para compor um livro de poesias repleto de diversidades literárias, considerando cada um deles com um estilo diferente, ideias e experiências de vida que, apesar de distintas, se encontram na poesia e na prosa.

Com o livro Olhos de Poeta, ressurgiu o sonho da tão almejada Academia de Letras de Limeira.

Quem quiser conhecer mais o autor custodiense, acesse clique: Biografia

01 dezembro, 2022

Homenagem da Escola Luiz Epaminondas Filho aos 83 anos de Emancipação Política (2011)

Alunos da Escola Municipal Luiz Epaminondas Filho
Comemoração pelos 83 anos de Emancipação Política de Custódia

 Luiz Epaminondas Filho (ex-Prefeito)

 Homenagem aos feirantes e as feiras livres

 São José

 Belchior Ferreira Nunes (ex-prefeito)

 Padre Duarte 

 Valfrido Barbosa (primeiro professor da cidade) 

José Florêncio (ex-prefeito)

Gerson Gonçalves de Lima 

João Miro da Silva (ex-prefeito) 

Escudo da Escola 

Mapa do Estado com destaque para Custódia

Padre Leão

 Equipe gestora do LEF


Durante os festejos de 83 anos de Emancipação Política de Custódia, os alunos da Escola Luiz Epaminondas Filho no bairro da Pindoba, realizaram juntamente com os professores, um trabalho apresentando um pouco mais sobre a história da cidade e dos custodienses que ajudaram no desenvolvimento econômico de nossa terra querida. 


Fotos: Hiran Burgos 



O Cristo da Paixão em Custódia 2011



Para relembrar, seleção de fotos da peça O CRISTO DA PAIXÃO, realizada em Custódia durante os dias 23 e 24 de abril de 2011, na praça Padre Leão.

Fotos:
Cristiane Nunes

28 novembro, 2022

Padre João Rodrigues, o semeador de templos por Orlando Calado


Padre João Rodrigues, o semeador de templos

A freguesia de São Bento foi criada em maio do ano de 1853 por uma lei provincial. Desde então, são 157 anos de pleno funcionamento. Vários foram os párocos que estiveram à frente dela. Todos tiveram uma parcela de contribuição para o seu desenvolvimento, tanto material como espiritual, porém nenhum deles teve um desempenho que pudesse ser comparado à grande obra espiritual e material do padre João Rodrigues de Melo. 

Homem empreendedor ao extremo, ele logo conquistou a amizade, a confiança e o respeito dos seus paroquianos. Nunca na nossa histórica eclesiástica, um sacerdote disseminou, no território de sua paróquia, tantos templos os quais visitava constantemente dando o conforto necessário aos fiéis, moradores nos sítios e povoações, que antes precisavam se deslocar para a matriz a fim de tomar parte nos ofícios religiosos, como missas, novenas, batizados e casamentos.

Nosso saudoso pastor nasceu em Custódia, sertão pernambucano, no dia 16 de maio de 1897. Era filho de Nemésio Rodrigues de Melo, nascido em 12 de dezembro de 1866 e falecido em 10 de junho de 1931, e de Justina Pereira de Melo, nascida em 26 de setembro de 1871 e falecida em 26 de setembro de 1931 com exatos 60 anos. Seus pais eram pessoas exemplares e amigos fiéis que sempre tiveram, em Custódia, suas portas e muito mais seus corações abertos a todos quantos solicitavam auxílio ou uma palavra de consolo num momento de dor e de aflição. 

Naquele tempo, as famílias mais esclarecidas incentivam um filho a seguir o sacerdócio católico, pois era uma maneira de demonstrar toda a sua fé. João, criado em ambiente de religiosidade, sentindo-se com vocação para o serviço religioso, atendeu ao pedido dos pais, tendo sido ordenado no dia 8 de dezembro de 1922. O ano de 1931 foi um ano particularmente de grande tristeza e dor para o jovem sacerdote João Rodrigues de Melo, pois que num lapso de pouco mais de três meses perdia o pai e a mãe, seus esteios na fé e na religiosidade. 

Esse triste episódio fez com que o sacerdote redobrasse suas forças e partisse para realizações em que se entregou de corpo e alma em benefício dos mais necessitados, assim como do progresso material de sua gente por demais sofrida pela escassez de recursos.

Iniciando a carreira sacerdotal, João Rodrigues serviu como vigário de Cimbres, Barão do Rio Branco (hoje Arcoverde) e de Belém de Maria. Tomou posse como pároco de São Bento no dia 11 de fevereiro de 1934, encontrando no território de sua paróquia apenas cinco capelas. Foi um construtor de templos como a grande igreja de São José da então vila de Capoeiras e mais as capelas de Mulungu, Espírito Santo, Campo Limpo, Papagaio, Queimada Grande, Pimenta, Cacimbão, Beira-Mar, Maniçoba, Alegre e Jurubeba, reconstruindo as de Feijão, Pindorama e Salobro.

João Rodrigues, homem dinâmico e empreendedor, foi o fundador e presidente da Cooperativa dos Produtores Agropecuários de São Bento do Una, tendo erigido a sede e armazéns da entidade, hoje em ruínas. Ele foi um homem muito querido e admirado não só pelo seu elevado espírito público, mas pelo carinho que devotava a todos, ricos, remediados ou pobres. Fazendeiro e criador de gado bovino tornou-se homem de recursos. Sabedor de que em São Bento havia carência de habitações, construiu, com recursos próprios, ruas de casas, onde cobrava simbólicos aluguéis que logo eram consumidos pela inflação dos meios de pagamento.

No dia 11 de fevereiro de 1959, quando completou vinte e cinco anos à frente da paróquia são-bentense, foi agraciado com o título de cônego. Em São Bento do Una, homem de hábitos simples, foi amado, idolatrado e respeitado por toda a população e tido como o maior pároco de toda a nossa história eclesiástica e pessoa que influenciou positivamente várias gerações de paroquianos. Seu dinamismo era tanto que conseguiu colocar a paróquia de São Bento em primeiro lugar em movimento religioso na diocese de Garanhuns, composta, na época, por mais de duas dezenas de freguesias, conforme deixou assinalado, com propriedade, a historiadora municipal Ivete de Morais Cintra em seu livro: “São Bento do Una: formação histórica”.

O cônego João Rodrigues de Melo faleceu relativamente moço, aos 66 anos de idade, no domingo, 7 de julho de 1963, deixando a cidade consternada com tão grande perda, pois o povo tinha certeza de que outro pároco de fibra e empreendedor como ele dificilmente surgiria. Os sinos de sua igreja dobraram em sinal de pesar pela grande perda. A cidade parou. O povo chorou. 

O sepultamento ocorreu no mesmo dia do passamento. Uma incalculável multidão o levou à sua última e definitiva morada no cemitério municipal ao som de tristes marchas fúnebres executadas pela centenária Banda Musical de Santa Cecília. À beira da sepultura, vários oradores se fizeram ouvir. Palmas, soluços e vivas ao grande homem partiram da multidão emocionada com tão grande e inestimável perda, pois João Rodrigues foi uma personalidade central e parte integrante da vida da cidade, durante os mais de 29 anos que esteve à frente da paróquia.

Na missa de réquiem pelo primeiro aniversário da morte do cônego João Rodrigues, o celebrante, padre Antônio Barbosa, emocionado, recordou a saga do homem que honrou como ninguém o múnus sacerdotal a que se obrigou, ou seja, o encargo da orientação e da defesa do seu rebanho:

“Uma palavra de prontidão sempre esteve em seus lábios e um transbordamento de alegria sempre presente, com quem se encontrava pelas longas caminhadas. A queixa de um sol queimante ou de frio impertinente não lhe fazia resistência, por uma travessia em busca da ovelha necessitada. Mesmo que, fanhosamente, criticasse o cavalo trotão do matuto carrancudo nem assim se fazia omisso no cumprimento do dever. 

Amigo de todas as horas, serviçal a toda prova, generoso, hospitaleiro, atencioso para quem o procurava. A agilidade e prontidão em servir se converteu em paralisia e quietude sobre o leito de sacrifício. Com voz sumida ainda perdoava os pecados; no recanto da dor ainda celebrava o santo sacrifício, nos braços dos amigos ainda regenerava o batismo. Quis morrer como vigário de São Bento. Desejava completar o sacrifício de sua vida como pai da grande família e como pastor do amado rebanho”.

João Rodrigues de Melo, o sertanejo forte e destemido, filho de pais exemplares, dedicou toda sua energia vital em prol das causas que dignificam a pessoa. Foi o semeador de templos, o pregador firme e resoluto na defesa da fé, da esperança e da caridade. Foi um homem do seu tempo, tendo trocado o cavalo trotão do matuto por uma baratinha Ford 29, com a qual muitas das vezes esteve em Mulungu, enfrentando estradas carroçáveis, chuva, poeira, calor, riachos a transbordar, mas sempre trazendo uma palavra de amor e de solidariedade aos enfermos. 

Ele foi um edificador, um semeador e não merecia jamais sofrer o que sofreu no leito da morte. Amou sua paróquia como um pai extremoso ama os seus filhos. O seu sacrifício não terá sido em vão porque jamais será esquecido por todos aqueles que tiveram a felicidade de com ele conviver e receber dele os conselhos que forjaram cidadãos resolutos e solidários. Ele se foi, porém está eternizado num busto na praça são-bentense que tem o seu venerável nome.

Texto de Orlando Calado, publicado no Portal São Bento do Una, em 05/04/2011. Contato: e-mail 

O Padre João Rodrigues de Melo é tio da Senhora custodiense Etelvina Rodrigues, (Dona Teté) esposa do Sr. Nivaldo Gonçalves.

Custódia o antigo e o atual - Por Jorge Remígio



Jorge Remigio tem postado comparativo de fotos de época com 
atualidade em seu perfil no Facebook. 

Foto antiga de 1969. Há 50 anos, final da Praça Padre Leão. Ao fundo a Avenida Inocêncio Lima. Na época era conhecido como Rua da Bomba, por existe dois Postos de Combustíveis.
Na esquina no lado direito, onde hoje é a Sorveteria de Olímpio Marinho, nos anos de 62/63, funcionou a Delegacia da cidade. Na foto antiga observa-se parte da residência de seu Cecílio Simões, casa de Dona Genésia, Casa de João do Jogo, Sorveteria de Shandinha, Hotel de Zabé de Cândida e Café da Hora que pertenceu a Dona Manoca (Maria Augusta) e depois a Minú.



Foto antiga de 1970, ambas da Praça Padre Leão. Observa-se na antiga parte da Farmácia Pinheiro, Casa do Sr. Evilásio, Bar Ponto certo de Deta, Loja de Severino Pinheiro, Padaria de seu João Miro e Casa Góis. 



Rua Tenente Moura, quarenta e nove anos atrás. Na esquina à direita funcionava a Difusora Duas Américas pertencente a Adamastor. 



Travessa Heleno Aleixo, fotos de 1969 e 2019, 50 anos. Prédio da Prefeitura Municipal da cidade fica na metade da rua à esquerda, no cruzamento com a rua Luiz Epaminondas.



Praça Padre Leão em 1970 e atualmente. Há 49 anos. Foto antiga é da administração de Silvio Carneiro de Farias (1969-1972). Detalhe da carroça conduzindo água para abastecimento das residências. Água encanada foi inaugurada no ano seguinte em 1971.