22 março, 2023

Biografia Sebastião Bezerra da Silva

 


* 28/01/1907
+ 16/03/1985

 

SEBASTIÃO BEZERRA DA SILVA

 

Nascido em 28 de janeiro de 1907, falecido em 16 de março de 1985, natural de Custódia – Sítio Serra da Torre, filho de Francisco José Nunes e de Laurência Bezerra da Silva, casou-se aos 19 anos de idade com Maria Luiza  da Silva, com quem teve 08 (oito) filhos, 45 (quarenta e cinco) netos e 50 (cinquenta) bisnetos. Foi alfabetizado após o casamento quando contratou um professor particular de Quitimbu, o qual lhe ensinou a ler, escrever e as operações matemáticas elementares por três meses, e depois foi autodidata lendo vários livros, adorando história e geografia (sabia de “có” todos os países e suas capitais).

Homem com pouco estudo, mas muita leitura. Desempenhou atividades na agricultura, como gestor de empresa e empresário. Foi convidado por José Vasconcelos para ajudá-lo na instalação/projeto de uma usina de beneficiamento do vegetal caroá do Distrito de Maravilha, missão essa aceita e mais tarde com o sucesso do empreendimento foi gerente da empresa e gestor da filial no município de Betânia/PE.

Em Maravilha abriu um mercado com venda de vários produtos e cereais ajudados pelos filhos Eloi e Aldenora. O primeiro morador da Maravilha a possuir veículo, foi o Sr. Sebastião Bezerra (fonte: Blog Custódia Terra Querida). Ainda segundo o Blog em referência: A primeira família a morar em Maravilha foi a Cruz, depois Sebastião Bezerra e Miguel Justino. Ainda no Distrito em tela, foi convidado por Ernesto Queiroz e Zuzu Pires a entrar na política, a princípio vice-prefeito, depois como vereador, todavia avesso a política indicou Josias Leandro para o pleito.

Em 1959, vem morar na sede do município, Custódia/PE, onde abriu a sua empresa, uma loja de Tecidos, localizada na Praça Padre Leão, Centro, com a razão social denominada Casa Bezerra.

Abrigou em sua residência as filhas que ficaram viúvas e suas netas. Sempre acolhedor e preocupado com a educação das mesmas. Sua vocação para o comércio despertou vários membros de sua família como sua filha Socorro e Aldenora.

Nos dias de feira, seu lar recebia muitas visitas do distrito de Maravilha. Adorava assistir TV, jornal principalmente; usava um relógio marca Oriente que sempre o ajustava; e seu vício era o cigarro Continental (fonte: Seu bisneto Lisarb Bezerra). Não exerceu nenhum cargo público. Amigo de todos moradores da rua Manoel Borba, 349, Centro, Custódia/PE, onde até hoje conservamos sua residência.

5 comentários:

  1. Lá longe um cristal polido
    Com seu estandarte de amor
    E eu aqui rebuscado
    Memórias do meu avô.

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  2. Quando lecionava no Colégio Joaquim Pereira, e de lá seguia pra FAFICA meu vô, ia até lá levando a "maleta de Maria".
    Certa feita, numa aula janela, alguns alunos estavam reunidos na calçada do prédio quando chega Seu Sebastião Bezerra e pergunta.
    O que se comemora hoje no mundo inteiro?
    Sem resposta ele se adiante, faz a conta e diz: "Hoje completa anos que Alberto Santos Dumont fez o primeiro voo no seu 14 Bis dando uma volta na Torre Eiffel em França, Paris".( Assim me contou Marcos Moura) Posteriormente ele me recortou tal assunto e mandou um recado ao Professor de História: pergunte pra ele, cadê a festa pro inventou?

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  3. Meu avô
    Seu jeito, seus costumes, suas falas.
    Seu Sebastião Bezerra sensível e generoso, não sabia dizer não, no máximo saía calado e chegava com a solução.
    Se "apeie" era o convite para quem parava na sua porta, "se achegue", "se assente".
    Bondoso e acolhedor, estava na Bomba quando uns parentes - uma casal e seus 6 filhos esperavam o ônibus da Realiza com destino a Recife. O veículo estacionou lotado, o Vô chegou junto e filosofou: o melhor da viagem é a demora, vamos lá pra casa. Diante da recusa acrescentou: a luz só se apaga quando o drama acaba, amanhã tem mais.
    Vários dos seus netos e filhos dos amigos que deixou na Maravilha foram adotados por ele para estudar( hj formados) ou aprender uma profissão.
    Amigo prestativo sedia os "apurados" aos amigos comerciantes e avisava que só receberia no dia da "paga" aos viajantes.
    De gestos simples e cabelos fartos e embranquecidos sentava em sua cadeira de "sola" a espera dos clientes, o que mais atraía era crianças que lhe pedia a benção. Certa vez um pingo de gente chegou dizendo: "olha o vestidinho de tecido que vovô me deu!
    Foi mascate nos dias de feira em Rio Da Barra e Poço da Cruz. Colocava fardos e peças de tecidos, além de chapéus (Prada) cuidadosamente alinhados em caixotes de madeira e seguia viagem nas lotações de então.
    Dizia que aprendeu a pronúncia das capitais de alguns países com os estudantes que tinham em casa, quando alto estudam para o exame de admissão ou ouvindo o rádio que, segundo ele, sintonizava até estações de rádio estrangeiras, nem o dominó o segurava na hora dos noticiários.
    Esposo, pai e avô apaixonado pela família dele e dos agregados!
    Dizia que trabalhava para educar seu povo e sustentar o luxo, o ruge e o pó de dona Maria Lula.

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  4. Meu bisavô, vovô Tião.
    Minha lembrança dele foi atravéz da minha avó Tapuia. Não tive oportunidade de crescer ao seu lado. Entretanto, as histórias de que ela contava era possível sentir o quanto era querido.
    O distrito de Maravilha será agraciado com o seu nome na praça principal, uma homenagem a família e a memória do homem que se fixou neste lugar e ajudou a desenvolver.

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