24 fevereiro, 2023

Joaquim Tenório Sobrinho "O Pernambuco"


Joaquim Tenório Sobrinho é natural do sítio Lajedo, Distrito de Quitimbu, era casado com a senhora Maria José de Oliveira. Tiveram cinco filhos, dois deles nasceram no sítio Lajedo, foram eles: Luiz Tenório de Melo e Maria Izalve Tenório de Melo. Saíram do nordeste a procura de melhores condições para sobreviver. Viajando em um pau-de-arara, foram quinze dias de um percurso exaustivo até chegarem e fixarem residência por um tempo no Estado de São Paulo, inicialmente, em, Pompéia e, finalmente, em Novo Cravinhos distrito de Pompéia, onde viu nascer os seus outros irmãos Maria Lourdes Tenório, Cícera Tenório de Melo e Francisco de Assis Tenório, porém passavam por muitas privações.




Placa da Rodovia Joaquim Tenório Sobrinho, também conhecida como MS-306. Esta rodovia liga os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, tem aproximadamente 200km e é um importante corredor de saída de produtos primarios de MS e MT para os estados de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro e entrada de produtos industrializados de São Paulo para as regiões Centro Oeste e Norte de nosso pais. 

Joaquim Tenório Sobrinho, é pai de Luizinho Tenório, custodiense radicado em Cassilândia desde de 1955. Após falecimento de seu pai, assumiu as responsabilidades de sua família, rumou como chefe de família com seus familiares para Cassilândia/MS, lá construiu sua saga na política local, sendo prefeito por duas vezes, no período de 1963 a 1967, e de 1973 e 1977.



A prefeitura de Cassilândia e um bairro levam seu nome. É uma honra para qualquer custodiense, saber que num lugar tão longínquo de nossa terra, uma prefeitura tenha o nome de um filho da gente. fruto do trabalho desempenhado pelo político que foi, e pela pessoa que foi, para cada cidadão de Cassilândia.


Qualidades herdadas pelo filho Luizinho Tenório, foi Secretário da mesma, foi Prefeito de 1989/1992 e Deputado Estadual por dois mandatos pelo estado de Mato Grosso do Sul.





Foto da 1º hidrelétrica de Cassilândia-MS, que foi construida por
Joaquim Tenório Sobrinho, esta usina foi um marco na história da cidade, pois, antes da construção o município tinha energia a motor, e mesmo assim, era usada por poucos.

Com o aumento da Cidade e da Região a Usina foi desativada se transformando em um museu, este é um dos principais pontos turistico de Cassilândia.

Foi homenageado pela escola de Juventude Cassilandense como enredo do Carnaval 2009, com o tema "Sou Pernambuco, não nego". A letra foi do carnavalesco da escola, Professor Joiny José Barreto.




Eu sou Pernambuco
Eu..Eu sou
E não posso negar
Preparei o ano inteiro
Para Vila Pernambuco
Seu mito homenagear

AH! Esse enredo delirante
Um momento emocionante
Joaquim Tenório, o Pernambuco
Eu quero cantar e Lembrar!

Da terra do trevo e maracatu
Tempos atrás, ele partiu
Ao Eldorado chegou
Vereador e prefeito ele foi
Vila Pernambuco, o imortalizou

Vem Juventude, vem cantar
Fazer a festa do samba
É a magia contagiante
É azul e branco na passarela

Solidariedade e amizade
Me diz quem é esse pioneiro?
Que muitos ele ajudou
Grande coração de ouro
AH! Homem guerreiro.


Uma notícia pode ser conferida no site CASSILANDIA NEWShttp://bit.ly/gzv5E3 


A família Tenório enviou para o Blog Custódia Terra Querida, uma nota de agradecimento à Escola de Samba Juventude Cassilandense pela homenagem feita ao patriarca Joaquim Pernambuco.


NOTA DE AGRADECIMENTO

Em tempos de tamanho individualismo, em uma época em que os interesses pessoais tem se avultado diante das questões sociais é raro sermos surpreendidos por atitudes de reconhecimento público e gratuito. Felizmente ainda existem pessoas abnegadas que despendem seu tempo e seus esforços em reconhecer a importância do papel desempenhado por figuras que fizeram de suas vidas um legado.

Por isso nós, familiares do saudoso “Pernambuco”, viemos a público agradecer a homenagem rendida ao nosso patriarca pela escola de samba Juventude Cassilandense, na pessoa do carnavalesco prof. Joiny José Barreto, por ter trazido à lume seu nome, sobretudo às novas gerações, com o enredo: “Sou Pernambuco, não nego”.

Joaquim Tenório Sobrinho foi mais que um homem público ímpar, foi um ser – humano notável, não se entregou à tragédia da morte prematura do pai nem às intempéries de sua terra natal, castigada pela seca. Foi senhor de sua própria história, mesmo tendo tudo contra ele não se entregou. Assumiu ainda na adolescência a responsabilidade de chefiar sua família, não se furtou à sua predestinação, quiçá outorgada-lhe por Deus, de superar seus próprios limites em nome do bem do seu próximo. Sua mãe e irmãos foram os primeiros a vislumbrar o visionário obstinado que tempos mais tarde viria a ser revelado aos olhos de gente de tão distante terra, mas que veio a ser tratada por ele como uma extensão de sua família.

Em Cassilândia, o Joaquim Pernambuco, como ficou conhecido, construiu sua saga. De humilde retirante, quase miserável, mas pertinaz como poucos veio a se tornar um dos maiores produtores rurais da região, e antes de se tornar político, diga-se de passagem. Mas seu grande feito não foi simplesmente ter vencido a miséria e ter guinado os rumos de sua própria história e de sua família, seu grande mérito foi não ter se deixado embevecer pelo dinheiro e pelo poder.

Jamais perdeu de vista suas origens e justamente por isso nunca negou auxílio a quem quer que fosse. Mesmo após ter amargado a derrocada financeira, continuou ajudando àqueles que buscavam auxílio sobre suas asas, pois era bem assim que ele se portava, como um grande pai que a todos acolhia sob suas benesses. A Vila Pernambuco é , hodiernamente, a prova mais tangível disso, embora seja apenas a ponta do iceberg. Um bairro inteiro, o maior da cidade, entregue à população carente!

Sem deixar transparecer a mínima ponta de amargura continuou a ajudar ao próximo até o último dia de sua vida, literalmente, tendo doado o último punhado de arroz que tinha em casa pela manhã a um pedinte alegando à esposa que ao menos eles contavam com crédito na venda da esquina, mas aquele coitado nem isso. Veio a falecer poucas horas depois.

São inúmeros os casos de prova de humildade e fraternidade deste homem que poderíamos continuar a enumerar, aqui, mas este não é nosso objetivo. A homenagem já foi feita e por jovens que sequer chegaram a conhecê-lo pessoalmente, o que reforça ainda mais nosso sentimento de gratidão. Toda tentativa de se manter vivos na memória do povo vultos do passado que ajudaram a construir nosso presente são louváveis, pois um povo sem história, não é um povo, é tão somente um agrupamento de indivíduos sem identidade coletiva, sem referências.

Mais uma vez agradecemos pela distinta homenagem e apresentamos nossos votos de sucesso,

Luizinho, Marizalve, Lourdes, Cícera e Assis Tenório.

Um comentário:

  1. Hoje Faz 24 Anos sem o Meu Vo Joaquim e jamais o esquecemos, a saudade s'o aumenta.
    Stefanio

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